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22 de janeiro de 2013

Scene Kids: A História da Subcultura

A postagem de hoje é sobre uma subcultura que costuma ser muito hostilizada, inclusive por outras subculturas, seus adeptos tem um estilo colorido, alegre e exibicionista, que fez surgir celebridades virtuais que conquistaram espaço no meio alternativo: os Scene Kids

Leia também: Moda Alternativa para os Scene Kids 

Scene Kid é um estilo alternativo que surgiu na Grã Bretanha na década de 1990 e se popularizou a partir de 2003 pelo site de relacionamentos MySpace. Com influência estética da década de 1980, o nome “Scene Kids” é derivado de “Scene Queen”, um termo usado nos anos 1970 pelos heterossexuais que fingiam ser gays na cena do rock.  Hoje, “Scene Queen” se refere às garotas que ganharam status na cena , sendo “Scene King” o equivalente masculino.


Os Scene podem ser confundidos com emos, com o visual kei e com o termo “From UK”, que na verdade não está errado e sim, foi uma nomenclatura incorreta/alternativa dada ao estilo aqui no Brasil. Já os estilos de Harajuku (distrito de Tóquio, Japão) conhecidos como Fruits Fashion (Salada de Fruta) por conterem diversas variações de cores, estampas e estilos tem conceitos de estilo comuns aos Scene.

A moda Scene tem como principais características o cabelo repicado curto e armado ao estilo mullet com mechas mais longas tingidas de uma ou várias cores lembrando o Glam Rock oitentista. Há também a opção do uso de extensões de cabelo e o chamado tingimento de listras (stripes) ou o de oncinha (leopard). O estilo aprecia roupas coloridas, cores contrastantes e vibrantes, acessórios diferentes e extravagantes, estampas fofas e estampas de rock, calças skinny e cintos duplos. Mas também acompanha as tendências da moda, adaptando-as à moda da subcultura. Muitas das tendências do estilo surgiram das Scene Queens. A criatividade de criar uma moda, um cabelo próprio ou renovar algo já existente dá destaque e status ao Scene.



Como todas as subculturas alternativas, a música é fator importante na definição do estilo de vida dos scenesters. Hardcore, emocore,  indie, rock clássico, screamo, new metal, eletro-pop e até mesmo o rap são a trilha sonora do grupo. Poesias, textos, maquiagem, direitos civis, direitos dos animais, modificação corporal, entre outros, são interesses em comum. Subculturas como a gótica,  new wave, metalheads, skankers, mods, pop punks, assim como o vintage, a arte e o modernismo também influenciam os scenes.

O auge do estilo se deu paralelamente com o auge do site MySpace, local onde eles costumavam divulgar suas fotos e onde vários deles se tornaram conhecidos internacionalmente. O site de vídeos YouTube, também ajudou na proliferação de vídeos e tutoriais que ensinavam por exemplo, formas de tingir o cabelo e dicas de moda.

É muito comum que os Scene Kids usem seu tempo de lazer para tirar fotos de si mesmo e postar em redes sociais, quanto mais fotos eles divulgam, mais o estilo fica conhecido e ganha  novos adeptos, ao mesmo tempo, essa exibição pública, também gera status aos mais criativos, tornando-os ícones da cena e lhes dando fama através da internet ou mesmo possibilitando que eles participem de campanhas publicitárias, especialmente quem quer/tem loja, deseja trabalhar na cena alternativa, quem quer divulgar seu site/blog ou quer ser modelo. 

Alguns scenes já ditaram moda:

Kiki Kannibal: começou a fazer sucesso em 2006 com 13 anos,  quando fez seu primeiro My Space, onde conseguiu diversos fãs pelo seu estilo diferente das outras meninas da época. Foi tão hostilizada que recebeu até ameaças de morte. Conhecida por criar o cabelo estampado com listras (stripped hair) e pelas fotografias, hoje  é considerada uma Web Personality  e trabalha com criações de jóias e tem uma loja online.

