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18 de março de 2015

As bruxas estão soltas! (Witchy e o Boho Witch)

Que a estética subcultural é explorada pelo mainstream desde seu início (coisa que ficou mais forte nesta década), a gente já sabe. Mas e quando o estereótipo de uma religião se torna moda vendida em lojas de departamento?

É o que temos visto acontecer com a bruxaria, religião de várias vertentes que os alternativos costumavam abraçar por não se identificarem com os ensinamentos de religiões mais tradicionais. 

A banda The Black Belles canta uma letra chamada "Witch", que fala sobre o estereótipo de bruxa: "Ela tem um longo cabelo preto/E um grande carro preto/Bem, eu sei que você está pensando/Mas você não vai chegar longe/Ela vai fazer você coçar/Porque ela é a bruxa"


A relação com o feminismo
A bruxaria é essencialmente feminina. Quando pensamos nas séries sobre zumbis e vampiros, tão idolatradas ao longo da última década, notamos que os homens são os personagens principais, dominantes, líderes e as histórias giram em torno de ação e sexo. 
Já as histórias com bruxas, são sobre a mulher se ajustar ao mundo, relações interpessoais com outras mulheres, com o seu eu interior e retratadas como pessoas fortes, capazes de superação. Não ficam à margem e sim, assumem posições de liderança sobre suas vidas.
Quando as garotas ou mulheres se identificam com a arte da magia e adentram nos estudos, é provável que haja emancipação feminina, que elas entendam o ambiente, seus corpos e que podem ser líderes.

Mulher poderosa! Desfile Jean Paul Gaultier, Haute Couture 2014, 
com tema bruxaria.


Abertura ao paganismo
Se uma gótica ou uma headbanger se assume bruxa (usando o visual tradicional de suas subculturas), é bem comum pensarem que ela "faz sacrifícios humanos/ animais no cemitério e tem pacto com o demo!". Ainda existe um longo caminho pra retirar esse pensamento medieval da cabeça das pessoas.
Só que, é mais fácil hoje alguém se revelar pagã do que há 20 anos atrás, o preconceito diminuiu muito! Fora que as pessoas estão mais espiritualizadas do que seguindo fielmente os preceitos de uma religião, tanto é que muitos dizem raramente rezar, participar de cultos e ler a bíblia ou outros textos sagrados.
Esse tipo de novo comportamento frente às religiões acaba abrindo espaço para o "paganismo cultural", que são os "Wiccan Wannabes", que leram um ou dois livros e já se dizem parte da religião. Essa é uma faca de dois gumes, pois pode ser tanto uma porta para que se adentre aos conhecimentos e estudos quanto ser apenas uma forma de status, o uso da imagem da religião para se destacar no grupo.
Na verdade, o que faz muitos se atraírem pela bruxaria é justamente a ausência de um manual a ser fielmente seguido, não existe uma bíblia, um texto sagrado único e obrigatório. Ela permite que cada pessoa escolha uma linha (tradicional, celta, wiccan, teutônica, etc) e ao adquirir conhecimentos por livros, ensinamentos de sacerdotisas ou covens - possa estudar e desenvolver suas habilidades. Tudo depende da dedicação da pessoa aos estudos. Existe uma certa "independência" de grupo, é possível ser uma Bruxa Solitária.

 Lembram da época que ostentar um pentagrama no visual era super incomum?
(cinto da Black Frost)

Por muitos anos, a imagem que se fez da estética da bruxa da subcultura gótica, foi a medieval. Como nesse vestido da Dark Fashion.

Quando se trata da cena alternativa, o pentagrama (invertido ou não) nunca saiu de cena, especialmente da Black Metal. Mas é inegável que recentemente se tornou um símbolo queridinho, muito fotogênico e bastante amenizado, quase fofo... tanto que foi adotado por Pastel Goths. Mas será que todos que o usam realmente tem ligação ideológica ou sabem os significados?


Assim como a bruxaria, o ocultismo também tem sido explorado há algumas estações nas roupas alternativas. Muitos alternativos realmente se interessam por esses temas e querem demonstrar... mas que eles viraram comércio, sim, viraram. Afinal, Moda é também, consumo. E a demanda gera mais produtos. 

A marca Killstar, uma das pioneiras em trazer símbolos ocultistas 
como estampa.


A estética da bruxa cool que vemos atualmente, não é de nenhuma subcultura específica e por vezes, nem religiosa. É apenas um visual formado da união de tendências mainstream. Tem sido bastante associada com hipsters, com as adeptas do "gótica suave" e por fashionistas buscando uma imagem de "misteriosas".
Claro que acaba existindo o lado ótimo que é a gente ter acesso à uma estética que curtimos (na verdade, roupas pretas, nada mais do que isso!) mas até que ponto assim como as estéticas das subculturas, a arte da magia é colocada numa arara de loja como mero produto a ser consumido pela massa e depois descartado?

Bruxas na TV
Bruxas sempre fascinaram o imaginário popular! Hoje, algumas meninas alternativas adotaram releituras da  estética dos anos 90 - uma das maiores referências dessa turma é o filme Jovens Bruxas (The Craft, 1996) que misturava moda mainstream jovem da época com trevosidade. Fairuza Balk era a "it girl" da minha adolescência e agora, é resgatada pela nova geração. 
Só que a além do filme Jovens Bruxas, tinha a Kim do Bruxa de Blair 2 Livro das Sombras, ambas garotas alternativas, que tinham o visual e praticavam bruxaria de fato. Além disso, aquela década teve filmes com bruxas bem clichés, como Convenção das Bruxas, Abracadabra - Hocus Pocus; além do histórico bruxas de Salém, do divertido Da Magia à Sedução e os seriados Charmed e Sabrina the Teenage Witch. Enfim, foi bruxa pra todo o lado!

  

Recentemente, no mainstream
Entre 2012 e 2013 uma nova trend começou a se destacar: o Boho. Outra trend que começou junto foi a do uso de chapéus. Na época uma das grifes a fazer boho em peças negras + chapéus foi Ann Demeulmeester em sua coleção Fall Winter 2013-14: 



Aqui, Lorella Signorino AW ’11, Mother of London e Valentino, fall 2014.


Meadham Kirchhoff (spring 2014) fez suas bruxas mix de boho + anos 90. E ruivas. Sim, na era medieval, o cabelo ruivo era visto como pacto com o demo, muitas mulheres e crianças ruivas foram mortas.



Em 2013, o sucesso de American Horror Story - Coven, que trazia figurino de grifes mainstream misturado com peças de brechós, conquista o público e talvez carregue a maior parcela de culpa na propagação da trend. A popularidade do tema abriu espaço para seriados como Witches of East End, Sleepy Hallow e The Originals, que aderiram à febre da bruxaria e da atuação de mulheres mais velhas em papeis principais.
 
wear black
"vista algo preto" diz a bruxa suprema Fiona

Há algo interessante a falar sobre AHS. Seu criador, Ryan Murphy gosta de subculturas, dos excluídos. Em uma entrevista, Jessica Lange disse "Se você reparar cada uma das quatro temporadas que fizemos, é sobre um desses grupos marginalizados. Pessoas que não são aceitas. Por isso eu acho que a série conquista o público, que trata de grupos diferentes, mas que, de alguma forma, estão sob o mesmo tipo de opressão."

Outra trend mainstream popularizada na mídia: a transparência.


Abaixo, reparem na semelhança de figurino do desfile Saint Laurent de outubro de 2012, com o figurino da série, que estreou um ano depois em outubro de 2013. Televisão e cinema são muito poderosos para disseminar um tendência e fixar uma moda na sociedade.

