Destaques

23 de setembro de 2014

Dica de Loja: Apátika

A dica de hoje é da loja Apátika.
A marca é artesanal e vende artigos de moda alternativa, ilustrações e crafts!



A loja tem pouco mais de um ano e o destaque são as camisetas estampadas artesanalmente com silk screen e aplicações customizadas, resultando em peças únicas no modelo e no tamanho. A loja vende tamanho tabelados, mas se você é plus size, pode encomendar!



O foco é o público alternativo geral, que gosta de vestir algo mais representativo em especial aqueles que não curtem consumismo exagerado, tendências ditadas e peças reproduzidas em massa, que é justamente o conceito do artesanal.

Recebi a Blusa Noir e a Blusa Camafeu + 1 body chain da marca.


Logo de cara, o embrulho chama a atenção não apenas por ser lindinho (cheio de flores) mas por vir vários e vários cartões, folhetos e uma carta escrita à mão que vai pra cada cliente!! Gente, isso é muita dedicação!
*Clique pra aumentar as fotos. 


Body Chain, Camiseta Camafeu com paetês de tacha e camiseta Noir.


Na carta, é explicado o conceito da marca e o que me chamou à atenção foi o trecho:
"A Apática surgiu (...) com a proposta de direcionar produtos únicos para pessoas apáticas.
Sim, apáticas... diante de tantas marcas, estilos, tendências duvidosas, só nos resta a apatia. Não há emoção em uma peça produzida aos milhares".

Achei esse trecho de uma representatividade incrível, não apenas porque o que caracteriza a moda alternativa é ela não ser produzida em massa, quanto ao fato de que eu também sou destas pessoas apáticas que  vira e mexe sai pra comprar alguma coisa e volta sem nada com aquela cara decepcionada porque só encontrou "peças sem emoção".

Embalagem do body chain com um esqueleto lindão; body chain e pacote completo.


 Camiseta Camafeo e detalhes da aplicação das tachas (à mão).


A tiragem das peças é sempre limitada, 
porque são feitas à mão uma a uma.   


A proprietária Juliana faz acessórios, crochês, customizações das camisetas e os toys de tecido e meia. Já as ilustrações, as máscaras e pingentes de cabeça são criações de Bernard Kalt. A Apátika mantém um conceito underground, um dos objetivos é criar um espaço que seja estúdio-atêlie-loja. Um lugar que se possa fazer tatuagem, comprar artigos de moda e arte, fazer penteados afro e cortes de cabelo alternativos, ouvir música, tomar café... algo que realmente falta: um local de lazer alternativo.

Body Chains


 Acessórios

 Peças masculinas

 Ilustrações de Bernard Kalt
 



Acompanhe a loja:
www.apatika.com.br
www.facebook.com/apatikastore
instagram.com/apatikastore
www.facebook.com/bernardkalt
www.flickr.com/bernardkalt

*publipost

22 de setembro de 2014

Tatuadores, Tatuados: "Nós fazemos dinheiro e não arte"

Está em cartaz em Paris, no Musée du Quai Branly, aquela que está sendo considerada a mais completa exposição já feita sobre tatuagens. “Tattooists, Tattooed” mostra a extensão da tatuagem da antiguidade até os dias de hoje. Dentre os 300 artefatos expostos, mostra-se que a arte está em constante evolução e atravessa todos os continentes, mesmo que em sua essência, a aceitação e a finalidade diferem de uma cultura para outra. Enquanto nas sociedades orientais, africanas e da oceania, a tatuagem teve um papel social, religioso e místico, o ocidente as via como um sinal de vergonha. No passado, apenas os criminosos, prostitutas, marinheiros, aberrações de circo e outros marginais teriam uma tattoo.