Kiki Kannibal

Dakota Rose: é considerada a pessoa que inseriu o tingimento de estampa leopardo na estética Scene Kids. Atualmente largou o Scene e se tornou mais famosa ainda por ser uma “real doll/Barbie”.

Dakota Rose


Brookelle Bones: Foi a primeira a utilizar o mais famoso penteado Scene: volume em cima e pontas compridas. 


Brookelle Bones

Jac Vanek: ficou famosa por suas fotografias e acessórios alternativos. Hoje  trabalha em cima do diferencial criando acessórios com inspirações em torno da cena musical.  Já trabalhou com All Time Low, Miley Cyrus, Mandy Jiroux, Cobra Starship entre outros.

Jac Vanek

Hanna Beth: sempre foi morena e mais “discreta”, mesmo assim se destacou. Hoje, participa da criação de produtos e roupas para a marca Glamour Kills.

Hanna Beth




Vanna Venom: conhecida por seu cabelo de volume super exagerado, já o enfeitou com listras, mechas, leopardo, flores e até mesmo o desenhou como se fosse tatuagem. Atualmente, está numa fase mais sexy e glamurosa e seu cabelo ainda é o destaque.

Vanna e seu cabelo super volumoso e numa fase mais atual

Audrey Kitching:  trabalha como modelo, atriz e escreve para vários blogs e sites. Conhecida por ser a maior Scene Queen do mundo. Junto com Zui Suicide, fazia vídeos chocando as pessoas nas ruas com suas roupas super coloridas. Com a fama, trabalhou com estilistas famosos, foi modelo para a Hot Topic e passou a aparecer em revistas de celebridades e eventos de tapete vermelho. Hoje, possui seus próprios negócios, é estilista e  vende para o mundo todo. Já apareceu no Germany's Next Top Model e no filme Forever Plaid.


Jeffree Star: Modelo andrógino, estilista, maquiador, cantor e compositor de música pop eletrônica alternativa, lançou seu primeiro CD em 2006. Usou sua popularidade no MySpace para promover sua música e sua carreira de estilista também escrevendo sobre motivação e auto-confiança.


Amor Hilton, Dani Gore, Zui Suicide, Vanessa Vandalism, Gaby Saporta,  Amber Mccrackin, Leda Monster Bunny, Raquel Reed, também foram Scene Queens.

Amor Hilton e Zui Suicide

No Brasil, uma das mais famosas Scene Queens foi a blogueira Lindsay Woods!  


Naquela época, uma das participantes mais ativas do estilo era Uila Pazzini, cujo trabalho acadêmico de conclusão de curso de para o curso de Moda da UNIRP foi a base de pesquisa para esta postagem. Uila foi considerada uma das principais Scene Queens do país, pesquisando e promovendo o estilo através de sites e vídeos e agregando  vários seguidores. Em 2011 ela criou junto com a Scene Queen Leêe Müller o grupo de estilo alternativo brasileiro chamado Devilles Oficial que também contava com Ana Insana, Lindsay Woods e Nina Bear Massacre. Em seu TCC, Uila criou uma marca alternativa voltada ao publico scene Lauren Scheffel fez esta entrevista com ela. 
Scene Queen brasileira Uila Pazzini


Há quatros anos, UilaPazzini descobriria o movimento Scene Kids por influência de amigos. De lá para cá, formou o primeiro grupo de scenesters do Brasil, o Deville Girls (que depois virou Devilles Oficial e finalizou em 2011), tornando-se uma das maiores divulgadoras do estilo no país. Hoje, com 20 anos e morando na cidade onde nasceu, São José do Rio Preto, estudou Moda e pretende seguir carreira como estilista. Continua exibindo suas últimas criações – principalmente o cabelo, uma especialidade da cena - em vídeos e fotos no You Tube e Facebook. Nesta entrevista, Uila revela alguns detalhes para quem ainda não conhece este universo:

Quando descobriu o movimento SceneKids? Já era seguidora de alguma outra subcultura alternativa?
Passei por varias etapas, vários segmentos, não sabia o que eu queria, cheguei a não saber o que usar, pois eu já escutava rap, heavy metal e amava ficar nas ruas andando de board. Conheci muitos estilos de música, desde MPB até eletrônico. Em 2008, vi rastros do estilo em alguns amigos, mas só em 2009 conheci realmente a "cena alternativa" (scenekids).