Look de Donna Karan se assemelha ao usado pela personagem Zoe Benson.

Foi a geração Y, que prefere reviver modas do passado ao invés de inventar modas novas e utilizar trends mainstream, que os primeiros traços desse interesse renovado por um "visual de bruxa" boho + 90s + American Horror Story apareceu entre os alternativos. O chapéu pontudo foi substituído por outros modelos. E o pentagrama se faz presente.


Além do estereótipo da roupa preta, o chapéu atualizado e o pentagrama não podem faltar.

Gareth Pugh, aliás, acabou de estilizar o tradicional chapéu pontudo 
em sua coleção spring 2015.

 


Wannabe Wicca & Boho Witch, semelhanças em linhas tênues
Se o Wannabe Wicca nunca praticou magia mas se interessa pelo visual, o que viria ser "Boho Witch"?
O Boho Witch não é um estilo em si, é só um nome que as pessoas dão à seus looks em blogs e mídias sociais. Acaba sendo a junção de boho (cigano e  o hippie) + roupa preta que também é trend.
E não é exatamente uma estética com traços subculturais. É  tipo o gótica suave e o health goth, roupas pretas num determinado corte/modelagem das tendências atuais. Não é alternativo no sentido de estar inserido dentro de uma subcultura ou de ser uma estética de nicho - como já dissemos, é de massa. Embora sim, os alternativos possam adotar como parte de seus guarda roupas, nada impede. É uma questão de gosto.

Sendo uma questão de gosto, junta-se isso com as pessoas hoje estarem mais interessadas em peças de roupas do que ideologias. Assim, acaba que ser bruxa ou não fica em segundo plano. É reflexo de uma sociedade com interesse alto pelo individualismo ao invés da identificação com um grupo.


A fascinação pelas bruxas.
Então você já sabe, uma bruxa de verdade pode estar vestida como uma headbanger ou de jeans e camiseta. Mas isso "não tem graça, nem glamú". Quem quiser ostentar um "look bruxa", vai usar um vestido preto e um chapéu. Bem... parece que nada mudou. O estereótipo da mulher que pratica bruxaria não foi quebrado, ao contrário, permanece. Foi apenas repaginado. Está fashion!

Bruxas explícitas: avise todo mundo que você é bruxa! O mundo precisa saber! É tão cool!! Tão diferente! Que graça tem se você não pode dizer isso, não é mesmo? (#ironia)

Peças da Killstar- Confesso que amei o moletom e a lancheira! *_*

Faca de dois gumes: a blusa, de marca alternativa, diz: "seja estranha, se torne uma bruxa, fique louca, não dê a mínima". A intenção, certamente, foi com bom humor, uma gozação, "entendedores entenderão". Mas é pra se pensar quando uma marca alternativa "incentiva" a perpetuação de um estereótipo que bruxas são pessoas estranhas, loucas e que não se importam com nada. Não podemos esquecer que muita gente que lê essa mensagem  pode super mal interpretar seu visual, alimentando o preconceito com alternativos e com a magia.



O que pensam dessa apropriação imagética de símbolos pagãos/religiosos na Moda? 
Convidamos as leitoras e as bruxas leitoras a opinar ;)


Autoconhecimento, feminismo, independência, empoderamento, estudos mágicos... Será que tudo isso vem junto quando compramos uma peça "witch inspired"?



P.S. Esse post não é revolta pessoal. É apenas um post de análise de mercado (mainstream x alternativo) mostrando os dois lados e levantando questionamentos.




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42 comentários:

  1. Por um lado eu penso: YAY! Vou achar coisas de que gosto na C&A. HUAHUAHAUHAUHA. Por outro, é dureza ver que uma religião tão antiga foi reduzida a vestidinhos pretos, chapéus e pentagramas... O bom é que logo passa, como tudo no mainstream.

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    1. KKKKKKK! Sim e lá vamos nós! :D
      A gente ainda tem muito "fixo" um estereótipo de como uma bruxa aparenta né? E muitas bruxas reais são bem mais normais e menos fashionistas. Vai acabar passando, outra trend tomará o lugar.

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  2. Eu nunca curti muito essa popularização que a moda traz a certos cenários mais "ocultos", mas de certa forma, ela abre portas para o conhecimento e acho que provoca a curiosidade das pessoas. Eu nunca pratiquei magia, mas to sempre lendo algo relacionado à rituais pagãos (principalmente celtas), então não posso dizer o se o impacto tá sendo positivo ou não. Mas tenho que admitir que estão fazendo peças cada vez mais lindas e tá dando vontade de usar um monte hahaha.

    Zona de Conspiração

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    1. É meio chato mesmo quando a moda faz isso, eu também tenho meus "contras", mas é inegável que a Moda acaba atingindo mais pessoas e de repente pode chegar em alguém que se interesse pelo assunto e vá se aprofundar.
      Sim, as peças estão lindas, fica difícil se segurar!! Tem que aproveitar né? :D

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  3. A Bruxaria é algo presente da minha vida desde a infância, quando meus pais ficaram tentando me batizar e dava sempre errado. Hoje, adulta, me interesso por ler livros sobre o tema e aceito de bom grado minha adaptação ao Paganismo. Essa questão de roupa acredito que se popularizou bastante dps de American Horror Story, que trouxe com tudo a temática. No mais, acredito que bruxas se vestem de qq maneira, não exatamente seguindo a "moda bruxa" e concordo com seu texto, de que a imagem-bruxa é uma construção mainstream.

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    1. Imagino Jaque! Eu já vi que temos mais uma coisa em comum só pelo seu comentário rsrs depois te conto! :P
      Sim, com certeza o seriado ampliou a tendência, fez chegar à um público maior, mundial.
      E também acredito que bruxas reais não tem um visual tão carnavalesco, embora a cor preta seja uma cor de poder, elas são mais normais que o imaginário popular pensa!
      Bjs!

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  4. Oi Sana! A música Witch não é das black belles, é do sonics!

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    1. Oh anônimo, obrigada!!
      Mas as Black Belles tem o visual witchy e o Sonics não tem hehe. Por isso elas estão no post! ;)
      Mas valew <3

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  5. Ótimo texto como sempre! A coisa que mais me irrita nessa tendência bruxa e gótico suave é que as pessoas que sempre fizeram graça dos góticos de verdade agora ficam se dizendo góticos. E 99% das vezes é meio na brincadeira, querendo dar uma de "sou tão cool que não tô nem aí se me associarem com góticos por causa do batom escuro e roupas pretas" mas sempre dá pra notar que estão se colocando acima dos góticos de verdade como se as pessoas trendy achassem que tudo bem eles usarem roupa preta, batom escuro e etc porque ELES SIM entendem da moda, e estão usando de uma forma "melhor" que o povo de subcultura, que na visão fos trendys são apenas esquisitos. No fim, a subcultura gótica continua sendo a mais zoada e com a imagem mais desviada da realidada. Mesmo porque a maior parte desses trendys não sabe nada sobre a subcultura gótica de verdade, baseada em post punk, coldwave, etc etc etc. Eles continuam tendo aquela visão de outsiders de que gótico ouve metal e é triste entre outras besteiras que viraram estereótipo de gótico nos anos 90 e basicamente tomou o lugar da real subcultura gótica quando pessoas mais novas que não entendiam nada daquilo muito bem e abraçavam aqueles estereótipos tomaram conta da subcultura. Enfim, esse ja é até outro assunto