A partir de meados do século XX, o status da tatuagem começou a mudar. Se até os anos 1960 ter uma tatuagem era ser anti social, isso muda em 1970 com a adoção das mesmas pelos Rockstars. Mas é no final da década de 1980 que as tattoos passam a ser aceitas por segmentos mais amplos da sociedade e na década de 1990, elas se tornam uma declaração de moda. Nos últimos 15 anos dois tipos de negócios de tatuagens surgiram: o "estúdio de tatuagem" que mantém uma atmosfera e atitude de uma cultura underground. E o segundo tipo é o "estúdio de arte de tatuagens" que é localizado num bairro ou numa rua legal, tem aparência de um salão de beleza, preços destinados à classe média alta e classe B e presta serviços apenas com hora marcada. Nestes estúdios, o cliente não se limita a escolher um desenho na parede, ele chega com uma ideia e depois discute com o tatuador, assim como um patrono da arte encomenda uma obra de arte. E justamente, o tatuador não é chamado de "tatuador", mas de "tattoo artist". Há toda uma atmosfera de compra de um produto de luxo.

O nome do estúdio de artes de tatuagens de Ami James, na imagem,
 com a tattoo artist Megan Massacre posando numa cadeira, tem um design curioso: 
a letra "s" é um sinal de cifrão.


E este é um dos pontos que a exposição “Tattooists, Tattooed” também aborda, já que o slogan da mesma é: "Nós fazemos dinheiro e não arte". Sendo assim, entende-se que hoje existe um novo tipo de tatuagem: a tatuagem de grife que leva a assinatura de algum tattoo artist que por motivos diversos adquiriu status na cena. Anne, curadora da exposição disse numa entrevista para o programa GNT Fashion que hoje muitas pessoas vão "comprar" uma tatuagem e não, "fazer" uma tatuagem. Ela também disse que ter uma tatuagem não significa fazer parte do grupo dos tatuados.

É muito fácil entender essa frase da curadoria, afinal, tatuagens foram muito associadas à cena alternativa e à subculturas. Há as pessoas que compram a grife, a tatuagem assinada. E há os que fazem tatuagens porque as amam. E estes dois tipos de pessoas vivem em mundos distintos. 

Nosso artigo sobre Alternativos na TV Mainstream abordou os reality shows sobre tatuagens. Inclusive, vários tatuadores destes programas hoje tem status de artistas-celebridades.

E você: concorda que hoje em dia se compram tatuagens como objetos de grife?

18 de setembro de 2014

Editorial "All Black" da Miniminou

A Miniminou acabou de lançar um novo editorial chamado "All Black" e num breve analisar, já me identifiquei de cara com as peças!
Pretinhos básicos são fundamentais no nosso guarda roupas, são a "base" de muitos de nossos looks. 
Ah gente e não esqueçam: vocês tem desconto de 10% off em TODAS as compras que você fizerem na Miniminou usando o cupom SUBCULTURAS. Aproveitem!!
Vamos ao editorial (completo aqui) e depois falo mais sobre as peças.

 
 


No site foram lançados estes vestidos lindos, todos muito necessários!
O modelo à la Vandinha Adams está em voga na cena alternativa há algum tempo e é um clássico. Já o vestido em corino é a cara das meninas que apreciam um estética mais rock. O destaque é o vestido com o pentagrama nas costas é perfeito pro verão que está por vir. Nós já havíamos falado sobre a tendência alternativa do ocultismo [neste] post. O vestido all black tomara que caia, além de outra opção pro verão também é atemporal! 


Lembram dos tattoo chokers que falamos [aqui]?  A loja está vendendo! Saudosistas dos 90s agradecem! A coroa de rosas negras é puro glamour, mas não menos do que a bolsa e o colar lustre. Puro luxo!



E finalmente, mais uma seleção, desta vez anéis , brinco e colar e cruz.


Esperando o quê pra aproveitar o desconto do blog e investir nas peças das marca??
 
*publipost


17 de setembro de 2014

Uma reflexão sobre a moda fast-fashion e a importância do consumo consciente

Todos nós sabemos que preço baixo pode significar qualidade ou durabilidade baixa. Comprar estas peças é uma escolha individual. Mas preço baixo em alguns casos também pode significar procedência duvidosa, vinda de trabalho escravo ou outras formas de condições exploratórias do trabalhador. Sites muito visados pelos brasileiros como aqueles de compras diretas da China, tem um possibilidade muito alta de oferecer esse tipo de serviço. A grande questão é: você realmente se importa com isso? Você deixa de consumir um produto quando desconfia da procedência? Ou simplesmente compra e segue em frente?
É esse o questionamento que queremos levantar com esse post, que o leitor tire alguns minutos e reflita sobre a forma que consome produtos de moda.

