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2 de dezembro de 2014

Sobre Preconceito e Autoconfiança: A Resistência Estética

O post anterior foi sobre o Preconceito com as Estéticas Alternativas.
A partir do momento que você assume sair do padrão, encontrará resistência da sociedade em aceitar sua individualidade.






A estética das subculturas tem como base a música. "Diga-me o que ouves que te direi como te vestes!"
Já a moda alternativa, como falamos [aqui], é muito mais abrangente, a moda subcultural está dentro da moda alternativa.
Quando passamos a nos interessar por subculturas ou moda alternativa, queremos demonstrar isso pelas vestimentas, queremos dizer ao mundo quem somos através de nossos adornos.
À medida que crescemos nós abandonamos essas vestimentas... ou não. 


"Perigo: A música punk pode causar criatividade  - e - individualidade"


Por que alguns mantém uma estética subcultural e outros não?
Tirando a questão do emprego (o grande dilema!), algumas pessoas se ligam de forma mais aprofundada nas subculturas e outras se ligam mais superficialmente. E também porque algumas pessoas se encaixam nas normas mais facilmente que as outras.

Como saber se é só uma fase pra você?
Essa é uma pergunta realmente difícil.
Só o tempo vai te dizer.

Se quiser saber o quanto se expressar pelas roupas é importante pra você, pode fazer um teste: por uma semana, não use absolutamente nada que tenha referência alternativo ou subcultural. Se você sofreu muito durante esse período, se teve crises de recaída, se não via a hora de se despir, se sentiu angústia... bom, você não vai largar seu visual alternativo tão cedo! :D

Se por algum motivo da vida ou por vontade própria você precisou amenizar ou largar sua estética subcultural, tudo bem! Isso não é um crime! Tenho certeza que mesmo assim vocês conseguem ser fiéis à si mesmos de outras formas!!


Como sobreviver ao preconceito?
Pra quem já passou de certa idade essa pergunta pode parecer tola! Mas como eu sei que o blog tem muitos leitores novinhos e sei que quando adolescentes as crises de insegurança são comuns, estas dicas podem ser úteis:

-  Se vista de forma super elaborada nos dias que estiver autoconfiante! Porque se alguém na rua implicar com você, você não vai nem ligar pras baboseiras!  A nossa linguagem corporal diz muito sobre se estamos confiantes ou não e as pessoas reparam em quem está mais enfraquecido e tiram proveito disso pra agredir.

- Se você não estiver muito autoconfiante e fizer questão de usar um visual mais elaborado, tente não sair na rua sozinho/a. Saia com alguns amigos ou com seus parentes. Quando se anda em grupo é mais difícil ser vítima de agressões.

- A clássica "não ande em ruas escuras ou muito vazias" pode servir aqui. Nunca se sabe se algum engraçadinho vai aproveitar o ambiente pra  te ridicularizar. 

Claro que que existem momentos que realmente não dão pra sair toda montada ou com "aquele make". É o tal de "estar vestido adequadamente pra situação". Quais seriam estas situações? Principalmente situações que envolvem idas à hospitais, funerais ou em ambientes da lei. Casamentos, depende! Se a maioria dos convidados já souber que você é alternativo tudo bem, se os noivos não se importarem com o seu visual, tudo bem também. Afinal, se você foi convidado é porque te conhecem, certo? Mas se tiver dúvidas, você pode apelar pra um look mais amenizado.

A autoconfiança é necessária pra se sustentar um look! 
Quem tem, não se importa com o julgamento alheio. 


Nem toda atenção é ruim!
Nesta vida, aprendi que o que os outros pensam de mim não é tão importante assim. Seria isso individualismo, egoísmo? Pode ser. A questão é que na cabeça de muitas pessoas estéticas subculturais estão associadas à drogas, perversões, tudo de ruim... então, não vejo como egoísmo querer se defender de críticas maldosas simplesmente apertando o "foda-se"!