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    1. Isso acaba sendo o reflexo da proliferação superficial da subcultura gótica justamente pelo mainstream. Eles usam amenizado, pra eles é melhor - porque não sofrerão preconceito - porque se passassem um dia na pele de um gótico, passando por todos os olhares e preconceitos, com certeza veriam as subculturas de outra forma.
      Mas sim, é outro assunto.... e beeem longo hahaha
      Bjs!! ^^

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    2. O mais chato,é que,os que não sabem o q quer,ficam de zoeira,eu por exemplo,sofro discriminação por esse,desculpe modismo wicca.Antes q os caras inventassem,eu confesso,creio e sou bruxa,mas não ligo a mínima p esse povo q acha q ser bruxa,tem q comprar dilploma.Devia ter mais respeito,e acho q com todos os alternativos.Bruxos não se mostram,como li um comentário no texto.Babaca,quem acha q ler meia dúzia de livros e fazer cursinhso,te torna superior,e quebra c as regras,passando bulling.Chato,mas a Wicca p mim,não passa de modismo...a magia e a bruxaria são mais antigas e não significa associar-se a wicca,nem outra vertente.Eu segui,apenas pq tava a fim de entrar em algo q explicasse umas coisas espirituais q o cristianismo,não dá,c o perdão do termo,falam merda.Nem criança acredita e aqui tem tanta religião e sub religião,q essa da wicca,me fez tomar a decisão de ser uma pessoa q se leva pelo q dita minha cabeça.Eu fui da época q dark era visto como diabo...kkkkkkkk,mas curti,e agora a fase passou,mas admiro a cultura diversificada q ainda existe no novo mundo gótico,q desconheço...Preconceito,Sana,é a chaga podre da sociedade,não temos direito de andar pelo meio,pela esquerda,pq todos se acham certinhos e andam em fila,em frente,se a pessoa optou por sair da linha,pronto,já é mau vista.Mas q me deu um bronca desse movimento,q me deixou mto de lado,pelo preconceito,vejo sim,se acharem no direito de q só eles,usando seus pentagramas e comprando vassouras,sim...kkkkkkkkkkk,e compram,julgam e desprezam,p ser wicca tem q ter uma boa grana,é pura bestice...é algo q vem de nosso eu,se optei e sinto q me faz bem,prefiro estudar e me informar na solidão,q gastar c panacas,q querem enganar e dão diploma e inventam cursos,e mais coisas.Bem,p nã dizer q estou ofendendo a esses,ainda afirmo q me fizeram trolladas,e pelo próprio ou quimérico mundinho wicca,não podemos fazer maldades a ninguém,e me diz o q me fizeram?Não pago curso,daquilo q vc já nasce,tem em si,e se curto andar em locais bizarros,essa é de rir,me chamam de gótica...mera semelhança...não sigo padrões.Mas se algo me agrada e sinto ,como já disse,q me identifica,e me faz bem,pq não...Chato tbm é esse termo q rebaixa a todos q optaram por estilo,fora do q a sociedade acha certinha,subcultura..tudo sub p eles,e quem vive fora do ar,nesse mundo patético,só pensa em grana,malhar,e vai em festa cafona,p dar média,trabalha,tem q se posicionar e manter uma falso riso,qdo a alma é podre.Dispenso,prefiro minha escuridão...

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  6. Eu gosto muito dessa estética meio bruxa,principalmente essa do momento que acho menos caricata,já comprei meu chapéu,tá aí uma tendência que eu gostei,não de tudo é claro,mas vai servir para comprar muitas coisas legais com certeza.
    depois a moda passa e a gente continua a usar rs.

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    1. Também adoro Gio!! É lindooo! Já tenho chapéu, saião, vestidão!
      Com certeza a moda passa e nós ficamos!! <3

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  7. Vejo se repetindo exatamente o que aconteceu, uns anos/meses atrás com as camisetas de banda.
    Final do ano passado estava eu tomando um sorvete no shopping quando fiquei toda eufórica por ver uma blusa com estampa de triângulo invertido na vitrine da Marisa! Pensei tipo "Caralho, que achaaadooo"

    Fui averiguar e me assustei quando vi um pentagrama invertido em outra peça e o círculo zodiacal em outra. Quando vi uma senhora evangélica (a saia jeans até o joelho e o coque com três metros de cabelo não enganavam ninguém) levando a do círculo, vi o problema. Eu, particularmente, acho bastante desrespeitoso usar símbolos tão arcanos numa peça de roupa feita para o consumo das massas, pois é evidente que a maioria vai comprar pela estética e não vai se ater ao significado. O lado bom, como sempre, é que será algo passageiro e que poderei encontrar uma peça que me agrade ou outra em lojas de departamento rs

    Até lá, tenho medo de ver mais senhoras evangélicas usando triângulos invertidos e círculos zodiacais.

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    1. Camiseta de banda tá beeeem massificada mesmo. E o logo do Ramones então, nossa... nem sei dizer quantas versões "inimagináveis" já vi por ai O.o
      Eu tive a mesma sensação que você nas primeiras vezes que vi essas peças na Marisa e vi como um super achado também rsrs!
      Sua exemplificação sobre a senhora é uma amostra do lado negativo da moda massificada, ela tira toda a essência e simbologia de algo que o torna simplesmente banal, apenas uma imagem sem significado. Eu sempre reflito sobre isso, tanto sobre a Moda fazer de tudo pra ter lucro quanto como a gente consome isso e o quanto muitos de nós são ignorantes (no sentido neutro da palavra) sobre cultura, arte, simbolismos...

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  8. UAU.
    Que post incrível.

    Eu tenho que dizer que eu prefiro que eles incentivem a perpetuação de que bruxa é estranha e louca, porque me cansa ter que ficar provando e me explicando pras outras pessoas que tem aquela imagem fechada e preconceituosa de pessoas alternativas. Acho que isso é bom porque nos afasta do mainstream.

    Mas não gosto da apropriação. Isso acaba tornando um estilo de vida em uma coisa fútil. Eu olho aquela fashionista vestindo uma blusa com pentagrama invertido e penso... "ela acha que ela é do Diabo, mal sabe ela que esse pentagrama na verdade é uma representação de algo divino, da dualidade e do equilíbrio que nos completa e nos dá vida". As pessoas (mesmo as alternativas) ainda tem aquela imagem muito fechada sobre o que é o paganismo e o ocultismo, sobre o "bem" e o "mal", sobre "Deus" e o "Diabo". Eles acham que é tudo do demônio e do mal e já era, sabe? Acham que estão sendo do mal e que estão pregando cultos a satanás. aueheuhehe Então na minha opinião acaba banalizando mesmo.

    Em contrapartida, é incrível ver nessas séries mulheres realmente poderosas e que tem um controle sobre suas vidas, que acaba nos inspirando na vida real. Achei lindo o que a Jessica disse, porque realmente é verdade, né?

    Bêzo!

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    1. KKKKKKKKkkk Adorei!! :D
      Com certeza afasta! Esse é o lado ótimo do preconceito/estereótipo. E note que quem vende a blusa é uma loja alt, então, a intenção dela pode ser bem essa que você falou! ;)

      A moda - o lado da moda chato e descartável - é assim mesmo: apropriação, amenização e eliminação de significados e coloca glamour, status e amenidades como meios pra vender um tendência né? (no caso, preto e boho, símbolos).
      O paganismo e ocultismo ainda são mal interpretados até mesmo dentro da cena alt porque pra algumas pessoas ainda é difícil se desvencilhar do que aprenderam com os pais e sociedade e partirem pra pesquisar as coisas por si mesmas! A informação tá tão fácil hoje, só fica ignorante quem não tem interesse suficiente pra correr atrás.

