Destaques

3 de outubro de 2014

Stooge: Coleção Le Cirque

A Stooge acabou de lançar uma coleção linda inspirada na estética dos circos  de Freak Shows!
Eu já havia falado aqui da incrível profissionalização desta marca alternativa paranaense. Além do site estar completamente adaptado estéticamente ao tema da nova coleção, o editorial tem fotos maravilhosas! