tag:blogger.com,1999:blog-1017218453025501765.post1294793911154858031..comments2024-03-27T10:10:00.289-03:00Comments on .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa.: A sofisticada cooptação da cultura alternativa pelo mainstream através de artistas como Anitta e Luisa Sonza ( + Cultura da Pornificação)Sana http://www.blogger.com/profile/12574823525808609179noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-1017218453025501765.post-91295209605403759972022-04-17T15:24:52.910-03:002022-04-17T15:24:52.910-03:00Fazia tempo que não vinha aqui, até ter curiosidad...Fazia tempo que não vinha aqui, até ter curiosidade sobre a Tina Punk.Mas sobre o assunto abordado, tenho pensado sobre a muito tempo! Por isso sai por um tempo das redes sociais, estava cansada de ser fetichizada e pornific@ada, ser vista apenas desta forma e nada mais. Tempos atrás fiz uma aula experimental de Pole Exotic, quando a professora me perguntou "Pode ser essa música mesmo?Que tipo de música você gosta além de rock?", antes que eu pudesse responder, uma pessoa (branca) respondeu por mim "É a sua cara Melanie Martinez". Eu fiquei pensando do porque a pessoa respondeu por mim e o que levaria ela a achar que tal artista fosse do "meu gosto", ai cai por mim que era por conta do apelo alternativo, desisti de explicar que gostava de New Wave e dancei com a música que tinha disponível. A pessoa negra , principalmente a mulher negra não tem voz e muita gente ainda acredita que ser alternativo é um status e não um ato politico. Cansei de dizer que me visto assim não por ser imatura, mas por me colocar, por ter direito de estar em todos os lugares e ser ser quem sou sem me fragmentar! Não faz pouco tempo que alguém que mal me conhece, me disse que me escondo por trás da minha estética, sendo que sabemos que uma pessoa alternativa e negra, o que menos quer e pretende, é se esconder. Confesso Sana que estou cansada, de verdade...cansada de que a essência genuína de um grupo é tratada como modismo vendável , cansada de ser vista de forma sexualizada e que apenas a minha voz é escutada se eu me mostrar dessa maneira, sabemos por A+B que isso é falácia. Cansada de gente que não vive nossas lutas, tentando inviabilizar nossa voz e tentando nos educar.Não nego que deixar a subcultura no mainstream até me dava um certo alivio, mas como apontado no texto, é sobre a fidelidade, quem consome moda alternativa real de lojas alternativas são as pessoas que vivem no Underground, pessoas esquecidas e marginalizadas!Pessoa com acessos aos direitos negados, pelo conservadorismo dual.O que essa popularização vai fazer com a moda alternativa? Torna-la menos acessível para quem de fato a consome e vive, descaracteriza-la, deixando-a ainda mais eurocentrada. Tornando-a artigo de luxo e de nicho, quem vive mesmo o Underground, ainda será taxado de imaturo, irresponsável, lixo da sociedade mesmo contribuindo com impostos, tendo profissões , uma vida com família e filhos! Todo mundo quer viver o Glamour das coisas, é lindo, é poético mas só quem é excluído por ser quem é, sabe como isso funciona!A realidade tem glitter com sujeira. Não demonizo as artistas citadas na postagem, até porque, seria estupido e contraditório.Mas olhar para o Underground apenas quando este é rentável e mostrar apenas o viés conveniente dele, que de longe representa de fato o que é... é o mesmo que eu dizer que a visibilidade/representatividade étnica nos dias atuais, é justa, verdadeira e bem, não é e está longe de ser.Mas enfim, a minha visão é apenas uma pequenina parte deste viés, afinal esta é baseada na minha vivencia e não posso e nem devo aponta-la como absoluta !Me desculpe pelo desabafo, mas foi a forma mais sincera que encontrei para comentar a postagem.<br /><br />Abraços!Marcela https://www.blogger.com/profile/15123382336071775937noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1017218453025501765.post-66228229377864452242022-04-17T15:24:20.993-03:002022-04-17T15:24:20.993-03:00Fazia tempo que não vinha aqui, até ter curiosidad...Fazia tempo que não vinha aqui, até ter curiosidade sobre a Tina Punk.Mas sobre o assunto abordado, tenho pensado sobre a muito tempo! Por isso sai por um tempo das redes sociais, estava cansada de ser fetichizada e pornific@ada, ser vista apenas desta forma e nada mais. Tempos atrás fiz uma aula experimental de Pole Exotic, quando a professora me perguntou "Pode ser essa música mesmo?Que tipo de