      Siiiiiim, acho incrível esse lado bom de ter mulheres mais velhas na tv e todas poderosíssimas!! :D

      E valeu mesmo pelo comentário Rubilynda, o espaço aqui no blog é completamente aberto à opiniões!

      Bjs

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    2. Nem todas tem esse poder,quem dera,mas gostei da tua exposição de ídeias,até pq se uma pessoa,por exemplo,q não tem nada c a wicca,mas curte umas camisetas e símbolos,lá vem as sacerdotizas de vassoura diplomada,se achando q são as únicas,pq eu uso,caveiras,anéis,curto preto,caminho sozinha e estudei em livros a wicca,a realidade é decepcionante.Eu não posso sair c certas roupas,pq a sociedade te coloca uma máscar e um personagem q nem mesmo vc sabe,é mto lúdico e irritante.Mas acho q essa guerra de poder se dá entre bruxaria,a q se pratica sem cursos e mestres,aquela q vc acaba achando por meios ,na vida,em conflitos consigo,e se descobre,mas...wiccas não vão dizer-bem vindo,abençoado sejas,irmão,irmã...VÃO ANTES PERGUNTAR,QUAL É A SUA DEUSA,ONDE VC ESTUDOU E QUAL O ÚLTIMO RITUAL Q CELEBROU,AH,DÁ LICENÇA,SOU LIVRE...VELA PRETA,ROXA,AZUL E SE NÃO TIVER?TUDO CERTINHO,MEDIDO,QUADRADO,DAI Q SAI FORA,SE NÃO TEM RESPEITO E ACHAM Q CONHECIMENTO E SABEDORIA SE ACHA EM LIVROS,VÃO FUNDO.MAS DISCRIMINAR É FALTA DE CARÁTER,O PODER É O DA VOZ DO SILÊNCIO,POR ISSO PREFIRO NEM APARECER.ESSA ONDA DE NOVAS BRUXAS,P MIM,É FARSA.UMA CARA,OU UM BANDO LÁ DA OUTRA GERAÇÃO,DECIDIU QUE AQUILO ERA BOM,E O LEVOU AO EXTASE E ELE SENTIU OS DEUSES,Q PENA,E AÍ VIRA RELIGIÃO...NÃO SABIA Q RELIGIÃO É ESSA,Q ENSINA A SEPARAR E AFASTAR,APESAR Q TODAS TEM MAIS OU MENOS O MESMO OBJETIVO,PUXAR P SEU LADO,ENTÃO NÃO ME MISTURO,NÃO FAZEM PARTE DE MEU MUNDO,E SEI MTO MAIS COM MTOS ANOS DE PESQUISA,LEITURA E NA VIDA,O Q ESSAS FALSAS SACERDOTIZAS C DIPLOMA DE VASSOURA SE SENTEM,C ANOS E FESTINHAS,Q TÁ MAIS FORA DA CULTURA DAQUI E DEVIAM IR P ONDE SE CURTE VÃO P A TERRA DO HALLOWEEN,ESSAS,E ESSES,PQ NEM TUDO É TÃO BONITO QTO PARECE.FEIO MESMO É JULGAR ALGUÉM Q SABE E VIVEU,E DISPENSA,SÓ PQ NÃO ACENDE VELA PRETA P A DEUSA,NÃO CELEBRA OS RITUAIS,NÃO TEM VASSOUA COMPRADA...DESCULPE SE ME EXPRESSO ASSIM,ISSO É P A MAIORIA,NEM TODAS SÃO ASSIM,MAS SERVE DE ALERTA,P QUEM ACHA Q CURSO TE DÁ ALGO,OU TE TORNA UMA PESSOA C PODER,SOMOS NORMAIS...DONS,EU DEIXO O ASSUNTO A PARTE,PQ FOGE DO TEMA,MAS COMIGO,EU CREIO Q É ALGO Q JÁ NASCE C A PESSOA,E CURSO ALGUM TE DARÁ,NEM A PESO DE OURO...Somos humanos,cheios de neuras e não tem nada q se possa mudar,aí é q a mitologia me remete aos deuses do submundo,e vivo pensando nos mistérios da morte e nas noites ,e curto,isso é magia natural,ver o q tem de escuro,chorar,sentir,não ter o q se deseja de mão beijada,por isso,infelizmente lamento se decepciono suas convicções,ninguém tem poder,aquilo é tudo fachada...eu quem o diga..Fiz de tudo q sabia e q passavam,não tem nada de especial e não podemos mudar nada,só a roupa...

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  9. O seu ponto de vista é interessante, e confesso que nunca pensei nisso. Na melhor das hipóteses, a atitude do mainstream em explorar a estética subcultural acaba abrindo portas pro conhecimento, de quem realmente se interessa. Por outro lado, a "venda de simbologia" e "inverdades" sobre a religião torna o assunto ainda mais discriminado, uma vez que vivemos em uma sociedade cristã, e boa parte dessa sociedade são puritanos de faxada!



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    1. O que sempre tentamos trazer nas matérias no blog são os resultados das pesquisas com as visões de cada lado (alternativo, mainstream etc). Nem sempre é o meu ponto de vista, mas sim, o resultado de uma análise do tema. E sempre, sempre abrindo espaço pra questionamentos e opiniões dos leitores!

      Concordo que o mainstream abre portas pra quem se interessa ou se identifica, o que realmente acho nocivo (aí sim uma opinião pessoal minha) é esse lado muito consumista da Moda, que distorce tudo só pra ter lucro. Isso sim eu acho que é importante levantar no blog, o questionamento de como nós devemos lidar com essa apropriação, da estética ser um mero produto a ser vendido.
      Bjs e obrigada!!

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  10. Ai Sana.. vocês e seus posts sensacionais... como eu amo seu blog... ^^

    Eu cresci em uma família católica. Fui obrigada a fazer todos aqueles ritos até a crisma. Minha família tanto por parte de pai quanto por parte de mãe são extremamente religiosas. Por parte de mãe, até tenho tias que se tornaram freiras. Algumas pessoas, tanto por parte de mãe quanto por parte de pai eram tão fanáticas, que saíram do catolicismo e foram para as religiões evangélicas. Mas eu nunca me senti parte disso. Eu via a catequese, a crisma e tudo mais, mais como uma matéria a ser estudada e decorada do que como uma filosofia de vida a ser seguida e algo em que acreditar (e só hoje em dia eu percebo isso).
    Depois que eu crismei, eu participei do grupo de jovens da igreja, esse não por obrigação, mas também não era pela religião. Eu gostava de estar na presença das pessoas do grupo porque a gente falava sobre as coisas da vida e, muitas vezes, nem abordava-se o tema religião como foco. Depois acabei saindo também. Depois disso, nem fui mais a igreja. As missas eu já nem frequentava, mesmo quando fazia crisma.
    Mais tarde, incentivada pelas histórias de vampiro que eu adorava (e ainda adoro) ler, navegando na internet em busca de coisas sobre o assunto, descobri o paganismo/ocultismo. Então eu comecei a ler sobre esses temas. E eu me identifiquei. Foi quase como um estalo dentro de mim sabe. Eu via dentro daqueles pensamentos, coisas que eu já sabia por mim mesma. Coisas que eu apenas sentia e questionava. Eu não pratico nada, ainda, mas eu sempre quero aprender mais e mais sobre, porque é algo que sinto como se fizesse parte de mim. E o que sempre me chamou mais atenção, foi a bruxaria. Coisas que falavam do sagrado feminino, que empoderavam as mulheres, que nos colocavam como peças importantes e não apenas meras reprodutoras.

