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25 de julho de 2019

Mine, estilista da Sweet Sam conta tudo sobre sua marca e sua experiência no programa Troca de Estilos

A Sweet Sam nasceu no ano de 2006, em São Paulo, com o intuito de oferecer moda de qualidade e acessórios sob medida para o público alternativo. 

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Mine, estilista estilosa da Sweet Sam

Com confecção de moda alternativa sob encomenda e sob medida, a marca começou importando tecidos e aviamentos para desenvolver roupas e acessórios. Uma das características mais marcantes da Sweet Sam, foi oferecer peças para as mulheres do Hard Rock e do Heavy Metal numa época em que este público tinha poucas opções disponíveis especialmente de estilos que estavam em voga no exterior, que a marca habilmente desenvolvia em versões nacionais. Outro estilo que a loja investiu há mais de sete anos, foi o retrô, desenvolvendo maiôs e biquinis quando esse segmento ainda era minúsculo no Brasil.

Existe uma relação interessante entre eu, o blog e a Mine: uns tempos atrás, ela divulgou em seu Instagram que uma saia de tule que fiz e postei o DIY no Orkut e uma conversa que tivemos por e-mail, foi o que a incentivou a criar a marca!! Essa foi uma das coisas mais lindas que aconteceu em minha vida! <3 

Tendo como plano de fundo as comemorações dos 10 anos de blog, estou fazendo uma série de entrevistas com as lojas parceiras! Adoro a oportunidade de conhecer as pessoas por trás das marcas. 
Antes de começar, anota aí o cupom de desconto na loja:   Subculturas

Entrevista com Mine, da Sweet Sam

MdS: Quando e como começou a sua adesão à cultura alternativa?

Mine: Eu sempre fui uma criança muito sozinha, porém com uma mãe muito criativa. Cresci ouvindo histórias fantásticas e ajudando minha mãe a fazer artesanatos. Com 10 anos ouvi um disco do Pink Floyd e do Queen na casa do meu padrinho. A paixão foi instantânea e comecei a procurar saber mais sobre rock. Naquela época não era comum todas as pessoas terem computador em casa, muito menos celular. Eu buscava informação em revistas e livros de sebos.

Comprava fitas K7 e cds e trocava gravações com as minhas amigas. Logo o visual diferente das bandas me chamou muito a atenção. Com 14 anos ganhei meu primeiro computador, e passava as madrugadas (oi internet discada grátis após a meia noite hahahaha!!) procurando bandas, referências de visual...

Me apaixonei por Hard Rock com 15 anos, e o meu sonho era ter uma bota de onça, uma calça de vinil e uma jaqueta de couro. No Brasil roupas assim não estavam disponíveis, e importar não era uma opção, pois não tinha dinheiro para tal. Um dia ganhei um dinheiro de aniversário e corri para uma loja aqui em SP para comprar a tão sonhada calça de vinil. As calças eram muito duras, com uma modelagem estranha, completamente diferente das que eu via (e sonhava) dos clipes. As roupas simplesmente não vestiam em mim. Frustrada e muito triste, tive a ideia de comprar em um brechó algumas peças e tentar modificar. E assim comecei o meu caminho!




MdS: Um dia você contou no Instagram que meu post sobre como fazer uma saia de tule e um email que te respondi sobre a área de moda, foram dos momentos que te impulsionaram a criar a tua marca. Como foi seu início? Você buscou fazer cursos específicos?

M: Eu descobri o blog logo quando ganhei meu primeiro computador. Vi em um grupo do finado Orkut um post sobre como fazer uma saia de tule em casa (era outro sonho de consumo). A partir desse dia, eu comecei a pensar em fazer ou customizar minhas roupas. A simpatia e a atenção da Sana foram extremamente importantes para esse início. Eu estraguei muita roupa até decidir iniciar um curso de corte e costura. Logo em seguida, fui atrás de cursos de customização, etc... Com 20 anos decidi que iria cursar faculdade de moda, para me especializar ainda mais. 



MdS: Naquele mesmo post do Instagram, você disse que conseguiu fazer faculdade de moda com seus próprios recursos. Como foi estudar Moda sendo uma garota alternativa? Sentia resistência ao tema entre os professores? Sentiu que o curso te daria a base necessária?

M: Eu paguei minha faculdade fazendo trabalhos para colegas de classe, estudantes de moda de outras instituições e com o meu trabalho de confecção de peças da Sweet Sam. Os tempos eram outros, e infelizmente encontrei muito preconceito por parte de poucos colegas. Mas tive muito apoio e incentivo de muitas pessoas, principalmente de professores. Pedras no caminho sempre irão existir, temos que aprender com elas e seguir em frente. ❤️ Eu aprendi grande parte do que sei também com as minhas costureiras maravilhosas e no dia a dia com os clientes.




MdS: Sua loja inicialmente se chamava Lúcifer Sam, quais os motivos que te levaram a trocar para o nome Sweet Sam?

M: Eu recebia e mail TODOS os dias perguntando se a loja tinta pacto (sério) hahahaha!! Clientes também pediam para não colocar etiqueta nas roupas. As bases do nosso país são cristãs, e muita gente tem uma visão muito distorcida daquilo que não tem conhecimento e entendimento. Por intuição e por um estudo de numerologia, resolvi mudar o nome para Sweet Sam.