*"compre menos, escolha bem" - Vivienne Westwood

Apesar de nós, autoras do blog termos estudado Moda, nós nunca fomos "AS" fashionistas consumidoras fervorosas de tendências. Sempre vimos a moda com um outro olhar, já éramos alternativas quando entramos na faculdade. Ser alternativa em si já direcionava nosso consumo pra algo mais duradouro (peça de um estilo determinado que não sai de moda) e para a compra em lojas de produtos feitos em pequena escala. Consumo consciente não é "saber que uma roupa pode ter vindo de um trabalho escravo". Consumo consciente trata-se de se reeducar comprando peças mais duradouras, comprando menos, comprando usados, produtos artesanais, de designers independentes e comprando o que realmente tem a ver com seu estilo. Não precisa ser necessariamente produtos caros,  podem ser baratos, com preço acessível, mas que você saiba a procedência e tenha certeza de seu pleno usufruto.

Tentamos nos manter informadas também sobre o lado negro da Moda. Afinal, somos questionadoras, não aceitamos o que é imposto pra gente como método de consumo com tanta facilidade.Vocês já pararam pra refletir o quanto nossa sociedade capitalista de "descarte de moda" produz lixo? O quanto de tecidos e roupas são jogadas fora todo o ano? O quanto a indústria polui pra fabricar estas roupas? Por isso se reeducar é importante, porque se mudamos nossos hábitos e demonstramos desinteresse por esse consumismo exacerbado, a indústria acaba com o tempo, se adaptando ao novo perfil consumidor.

Dois artigos caíram em nossas mãos em tempos recentes e tomamos a decisão de traduzir um deles (o outro é em português) pra que mais gente tente ver a moda com outros olhos, e consumir melhor. É importante sim saber a procedência das roupas que você compra e é aí que a moda alternativa entra como opção, afinal, a maioria das marcas alternativas ainda é artesanal ou feita em pequena escala através de costureiras domiciliares e sem trabalho explorador - não entram na listagem lojas alternativas que somente importam produtos da Ásia, pois não sabemos a procedência dos mesmos. Mas é importante frisar que nem todo produto vindo da Ásia é produto de trabalho escravo! Por isso deixamos essas lojas com o benefício da dúvida, cada uma sabe de seus fornecedores.

O artigo que apresentaremos trechos agora, é americano. Fast-fashion naquele país vende roupas realmente baratas, ao contrário de aqui no Brasil que elas não são tão baratas assim comparadas com os custos para fazê-las.
1) A indústria da moda é projetada para fazer você se sentir "fora da tendência" após uma semana.
Antes havia duas temporadas de moda: Primavera/Verão e Outono/Inverno. Em 2014 a indústria da moda está produzindo 52 coleções "micro-estações". Com as novas tendências que saem a cada semana, o objetivo do fast fashion é os consumidores comprarem tantas roupas quanto possível, o mais rápido possível. A mercadoria fast-fashion opera em um modelo de negócios de baixa qualidade/alto volume.
A varejista espanhola Zara recebe novas entregas para as lojas duas vezes por semana. H&M e Forever21 tem  novos estilos diários, enquanto Topshop apresenta 400 estilos por semana em seu site.
Com muitas roupas novas numa semana, o calendário de moda para essas empresas está configurado para fazer deliberadamente o cliente se sentir fora de tendência, após o primeiro uso de uma peça.

2) "Descontos" não são realmente descontos.
Os fashionistas amam a ideia de entrar em uma loja de ponta de estoque e sair de lá com roupa de grife por uma fração do preço. Apesar da crença comum, as roupas de outlet nunca entraram nas lojas das grifes. O mais provável é que eles tenham sido produzidos em uma fábrica totalmente diferente, escreve Jay Hallstein em "O Mito do Maxxinista." A realidade é que outlets negociam com as grifes/estilistas para que eles possam colocar as etiquetas nas roupas baratas fabricadas em suas próprias fábricas de baixa qualidade. 