    Mas enfim, porque eu falei tudo isso? Primeiro porque eu precisava desabafar, confesso.. é muito complicado ser uma não cristã, cercada por todos os lados de pessoas cristãs e sem ninguém que compreenda seu ponto de vista sem colocar Deus e seus mandamentos/ensinamentos no meio e sem ninguém pra poder discutir abertamente sobre o assunto... Segundo, pra chegar na questão da banalização do tema por causa da estética que vira moda. Eu acho muito chato ver pessoas que não entendem nada do assunto pagando de bruxa má saída de um portal do inferno que abriu no canto do quarto dela. Primeiro porque a gente sabe que esse estereótipo de que bruxas são pessoas ruins que fizeram pacto com o demo são apenas estereótipos e segundo porque eu sinto como se o mainstream estivesse ridicularizando o assunto apenas para transformá-lo em moda pra continuar fazendo girar a roda do consumismo. Você vê pessoas que sempre te chamaram de estranha e atravessaram a rua ao te ver, vestindo "as mesmas coisas" que você. Só que pra elas, vazia de significado.

    Mas como você disse, é uma faca de dois gumes. Por um lado pode ser bom porque alguém perdido no mundo pode se identificar e adentrar mais no assunto a partir disso. E também tem o ponto mais positivo de todos que é encontrar roupas nesse estilo com mais facilidade. Até porque eu sempre gostei de roupas assim, não apenas pelo estereótipo que ela te dá ao usá-las. E tem também o que algumas meninas já falaram aí em cima. Daqui um tempo a moda passa e só fica quem gosta mesmo.

    Sobre a questão do estereótipo estranha/louca, eu concordo com a linda da Rúbia pelos mesmos motivos por ela citado.

    Confissão: Esse moletom da killstar é meu amor desde que o vi pela primeira vez, há um tempinho atrás, quando conheci a loja... na verdade, tem muita coisa dessa marca que eu adoro...

    Enfim.. acho que é isso.. desculpa meu comentário ser mais um desabafo do que algo a acrescentar, mas isso já tava meio que me sufocando...

    bjin

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    1. Mone, eu adoraria um dia ter coragem de desabafar meus perrengues com as religiões rsrs!Te empurrarem algo que você não se identifica, não entende... e assim como você, só percebi mais velha, quando entendi melhor o mundo.

      Mas a gente sabe que ainda não tem uma liberdade tão completa NEM mesmo na web pra falar abertamente o que pensamos/vivemos. Imagina... dizer "não sou cristã", puxa, as pessoas vão te julgar SIM e já associam diretamente com o demo, sem nem mesmo se lembrar que budistas também não são cristãos!! Então os budistas são filhos do demo também? Não né...

      Eu acho que só o fato de você já ter percebido que se identifica com alguma filosofia já é uma porta aberta na sua vida. Praticar... na verdade, pra praticar tem-se que estar bem, com disposição foco, senão, pratica depois, quando estiver mais auto confiante. Não tem pressa. Estuda, tome seu tempo.

      Claro que, nada impede que uma cristã use o visual citado no post, longe de mim, usar ou não usar o estilo tem a ver com gosto pessoal e mesmo porque, no nosso país, com todo o sincretismo religioso, existem cristãos que gostam e até se interessam por paganismo.
      O questionamento no post é sobre a massificação, banalização estética pela moda dominante visando apenas o lucro, vender um visual "diferenciado" para as que querem "pagar" de diferenciadas. A grande massa não percebe o quanto a Moda é capaz de os manipular.
      __
      Também adoooooro as peças da Killstar! Eles tiveram uma ótima sacada ao fazer peças neste estilo, a bolsinha redonda de pentagrama é minha queridinha!

      E fico muito feliz que tenha visto o post como uma possibilidade de se abrir e de expressar o que te incomoda. Adoramos quando o leitor mostra confiança na gente, nos enxerga como uma veículo parceiro, a gente precisa dessa confiança pra seguir em frente! Porque juntos a gente muda as coisas ;)

      E muito obrigada pela visita e por ter curtido o artigo! ♥ ♥

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    2. Exatamente.. até na web é complicado falar sobre isso.. E só fiz esse comentário aqui no seu blog porque aqui ainda é um lugar tranquilo para se falar sobre isso. Traduzindo, não tem ninguém da minha família que vai ler e vai surtar e as outras pessoas que costumam acessar seu blog, por se tratar do mundo alternativo, provavelmente estarão com as mentes mais abertas.
      Mas é bem complicado essa ditadura religiosa que nos é imposta... dizem que somos um país laico e que somos livres para escolhermos o caminho que queremos seguir, mas vai falar por aí que é bruxa pra você ver... capaz de algum fanático religioso te perseguir e te matar e nem ser preso por isso...
      Sobre a prática, concordo com você. Acho que o principal de tudo é o estudo. Pra saber exatamente o que significa e se é isso mesmo que se quer.

      Super verdade isso viu.. a gente que já observa um pouco mais de fora essa questão, consegue perceber como a moda manipula fortemente as pessoas. O problema é que fica tudo superficial de mais né. Afinal de contas, a filosofia de uma subcultura não está nas araras de uma loja para serem vendidas juntamente com a roupa. Não se absorve conteúdo apenas usando uma peça.
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      Essa bolsinha é linda mesmo! Também adoro!

      Eu que fico feliz por ainda existirem espaços como o seu para se tratar de assuntos assim.

      bjin

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    3. Não somos laicos não Mone, só no papel! Em diversas escolas e em recintos públicos que já entrei tinha um crucifixo pendurado na parede. Elegemos políticos que governam visando favorecer suas próprias crenças religiosas. País laico não permitira nada disso.
      A gente tem fama pelo sincretismo religioso, mas estamos perdendo essa bela característica que está sendo reprimida cada vez mais. Quem não é cristão ou é agnóstico ainda sofre bastante preconceito sim.
      Espero mantermos esse espaço sempre aberto para opiniões diversas! E obrigada pela confiança! ♥

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    4. Pois é.. somos laicos na teoria.. porque na prática, ta cada dia pior essa situação...
      Mas se fosse só o crucifixo pendurado na parede ainda tava bom né, o problema é que isso é só a ponta do iceberg. Tem escolas que obrigam todos os alunos a fazerem orações cristãs antes do início das aulas. Tem juiz que julga baseado em suas crenças. Tem político que se elege apenas para criar leis que favoreçam sua crença e extermine as crenças alheias, porque acredita que sua forma de pensar é a única certa no mundo. E como combater atitudes desse tipo se não temos quem crie leis que ajudem a inibir essa ditadura religiosa?
      O problema é que a religião ajuda a manipular as pessoas a favor de quem já está no poder e não quer sair de lá. Sempre foi assim, desde que os portugueses invadiram o país e forçaram goela abaixo dos índios uma religião que eles se quer tinham o mínimo conhecimento de existência. E enquanto a religião funcionar como manobra de massa, não teremos um país realmente laico. Na minha opinião, tem muito político aí que se diz de certa religião apenas para se eleger. Apenas pra poder encher o bolso com nosso dinheiro. Mas no fundo se quer acredita em um Deus, segundo prega por aí.
      Foi mal se comecei a fugir do assunto.. é que foram coisas que foram puxando outras na minha cabeça.. minha cabeça às vezes é meio confusa.. rs
      bjin

