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3 de fevereiro de 2017

40 Anos do Estilo Gótico (Masculino)

Ano passado, o vídeo "40 anos do Estilo Gótico" [aqui] de Liisa Ladouceur, deu uma repercussão imensa na internet no mundo todo. A polêmica e o sucesso foram tantos que Ladouceur decidiu fazer um segundo vídeo, desta vez sobre a estética masculina. 


 
"A reação a 40 anos de estilo gótico foi esmagadora. Foi um projeto de arte com meus amigos criativos para celebrar uma subcultura e estilo que eu amava, e foi emocionante vê-lo ressoar por tantas pessoas - mesmo aqueles que discordaram fortemente de nossa versão da história do estilo gótico, que era um quadro geral, um olhar generalista para as tendências ao longo dos anos. Para o vídeo masculino, levei seis meses para encontrar o modelo certo que nos deixou dar-lhe um deathhawk. Nós pudemos caracterizar looks góticos que eram mais masculinos - industriais, por exemplo, ou aquelas calças tão clássicas da [marca] Tripp - ao mesmo tempo em que reconhecemos que a androginia e a troca de gênero são um elemento essencial deste mundo.

A moda dos homens góticos é intrinsecamente mais transgressiva do que a das mulheres - ainda hoje é preciso um monte de coragem para um rapaz sair em plena rua com lápis de olho e batom, ou numa saia e arrastão, nunca se esqueça dos anos 1980, quando tudo isso começou.
Ao longo dos anos, os homens góticos foram tão fashion-forward quanto as mulheres, e queríamos celebrar isso. Tenho certeza que ainda haverá discussões sobre o que é e não é gótico o suficiente neste vídeo, mas isso também é um elemento essencial e bem-vindo.
" - Liisa Ladouceur para o site Nosey.

Então aperta o play que vamos falar mais sobre o vídeo logo abaixo ;)




Datas e Estilos
1976 Punk / 1980 New Romantic / 1985 Trad Goth / 1990 Vampire / 1995 Industrial /
2000 Cyber Goth / 2005 Emo / 2010 Edwardian / 2015 Deathrock revival



  • Ladouceur começou de novo pelo Punk 1976, pois sabemos que ambas as subculturas possuem uma ligação histórica.
  • Neste vídeo ela colocou as datas bem grandes; no vídeo anterior sobre a moda feminina, as datas pequenininhas confundiram muita gente que não as notou.
  • Observem como "1990 Vampire", bate certinho com a estética Romantic Goth do vídeo da moda feminina. Naquela época os livros de Anne Rice influenciaram a subcultura.
  • Em "2005 Emo #sorrynnotsorry", Ladouceur já avisa "desculpa sem pedir desculpa".
"Emo", é claro, já está provocando polêmica. Liisa não abordou exclusivamente os estilos góticos (nascidos na subcultura) e sim os estilos que os membros da subcultura ADOTARAM ou que a subcultura INFLUENCIOU. No caso do Emo, houve uma mistura com a estética gótica em determinado momento, e tendo vindo de um braço do punk, os Emos criaram uma espécie ligação estética de punk + goth versão década de 2000.


  • 2010 Edwardian: algumas vezes citei essa estética aqui no blog, especialmente [neste post] onde analiso os eventos alternativo-históricos. A estética eduardiana entrou muito em voga junto do maior acontecimento da cena gótica daqueles anos: o surgimento do Picnic Vitoriano do WGT organizado por Viona Ielegems, evento este que se refletiu aqui no Brasil, com os Picnics Vitorianos das cidades de Curitiba, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro e até Manaus.
  • "2015 Deathrock Revival": É verdade que está havendo um revival estético do Deathrock, inclusive na moda feminina.

Finalizando, gostaria de lembrar que os vídeos têm como foco História da Moda (alternativa) e não somente a subcultura. Então ao assisti-los é preciso dar uma ampliadinha na mente e enxergar essas influências e referências como um todo.
Se gostaram, não esqueçam de  compartilhar ;)


Contem o que acharam do vídeo! :D



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5 de setembro de 2016

O Estilo de Freddie Mercury

Freddie Mercury completaria hoje 70 anos! Muita gente solicitou um post dedicado ao músico, então a hora é mais do que propícia, pois além dessa data, no dia 24 de Novembro, será completado os 25 anos de seu falecimento devido a complicações da Aids. Freddie nos deixou ainda jovem, com apenas 45 anos, mas teve uma vida tão intensa, com um legado tão rico e vanguardista que parece ter vivido o dobro.