3) Há chumbo e perigosos produtos químicos sobre sua roupa.
De acordo com o Center for Environmental Health, cadeias de fast-fashion ainda vendem produtos contaminados por chumbo em doses acima do legalizado em bolsas, cintos e sapatos, anos depois de assinar um acordo que limita o uso de pesados metais nos produtos.
Um artigo no The New York Times diz que produtos comercializados para as mulheres jovens, podem ser perigosos porque a acumulação de chumbo nos ossos pode ser liberado durante a gravidez, prejudicando mãe e feto. A exposição ao chumbo também tem sido associada à maiores taxas de infertilidade e aumentam os riscos de ataques cardíacos, derrames e pressão alta. Muitos cientistas concordam que não existe um nível "seguro" de exposição ao chumbo para os seres humanos. Além dos pesticidas, inseticidas, formaldeído, retardadores de chama e outros agentes cancerígenos conhecidos que residem nas roupas que vestimos.

4) A roupa é projetada para desmoronar.
Gigantes da fast fashion, como H&M, Zara e Forever21, tem seus meus modelos de negócios dependentes do desejo dos consumidores por roupa nova para vestir - o que é instintivo, já que a roupa se desmorona em algumas lavagens. Um americano médio joga fora mais de 68 quilos de tecidos por ano. Nós não estamos falando sobre a roupa que está sendo doada para lojas de caridade ou vendidos para lojas de remessa, os 68 quilos de roupa vão diretamente para aterros sanitários. A maioria das nossas roupas hoje é feita com fibras sintéticas, à base de petróleo, e vai demorar décadas para estas peças de vestuário se decomponham.




5) Pérolas e lantejoulas são uma indicação de trabalho infantil.
Estimativas do setor indicam que 20 a 60% da produção de vestuário é costurado em casa por trabalhadores informais, segundo autor Lucy Siegle em seu livro "To Die for: Is Fashion Wearing Out the World?"
Existem máquinas que podem aplicar lantejoulas e pérolas que parecem trabalhos manuais, mas elas são muito caras e devem ser adquiridas pela fábrica de roupas. De acordo com Siegle, é altamente improvável que uma fábrica no exterior investiria no equipamento, principalmente se a roupa que está sendo feita é para uma marca de  fast-fashion baseada em vendas. Ao realizar sua própria investigação, Siegle descobriu que existem milhões de trabalhadores em algumas das regiões mais pobres do mundo, curvados, a bordar... muitas vezes com a ajuda de seus filhos, os trabalhadores costuram o mais rápido que podem e enquanto a luz do dia permite. Siegle continua a dizer, "Eles vivem presididos por intermediários tirânicos que pagam alguns dos mais baixos salários da indústria do vestuário."

Outra matéria que sugerimos a leitura é "Escravos da moda. Quem se importa com a procedência?". A matéria também explica o que define um trabalho escravo: http://www.brasildefato.com.br/node/29539


São dados assustadores e por isso mesmo salientamos da importância de se reeducar como consumidor e apoiar lojas alternativas, artesanais, comprar peças usadas, de designers independentes ou pesquisar pra saber a procedência do produto que você consome!


“O consumo consciente requer educação e informação que nem todo brasileiro tem. Quando todos tiverem, vão cobrar e pressionar mais. A questão é como assegurar preço para produto com atributo de sustentabilidade ambiental, social e trabalhista que o mantenha competitivo em relação aos outros.” Frase de Dalberto Adulis do Instituto Akatu, associação que defende consumo consciente para a sustentabilidade.



Na matéria acima é citado o aplicativo para celular Moda Livre, iniciativa da organização Repórter Brasil, trás avaliações de 22 marcas a partir de questionários respondidos pelas próprias empresas. Nós baixamos o aplicativo  e vamos falar pra vocês quais as marcas avaliadas no quesito trabalho escravo.
Estão com sinal verde (demonstram ter mecanismos de acompanhamento sobre sua cadeia produtiva e possuem histórico favorável em relação ao tema): C&A, Malwee, Scene.
Estão com sinal amarelo (possuem histórico desfavorável em caso de trabalho escravo e/ou precisam aprimorar seus mecanismos): Americanas, Bob Store, Cori, Crawford, Dzarm, Ellus, Emme, Herchcovitch, Hering, Luigi, Mandi, Marisa, Memove, Pernambucanas, PUC, Renner, Riachuelo, Richards, Salinas, Siberian, VR, Zara.
Estão com sinal vermelho (não demonstram ter mecanismos de acompanhamento e tem histórico desfavorável em relação ao tema ou não responderam o questionário): 775, Bo.Bô, Colcci, Collins, Forum, Fenomenal, Gangster, Gregory, Havan, John John, Leader, Le Lis, Lilica & Tiger, Marisol, M. Officer, Talita, Triton, Tufi Duek, Unique.