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  11. Sana, nunca comentei nos grupos que participamos a respeito de religião (acho que só uma vez). Bom, vou passar meu depoimento aqui.
    Aos 18 anos, conheci a Wicca através de um amigo. Eu li tudo que achei na net na época (anos 2000), comprei livros e conversei com membros de covens. Gostei tanto que fiz auto iniciação e tatuei um pentagrama para marcar a experiência.
    Aos poucos, me distanciei de algumas práticas. O grupo que conversava era muito rígido com rituais e nem sempre conseguia fazer tudo a contendo. Um coven, a Wicca e muitos aspectos da religião tem regras. Umas das principais, a do 3 pelo 3, é uma das mais dificeis de seguir, porque exige muita disciplina não emitir o mal, mesmo que por um instante. Os sabbaths e esbaths tb exigem dedicação e cuidado, e nem sempre estava bem para fazer tudo.
    Aos poucos, fui me desligando do grupo e estudando outras religiões. Nunca me afastei da Wicca totalmente - mexo com ervas, cristais, florais... - mas juntei outros conhecimentos: Rosa Cruz, filosofia cristã (apesar de falarem que não se dão), egípcia, cabala... Hoje sigo o CIH, mas tudo que é sagrado me interessa. Márcia Frazão, uma bruxa das boas, sempre disse que via a Deusa em todos os lugares onde está o amor, e eu compartilho disso, onde há amor há o Sagrado.
    Quanto ao visual...no meu grupo a única regra era usar o pentagrama visível. Havia uma gótica forte, uma hippie (hippie mesmo), vários garotos e garotas comuns. Quando aparecia alguém "vestido de bruxo" o pessoal tratava com desconfiança - afinal, era poser ou interessado mesmo?, sabe...O conhecimento do significado do pentagrama, do pentagrama invertido (que não é referência ao diabo!), do hexagrama, do olho turco, tudo era cobrado. Não estudou? Fora. O cuidado era restrito: havia muito mito em torno de ritos com sexo envolvido, e ninguém queria bagunça. Além disso, Wicca não sacrifica animais, e ocorria muito contratempo envolvendo candomblé e umbanda.
    Quando vi o AHS, pensei "legal, bruxas sempre são divertidas!". Mas hoje percebo que tudo que é legal e diferente o povo quer copiar superficialmente. Então pendura um pentagrama, veste preto, entoa orações copiadas na net e se acha bruxo! Não!!! Tem que estudar muito, praticar, refletir no que lê! Só copiar o visual não faz o bruxo!
    Lembro que tive uma professora bem comum, loira, que era toda doce e comum, e ninguém diria que ela era bruxa, mas ela era e das fortes!!! Um wiccan não grita que é wiccan, o destino faz cruzar caminhos.
    Que nós aproveitamos, se dúvida, mas que deturpam muito os conceitos, ah isso é. Ainda bem que é moda. Vai e vem. Quem sentir o chamado no coração permanecerá.

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    1. Vívien, adorei seu depoimento já que fez parte de um coven!! E de um coven super sério pelo jeito, acho que é super difícil encontrar um em que todos os membros estejam tão dedicados a seguir as regras como o seu parecia estar. Todas as religiões tem regras mesmo e por isso é "curioso" quando a Moda as transforma em produtos.
      Afinal, religião também é produto? Pode vender? Quando a gente compra vem os ensinamentos junto? É só vestir que já absorvemos os dogmas? Assim como você, quando vi que o AHS seria sobre bruxas tive quase o mesmo pensamento que você, só que com desconfiança de como iam abordar, daí quando soube que o autor tinha esse lance com as subculturas, dei um desconto pra ele. rsrs Claro que dá pra aproveitar a trend, o modismo, sempre tem uma roupitcha mara, mas sim, vai passar um dia ;)
      Bjsss

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    2. é que nem quando começaram a vender binjis e japamalas, que são usadas com contexto religioso...fica popular, todo mundo usa, depois enjoa.
      E esta história de pacto com o capeta X outras religiões ocorre tanto...Lembro que eu mesma passei por estas: eu tinha um sério problema com religião afro, por causa dos sacrifícios animais. Até descobrir que nem toda afro faz isso. Caiu meu preconceito, que admito que tinha e forte.
      O budismo, o hinduísmo, o zorostracismo...todos eles tem aspectos que podem chocar os criados em contextos cristãos. Sorte que na minha família sempre tive incentivo de ler muito, e sem censura, assim fui lendo sobre as religiões em livros imparciais, o que ajudou muito.
      E vamos aproveitar a moda! Depois passa, volta os tons pastel e teremos pechinchas!!! hahahaha

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    3. Verdade! Nem toda religião afro faz sacrifícios! É aquela coisa, a pessoa julga todas por causa de uma e gera uma bola de neve de pré julgamentos.
      Somos duas então, em casa também tive abertura pra ler muito muito e quanto mais a gente lê, menos preconceituoso ficamos, claro, precisa-se ler com a mente aberta.
      Nem fala! CHEGA LOGO LIMPA DE ESTOQUE KKKK

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  12. Na boa, eu AMO este blog ♥
    Post sensacional, Sana (pra variar, né?)!

    Gente, me senti numa terapia de grupo vendo todas as meninas compartilhando suas experiências, vou até puxar meu banquinho e participar também - haha ;)

    Atualmente sou kardecista (porém entusiasta do Candomblé, da Umbanda e da magia como um todo). Mas como ex-wiccana (e assim, sempre filha da Grande Mãe), digo com tranquilidade que esses hits não me incomodam de forma alguma. Por que? Mano, eu já superei os emos "roubando" os rebites, as patricinhas vestindo blusas dos Ramones, os modernos usando coturnos, hipsters usando jacos de couro e até carecas colando patches nas calças AHAHAHHAHAAH.
    O mundo não acabou por causa disso, né?

    Você acredita que já vi uma treta feia ~ de porrada mesmo ~ entre dois caras do hardcore só porque um estava usando uma blusa do Agnostic Front e o outro estava questionando o limite entre o hardcore tradicional e o início do HC punk/skin? Confesso que morri um pouco por dentro ali, pois já agi de forma parecida só que sem saber como era ridículo ver de fora AHHAHAHAHAHAAH

    Entrei cedo no rolê punk (aos 12), e após muitos anos de reflexão (e observando várias tretas entre por assuntos banais), cheguei à conclusão de é muito egoísmo 'nosso' achar que determinadas vestimentas e acessórios são exclusivos do grupo X, Y, Z e que as pessoas 'sem tribo' não podem usar.

    Fora que também não podemos esquecer que visu não é certificado de personalidade. Às vezes subestimamos as pessoas por uma 'falta de estilo' aparente e nos surpreendemos... Já conheci um punk cabeludo que colava no rolê sem visu, assim como existem muitas bruxas que não andam fantasiadas de Mortícia só pra mostrar ao mundo hahahahhaa. Quem garante que de vez em quando uma bruxinha discreta não queira aproveitar a onda do 'boho witch' e comprar umas peçinhas numa Marisa da vida, gente? o/

    No mainstream então é moleza, pois não dura muito. Se existe o 'público' da subcultura, está na cara que são pessoas que não pertencem à multidão que vai na onda do momento. E francamente, não interessa se há gente ignorante o suficiente pra comprar uma peça de pentagrama invertido sem conhecer o significado, pois é simplesmente problema deles haeaeu.