O início
É sempre bom repetir a importância que a moda tem na construção de um ícone do rock, seja ela usada de forma proposital ou não. Freddie é um grande exemplo de artista que soube alinhar moda e música estrategicamente, tornando-se emblemático tanto pela sua arte, quanto pelo seu visual. Desde o início, já falava da necessidade de uma banda "conseguir fazer a simbiose entre o som e imagem". Mercury queria ser uma lenda, e conseguiu o objetivo não só pelo fato de ser talentoso, mas desenvolvendo a habilidade que possuía por meio de muito estudo.

O interesse pela Arte surgiu na infância em Zanzibar, local de seu nascimento, quando atendia pelo nome real de Farrokh Bulsara. Ali, apreciaria durante horas como ouvinte música clássica e canto lírico. Dos sete ao quinze anos, viveria na Índia para estudar na tradicional escola St. Peter, onde enfim pode se aprofundar em desenho, teatro e música. Nesse período ouviria também rock e blues e chegaria até a montar uma banda: a The Hectics. Teria um olhar ampliado pelo cinema de Hollywood e Bollywood. Mas a estadia que começara com êxito se tornaria um pesadelo na adolescência por causa da sua homossexualidade. Denominado de Freddie, porém ainda Bulsara, retornaria aos 16 anos para casa e ficaria apenas dois devido a guerra que invadiu o país. Seu pai trabalhava para a colônia britânica, que na época dominava a ilha da costa africana, e assim conseguiu visto para se refugiar na Inglaterra. 


Freddie aportava com a família em 1964, em plena eferverscência cultural de Londres. O rapaz se adaptaria logo ao clima da cidade e se matricularia na Isleworth Polytechinic School, que oferecia cursos de artes do espetáculo, design e dança. O estilo se transformaria, conforme trecho da biografia: "trocou as calças de tecido por jeans apertados; usava blusões de couro ou paletós agarrados, camisas brancas, echarpes, botinas de couro. Deixou o cabelo crescer, como todos os amigos, contrariando a vontade da mãe, que achava aquilo horroroso, e mesmo duvidoso: ele poderia passar a impressão de ser um arruaceiro ou mesmo um drogado". Sua visão pelas artes plásticas cresceria, visitaria museus, clubes e galerias alternativas. Conseguiria passar nos exames finais de Isleworth e em 1966, ingressaria na escola Ealing College of Art, da qual nos quatro anos seguintes mudaria sua vida por completo ao iniciar o Queen.

A ligação com a Moda
Freddie teria forte contato com a moda antes mesmo de formar a banda. Ele era desenhista e com a habilidade criou suas próprias roupas no começo de carreira. Trabalharia como vendedor e chegaria a montar um brechó com Roger Taylor no árduo período financeiro que teve pré-Queen. A loja ficava localizada no Kensington Market e permaneceria até 1974, ao alcançar sucesso definitivo com o grupo. Há documentários que dizem ter sido ali que conheceria Brian May, mas na biografia de Selim Rauer o fato ocorreria antes. O certo é que através de Brian, Freddie conheceria a jovem Mary Austin, seu eterno amor e inspiração da música "Love of my Life". Até começarem o relacionamento, Mary era vendedora na famosa loja Biba (já falamos sobre o point londrino aqui) e vários encontros dos dois ocorriam no local. Daí tem se uma ideia de como a moda foi um fator recorrente e importante em sua vida.