MdS: No início sua marca focava bastante no público hard rock e metal oitentista, naquela época você era das raras marcas que fornecia peças personalizadas para esse público. Como você definiria seu público hoje? Ainda tem bastante clientes hard/metal, ou adquiriu uma nova clientela de outros estilos alternativos?
M: Ainda atendo o público Hard Rocker e Metal sim. São minhas raízes, tenho paixão por brilho e metal. Hoje meu público é muito diverso, atendo desde fantasias para feiras, adolescentes, adultos, meia idade e recentemente estou atendendo à melhor idade também. As mulheres adoram as peças mais fluídas e transparentes que ando trabalhando. Atendo da adolescente fofa que gosta de desenhos japonês até a mulher fatal que quer arrasar em uma roupa de vinil. Meu trabalho é bem diverso e acompanha o meu humor. Tenho épocas mais fatais, então tenho inspiração para criar peças mais sexies. Tenho épocas mais fofas, então tenho inspiração para criar peças mais fofas. Fora as minhas clientes maravilhosas e as minhas influencers, que sempre criam peças novas comigo.

MdS: Como é seu processo de criação, de pesquisa e referências? Cria coleções ou lança novas peças esporadicamente?
M: Eu dificilmente lanço coleções fechadas. Se eu tenho vontade de fazer uma peça nova, eu simplesmente faço e lanço.

Rosana (@bettiefromhell) e Sarah Amethyst (@thequeenofhurts)

MdS: Quais são as suas dificuldades como empresa pequena para se manter em funcionamento? Quais os pontos altos de ter uma marca alternativa?
M: A dificuldade maior são os altos impostos que o pequeno empresário tem que pagar. O ponto alto é sem dúvida ver a alegria e a satisfação das pessoas que recebem as peças que confeccionamos. Outro ponto que adoro, como pessoa, é ter a oportunidade de oferecer moda de qualidade, feita com amor e carinho, por pessoas que foram tiradas de situação de trabalho tenebrosas, e que hoje prestam serviços com amor e dignidade para a Sweet Sam. Sou totalmente contra a situação de trabalho escravo de grande parte das oficinas de costura do Brasil. Costura é dedicação e amor, não exploração.

MdS: O que acha do mercado alternativo brasileiro atualmente?
M: Acho ótimo. Hoje temos uma grande variedade de roupas e acessórios. O brasileiro é muito criativo, a nossa moda não deixa a desejar em nada para outros países. Temos tanta variedade e qualidade como qualquer outro país.

Rosana (@bettiefromhell)

MdS: Uma das questões que o blog aborda é sobre manter o estilo alternativo quando adulto. Você sente ou já sentiu alguma pressão para mudar de estilo por causa da idade?
M: Já senti muita pressão vinda da família. Mas aprendi a não ligar, afinal a vida é minha, esse povo que fala groselha tá com a vida toda bagunçada e fica dando pitaco na vida alheia.  Mando cuidar da própria vida e pronto, geralmente dá certo hahaha! (juro que não sou grossa, mas não admito gente metendo o dedo nas escolhas e no estilo do outro, maior falta de respeito isso).

MdS: Recentemente foi ao ar o programa Troca de Estilos, do Discovery Home & Health com sua participação! Me conta como foi sua experiência, já que este tipo de programa costuma destruir o estilo e personalidade de pessoas alternativas, como vimos na postagem "Sobre Esquadrão da Moda, Mude Meu Look e ser socialmente aceito".

M: Fui contatada pela produção que me pediu que eu indicasse uma amiga. Lembrei de uma grande amiga minha que gostava de visual alternativo, de metal, tocava em uma banda de black metal quando era adolescente. Quando lá pelos 16, 17 anos elas adotou um estilo mais casual e comum. Enquanto eu continuei no meu estilo alternativo. Ao final de todo o processo [do programa], foi muito interessante me ver com outro estilo, outro tipo de roupa. 90% das roupas que uso são da minha coleção. Dificilmente compro roupa, faz mais de 5 anos que não compro roupa. Compro sapato, calcinha e sutiã. Biquíni eu faço todos.
Mas uma coisa que fiquei um pouco chateada não foi ao ar: foi que as pessoas, elas pensam que quem tem um estilo diferente está de alguma maneira 'se escondendo', sabe? Ou disfarçando alguma coisa que não gosta. E não é nada disso. Não é porque uma pessoa usa lente de contato ou pinta o cabelo de uma cor diferente, que ela não gosta do cabelo dela natural ou da cor dos olhos dela. É uma questão de gosto pessoal. Essa é uma visão muito turva que as pessoas têm. O povo achando que eu tava me escondendo atrás de maquiagem, roupa e cabelo... Engraçado que as pessoas "padronizadas" ou os ícones Pops ninguém se esconde, eles 'têm estilo'; e aí quando uma pessoa comum tem estilo, é porque está se escondendo e não se aceita de alguma forma? E o pior é ouvir  um negócio desse vindo de uma pessoa que trabalha com imagem, uma personal stylist. Francamente! É uma cagação de regra...  Mas não foi uma coisa tão invasiva quanto aquele Esquadrão da Moda, que eu acho ridículo.
De resto foi maravilhoso. Foi muito legal.
Pra mim o mais importante foi ver minha amiga se redescobrindo porque ela foi se deixando ficar discreta e apagada, e ali naquele momento eu vi ela florescer, se sentindo feliz, bonita, sexy. E eu como estilista, me sinto muito bem em ver outra mulher se sentindo bem. Quando faço roupa pra homem também, ele se sentindo bonito, se sentindo bem. A pessoa se sentindo bem com a própria imagem dela é muito importante. Eu repetiria a experiência porque foi muito legal e interessante. Mas eu não adotei nada daquele estilo que me sugeriram. Eu achei aquele vestido branco horroroso, péssimo, uma modelagem horrível que não veste bem em ninguém, um tecido inapropriado. Eu sou muito chata com roupa, você não tem noção! Achei o vestido mal cortado... não gostei de nada que me colocaram... a maquiagem eu achei ok, era aquela maquiagem que não parece que você está maquiada. O cabelo preso: detesto! Pra mim cabelo é a moldura do rosto, independente do tamanho do cabelo. Tem gente careca que é maravilhosa! Mas pela minha amiga valeu muito a pena, ver ela feliz e se sentindo bem. Ela mudou bastante a forma de agir e a forma que ela se comporta com ela mesma depois dessa experiência.