Você é uma das fundadoras do SceneKids no Brasil, correto? Como começou tudo isso, desde a criação do Deville Girls até ocorrer a reunião em São Paulo (o encontro aconteceu no dia 17 de julho de 2011 no Parque Ibirapuera)?
Lembro-me que em 2009 e 2010, eu já via algumas das meninas que pertenceram ao Devilles. Na verdade, eu quis montar aquele grupo com quem realmente gostava do estilo e se esforçava na divulgação, como a Lindsay Woods, a Leeeh Muller e a Nina Bear Massacre. Então,a Leeeh Muller (Letícia Nascimento Costa) e eu criamos o maior grupo alternativo do Brasil, fizemos várias divulgações, vídeos, etc...tudo em torno do estilo scenekids, com pretensão de divulgar e unir a cena. Conseguimos reunir scenesters no Parque Ibirapuera, onde fomos bem recebidos por algumas pessoas, mas também fomos alvos de preconceito por outros estilos. O melhor foi ver o desempenho dos scenekids indo até o local do evento. A Ana Insana, o Yan, Alysson e o Syntetic são de Minas Gerais, já a Stacy e eu somos do interior de São Paulo. Foi preciso da ajuda de todos para realizar o evento e hoje agradeço por conseguir realizá-lo.
Encontro do Devilles no Ibirapuera em 2011

O grupo Deville Girls ainda existe?
Não, mas mesmo assim as pessoas não se esqueceram do grupo. Ainda "rodam" fotografias pelas redes sociais, até mesmo internacionais.

Por que o foco no cabelo? O que faz você reconhecer alguém que segue o estilo?
Acho que o cabelo é para chocar e se destacar dos demais. Muitas pessoas não conhecem, mas veem uma fotografia na internet de um scenekid e acabam copiando o cabelo ou as composições das roupas, acessórios, etc. Mesmo assim, conseguimos nos reconhecer e diferenciar. Geralmente, os scenekids têm mais atitude porque o movimento já faz parte do estilo de vida, você acaba vivendo pelo estilo. Sofre-se preconceito e se você não pode trabalhar em qualquer lugar, escuta diversos nomes estúpidos, além de outras coisas, isso faz com que cresça e aprenda a lidar com esses tipos de situação. Para ser considerado scenekid, é preciso ter esse tipo de atitude/conhecimento.

Geralmente, um estilo alternativo surge de um movimento musical, e nesta parte, o Scene tem várias influências. Você acha que por não ter uma ligação com um só estilo musical a parte visual acaba se sobressaindo mais?
Sim, pertencer a "cena alternativa" é exatamente a composição de gostos e vontades em um único indivíduo. É normal nos dias de hoje os jovens gostarem de mais de um estilo de música e o scenekid expõe exatamente tudo que gostamos no visual. A música é uma das composições do estilo, ou seja, temos acesso a diversos recursos artísticos.

Muitos são autodidatas, a maioria produz e customiza seu próprio visual. Você mesma corta e pinta seu cabelo, faz suas roupas e makes, inclusive há vários vídeos de tutoriais no youtube. Por que usam este recurso? Por não encontrarem o que querem, pelo baixo custo, para tentarem ser o mais original possível...?
Na verdade, nós procuramos por diversos produtos e o que for mais convencional, usamos. Os vídeos são exatamente para mostrar o que sabemos fazer e a partir disso desenvolver novas ideias e projetos. Por exemplo: descobrimos que podemos pintar o cabelo com tinturas (que sairia 30,00 reais), anilina de madeira (2,80 reais) e violeta genciana (3,00 reais). Além dos preços, precisamos ver as condições de cada produto. Já utilizei os três, e cada um e cada cor tem um tempo de duração e efeito. Os vídeos mostram uma prévia de como será o resultado.