16 de setembro de 2014

Pink Flamingos, o filme de John Walters inspira a Moda Alternativa

Já é possível ver nas lojas, inclusive em lojas alternativas estrangeiras, peças com a estampa de "pink flamingos". A tendência atual apareceu pela primeira vez em abril de 2012 na revista Australian House & Garden. De lá pra cá, do universo da decoração a estampa se estendeu para roupas e acessórios mainstream.
Aproveitamos a brecha pra falar um pouco do filme, já que a década de 1970 está em voga nas passarelas internacionais Verão 2015, e talvez seja do interesse de alternativos ter uma queda por películas excêntricas e bizarras.

Pink Flamingos, o filme:
Lançado em 1972, Pink Flamingos é um clássico filme cult. Ele faz parte do legendário Midnight Movies (Sessão da Meia-Noite), que possuía fãs a la Yoko Ono e John Lennon. O cinema Elgin, em Nova Iorque, era a grande oportunidade dos vídeos underground serem exibidos, já que eram ignorados no circuito mainstream americano. Além dele, títulos como El Topo, do chileno Alejandro Jodorowsky e The Rock Horror Picture Show (tema da nova coleção da MAC), de Jim Sharmam, também ganharam fama pelo mesmo local.


A estrela do fime e musa de John Waters, Divine:

Protagonizado por Divine - ícone da cena LGBT americana, tendo frequentado até Studio 54 – a película se passa em torno da disputa do casal Connie e Raymond Marble onde tenta a qualquer custo tirar de Divine e sua família o atributo de serem "as pessoas mais asquerosas do mundo".



É comum alternativos amarem “Cry Baby”, do mesmo diretor, com Johnny Depp. Talvez isso dê alguma ideia da vibe dos filmes de Waters, mas ainda assim, dificilmente não se surpreenderá com as cenas literalmente expostas e escatológicas de Pink Flamingos. Aliás, o título se deve ao fato da Drag Queen possuir objetos com o formato da ave. 

O conteúdo polêmico recebeu muitas críticas na época. Com forte pegada trash, pode-se dizer que o longa era um reflexo da pós-contracultura sessentista, onde muitos artistas aproveitaram o espírito de rebeldia da década, para se libertarem das opressões e assim provocando a sociedade antiquada ao soltarem a imaginação com criações das mais alucinantes possíveis, sem se preocupar com as consequências de suas atitudes. Efeito do LSD, vontade de sair da zona de conforto ou desinformação? Pode ser. O fato é que o período foi marcado por uma mistura de valores e descobertas, sendo ele feito pelo caminho certo ou não.

Observem o figurino dos personagens Raymond e Connie Marble. Há vários elementos estéticos sendo usados pela moda atual. E o mais curioso, o filme é de 1972, e Raymond tem cabelo e pelos pubianos pintados de azul, possivelmente tingidos de alguma forma alternativa, como anilina ou corante alimentício, já que comercialmente as primeiras tintas de cabelos coloridas surgiram em meados para o fim da década.

Um dos sinais de que o filme pode voltar a ser cultuado por uma nova geração, é que a revista Numéro desse mês trouxe um editorial totalmente inspirado nele, trazendo de volta a estética trash e essência surrealista do longa:


Essa é uma forma interessante de observar como a moda mainstream consegue diluir algo com conceito excêntrico para a grande massa.


Estampa Pink Flamingo em lojas alternativas
Mas aí é que está a maravilha da visão de mercado dos estilistas alternativos, que tiveram a ideia de adaptar uma trend mainstream ao universo da cultura underground. De tendência de decoração, as lojas alternativas associaram o pink flamingo ao filme cult homônimo de 1972, como podemos ver nas estampas das peças abaixo, onde há, inclusive, desenho de um trailer.

 

E você, aprecia filmes trash?
Usaria a estampa?


* Artigo original do Moda de Subculturas. Se quiserem usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.

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