Mine, você gostaria de falar sobre algum assunto que não foi perguntado?
Gente, sejam o que vocês quiserem ser.
Sigam a profissão que quiserem, tenham o visual que se sintam bem.
Não existe idade ou corpo pra usar tal roupa.
A roupa (pelo menos aqui na Sweet Sam) é para todes, independente de idade, corpo, gênero.
Se libertem do olhar do outro, se foquem no seu próprio eu e deixe a vida fluir.
Dessa experiência de vida que temos nessa terra só levamos aprendizado.
A vida é curta pra se podar e deixar de experimentar novas coisas, novas roupas e novos estilos! ❤️
Muito obrigada pelo carinho e pelo espaço Sana, a minha admiração por você é enorme, continue sempre com esse lindo trabalho ❤️

Rubia Nosferotika  (@nosferotika) modelando para Sweet Sam

______


Eu que agradeço imensamente a Mine por fazer parte da história do blog desde o começo! E que venham mais anos de sucesso!

E vocês, o que acharam da entrevista? Também são clientes da Sweet Sam?




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22 de abril de 2019

Trapezia: moda retrô, pin-up e vitoriana | + Cupom de Desconto

Uma das sessões que mais gosto aqui no blog é a de entrevista com as marcas alternativas. Tenho a oportunidade de saber mais sobre quem está por trás das lojas brasileiras, do que gostam, o que pensam, de onde tiram suas ideias, quais as visões de mercado... conhecer o lado que não vemos quando acessamos os sites das lojas.

Esse espaço também é importante para dar voz aos empreendedores, para que eles falem sobre suas criações. Como blog alternativo, promover esse tipo de conexão entre as lojas e seus possíveis clientes - nossos leitores - é fundamental. Quem tem mídia alternativa ou quem tem visibilidade, faz bem em promover um segmento que tem chances baixas de aparecer na grande mídia (e muitas vezes nem quer) e que tem uma luta diária pela independência. A cultura alternativa sobrevive assim, com um apoiando o outro, não tem outra forma!




Hoje trago a entrevista com Thaís Viana, dona da Trapezia. Foi a última parceria que fechei antes de dar uma pausa (em parcerias, não no blog rs). Não imaginava ter tantos pontos em comum com ela. Daí vejo como é legal conhecer mais sobre quem está por trás de tudo! Se não rolasse essa entrevista talvez eu demorasse a saber que Thaís gosta das mesmas bandas que eu quando se trata da música da década de 2000. Senti uma conexão ao ler suas respostas e esse é o tipo de situação que valorizo muito!


A Trapezia
Antes de ir pra entrevista de fato, vale uma apresentação da loja e de nosso cupom de desconto:


CUPOM: SUBCULTURAS 


Cropped Top Caveiras by Trapezia


A marca surgiu em 2012 e tem duas formas de produção: à pronta entrega e peças sob encomenda que devem ser solicitadas pelo email: pedidos@trapezia.com.br O foco vai desde retrô/pin-up (vestidos super bem cortados!), passando pelo vitoriano (steampunk), rock/goth (acessórios) e cosplay (sob encomenda). 

À frente de tudo está Thaís, uma "menina mulher de 28 anos com carinha de 18 e de muita personalidade" que tinha o sonho de ser cantora e era parte de uma banda de rock que cantava covers de Epica, Lacuna Coil e Evanescence. Mas uma de suas maiores inspirações estéticas é Emilie Autumm, que como comentamos lá no #desafiodos10anos no insa do blog, foi uma das personalidades mais influentes na moda alternativa da década de 2000! 

Mas nem tudo é só peso na vida da Thiis, como é chamada pelo amigos, a estilista também tem um lado ligado ao romantismo do século 19, que se reflete em rendas, babados, meias calças e interesse em roupas de época, diz ela “Costumo dizer que nasci na época errada pois, sou apaixonada por roupas de época e todo aquele volume mas, gosto mesmo é da Era Vitoriana”.

Quem nunca teve a fase "dark" que todo mundo achava que ia passar? A da Thaís não foi uma fase, e seu caminho foi direcionado para Moda quando aos 15 anos aprendeu a costurar e foi criando peças à seu gosto. E foi através da costura que adentrou no universo do Cosplay - uma cultura onde pessoas se fantasiam de personagens e os interpretam - e passou a criar de uma outra forma: ao invés de corpos reais, agora criava para corpos fictícios.

Mas nada melhor do que ela mesma contar sua história com as próprias palavras, acho que vocês vão amar a conversa e a personalidade dela! Acompanhe:


Moda de Subculturas: Na biografia no site da loja, você diz que fez parte de uma banda de rock e chegou a fazer cover de bandas como Epica, Lacuna Coil e Evanescence. O rock foi o responsável por te inserir na cultura alternativa? Conta como você adentrou nesse universo.  

Thaís: Definitivamente sim, desde os meus 13 anos minha família não entendia o que me levou a curtir rock n' roll pois ninguém da minha família curte esta sonoridade. O pessoal gosta mais de música brasileira, no máximo meus tios ouviam Legião Urbana, Los Hermanos, Paralamas do Sucesso, foi o que eu cresci ouvindo na verdade. Mais tarde com uns 13 anos comecei a ouvir variados estilos de rock, Metallica, Nirvana, System of a Down, dentre outros... até ouvia o que não era rock (clipes que passavam na MTV), por exemplo Avril Lavigne hahaha... (gostava muito do estilo das roupas), mas na verdade verdadeira mesmo eu queria ser a Amy Lee, passava horas buscando referências de roupas dela e mandava fazer algumas coisinhas em costureiras de bairro pois, quem é dessa geração 2000, sabe muito bem que marcas internacionais e estilo alternativo não eram tão acessíveis. Em consequência, Evanescence me levou às bandas de Melodic Metal, o que me fez ficar fascinada por corpetes e por toda aquela atitude e estilos destas cantoras, pelo qual amo até hoje!