Eu já surpreendi muita gente puxando assunto, dando bom dia/tarde, falando coisas bobas, conversando com os velhinhos da praça, tudo isso de forma natural, porque me deu vontade! Isso desconstrói o mito de que somos seres fechados ou isolados e as pessoas passam a te enxergar além da roupa.
Claro que já fui contra tudo e todos, não falava com ninguém, fechava a cara, mas isso foi durante os turbulentos anos de adolescência, depois passou, eu defini minha personalidade e fechar a cara não tem mais a ver comigo.


Se é de sua natureza, não tenha medo de sorrir e surpreender! 
Isso quebra barreiras!



Às vezes construímos um muro contra as pessoas e achamos que todas elas vão nos fazer mal! Nem sempre! Às vezes elas te olham por curiosidade, sem maldade e nem bondade. Tente não focar tanto no negativo, nós não estamos contra as pessoas, só queremos nosso espaço pra se expressar livremente!
 
Existem os que vão admirar seu estilo, só que nem sempre terão coragem de falar com você. Você já imaginou que pode estar inspirando muitas meninas e meninos mais novinhos que te veem passar na rua? De alguma forma você afeta outras pessoas, nem que seja pra fazer elas saírem de seus próprios mundos por alguns segundos.
Eu por exemplo cresci numa cidade do interior e justamente por me vestir alternativamente, as pessoas se lembram de mim! Podem gostar ou não de meu estilo, mas se lembram!


O exercício da auto confiança é diário.
Se você não tem ainda coragem de sair toda montada na rua, comece aos poucos, uma peça pesada com uma peça leve, depois vá acrescentando acessórios, ou calçados e por fim, estarás vestido como deseja!
Veja com qual peça se sente mais segura e use-a como base do look (pode ser um calçado, um acessório, uma roupa...).
É preciso perder o medo de dar o primeiro passo. A auto confiança vai aparecer durante esse exercício!


A Rejeição dentro de casa:
Se seus pais ou parentes não aceitam ou toleram seu visual, tente evitar atrito com eles. É preciso entender que eles são de outra geração e foram criados de outra forma. Simplesmente viva sua vida e faça os entender que roupa não muda caráter. 


"Você pode fazer o que quiser, 
contanto que não empurre na goela abaixo de outras pessoas"
 


Não é sobre se exibir, é sobre se expressar!
Algumas pessoas podem dizer ou pensar que nos vestimos desse jeito pra chamar a atenção, se exibir.
Ora, nos vestimos assim porque gostamos!
E justamente por sermos nós mesmos livremente acabamos por nos destacar na multidão.



Você já imaginou que às vezes as outras pessoas não tem coragem de se expressar através das roupas como elas gostariam? 

Que se vestem com as roupas da moda por medo de não satisfazerem as expectativas dos outros?
Ainda bem que não fazemos parte deste grupo!


Comentários via Facebook

2 comentários:

  1. Olá! Adorei mesmo o post, assim como todos que você posta por aqui, hehe.
    Me identifiquei muito, já que também sou adepta da moda alternativa.
    Eu me acho muito básica, olhando pro estilo de outras pessoas, e mesmo assim noto que as pessoas me olham na rua, e tipo, as pessoas me reconhecem! Um dia conheci a irmã de uma amiga, e ela disse que já havia me visto no ônibus, e eu nunca tinha visto ela! hahaha. E também faço o contrário, se alguma pessoa tem um estilo diferente do meu, que eu acho lindo, eu seco mesmo kkkk Até uso isso pra me inspirar, tipo, hm, nunca tinha pensado em usar uma jaqueta assim, vou tentar, e etc. Acho que é a mesma lógica de olhar looks do dia em blogs de pessoas alternativas, pelo menos pra mim. Eu não me ofendo que olhem, me ofendo que me julguem, e olha, já fui julgada várias vezes.
    Desculpa pelo comentário gigante, mas tá aí, hehe.
    Beijão!

    http://sabado-chuvoso.blogspot.com.br/

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    1. Andressa, costumo dizer que o básico do alternativo não é o mesmo básico das outras pessoas. Cada pessoa é única e certamente o seu básico demonstra sua personalidade, gostos...
      É verdade, a gente acaba "marcado" e lembram da gente haha, também adoro observar outros alternativos *_*
      Bjs!

      Excluir

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