O casal Freddie Mercury e Mary Austin

A estética
Conforme a banda evoluía, seu estilo ia modificando. Antes de cada concerto Freddie dedicava cerca de duas a três horas a si mesmo e o cuidado da imagem obtinha uma atenção específica. Gostava de arrumar sua roupa e retocar a maquiagem que era bem excessiva. No lançamento do primeiro álbum homônimo, Queen, o músico e os integrantes possuíam um visual que misturava o resquício do hippie e começo do glam rock. Repare que eles tinham um ar dark, um espírito boho goth que havia na época e era adotado também por nomes como Fleetwood Mac e até Black Sabbath. Chegamos a falar mais sobre aqui



No mesmo ano, em 1973, Freddie entraria em contato com a estilista Zandra Rhodes pedindo que fizesse as roupas da banda para a turnê seguinte, que seria do álbum Queen II. Eles queriam um figurino extravagante, e a jovem designer criaria a icônica blusa branca que formava uma asa quando o cantor abria os braços. A parceria se transformaria depois numa grande amizade. 

A famosa peça era feita de cetim branco plissado.


Mick Rock eternizaria a banda com a clássica pose inspirada em Marlene Dietrich.

Zandra seria conhecida depois por sua moda punk e, vejam só, um movimento da qual batia de frente com tudo o que simbolizava o Queen.


O reconhecimento do público viria de imediato, principalmente depois da apresentação no programa Top of the Pops. A fama internacional se concretizaria com a música "Killer Queen" do álbum "Sheer Heart Attack". As apresentações passam a ter proporções monumentais, digno de uma Rainha. O visual exagerado, cheio de brilho, bijuterias e unhas pintadas de preto acompanharia a banda também no cultuado "A Night at the Opera", de 1975.


Bohemian Rhapsody seria revolucionário no tempo de música e na estética de clipe. Eles aperfeiçoariam a técnica e a partir desse vídeo seria dado a importância definitiva de se lançar músicas associado ao clipe. "Esse procedimento deu origem a canais de tevê como a MTV", trecho da biografia de Selim Rauer. 


Na tour "A day at the races" e "News of the world" de 1977, Freddie estaria com o cabelo um pouco mais curto e usaria vários modelos do famoso macacão de malha com imenso decote frontal, às vezes acompanhado de uma jaqueta de couro por cima. Esse look tinha como inspiração a mesma peça utilizada por bailarinos. A dança era uma grande paixão de Mercury, em especial o ballet, da qual lhe renderia a admiração pelo bailarino russo Rudolf Nureyev. 


Óculos em formato de estrela usado no clipe "We will rock you". 
Que estilo, hein?

A influência japonesa surgiria no kimono.

Em "The Game" ocorreria uma mudança radical. O glam rock saía em definitivo e nasceria um novo Freddie Mercury, digamos mais polido. Como destacado em sua biografia, "o look era mais viril, um jeito mais severo, menos fantasioso: blusão de couro, jeans ou calça de couro, sapatilhas de boxeador ou de lutador, camiseta ou regata". O corpo do músico estaria bem mais tonificado e a famoso bigode que viraria marca apareceria no clipe "Play the game". 


Em cima de Darth Vader

Look fetichista, muito comum nessa fase.

Durante o estudo na Índia, sofreria bullying na escola, sendo chamado de "bucky" (algo como dente de coelho) e apanhava por ser franzino. O bigode serviria como um disfarce dos 36 dentes que possuía e que jamais quis mexer por medo de alterar sua voz. 


A turnê trouxe pela primeira vez o grupo ao Brasil, em 1981. O show foi um marco em diversos aspectos, não havia vindo bandas de rock dessa proporção ao país até então. Em recompensa, o público ovacionou a apresentação que ficaria na memória da banda para sempre, sendo citada inclusive em livros.

Foto: Milton Alves
Nas turnês seguintes como Hot Space, The Works e Magic Tour o visual teria poucas alterações. A maquiagem era apenas um contorno preto nos olhos. A roupa variava entre calças, tênis, às vezes usava camisetas de desenho, regata e a tradicional jaqueta em diversas cores. O que era mais frequente era o roupão amarelo que usava nos bastidores do show. 


Na capa de The Works, o cantor usa um par de converse chuck taylor.

Clipe "It's a hard life" com figurino surrealista

O êxito da música "I want to break free" iria muito além do que esperavam: seria cantada nas manifestações dos negros sul africanos pelo fim do Apartheid.