Thaís, estilista e proprietária da Trapezia

MdS: Você tem alguma formação na área de moda? O que estudou para criar a marca? 
T: Me formei na Faculdade Belas Artes em 2013/14, mas antes fiz curso de desenho com 15 anos e definitivamente desenho não é pra mim! Também fiz curso de costura com a mesma idade e fiquei um pouco revoltada com a máquina de costura hahaha (hoje somos amigas novamente!) e depois da faculdade fiz cursos de modelagem (pra mim é a parte que mais curto, a parte de criação e desenvolvimento). Quando estava prestes a me formar encontrei uma oportunidade de ter minha própria marca - parentes, amigos e até estranhos na rua sempre elogiavam meu estilo. Contei com a ajuda de um tio meu que é formado em Desenho Industrial e que ama tipografias. Na época meu briefing foi a Emilie Autumn (cantora, compositora e violinista que uma amiga do colégio me apresentou e que amo até hoje). A partir de algumas fotos e conceitos de marcas que apresentei para meu tio, chegamos no nome Trapezia e na tipografia do logo. Foi estudado o mercado alternativo superficialmente e alguns potenciais concorrentes, tivemos o cuidado de fugir do óbvio e de usar nomes que prendessem a marca a somente um estilo.


Bolsas da Trapezia


MdS: Sua loja lida com a estética de subculturas bem diferentes e às vezes até contrastantes, como retrô, cosplay, vitoriano e steampunk. Como é seu processo de criação, de pesquisa e referências para desenvolver as peças? 
T: O público de cosplay foi um dos que me motivou a criar a marca, encontrei uma oportunidade por gostar muito de figurinos de teatro e filmes e comecei a fazer o nome da marca desta forma. Antes de ter a loja online, eu prestava serviços de criação para este público. A inspiração da marca com certeza é a marca queridinha por mim, a Hot Topic, vejo um mix de produtos que sonho em ter um dia. As inspirações e processo das criações variam muito de coleção para coleção. Atualmente temos os vestidos e outras peças inspirados no estilo das pin-ups, mas num futuro próximo penso em agregar nas coleções muito mais do meu gosto pessoal e me inspirar total nas cantoras das quais admiro tanto.





MdS: Você tem paixão pela era vitoriana assim como muitos alternativos, porém roupas neste estilo são raras de encontrar nas lojas alternativas brasileiras. Você pretende um dia desenvolver alguma coleção releitura só com essa temática? Quais são as dificuldades de adaptar esse visual ao clima brasileiro? 

T: A pesquisa de história da moda nunca acaba, é fascinante! Mais especificamente comecei a curtir corsets e a história deles através das cantoras de melodic metal que o usam de uma forma moderna ou seja, em forma de releitura. De todos os períodos históricos, o que mais me identifiquei foi com a Era Vitoriana (tem muita coisa representativa e de valor neste período na minha opinião), o meu TCC da faculdade foi o tema "The Tudors - Dinastia Inglesa na Era Tudor" (tem no site o ensaio). Com certeza é uma meta, fazer ensaios e coleções com temas históricos, mas pode ser que demore um pouquinho no atual cenário da marca. Dificuldade total para quem mora em cidade onde o clima quente prevalece na maior parte do ano, mas brasileiro é guerreiro e nada nos impede de irmos a encontros vitorianos e steampunk não é mesmo?





MdS: Você desenvolve figurinos cosplay, em quê vestir personagens é diferente de vestir pessoas?  
T: O cosplay tem algo muito mais fantástico na maior parte do tempo, dificilmente me pedem personagens sociais, que usem roupas para usar no dia a dia. A modelagem, desenvolvimento e até os tecidos são bem diferentes do que quando desenvolvo uma coleção para a marca. Por exemplo, fazer figurinos e cosplays me permite ter uma liberdade de escolha de tecidos e texturas que às vezes para desenvolver uma roupa mais duradora e com maior conforto, em uma coleção não seria possível, como usar tecidos de tapeçaria ou plástico e e.v.a. Alguns cosplays precisa-se usar espuma, arames, a estrutura é bem diferente de uma roupa comum.





MdS: O nome Trapezia remete ao universo circense e você é fã dos visuais de Emilie Autumm, que mistura essa ideia de circo vitoriano com “boneca quebrada”, se você tiver que falar sobre estas duas paixões aos leitores, o que você falaria, por que eles te inspiram?   

T: Tem coisas que às vezes é difícil de explicar porquê exatamente temos algumas paixões, neste caso também não tive nenhuma influência de amigos ou parentes, simplesmente foi assim. Acho lindo também os freak toys, tenho uma mini coleção de Monster High (adoro o estilo das roupinhas), mas se eu tivesse espaço e pudesse, teria aquelas bonecas assustadoras que eu acho lindas, não sei exatamente porquê hahaha... Também sempre gostei de filmes de terror, principalmente os asiáticos... os filmes do Frankenstein, Drácula dentre outros, já assisti todos! E por outro lado também curto o estilo dos circos de antigamente, filmes como Chocolate e o Rei do Show. Gosto muito de toda esta parte histórica. Enfim, são mil e uma referências, acho que quando se trata de arte, para quem é artista uma coisa acaba levando à outra. Gosto de coisas fofinhas e também de coisas um pouquinho estranhas.




MdS: Quais são as suas dificuldades como empresa pequena para se manter em funcionamento? Quais os pontos altos de ter uma marca alternativa?  

