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16 de julho de 2014

Chifres na Moda: da História à Moda Alternativa

A relação do cinema com a moda vem desde os primórdios das primeiras filmagens. Recentemente, o filme Malévola, estrelado por Angelina Jolie provocou um interesse por adereços de cabeça em formato de chifres. Mas antes de estar no blockbuster, os chifres já davam as caras há muito tempo cena alternativa, tanto que pequenas lojas artesanais já forneciam estes adornos.

Um pouco de chifres na moda alternativa: editoriais de fotografia, cena japonesa, psychobilly, Pastel Goth...


No Brasil, a loja Miniminou revende peça produzida artesanalmente pela Devas.


Mas você já parou pra se perguntar de onde veio, qual a origem dos chifres como adornos sendo usados como moda?

Antes de contar um pouco de história da moda, vamos à uma breve ambientação temporal da história de A Bela Adormecida: A versão mais conhecida é a dos Irmãos Grimm, publicada em 1812. Porém, a primeira versão da história foi publicada em 1634, ou seja, século XVII. Vamos voltar um pouco mais no tempo agora?

As Referências:
1. Adornos de cabeça da Era Medieval.
No fim da Idade Média, as vestimentas femininas eram simples, mas seus adornos de cabeça eram altos e exagerados. Havia inúmeras formas de enfeites e  uma imensa variedade de penteados elaborados e fantásticos que duraram até o fim do século XV.  No final de 1400, os fios que cresciam na testa e nas sobrancelhas eram raspados para que os adornos fossem a atração principal. Os cabelos eram divididos ao meio, torcidos na lateral do rosto e eram guardados na crespine que tinha uma forma cilíndrica ou esférica, com uma forma pontiaguda de aparência de chifres. Esse adorno corniforme surgiu por volta de 1410 e sobre essa estrutura prendia-se o véu. 




2. Era Barroca:
Já lá pelos idos do século XVII (como foi dito acima, século em que a primeira verão da história foi publicada), eram os próprios cabelos que eram torcidos de forma a ficarem com aparência de pequenos chifres. Este penteado foi muito popular na cidade de Veneza durante a renascença.



É possível que tais referências de moda histórica tenham sido usadas pra criar a imagem da personagem Malévola. As modas do passado sempre nos surpreendem, pensamos que algo é novo e incrível, mas cada época tem uma moda ousada que de tempos em temos é relida. Mais posts sobre história da moda [aqui].

*Este artigo foi escrito pelas autoras do blog através de pesquisas. Se forem citar trechos ou usá-lo como referência para criar outros posts, citem este link como referência para evitar problemas com o direito autoral.



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6 comentários:

  1. Oiee!! Acho os chifres um acessório bem legal! E quem usa mostra bastante atitude!!
    Gostaria de informar que indiquei seu blog no premio Blogger Awards la no meu blog, o link para a postagem é esse: http://mundodassubculturas.blogspot.com.br/2014/07/blogger-award-premio.html
    Beijoos

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  2. Pelo visto, os chifres ainda não eram associados ao Satanismo. Mas então qual seria a influência? Resquícios de cultura pagã? Gostaria que a História pudesse nos revelar os detalhes "sórdidos".

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    1. No caso dos chifres da Era Medieval, se elevavam aos céus, assim como as igrejas (arquitetura gótica) do período. A moda também sofre influência da arquitetura de suas épocas. Outro detalhe era que esse tipo de adorno fazia a mulher (rica) andar e se movimentar de forma muito cuidadosa, as classes baixas não usavam esse adorno.
      Se não me engano, chifres já eram associados à monstros e ao diabo, mas no caso específico da moda, era mais uma mistura de referência da arquitetura + elitismo + moda bizarra. ^^

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  3. Legal a contextualização dos chifres no período medieval, realmente em várias pinturas vemos esse elemento. Ano passado eu expus uma instalação que tinha um desenho no formato A2 do rosto de uma mulher (com chifres) e um manequim vendado e pintado de branco, no qual eu desenhei o crânio de um bode na barriga e a cabeça de um bode em suas costas. Chamei de "Inquietante Estranheza" porque falava do que é simbolicamente tido como regra para um pode não ser para o outro. E aí essa estranheza causa uma interpretação particular (o principio foi emprestado de Freud). No meu caso quis descontruir a ideia de que o bode é um animal maldito e trazer algumas interpretações e lembranças, inclusive da minha infância sobre o animal (quando criança eu tive uma cabra, com chifres). Demorei a voltar, mas voltei aos comentários aproveitando as férias! :)

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    1. Que bom que voltou Helena! =D
      Realmente passou da hora de desconstruir a ideia do bode como animal maldito, adoraria ter visto sua instalação!!

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