The Works Tour é a turnê com as apresentações mais emblemáticas. Entre elas está o retorno ao país no primeiro Rock in Rio de 1985 e o show no Live Aid que daria ânimo ao retorno da banda.
Show que o imortalizou: Live Aid 

No ano seguinte seria lançado A Kind of Magic e o sucesso continuaria percorrendo diversos países, incluindo a apresentação histórica em Budapeste, na Hungria. 


Com camiseta da Betty Boop

A famosa jaqueta amarela

Para o concerto de Paris, foi pedido a figurinista Diana Moseley que providenciasse uma coroa e um manto de arminho que pesava mais de dez quilos. A coroa era autêntica pois Mercury não queria uma imitação barata do ornamento. E como era de se esperar, levaria o público e o mundo a loucura por essa aparição.                                                                                                                                                             

A mágica turnê seria a sua última. Em 1987, descobriu que estava com HIV. Naquela época não havia o tratamento que existe atualmente, pelo contrário, o tabu e o preconceito em torno do vírus era enorme. Ele só revelaria a doença na véspera da sua morte. Restava ao Freddie retardar o máximo que pudesse a manifestação da aids, que acabou o levando ao falecimento em 1991.

Nos últimos cinco anos, o músico conseguiu ser bastante produtivo lançando trabalhos em parceria com a cantora lírica Montserrat Caballé - que surpreenderia a todos e principalmente a si mesmo - e mais dois discos com o Queen: The Miracle e Innuendo.

"The Great Pretender" do The Platters é uma versão lançada em produção solo.


Notificada por sua admiração, Montserrat entra em contato com Freddie para que se juntasse a ela num grande projeto. Ela o queria como cantor e compositor para o hino oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona. O fascínio que um tem pelo outro toma conta e os dois acabam fazendo um aclamado álbum juntos. O encontro das divas foi realmente um acalento ao período de dor que enfrentaria. 

A partir de Montserrat faria uma mudança drástica no visual: retiraria o bigode, sua marca registrada, e ficaria assim até o final. As calças e regatas dariam vez ao terno. Dali para frente seria usado cada vez mais roupa para tentar disfarçar a magreza excessiva causado pela doença.  


Não tendo mais condições de sair em turnê, a banda investe na gravação de clipes para divulgar The Miracle e Innuendo. O último seria a canção "These are the days of our lives" gravado em Junho de 1991. O estado de saúde estava bem fragilizado e é perceptível no vídeo. Em apenas cinco meses estaria se despedindo de vez da gente. 

Em 2011, houve em Londres a exibição "Stormtrooper in Stilettos" da qual comemorava os 40 anos do Queen. A mostra focava nos cinco primeiros álbuns da banda. Entre os objetos expostos, estavam as roupas dos integrantes, mostrando como a moda foi um fator importantíssimo na composição teatral do grupo. Em vida, Freddie falava da intenção que tinha de entreter e sabia que tinha que investir muito além da música.
"Poderíamos interpretar as canções sentados, no palco, mas o efeito não seria o mesmo. Se as pessoas vão a um concerto, é para se divertir, é porque querem assistir algo extraordinário e diferente, que a simples escuta de um de nossos álbuns não lhes proporciona. Isso pode parecer um lugar-comum: mas eu gosto de pensar que quando os espectadores vêm assistir a um concerto do Queen, nós seremos capazes, durantes duas horas, de fazê-los esquecer a própria vida, suas preocupações e seu cotidiano, e de permitir que vivam um momento de intensidade único. Depois, é claro, eles voltarão para o que tinham deixado, mas ao menos durante essas duas horas nós teremos conseguido." Entrevista dada a Rudi Dolezal e Hannes Rossacher durante a turnê Magic Tour, em 1986. 

Curiosidade: uma leitora (Tânia) havia nos perguntado se o clipe "I'm going slightly mad" teria sido referência de Tim Burton para o filme Edward Mãos de Tesoura (leia mais aqui). De fato a estética do vídeo lembra muito, mas se houve alguma influência, só pode ter sido do Queen pois esse penúltimo clipe gravado por Freddie ocorreu em 1991, enquanto o longa de Burton é do ano anterior. Poucos devem conhecer essa gravação, vale a pena conferir. A figurinista foi Diana Moseley que trabalhou com eles no Magic Tour.