T: A maior dificuldade é financeira, não conseguir atualmente desenvolver e poder ter marcas licenciadas como faz a Hot Topic por exemplo (um sonho), para criar muita coisa e viajar legal nestes temas. A outra dificuldade que o pequeno empreendedor enfrenta também é que ao produzir pouca quantidade de qualquer produtos (algumas vezes por não ter dinheiro para investir em alta quantidade e também por não ter onde armazenar muito estoque), é que tudo sai muito mais caro, o custo do produto fica muito mais caro do que grandes empresas. A vantagem de ter uma marca alternativa é de poder viajar nas criações e trabalhar com temas e assuntos que você ama, trabalhar em algo que se identifica não tem preço!


MdS: O que acha do mercado alternativo brasileiro atualmente?  
T:Trapezia está com a loja online em funcionamento desde 2017, ainda estamos amadurecendo com esta experiência mas existem muitas marcas brasileiras que já estavam em ação antes de 2013 e que agora estão colhendo os frutos e isto dá um orgulho enorme. Acredito que nós marcas brasileiras estamos conquistando nosso espaço. Ainda temos muito o que amadurecer para encontrarmos uma identidade, mas o cenário atual é de um público alternativo que consegue consumir moda alternativa muito mais fácil do que anos atrás.




MdS: Uma das questões que o blog aborda é sobre manter o estilo alternativo quando adulto. Você sente ou já sentiu alguma pressão para mudar de estilo por causa da idade?  

T: Ainda não senti na pele uma cobrança diretamente. Por trabalhar com moda as pessoas meio que esperam de mim um estilo alternativo, mas acredito que familiares e certas funções durante o ambiente de trabalho, a cobrança é hard. Mas minha família não fala muito não, minha avó já se conformou em ter uma neta meio doidinha haha, eu até que sou "comportada", não tenho nem tattoo e nem piercing (tenho problema de cicatrização e fibromialgia e confesso que tenho um pouquinho de medo de dar cagaditas haha), mas às vezes a maior cobrança vem de nós mesmo e esta sim é a mais difícil de conviver e lidar. Mas quanto a mudar meu estilo no momento não, se fosse pra ter alguma pressão seria "você precisa ousar mais". Acho demais as velhinhas que usam roxinho no cabelo e deixa roxo de propósito, acho demais senhoras que são rock n' roll, que tem um corte de cabelo diferente e etc... Acho que hoje em dia, as possibilidades são inúmeras e para as pessoas mais "evoluídas" e sem preconceito, nada disto mais importa.

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Para quem quer adentrar na moda retrô, mas com peças superadequadas ao nosso clima, pode dar os primeiros passos com as peças da Trapezia. De algodão leve apropriada ao calor brasileiro, os vestidos da marca são uma ótima opção. Destaco esse modelo com caveira dourada:




Eu já recebi o meu e me encantei com a peça, que serviu perfeitamente mesmo sendo um tamanho padronizado. Acho importante quando marcas alternativas se preocupam com o tecido, a modelagem, acabamento e uso da técnica, pois é isso que as torna peças de qualidade. 





Espero que vocês tenham gostado da entrevista! 

Não deixe de visitar o site da loja e me digam o que vocês acharam da Trapezia e se já tem peças da marca.




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18 de março de 2019

Entrevista com Sofia, proprietária da marca Spookies - #10anosModadeSubculturas

Como vocês devem estar acompanhando no nosso Instagram, este ano o blog comemora 10 anos de existência. Criei a #10anosmodadesubculturas para registrar todos os nossos posts comemorativos de aniversário, como é o caso de uma série de entrevistas que estou realizando com as lojas parceiras! Uma forma de vocês saberem mais sobre as quem são as pessoas, as ideias, os processos de criação e várias outras coisas que ficam por trás dos looks! =)

Vamos começar com a entrevista com a Sofia, proprietária da loja Spookies, onde o nosso cupom de desconto é SUBCULTURAS.




Sofia, quando e como começou a sua imersão pela cultura alternativa?
Sofia: Desde a adolescência quando percebi que meu gosto era um pouco diferente do que todas as minhas amigas curtiam, assim despertou meu gosto pelo alternativo desde: filmes cults, música e moda.

Conte-nos quando decidiu trabalhar com o segmento alternativo e ter sua própria marca. Você tem alguma formação na área de moda?
S: Sou jornalista e ao me formar fui trabalhar com jogos eletrônicos, pude viajar o mundo todo trabalhando em campeonatos gamers e conhecer um pouco mais sobre a cultura alternativa, ver que lá fora muita coisa era diferente, isto reacendeu uma vontade adolescente de trabalhar nesta área. Demorei uns 3 anos para amadurecer a ideia e planejar com gostaria que a Spookies nascesse.




O que você vendia no começo era diferente do que vende atualmente? Sei que agora você cria micro coleções temáticas lançadas ao longo do ano... 
S: No inicio da Spookies tinha a ideia de trabalhar com mais estampas corridas próprias, seria uma marca com estamparia diferentona mas com o passar do tempo fui conhecendo as “spookies" e vendo que elas procuravam algo com uma influência mais gringa. Fui moldando o meu sonho com os sonhos das meninas. As mini coleções vieram para sempre ter novidade e contar uma história sobre as peças e sobre as criações, tentar mostrar um pouco de como aquelas roupas foram construídas.


Como é seu processo de criação, de pesquisa e referências para desenvolver as peças? É seu gosto pessoal, um "feeling"... há alguma influência da estética das subculturas?
S: O processo é feito muito naturalmente são as músicas que ouço, os filmes, as pessoas que andam na rua e tem um estilo diferente, os livros ... O processo de criação está acontecendo todos os dias seja em pequenos insights ou em um desfile de moda.

É relativamente recente a venda de  peças plus size (acima do tamanho 44) em lojas alternativas nacionais. A Spookies desenvolve estes tamanhos também? Você já fez alguma pesquisa de público a respeito desse tema?
S: Trabalhamos já com modelagens mais inclusivas, o nosso P é maiorzinho e assim vai, o nosso GG veste tranquilamente uma menina que usa 48, e para as meninas que não se encaixam nas nossas medidas, fazemos peças sob medida. A ideia é que todas se sintam bem com seu visual.