Neste vídeo, Uila mostra como tingir o cabelo, fazer mechas e listras. O vídeo, tem aquele ar super amador, underground, típico do faça você mesmo. O link para o canal da Uila está no fim do post.


Tanto aqui quanto lá fora, os scenesters são envolvidos com Moda, muitos trabalham nesta área. Por que este forte interesse e não artes, já que mexem com criação?
Vender produto é mais compensativo do que vender ideias, se o seu intuito for ganhar dinheiro trabalhando com moda, roupas, acessórios, etc. É mais um alvo certeiro. Os scenesters trabalham em diversas áreas, como fotografia, música, teatro, modelo, moda... Geralmente em áreas ligadas à arte, pois é onde existe menos preconceito.

Confunde-se o SceneKids com outros movimentos. Há alguma relação com o TrashyStyle?
Tudo depende da pessoa que cria a cena. Provavelmente trashystyle é uma subcultura como o scenekids, com diversos segmentos de outras subculturas que se entrelaçam por conter características semelhantes. (nota do editor: o Trashy Style foi criado pela Scene Queen Audrey Kitching, abordarei isso na próxima postagem).

Tem algum ídolo? Caso sim, você utiliza como referência na montagem dos seus looks?
Sempre tenho um ponto de apoio, um artista, uma música, filme... Não me prendo apenas em um único conceito, gosto de composição de texturas diferenciadas, de diversas cores, e é isso que o scenekid me oferece.

Imagino que deva sofrer preconceito, ainda mais morando fora da capital. Agora que se formou e pretende trabalhar, vê dificuldade de arranjar emprego por causa do estilo?
O maior problema hoje, tirando o preconceito, são as pessoas que acham que você só pode ter um estilo diferenciado se é adolescente, ou seja, se tem um estilo diferente, eles acabam te tratando como uma adolescente rebelde, mas é preciso se impor e mostrar que o estilo faz parte de si próprio.

Por fim, há algum idealismo político? Levantam bandeira para alguma causa social?
Sou a favor da cultura no Brasil, quero ver crescimento nas cidades em função cultural. Estilos alternativos estão diretamente ligados à arte, só precisamos de apoio governamental e valorizar o que cada cidade tem a oferecer.



Links da Uila:
Videos/Tutoriais no Youtube

Leia também: Moda Alternativa para os Scene Kids   








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Comentários via Facebook

26 comentários:

  1. Já gostei de scene kid quando tinha uns 13 anos e me fez me interessar por moda, poréééém hoje em dia não considero um movimento nem uma subcultura, era uma 'modinha'.É o tipo de coisa que quando passa as pessoas tem até vergonha de dizer que gostaram e querem enterrar a mil metros abaixo da terra.A Audrey era a maior representante disso e agora se virou pra um lado quase que alta costura, o mesmo com Hanna Beth e Jac Vanek.Dakota Rose agora tenta ser Gyaru.
    Acho que as únicas lojas/marcas que ainda apostam num estilo meio scene é a Hot Topic e a Glamour Kills.


    xx
    http://selvaversalhes.com/journal

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    1. Alien, reparei nisso, os scene começam muito jovens e acho normal que depois encontrem seu caminho e mudem um pouco de estilo, mas não acho que se encaixe no conceito de "modinha"porque ainda existem lojas especializadas ou com linhas para este público. Acho que o estilo evoluiu e até incorporou certas tendências do alternativo.
      Audrey, Hanna e Jac não trabalham com alta costura porque alta costura é só na França, mas sim, elas se profissionalizaram, estão trabalhando agora com peças de mais qualidade e consequentemente, mais caras ;)

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    2. Sim, sim... Não quis dizer 'alta costura' LITERALMENTE, saca?Foi só um jeito de dizer que elas estão ligadas a um estilo que lembra isso e estão mais sérias.Por isso o 'quase que...'


      xx

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  2. Adorei !
    Principalmente eles são mais que moda! Tem um ideal e tudo mais!
    Realmente gostei muito ^^
    Não sei se me sentiria confortável nesse tipo de roupa, mas mesmo assim, acho bonito ^^
    Beijos =*

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    1. Sim, eles tem interessem em direitos cíveis, direitos dos animais, poesia... coisas bem legais! Mas sofrem muito preconceito exatamente por toda essa liberdade com que eles usam a moda =)

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  3. Oi querida!

