Destaques

19 de março de 2011

Tilda Swinton em Orlando (de Virgínia Wolf)

Você já leu o livro "Orlando" de Virgínia Wolf
Orlando foi publicado em 1928 e conta a história de um jovem nobre inglês que nasceu no século XVI e foi abençoado pela Rainha Elizabeth I a ficar eternamente jovem. Um dia, enojado com a forma como os homens pensam e agem, Orlando dorme e acorda mulher. A transformação de Orlando em mulher é vista com naturalidade. A personagem é imortal e a história acompanha sua vida e seus amores por quase 400 anos da história britânica. A imotalidade permite um questionamente longo e filosófico sobre o tema e com toques de ironia. Sem envelhecer um dia, a personagem  encontra na esquecida necessidade humana da androginia, o segredo para sua própria felicidade e a felicidade de sua filha.
A obra virou filme em 1992, chamado "Orlando - A Mulher Imortal", foi dirigido por Sally Potter e estrelado pela andrógina atriz inglesa Tilda Swinton.
Essa é a minha recomendação de leitura e de cinema do dia, já que o filme tem também um ótimo figurino e é possível observar as mudanças da moda com o passar dos séculos.

 


Cena do Labirinto:

Fiquemos agora com o editorial da revista espanhola Yo Dona, inspirado na obra.

 

Dreaming of Another World

Vogue Itália, março de 2011.
Modelo: Guinevere van Seenus


Hard to be Passive

Eu já havia postago sobre Rick Genest, o Zombie Boy, na época do desfile masculino de Mugler. Depois que o rapaz apareceu no clip de Lady Gaga (que é patrocinada pela marca Mugler), ele se tornou mundialmente conhecido fora do meio alternativo e todo mundo quer saber quem ele é. Todo dia tem gente que cai aqui no blog através de buscas como "homem tatuado do clip da Gaga". Agora o sucesso mundial do punk está ligado à essa cantora, não mais  somente à sua própria pessoa. 

Há algum tempo comento aqui sobre essa busca desenfreada de estilistas mainstream por pessoas diferentes, fora do comum. A intenção é ligar pessoas alternativas a grandes marcas para oferecer novidades "chocantes" a um público careta e também conquistar o público alternativo para que estes se identifiquem e também passem a consumir grifes.

Até antes de ser encontrado no facebook pelo stylist Nichola Formichetti, Rico era um punk rocker que viva jogado nas ruas com seus amigos e dava entrevistas para revistas alternativas e  programas de TV que abordavam temas como "pessoas bizarras". Agora é famoso mundialmente graças, justamente, à sua autenticidade. Ele se vendeu ao mainstream? Creio que não. Ele está aproveitando o momento e ganhando dinheiro sem precisar ter  mudado quem ele é. 

Claro, como todas as pessoas alternativas, sua aparência é muito julgada pelas pessoas "normais", que dizem que para fazer isso com o corpo ele só pode ser um louco infeliz. Eu tenho certeza do contrário, que ele é uma pessoa feliz exatamente por ter coragem de ser exatamente como ele quer. Coisa que muitas pessoas normais não conseguem, pois tem que viver num mundo de fingimento onde o que importa não é o que elas são, mas o que elas têm.

Editorial Hard to be Passive. Vogue Hommes Japan.
Notem que nesse editorial o foco não são as roupas e sim o modelo. Editoriais assim só acontecem quando a pessoa se torna muito maior do que uma marca.


Para não fazer outra postagem, aproveito e deixo aqui as imagens da sombriamente elegante campanha masculina da Mugler. Aliás, a calça da primeira foto é linda e digna de um punk. Detonada, em couro e pode durar a vida toda. Pena a maioria dos punks não terem dinheiro para comprá-la...

18 de março de 2011

Desfiles - Fall 2011

Adoramos as coleções outono-inverno, não é mesmo? Sempre tem muito preto e toques góticos. Já fiz algumas postagens sobre a atual temporada de outono. Aí vão mais alguns desfiles bem sombrios e elegantes  pra admirar e se inspirar.

Chanel: Eu usaria tudo. Luvinhas de renda...

 

 Nina Ricci: Dark Glamour... novamente, tudo usável.


Anna Sui: Meia rendada e meia de caveirinhas.


Yohji Yamamoto: Rock n Roll em peças leves, detalhes de rendinha e tule (adoro!), moicano colorido e crinolina aparente. Vermelho sangue! Há quanto tempo eu não via essa cor em desfiles? Drama, drama, drama!

 
 

Gareth Pugh: As coleções de Gareth sempre são darks e com silhuetas estruturadas. Cá entre nós, essa coleção não é super Heavy Metal? Eu  consigo imaginar metaleiros usando essas roupas, agora só falta convencê-los de que moda nem sempre é futilidade.


Peachoo + Krejberg: Vejo esses looks em um figurino de filme de vampiro. Daqueles filmes sombrios,artísticos, meio Anjos da Noite...



Vivienne Westwood: Fechando a postagem com a pioneira da moda alternativa. Noiva em vestido branco clássico com... maquiagem que lembra corpse paint? Arrasou!
 

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