Quais são as suas dificuldades como empresa pequena para se manter em funcionamento? Quais os pontos altos de ter uma marca alternativa?
S: As dificuldades são que você como dona de uma marca pequena, faz quase tudo, é a estilista, compra o tecido, pensa na campanha de marketing, olha o que está vendendo... enfim, mil tarefas para uma só pessoa mas agora a Spookies já tem alguns colaboradores que ajudam muito neste processo. E os pontos altos são ver pessoas se aceitando, vestindo momentos incríveis, se sentindo melhores com elas mesmas. Enfim, não tem nada mais gratificante que fazer parte de uma cadeia de trabalho que recompense bem e valorize as pessoas.

Qual sua análise sobre o mercado alternativo no Brasil?
S: Comparado com o que via há 5 anos fora do Brasil ainda é muito atrasado mas vejo um crescimento lindo acontecendo, muitas marcar surgindo, influenciadoras, acredito que o cenário está crescendo.


Como é a visão da marca sobre consumo consciente e questões de sustentabilidade? Vocês já praticam ou tem algo em mente para o futuro?
S: Desde o início procurei levar para a marca os valores que acredito, por isto, que toda nossa cadeia de trabalho é bem remunerada desde as pessoas que são nossos colaboradores como parceiros, valorizamos o trabalho de todos da nossa cadeia. Uma forma que vimos de impactar menos o meio ambiente é ter um estoque mais enxuto, algumas peças são produzidas após a compra do cliente.
Busco sempre tecidos e formas de estampar que não agridam tanto o meio ambiente. Todos nossos produtos são veganos, mesmo porque eu sou vegetariana também, mas a ideia é sempre evoluir e procurar novas maneiras de ser melhor não só para a comunidade alternativa mas para a sociedade como um todo.

Uma das questões que o blog aborda é sobre manter o estilo alternativo quando adulto. Você sente ou já sentiu alguma pressão para mudar de estilo por causa da idade?
S: Eu realmente não ligo de mostrar e ser como sou, as pessoas que me veem não pensam que tenho 35 anos, e realmente não me importo, mas nunca sofri preconceito porque sempre trabalhei em áreas que “aceitavam” este meu estilo.



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Espero que tenham gostado dessa entrevista com a Sofia, mais uma das nossas super garotas empreendedoras! E a dica extra é: acompanhem a Spookies nas redes sociais porque toda semana rola algum cupom de desconto novo! (com mais desconto que o nosso cupom hehe!) 




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5 de outubro de 2018

Murder Queen e Dracurella contam tudo sobre a coleção em parceria com a Rainbow Pinup Store!


A Coleção Rainbow x Murder Queen e Dracurella foi feita especialmente para as amantes da moda retrô que se inspiram nas décadas de 1940, 50 e 60!

Quem segue Bianca Gouvea (@dracurella) e Larissa Romaszkiewicz (@murderqueen) no Instagram sabe que ambas são fãs tanto de cultura retrô quanto da temática de horror. As amigas se uniram para criar uma coleção autoral de peças exclusivas para a Rainbow Pin-up Store! Os modelos possuem cores sóbrias e as clássicas estampas de onça e a de listras, modelagens valorizando curvas (como era de praxe naquelas épocas) e tecidos finos cuidadosamente escolhidos. Nesta entrevista elas contam  mais detalhes da coleção!

Como surgiu a parceria entre vocês e a Rainbow?
Bianca: Acho que fui a primeira a ter parceria com a Rainbow, inicialmente comprei algumas peças e logo após a Cá me convidou para modelar uma coleção, e ajudar na criação de uma das peças, foi super legal! Depois disso surgiu esse convite para criar uma coleção ao lado da Larissa.

Larissa: Isso! Eu também já tinha comprado peças da Rainbow e estava de olho em várias outras rs conheci a Cá através da loja e quando a Bianca fez a parceria com ela acabei me aproximando mais dela também. Quando ela nos convidou para desenvolver toda a coleção levando o nosso nome, fiquei muito feliz! 



Quais foram suas inspirações para a criação da coleção?
Nós temos inspirações bem parecidas, tanto que desenhamos as peças separadamente e quando fomos à primeira reunião haviam vários desenhos parecidos! No geral trouxemos para a coleção peças que sonhávamos em ter, focamos em filmes de horror antigos, como “Dracula’s Daughter” (tanto que um vestido levou o nome do filme), e o conjuntinho Maila Nurmi, que seu nome diz tudo sobre a inspiração. Todas as peças foram nomeadas através de filmes, atrizes ou elementos do cinema clássico do Horror. Além disso, pensamos em peças com uma carinha vintage, nos inspirando em modelagens e silhuetas das décadas de 1940 e 1950, mas dando um ar moderno às peças principalmente por conta dos materiais.
Achamos importante criar peças que nós realmente nos identificamos e amamos, para passar para as clientes um pouquinho da nossa essência. Mas apesar disso nós criamos muitas peças versáteis que podem ser usadas tanto por quem se identifica com o nosso estilo, quanto por outros estilos também!



