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28 de outubro de 2010

A década de 1940 e as Moda Alternativa: Fetichismo e Retrô

Paralelo ao mundo “normal”, o cenário alternativo dos anos 1940, deu origem aos primeiros traços de um mercado fetichista. É de 1946 o lançamento da Bizarre Magazine. Esse revista Bizarre não é a mesma que existe hoje (esta).

A Bizarre lançada em 1946, foi criada pelo americano John Willie, um fotógrafo e artista bondage pioneiro. Desde meados dos anos 1930, Willie trabalhava com fetiche em um clube na Austrália. De volta aos EUA, ele publica de forma irregular, entre 1946 e 1959 a revista Bizarre. A revista tinha muitas fotos fetichistas, desenhos e dicas de vestuário. Havia também um espaço grande para cartas de leitores que se mostravam muito interessados em saltos altos, sadomasoquismo, corsets e modificação corporal.

 

Entre os fotógrafos da revista, estava Irving Klaw, outro pioneiro do fetichismo, que percebeu que esse mercado estava em crescimento. Suas fotos traziam famosas strippers e dançarinas burlescas da época, substituindo nudez por cenários fetichistas para escapar das leis contra obcenidade. Irving revelou ao mundo a primeira “Fetish Star”: Bettie Page, uma modelo referência na moda alternativa atual. Após apenas 20 edições, em 1959, a revista saiu de circulação.


Os anos 40 na moda alternativa: Psycobilly, Rockabilly, Gothabilly e Pin-ups

Os anos 1940 nos deixaram, assim como nos anos 1920 e 1930, a estética Vintage/Retrô e as figuras das pin-ups. Temos referências dos 40s nas subculturas, mesmo nas subculturas que exploram a estética retrô/pin-up como o rockabilly, o psychobilly e o gothabilly disputando referência mais forte com os anos 1950.

O termo Pin-up foi documentado pela primeira vez em 1941, mas já era usado, ao que se sabe, pelo menos desde 1890. O termo se refere a desenhos, pinturas e ilustrações que são imitações de fotos. Essas imagens eram moças em poses sensuais ou eróticas reproduzidas em revistas, jornais, cartões postais, calendários etc, que visavam serem “penduradas” (em inglês “pin-up”) em paredes. Modelos e atrizes reais também podiam ser consideradas pin-ups.


Quais as maiores referências atuais dos anos 40 nas subculturas? 
  • Saia-lápis:
A saia lápis surgiu no final dos anos 40 mas só ganhou este nome na década de 50. É símbolo de elegância, com corte afunilado e comprimento terminando no joelho, permite looks sofisticados e descontraídos.  
Esse tipo de saia é parte do guarda roupa das Rockabilly e Pscychobillys há tempos. De poucos anos pra cá tem atraído a atenção de Góticas e das garotas do Horror Punk
É uma ótima peça para ser usada alternativamente no trabalho ou em eventos mais formais. As garotas subculturais perceberam isso e é cada vez mais frequente a presença de saias lápis em coleções de marcas alternativas.

 

  • Estilo Militar:
Estilo mais comum entre as góticas (os), o militar da década de 40 é referente à 2º Guerra Mundial, com o uso de quepes e cortes que lembram uniforme. Na Alemanha é bastante comum o militarismo na música eletrônica.

 
  
  • Cabelos Ondulados:
Outra referência dos anos 1940 nas subculturas são os cabelos ondulados e topetes em formato de "rolo" (rolls e victory rolls). 


  • Meias Calças: 
Meias calças atuais que imitam a costura na parte de trás das meias da década de 40.


  • Outras referências dos 40s nas subculturas:
Ombros e a cintura marcada, vestidos na altura dos joelhos, maiôs comportados, uso de cores clássicas, lenços e echarpes, chapéus pequenos.

Não posso deixar de citar a onda de estampas de filmes de terror  dos anos 30/40 que estão muito na moda atualmente. Especialmente estampas dos monstros dos estúdios Hammer e do Universal.

 

Sem esquecer das plataformas, a herança do estilo de Carmem Miranda para as subculturas. Quem diria que uma luso-brasileira teria tanta influência na moda alternativa, nas subculturas fetichista e gótica, afinal, hoje em dia é impossível imaginar calçados fetichistas e góticos sem plataforma.


Mais sobre os anos 40:

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3 comentários:

  1. Amei o post Sana.
    Acho muito elegante a saia lápis, principalmente dentro das subculturas.
    A estilo militar também, adoro.
    Tem uma jaqueta que a Cristina Scabbia usou na última turnê do Lacuna Coil que eu amo, que é meio militar.
    Fiquei sem tempo de passar por aqui, mas vou dar ua lida nos últimos posts agora.
    Beijos

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  2. Imagina DEZE!
    Tb tô super atasada na leitura do seu blog e de outras amigas. Esse feriado vou tirar o atraso!
    Bjs!!

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