    Eu AMO o seu blog, sempre acompanho e ocasionalmente comento.
    Não posso descrever o tamanho do meu espanto ao deparar com essas postagens sobre scenes.
    Muito boa, mas infelizmente está uns 6 ou 7 anos atrasada.

    A tendência foi considerada inventiva e vibrante, mas já era. MORREU. E isso nas palavras de vários scenes citados por você.

    O estilo é visto como cafona no exterior e seus novos adeptos ridicularizado por ser extremamente ultrapassado e não acredito numa revitalização tão cedo. Essas fotos extravagantes já não tem espaço nos blogs e redes sociais (foi interrada com o myspace no exterior).

    Por favor, continue com seu ótimo trabalho de trazer coisas frescas em vez de nos manter no limbo das tribos e tendências.

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    1. Rsrsrsrss!! É verdade, o post está um pouco atrasado.
      Mas antes de tudo, o blog é sobre Moda Alternativa e eu precisava registrar a existência da moda dos Scene mesmo que muitos deles tenham evoluido e mudado de estilo de vida ;)
      E uma pena que os novos adeptos sejam ridicularizados, não gosto quando há intolerância dentro das subculturas =/
      Ainda haverão algumas tendências e tribos a serem tiradas do limbo, porque eu pretendo registrar muitas delas ainda...
      Obrigada pelo elogio ao blog ^^

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    2. Aqui dois posts sobre "tribos" que desapareceram com o tempo: Teddy Boys, Rockers e Beatniks http://modadesubculturas.blogspot.com.br/2011/11/anos-50-parte-4-jovens-e-rebeldes-teddy.html
      e Macaronis: http://modadesubculturas.blogspot.com.br/2012/08/historia-da-moda-visuais-que-chocaram.html
      ;)

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    3. Eu não sigo essa moda mais conheso muitas pessoas que seguem e elas se reúnem as vezes

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    4. Tenho orgulho de disser que o scene kid voltou 😂😂

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  4. Adorei o blog, é muito interessante investigar a moda das diferentes subculturas numa sociedade. Estás de parabéns com este post, passei a seguir :)

    ***

    The Marvelous World of Narcissa

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    1. Oi Narcissa! Que bom que gostou!
      É realmente interessante como as subculturas surgem e evoluem na sociedade e algumas até desaparecem mas costumam deixar um rastro que influencia o mainstrem ou subculturas que virão depois delas ;)
      Também estou acompanhando seu site!

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  5. Realmente parece muito com a moda japonesa, e ao mesmo tempo parece com coisas que a galera usava lá pra 2008/2009 por aqui. Era mais ou menos nessa época que o estilo estava no auge, né?

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  6. Tbm acho o termo 'subcultura' precipitado, Sana. Subcultura envolve um conjunto mais amplo e coerente de valores, símbolos, visao de mundo, musica, arte... Um determinado grupo usar determinado visual alternativo nao é necessariamente uma subcultura - nao estou entrando no mérito da validade do grupo, vejam (mesmo que esse grupo ja tenha se mostrado fugaz)...

    PS: Fiquei intrigado tbm com a mençao do cabelo onça ter sido inventado pela scene em questao. Vou pesquisar isso, pq imaginei que fosse obra do auge do glam, do punk ou do death rock.

    Abs!

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    1. Adoro seus comentários FH!!!
      Bom, eu não lembro de ver cabelo de onça no hard oitentista, assim, de memória não lembro mesmo, mas se achar algo me avise!!

      Sobre subcultura, bom... a meu ver subcultura são um grupo de pessoas com aparência similar, que tem um comportamento próprio de agir e pensar. Tem subculturas duradouras e tem subculturas que desapareceram como as que citei acima em resposta ao anonimo...existe também a contracultura, que tem filosofias mais radicais. O que acha que define uma subcultura?