Como foi o processo de desenvolvimento da coleção? Teve alguma peça que ficou de fora ou precisou ser repensada? Vocês consideraram o clima do Brasil, levaram em conta seus gostos pessoais?
Inicialmente nós criamos cada uma cerca de 10 looks, desenhando os croquis e definindo tecidos e cores. Nós decidimos fazer essa primeira etapa de criação separadamente para ter o máximo de opções possíveis, como brainstorming mesmo, mas no fim nós acabamos desenhando várias peças parecidas ou iguais mesmo haha! Depois sentamos com a Cá para analisar tudo juntas e decidirmos quais seriam as peças finais da coleção, e a partir dessa escolha passamos a trabalhar em conjunto em cima de todos os designs. Também fomos junto com a Cá escolher e comprar todos os tecidos, para que as peças realmente ficassem do jeito que imaginamos.
Nós levamos em conta tanto o clima do Brasil e da estação quanto os nossos gostos pessoais. Somos muito apaixonadas por veludo, então mesmo sendo uma coleção de primavera/verão quisemos incluir esse tecido, mas em peças mais levinhas. No geral todas as peças podem ser usadas tanto no frio quanto no calor, dependendo da composição do look! Algumas ideias ficaram de fora dessa vez sim, quem sabe não rola outra coleção no futuro? 


Vocês têm cada uma alguma peça preferida?
Larissa: Muito difícil escolher! Acho que minhas peças favoritas foram o penhoar Diabolique, o macacão Cat People (sempre sonhei com um macacão assim!), o vestido Dracula’s Daughter e o conjunto Maila Nurmi. 
Bianca: Ai meu coração! Todos são muito especiais, mas acho que tenho favoritos sim, rs. O vestido “Dracula’s Daughter”, o vestido “Marilyn Munster” na versão preto com vinil, o conjunto “Maila Nurmi”.



Comentem sobre os looks!
Vestido Dracula’s Daughter: Uma das estrelas na coleção, um vestido com uma pegada mais chique, mas ainda assim um pretinho básico. A elegância da peça se dá pela modelagem única e pelo comprimento da saia. 

Macacão Tarântula: Essa é uma peça mais de festa, por conta do tecido acetinado e da modelagem. Fizemos a calça estilo pantacourt que está bem em alta para dar um ar mais moderno à peça. 

Conjunto Maila Nurmi: Esse conjuntinho é um coringa, é possível usar tanto com a saia que acompanha, apenas o macaquinho ou mesmo com o penhoar Diabolique! Apesar de o macaquinho ser de veludo, a transparência da saia deixa o look mais leve e divertido para o verão. 

Scream Queens: Esse vestido nós duas desenhamos exatamente igual! Inicialmente queríamos confeccioná-lo em preto mesmo, mas acabamos decidindo cada uma por uma estampa diferente: a Bianca pela oncinha e a Larissa pelas listras largas em preto e branco, bem estilo Beetlejuice. No fim ele acabou ficando bem diferente nas duas versões.

Blusa Evelyn Ankers: Sentimos a necessidade de incluir algumas peças mais básicas e que poderiam ser usadas tranquilamente no dia-a-dia, e chegamos à blusa Evelyn Ankers que é perfeita para o verão! O tecido é bem fresquinho, o decote e as mangas franzidas dão um ar mais romântico à peça. 

Blusa Wicked Witch: Nós amamos plumas! Um tomara-que-caia básico já virou uma peça super diferente só com a aplicação das plumas no decote, e acabou se tornando uma das nossas peças favoritas da coleção. 

Short Monster Mash: Um shortinho super confortável e charmoso, que pode ser usado tanto à noite quanto durante o dia com looks mais básicos. O tipo de peça que é sempre bom ter no guarda-roupa!

Penhoar Diabolique: Uma das peças mais amadas! Esse penhoar é super versátil, pode ser usado para compor vários looks diferentes, com lingerie ou até mesmo como saída de praia. Com certeza um dos nossos queridinhos <3

Vestido Marilyn Munster: Outra peça que fizemos duas versões diferentes: uma em animal print e outra em preto, brincando com a diferença do tecido opaco e do brilho do vinil. Com decote bullet e alças fininhas, é o vestido femme fatale da nossa coleção!

Macacão Cat People: A peça mais bad girl da nossa coleção! O charme desse macacão está na modelagem impecável, que valoriza MUITO as curvas do corpo e é super retrô. É uma peça bem versátil que combina com qualquer estilo. 

***

Agradeço muito às meninas pela entrevista e à Rainbow por compartilhar informações sobre a marca.

A Rainbow Pin-up Store cria peças suas formas forma artesanal, todas confeccionadas sob medida para qualquer tamanho, levando um tempo médio de 5 a 10 dias úteis para ficarem prontos. Na coleção Rainbow x Murder Queen e Dracurella este processo também se faz presente.


O post foi ilustrado com algumas peças, 


Site: www.rainbowpinupstore.com.br
Insta: @rainbowpinup_store
Facebook: Rainbow Pin Up Store



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Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
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22 de novembro de 2017

Marca investe em acessórios para as Horror Pin-ups! Entrevistamos a proprietária da loja Ravenous, que tem chamado a atenção por seus acessórios de temática gótica.

As pin-ups com pegada dark são um fenômeno de estilo alternativo aqui no Brasil, e óbvio que com a demanda de clientes, nada mais justo do que surgirem lojas para abraçar o desejos deste público!


Estefani Pereira mostra as bolsas veganas da marca Ravenous.

A Ravenous é uma marca de acessórios alternativos especializada em acrílicos produzidos artesanalmente e com foco em temáticas da cultura alternativa especialmente temas góticos.
Em recente expansão a loja criou uma linha de bolsas com matérias crueltyfree/veganas. Embora seu público seja muito amplo, é inegável que se tornou uma marca queridinha das Horror/Goth/Dark Pin-ups! 

Assim como muitas outras marcas alternativas, a loja é comandada por uma mulher. Para mim, marcas alternativas são uma forma de empoderamento e independência feminina, há muito girl power envolvido, o empreendedorismo destas garotas pode inspirar muitas outras!! Go Girls! <3

Apresento agora entrevista com a proprietária Estefani Pereira, que comanda a confecção artesanal das peças. Ela nos conta sobre seu envolvimento na cena alternativa, o processo de criação e os desafios de ter uma loja alternativa. Lembrando que:

Leitores do blog tem direito a cupom de desconto na loja, o cupom é
SUBCULTURAS
e pode ser usado em qualquer compra acima de R$28,00. <3


A postagem está ilustrada com as peças que recebi da marca.
Este é o colar Bride of Frankenstein [aqui].