O post teve como base a biografia "Freddie Mercury" do escritor Selim Rauer, da editora Planeta. Certas informações e trechos destacados ao longo do texto foram retirados desse livro concedido em parceria com a Ideal Shop tempos atrás. Não encontramos a publicação disponível em vendas online, não sabemos se ainda está sendo vendido, porém existem outros no mercado aos que queiram se aprofundar na vida dessa fascinante lenda do rock.


Espero que tenham gostado! :D 


* Devido à recorrentes plágios de nossos artigos, pedimos que leiam e fiquem cientes de nossa declaração de direitos autorais:
Artigo das autoras do Moda de Subculturas. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É proibido também a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). É permitido usar trechos do texto como referência em sites ou trabalhos, para isso precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como respeito ao direito autoral. Compartilhar e linkar é permitido. As fotos pertencem à seus respectivos donos, porém, a seleção e as montagens das mesmas foram feitas por nós baseadas na ideia e contexto dos textos. 

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31 de março de 2016

Stooge: Black Collection

Quando a Stooge lançou em seu Facebook um mini vídeo preview da nova coleção, algo me chamou a atenção naqueles segundos: havia uma mulher negra plus size! Logo me pus a pensar no que estava vindo por aí: peças em tamanhos maiores e uma modelo negra estampando o catálogo? Sim! Dias depois são liberadas as fotos do editorial e a surpresa foi não apenas o investimento no plus size, mas em dois modelos fora do padrão: La Roberta e Nahem Romano.


Considerando que nosso mercado alternativo ainda é pequeno (embora cresça a cada dia, peca por várias lojas apresentarem produtos iguais ou muito similares)  dá aquele ânimo ao ver que uma pequena empresa está dando um passo além e saindo do lugar comum. É um risco, claro. Mas se não arriscar, como saber se há receptividade do público? 


Nessa nova empreitada da marca vemos em torno de 40 peças em modelagens que vão do P ao EG. A Black Collection investe na base: as peças são todas pretas e lisas podendo ser usadas sozinhas ou acompanhadas de outras peças de coleções antigas da marca. Um destaque é a underwear, tops, short e anágua para serem usadas por baixo das blusas, saias e vestidos.

Tops, short e anágua de renda: underwear!

Nesta foto vemos a anágua embaixo do vestido.

Na pesquisa de público que estamos fazendo no blog, uma das minhas surpresas foi a alta quantidade de leitores que diz se importar mais com a origem ética do que com o preço das roupas. E agora a Stooge está trabalhando com consciência ambiental, usando matérias primas certificadas de acordo com as normas ambientais vigentes no país e disponibilizando retalhos e sobras de tecidos para pessoas e instituições que os reaproveitam. A marca produz peças na cidade sede da marca no Paraná, preferindo fornecedores e artistas parceiros que residem no Brasil.


Seguindo a cartilha das coleções anteriores, as peças unissex estão presentes, desta vez em maior quantidade. Ao contrário de empresas mainstream que têm dado vexame ao não saberem o que é moda unissex, apresentando publicidade com modelos andróginos ou peças floridas, a Stooge mostra que não precisa ser andrógino e não precisa remeter aos anos 1970 pra uma peça ser usada pelos dois sexos, é muito mais uma questão de modelagem do que de estampa ou formato de corpo. Três belos exemplos são o macacão, o vestido longo assimétrico e a regata de renda usada pelo boy (nas fotos no site podem ser vistos usados por ambos). 



Como comentado no post do desfile do Nicopanda, transgressão hoje é a abolição dos estereótipos de gênero; transgressão também é, num mercado que idolatra mulheres brancas, magérrimas e altíssimas, investir em associar sua imagem com os excluídos, com os que não tem representatividade midiática, apostando na inclusão. A marca também embarcou no empoderamento feminino, super justo! Afinal, as mulheres são uma grande parcela dos consumidores de moda alternativa.


A loja tá com frete grátis em todas as compras, você pode ver aqui se tem alguma revenda perto de você e não esqueça que também tem vários produtos das coleções antigas com desconto.

Estão convidados a nos contar o que vocês acharam dessa nova visão da marca!  :D


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