música você gosta além de rock?", antes que eu pudesse responder, uma pessoa (branca) respondeu por mim "É a sua cara Melanie Martinez". Eu fiquei pensando do porque a pessoa respondeu por mim e o que levaria ela a achar que tal artista fosse do "meu gosto", ai cai por mim que era por conta do apelo alternativo, desisti de explicar que gostava de New Wave e dancei com a música que tinha disponível. A pessoa negra , principalmente a mulher negra não tem voz e muita gente ainda acredita que ser alternativo é um status e não um ato politico. Cansei de dizer que me visto assim não por ser imatura, mas por me colocar, por ter direito de estar em todos os lugares e ser ser quem sou sem me fragmentar! Não faz pouco tempo que alguém que mal me conhece, me disse que me escondo por trás da minha estética, sendo que sabemos que uma pessoa alternativa e negra, o que menos quer e pretende, é se esconder. Confesso Sana que estou cansada, de verdade...cansada de que a essência genuína de um grupo é tratada como modismo vendável , cansada de ser vista de forma sexualizada e que apenas a minha voz é escutada se eu me mostrar dessa maneira, sabemos por A+B que isso é falácia. Cansada de gente que não vive nossas lutas, tentando inviabilizar nossa voz e tentando nos educar.Não nego que deixar a subcultura no mainstream até me dava um certo alivio, mas como apontado no texto, é sobre a fidelidade, quem consome moda alternativa real de lojas alternativas são as pessoas que vivem no Underground, pessoas esquecidas e marginalizadas!Pessoa com acessos aos direitos negados, pelo conservadorismo dual.O que essa popularização vai fazer com a moda alternativa? Torna-la menos acessível para quem de fato a consome e vive, descaracteriza-la, deixando-a ainda mais eurocentrada. Tornando-a artigo de luxo e de nicho, quem vive mesmo o Underground, ainda será taxado de imaturo, irresponsável, lixo da sociedade mesmo contribuindo com impostos, tendo profissões , uma vida com família e filhos! Todo mundo quer viver o Glamour das coisas, é lindo, é poético mas só quem é excluído por ser quem é, sabe como isso funciona!A realidade tem glitter com sujeira. Não demonizo as artistas citadas na postagem, até porque, seria estupido e contraditório.Mas olhar para o Underground apenas quando este é rentável e mostrar apenas o viés conveniente dele, que de longe representa de fato o que é... é o mesmo que eu dizer que a visibilidade/representatividade étnica nos dias atuais, é justa, verdadeira e bem, não é e está longe de ser.Mas enfim, a minha visão é apenas uma pequenina parte deste viés, afinal esta é baseada na minha vivencia e não posso e nem devo aponta-la como absoluta !Me desculpe pelo desabafo, mas foi a forma mais sincera que encontrei para comentar a postagem.<br /><br />Abraços!Marcela https://www.blogger.com/profile/15123382336071775937noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1017218453025501765.post-72647247111876507822022-03-18T13:37:44.932-03:002022-03-18T13:37:44.932-03:00Que artigo necessário Sana! Como sempre me surpree...Que artigo necessário Sana! Como sempre me surpreendo com tamanha sensibilidade e profissionalismo! Concordo com tudo que você disse, e me sinto muito triste com os rumos que nossa cultura tão subversiva e iconoclasta de outrora sendo consumida pela apropriação cultural do mainstream! Sou uma pessoa que curto música pesada e tenho um estilo alternativo há anos, sou adulta, não foi uma fase, e muitas vezes, passo por intolerante por não aceitar determinadas coisas, mas na minha essência, não me sinto representada por determinadas "empoderadas" que existe na própria cena alternativa, quanto mais vindo do mainstream se apropriando de nossa identidade visual. Acho que são consequências também de moda alternativa ser vendida em lojas de departamento, por um lado é bom por outro não, é relativo né? Penso a mesma coisa com relação a música, hoje em dia não podemos opinar negativamente contra nada que é ser intolerante , no meu caso, eu não gosto de funk e sertanejo por exemplo, por causa disso, sou intolerante e "troozona"? Não! É que realmente esses estilos musicais não me agradam, mas atualmente a gente é obrigado a gostar de tudo, isso é muito chato! Enfim, sigo acompanhando desde o início o blog, estou sumida ultimamente, nos comentários, mas sigo sempre acompanhando! Parabéns ao blog!Sara Metzlihttps://www.blogger.com/profile/05641666520886749551noreply@blogger.com