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  7. Um conjunto mais amplo de características, envolvendo diversos campos (do vestir, agir e pensar, com vc disse) com coerencia.
    "Um conjunto diferenciado de valores, crenças, normas e padrões de comportamento, portanto um modo de vida compartilhado por parte de uma população" (Sebastião Vila Nova, em "Introdução à Sociologia). Outro autor, Paul Hodkinson, tbm aponta quatro itens para se caracterizar uma subcultura e diferencia-la do conceito de 'tribo pós moderna' (que seria fugaz e passageira, com ajuntamentos pontuais e dispersões), são eles: Diferenciação/Consistencia, Identidade, Comprometimento, Autonomia.

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    1. Ah! Eu sabia que você ia citar o Paul, hehe!! É tipo aquela questão da pós modernidade comentada nos posts da monocultura. ;)

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  8. Sinceramente? Eu acho um estilo extremamente "vazio". Já curti um pouco a uns 6 anos atrás,e já conheci 90% desses scenes famosos brasileiros, e sinceramente? Só a Uila Salvava esse estilo, ela era a melhor, a mais "de boa".
    Mas esses grupos focados em os "mais estilosos" e ou os "mais populares" sempre me causou desprezo. Não existe NENHUM estilo que fique juntando os 10 melhores e mais famosos por causa da aparência e excluindo os outros.
    Scenes ficam numa eterna briga pra um aparecer mais do que o outro.
    É um estilo absurdamente baseado no Japão, sem nenhuma ligação cultural além de: Vamos ver quem mais chama atenção?

    A própria Uila que se dizia a eterna Scene, abandonou o estilo e esta cheia de dreads.
    É um estilo absolutamente fútil e vazio, por isso ninguém consegue ficar velha tendo esse estilo, (coisa que não acontece com o gótico/punk e etc).

    Aliás, conheci uma dessas scenes famosas brasileiras que gastava (e ainda gasta) cerca de R$150 reais com apliques, mas quando eu, a Lua Amanda E mais um pessoal alternativo quis fazer algo legal em prol de crianças no orfanato, ela falou pra mim "Que não gastaria o dinheiro dela com essas besteiras".

    Vê o que é o scene?
    Pessoas que em sua grande maioria só pensam em si mesmas, na sua fama e em como conseguir tirar proveito disso.

    ALGUNS são legais, mas sinceramente, praticamente nenhum.

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    1. Todas as pessoas, sem exceção alguma, só pensam em si mesmas.

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    2. E verdade alem do q a maioria dos scenes são muito isibidos ,tipo eu tenho meu estilo e varias pessoas criticam mais eu sempre sou educada por q sei q essa pessoas ñ intendem ,mais uma vez eu tipo falei q ñ curtia muito o estilo e a menina quase me esguanou ,ate a thais c.dimonte largo estilo e disse ser um mundinho podre onde um tenta detona o outro pra ser mais famoso

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    3. Não quero mais isso pra mim, não consigo me ver dessa forma, não acho fútil isso, e humildade não é dar atenção as pessoas... Pensem bem, não é fácil dar atenção para todos, até mesmo porque temos nossa vida... Isso foi um dos porquês que eu não me interessei mais pelo estilo. Estou feliz do jeito que sou e hoje podemos ver uma sociedade mais eclética... Espero que não caiam nas histórias da internet, isso é desprezível, viver o momento é que é eterno!

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  9. Podiam ter falado da Verena Schizophrenia também né ! Sou fã dela :3

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  10. Acho muito legal o estilo Scene. O único problema é que devido a falta de capacidade mental de alguns, as pessoas que optaram por ter tal estilo são muito hostilizadas, ficando assim desmotivadas a continuar com o mesmo estilo.

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  11. rafa qui: quero fazer um livro gostaria de usar alguns trechos dele do meu livro,seguindo algumas ideias dessa pagina,e por algumas perguntas feitas para Uila,poderia por?

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    1. Oi Rafa!
      Entra em contato por email para gente trocar ideia sobre esse seu projeto: modadesubculturas@gmail.com

      Bjs!

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