Moda de Subculturas: Conte-nos como se interessou por moda alternativa.
Estefani Pereira: Desde de muito cedo me tornei admiradora do universo alternativo, começando pela parte musical, onde tive grande influência da família, mas confesso que demorei para me relacionar com a moda! Meu interesse fashion só rolou aos 15 anos quando comecei a frequentar baladinhas Underground da grande São Paulo e foi lá, que tive um contato real com o estilo. Ver toda a produção e estética do público Goth me inspirou a vivenciar isso e posteriormente trabalhar nesse ramo!

MdS: Como decidiu trabalhar com esse segmento específico e ter sua própria marca?
EP: A decisão de trabalhar com acessórios veio de uma necessidade pessoal. Antigamente, como consumidora eu não encontrava peças alternativas que me agradavam 100% ou que estavam financeiramente ao meu alcance. Pensando nisso, comecei a produzir acessórios para meu próprio uso, o que acabou se tornando um hobby! Quando minhas amigas viam o que tinha conseguido fazer com montagens de colares e brincos, pediam para que eu fizesse modelos iguais para elas também. Foi quando percebi que não era a única com essa necessidade e que o meu hobby era admirado por outras pessoas! Pensando nisso e na escassez de lojas nacionais e confiáveis nesse segmento, me aperfeiçoei no trabalho e decidi lançar a Ravenous em 2015.



MdS: Como você definiria a Ravenous e que tipos de itens a pessoa encontra na loja?
EP:
A Ravenous é uma coletânea de muitas coisas. Trazendo elementos místicos, alternativos, referências de estilos e inspirações pessoais para cada peça! Sempre com o intuito de oferecer ao público algo que ele se identifique e o represente. Nosso catálogo é composto por colares, brincos, camafeus, anéis, chokers, e recentemente por bolsas e itens decorativos.


MdS:
Você já tinha uma habilidade natural pro artesanato ou foi estudar técnicas? É uma área que exige um pouco de detalhismo, certo?

EP:
Sempre gostei muito de artesanato e tive facilidade em trabalhar com diversos materiais. Porém, tudo exige aperfeiçoamento! Como você disse, é algo que precisa ser detalhado e alinhado. Ao trabalhar com peças acrílicas foi necessário aprender técnicas de corte, gravação e principalmente de criação da arte que é por onde tudo começa. Na real é um estudo continuo!




MdS:
Como é o processo de escolha das peças a serem vendidas, é seu gosto pessoal, um "feeling"... há alguma influencia da estética de subculturas?

EP:
Essa parte é muito intuitiva! Começando pelo meu gosto pessoal, inspirações e o que o público está procurando. Tento conciliar tudo na estética alternativa da loja para chegar no resultado final.


MdS: Quais as peças de maior sucesso?
EP:
É difícil dizer! Felizmente todos os modelos estão sendo bem aceitos. O Colar e os Brincos Spider Web são muito queridos pelo público, e os novos modelos exclusivos, como o Colar Magic Moon e o Brinco Moon Phases estão disparando ♥ Porém, nada supera o famigerado Maxi Brinco Pentagram (risos).




MdS:
Quais suas peças favoritas?

EP:
Ahhhh pode tudo?! Haha Eu amo todos os modelos. Mas confesso que todas as peças exclusivas da loja são as minhas preferidas do coração. Deve ser aquele orgulho de mãe!


MdS: O que acha do mercado alternativo no Brasil tanto como consumidora quanto como empreendedora?
EP:
Está melhorando a cada dia e isso é maravilhoso! Hoje podemos encontrar com facilidade peças de qualidade e que represente nosso estilo. Marcas independentes que se preocupam com a questão ambiental e artesanal são as minhas preferidas! Claro que ainda tem muita coisa para se melhorar e inovar, como por exemplo a pouca quantidade de lojas que oferecem vestuário plus size e produtos de matéria prima 100% nacionais, mas aos poucos estamos chegando lá! Acredito que a tendência é só melhorar.





MdS:
Quais os pontos baixos e os pontos altos de ter uma marca alternativa?

EP:
São pontos que andam lado a lado, pelo menos pra mim! O ponto baixo é a dificuldade de encontrar matérias primas ou até mesmo mão de obra de qualidade com um bom custo beneficio para repasse! Mas acredito que isso seja um obstáculo de todas as lojas, não só as alternativas. É realmente frustrante você ter uma ótima ideia e ter dificuldades em executá-la por essa questão, mas é aí que entra o ponto alto: conseguir realizar o projeto mesmo assim, extrair o melhor até chegar ao produto final e poder oferecer ao público o que foi idealizado com qualidade, é realmente gratificante!


MdS: Pode nos contar o que você programa para o futuro da marca?
EP:
Eu sonho muito e adoro segredos! (risos) Só posso dizer que no momento estou muito focada em aumentar nossa sessão decorativa.

Colar Spider Web [aqui]



MdS:
Para os leitores que quiserem comprar seus produtos, onde eles podem encontrar e como podem entrar em contato?

EP:
Por enquanto nossos produtos são vendidos somente online através do nosso site (www.ravenous.com.br) O atendimento também é exclusivamente online de segunda à sexta das 09:00 às 17:00 através da nossa FanPage (www.facebook.com/ravenousloja), Instagram (@ravenousloja) ou email comercial (contato@ravenous.com.br)



Pacote, panfleto e adesivos dos produtos.


Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre mais sobre a Ravenous! Usem o cupom SUBCULTURAS para ter desconto e companhem a loja nas redes sociais! Nos sigam no Instagram pra ver mais fotos das peças recebidas <3



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Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
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