    Se o grupo pastel goth introduzir elementos da cultura grunge no visu deles, ótimo. Se virar tendência mundial, oi... Nada vai mudar. Quem pertence a uma determinada subcultura não abandonará o barco só por uma maior acessibilidade aos produtos que eles mesmos poderão adquirir..

    Mega entendo a revolta (até pq aquela onda da blusa dos Ramones doeu, sério!), mas a melhor forma de lidarmos com isso é na base do otimismo mesmo, de termos acesso a qualquer loja de departamento ao invés de importar e pagar caro na taxa AHHAHAHAHA.

    Ótimo que tenha aberto essa discussão, Sana <3

    PS: Quando eu digo "nós" me refiro à galera alternativa como um todo ;)

    Beijos, sua linda ;*

    Faroeste Manolo

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    1. Oi Hell, obrigada por participar! :D
      E sim, a gente supera esses roubos kkkk mesmo porque, a gente cresceu numa década que esses roubos eram praticamente "o normal" da moda, né?
      Eu confesso que nunca fui de me preocupar muito se algo que curto virou tendência porque eu sei quem eu sou e do que gosto. Meus questionamentos - como pesquisadora de subculturas é moda alt - é mais sobre qual o impacto disto (da comercialização desenfreada) na cultura alt.

      Mas sabe, existem sim os tradicionalistas dentro das subculturas e essas brigas acontecem por causa disso mesmo, da visão do tradicional (ou do que a pessoa pensa que é tradicional) com o "moderno". Os puristas sempre estão por aí em seus mundinhos causando transtorno kkkk

      Você fala de coisas que poderiam ser até mais desenvolvidas em outros posts/debates, como visu não ser certificado de personalidade. Não é mesmo. E poderia aqui discorrer minhas opiniões com diversos exemplos, partindo desde falta de grana (que impede uma pessoa de se vestir como realmente quer/é) até falta de vontade da pessoa de se expressar pelas roupas (tem gente que não se interessa mesmo!).

      E sobre usar vestimentas e acessórios exclusivos de grupo, a democratização da moda, tem um pouco de culpa disso. Nossa geração já pegou a parte da democratização, mas por sei lá... quase 2000 anos as pessoas precisavam se vestir de acordo com seus grupos e classes sociais. Então se hoje as pessoas podem usar elementos visuais de outros grupos que não são os dela, devemos agradecer ao lado bom da evolução de nossa sociedade (e principalmente, aos punks, você deve bem saber disso!).

      Mas sabe que já existe um "pastel grunge"? kkkkk
      Nós vamos falar um pouco mais do paradoxo das lojas de departamento num outro post.

      E preciso deixar claro: esse post não é uma revolta pessoal.
      É apenas um post de análise de mercado (mainstream x alternativo).
      Sério! Além de você teve outra pessoa que achou que era um post de opinião pessoal. Não é! Minha opinião pessoal não foi exprimida nele, embora dê pra caçar um ou outra opinião parcial minha nos comentários que dei :D

      E muitos beijos! ♥ ♥

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  13. Post realmente muito bom :)
    Apesar de ser cristã e não me identificar muito com o paganismo/ocultismo é interessante ver como a mídia,o mainstream acaba disseminando coisas que pertencem a religiões que geralmente são vítimas de preconceito, fazendo tudo virar dinheiro e pessoalmente, acho isso errado,maaas sim,é muito bom para quem não tem a mente fechada procurar mais sobre o assunto e talvez se identificar. Porém, essa apropriação de símbolos religiosos para a pura estética acaba se tornando algo chato... Mas de todo mal,dá pra se tirar algo bom. Blog maravilhoso, meus parabéns :)

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    1. Pois é, a moda já faz moda rsrs de outras religiões, mas quando pega uma que costuma sofrer preconceito e transforma em algo cool para as massas é pra se refletir né? Afinal, o que quer a moda? Quer democratizar, ajudar a tirar o preconceito ou quer apenas lucrar e nada mais?
      Obrigada! ^^

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  14. Que post maravilhoso! ♥ Olha, eu como wiccana muito mais leitora do que praticante, desde os 12 anos, que foi quando conheci, me sinto um pouco incomodada com essa moda. Acho que quem possui essa espiritualidade especificamente, não tem como não sentir incômodo. É bom por podermos achar coisas mais legais e das quais gostamos mais facilmente? Claro que é. Mas do mesmo modo, não suporto ver nos Instagrams da vida essas meninas metidas a hype-cool-pastelgoth-ainsoubruxinha. A maioria quer passar essa imagem porque é uma combinação diferente do que se vê por aí, porque é associada a um estereótipo e porque choca, mas não sabem coisa nenhuma da imagem que estão querendo passar! Ou não sabem quase nada, leram uma coisinha qualquer na adolescência e já saem aparecendo com o look achando que são aquilo ali e mimimi. É tão ruim quando quem compra estampa na loja de departamento sem saber do significado, ou até pior, porque essas pessoas, que não sabem absolutamente NADA, ainda têm a completa ignorância do assunto pra poder depor a favor (mas em alguns casos, não acredito que a pessoa olhe a estampa e não passe na cabeça dela pelo menos a imagem que a sociedade tem daquilo ali, como o pentagrama).
    Quem é mesmo pagão, wiccano especificamente (eu não uso pagão nos termos gerais porque há muitas ramificações que não tem nada a ver com esse estilo, como a do banger-folk-viking-celta-nemseioquesoumastenhoorgulho-paganpridehurrdurr hahahaha), como muitos coments falaram aí em cima, não precisa sair gritando pra todo lado, nem alardeando isso no visual se não tiver a ver com o estilo pessoal da pessoa. A moda passará, as posers trocarão de vestimenta e quem é fiel ao que segue, permanece, com ou sem chapéu floppy preto e chokers hehe.
    Besos ♥

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    1. Você tocou num ponto interessante: as fashionistas "alternativas"! Nas décadas passadas elas seriam chamadas de posers ou algo assim hoje em dia tem milhares de seguidores apenas pela imagem cool. Pois é, o mundo e mudou! :O
      Hoje muitos querem passar a impressão de serem pessoas "autênticas" e "diferentes" acaba que essas estéticas são o meio delas passarem essa imagem mesmo que não seja a filosofia de vida dela. Ser "cool" é muito valorizado hoje.
      Adorei seu comentário! ♥ ♥
      Fique sempre à vontade pra se expressar aqui! :D

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  15. Eu conheço a bruxaria pelas minhas avós, apesar de restante da família ser muito dividida em questões religiosas (há candomblé, catolicismo, umbanda, espiritismo... etc) portanto cresci com várias religiões ao meu redor e isso é muito bom, pois eu aproveito o que cada uma delas tem a oferecer de bom para mim.

    Eu já estudei bastante coisa sobre religião, desde o cristianismo até taoismo e satanismo, mas de todas a que me conquistou de verdade foi a wicca, a bruxaria verde mais precisamente, devido ao apego a mãe natureza, a existencia de um deus e uma deusa, não somente um deus (apesar de eu não acreditar em deuses) eu acredito que ela seja a melhor escolha pra mim, pois eu acredito que se é que existe um deus mesmo este é a mãe natureza, que até os dias de hoje o homem ainda não conseguiu superá-la. Vide os terremotos, maremotos que superam a inteligência humana e levam milhões de pessoas, não optando por etnia, classe social ou gênero, enfim, a natureza que escolhe por nós, até porque estamos na terra e o único destino que temos é a própria terra, ou seja, acredito que a natureza nos absorve porque é ela própria que nos faz e foi assim que me encontrei definitivamente com a wicca. Isso fora a liberdade feminina, a independência, como você disse no texto.

    Contei tudo isso aqui porque infelizmente eu ouço gente por aí dizendo que eu quero mais é chamar atenção, entrar em modinha e outras coisas, mas levo mesmo para o lado espiritual da coisa, adoro a bruxaria e não vai ser modinha nenhuma que vai me impedir de gostar...

    Confesso que adoro o estilo "bruxa medieval" e que inclusive eu me utilizo bastante da tendência witchy para encontrar peças que me agradam bastante, mas essa frescurinha dessas gurias da moda já deu o que tinha que dar... É o que eu sempre falo, moda é passageiro, nós que gostamos de verdade ficaremos.

    Beijos!


    madessy.com

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  16. Sou estudante da arte(wicca) desde os 15 anos de idade e hoje em dia tenho 21 e continuo. O legal é que ficou um pouquinho mais fácil achar as peças e acessórios que nos agradam porém é meio chato ter que lhe dar com o modismo de pessoas que querem apenas "aparecer" com estereótipo de "bruxa" sem nem entender o que realmente é ou que realmente significa para nós.

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  17. Precisei comentar, haha

    Eu tive lá meus flertes com Wicca Gardneriana na adolescência, mas se hoje eu tivesse que definir minha espiritualidade eu chamaria de eclética. Faço lá minhas magias práticas cotidianas, medito, tenho supremo respeito por entidades naturais, mas não gosto de regras e religiões organizadas e deuses pra mim são mais arquétipos interessantes da consciência coletiva da humanidade. Mas nem é por isso que estou comentando.

    O fato é que essa estética é uma que eu já venho usando no dia-a-dia desde 2009 pelo simples fato de ser uma gótica plus size no Rio de Janeiro, haha. O visual solto com saias longas esvoaçantes sempre me favoreceu, além de ser fresco e prático, e chapelão com óculos escuros (com muito protetor solar também, sim) é uma necessidade no sol desta cidade, né? Desnecessário dizer que muitas vezes eu já fui chamada de bruxa na rua, mesmo eu não me considerando (não que a pessoa comum se importe). Quando AHS: Coven estreou e o visual que eu usava virou modinha depois de eu ter sido xingada na rua por ele, obviamente que eu ecoei a reclamação de muitas aqui.

    Só que não vou nem negar: eu tô amando as releituras que a moda de passarela tá fazendo do tema, especialmente porque é tudo extremamente usável no dia-a-dia E NO CALOR. Me sinto até pagando a língua porque eu já reclamei horrores da fashionização do gótico (no sentido de ter muita gente dando mais atenção a Yves Saint-Laurent do que aos comerciantes dentro da subcultura ou mesmo ao DIY). Gosto total também da proliferação de simbolismo ocultista e lunar especialmente nos acessórios, achei que quebrou de forma positiva a hegemonia dos crucifixos e camafeus. A modinha de cristais (brutos ou em pêndulos) então tá me fazendo realizar uns sonhos de infância :(

    Mas sei lá. É chato a modinha? É, e a gente tá cansada de saber que a mainstream (e as descoladinhas de plantão) adoram apropriar qualquer coisa associada a uma subcultura direta ou indiretamente. E o momento é bem propício pras bruxas; como você mesma disse, elas são o arquétipo da força feminina indomada e covens viraram sinônimo de grupos de amigas, então nesta ressurreição do feminismo pela qual estamos passando elas são extremamente simbólicas ("Somos as netas das bruxas que vocês não conseguiram queimar", alguém?). Mas eu posso dizer que isso tudo me foi pessoalmente útil pra dar um nome mais concreto às influências que eu reúno pra montar meu próprio estilo dentro do gótico -- aliás o gótico tem muito disso, né? A quantidade de subestilos não me deixa mentir. A modinha em si logo logo vai embora, mas eu vejo sim a moda gótica absorvendo mais essa estética e no processo a tornando atemporal dentro da subcultura.

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  18. EU TO AMANDO O SEU BLOG <3 vou cursar design de moda e estava procurando assuntos relacionados a historia da moda e achei o seu outro blog hehe (amo os dois e acho que vão me ajudar MUITO)
    Realmente acho chato esse uso de simbologias e as pessoas usarem sem saber o que significam, acho que por isso tenho aversao de roupas com frases em qualquer lingua, MAS, eu gosto muito dessa estetica e graças a ela comecei a procurar mais infos sobre cultos pagoes e desconstruir toda a imagem ruim quando se fala em paganismo. A familia da minha mae toda é crente... dá p imaginar ne ? kk
    Enfim, acho que esse lance de modinha tem sempre dois lados, aquele passageiro, que as pessoas vao esquecer, dar ou jogar o que foi adquirido fora ou vão incorporar ao seu estilo pessoal, até mesmo desvinculando a peça de sua ideia original.
    Não me vejo dentro de uma subcultura especifica, gosto de tudo um pouco, de cada conceito aqui e ali e vou incorporando cada um ao meu estilo pessoal, e com o seu blog (todo dia venho aqui e fuço por um bom tempo,é uma mina de ouro!) agora entendo muita coisa que nao conseguia explicar com as palavras!

    Amanda SM.

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  19. Uma coisa que eu acho interessante lembrar é que a bruxaria em si é uma prática e não uma religião. Existem as religiões que a praticam,como a wicca. Nesses últimos anos depois que houve um boom a respeito da wicca a maioria das pessoas passou a relacionar a magia,a bruxaria unicamente com ela. Nem todas as bruxas são wiccanas e ninguém precisa ser wiccano para praticar bruxaria. Particularmente a wicca é pra mim uma das religiões mais bonitas e que me agrada,mas me incomoda ver que muitas pessoas passam aos outros ou até mesmo ensinam que a bruxaria é unicamente wiccana ou que provém dela. Eu sou envolvida com bruxaria desde a infância mas só me deparei com a wicca aos onze anos. Uma bruxa sabe que é uma bruxa,a magia flui naturalmente de você e a conexão é claramente perceptível,você sente que é aquilo que deve seguir,só lhe cabe escolher qual caminho ou religião seguir.
    No caso da "moda bruxa",na minha opinião,ela veio junto com o sucesso de AHS. A bruxa sempre existiu no imaginário das pessoas e a ideia da bruxa moderna,com suas roupas pretas esvoaçantes e elegantes meio que deram um upgrade no que as pessoas já fantasiavam. Quem não gostaria de ser uma bruxa linda e poderosa? É uma figura que transparece força,inteligência e poder além do claro empoderamento feminino. Alguém a se temer e não enfrentar,uma mulher que não se submete aos papéis sociais que lhe querem impor. E isso é algo que mexe muito com a auto estima das pessoas,principalmente as mulheres que coincidentemente é o público que mais consome moda e pro qual essa estética da bruxa poderosa está sendo apresentado.

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  20. Ótimo Post!

    Acredito que este estilo não irá sair de moda, mas sempre ter adaptações.

    É um estilo ótimo de experimentar e as peças são ótimas

    Apesar de popularizar a magia e os símbolos sagrados a pessoas que não vão e não querer entender nada, somente vestir, ainda assim é ótimo existir esta ótima fonte aberta que liga a moda,a força e o oculto.

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  21. Manter à cor real de nossa essência flui tudo bem melhor...
    Como o correr de um riacho dôce.
    Palavra de Bruxa rsrsr.

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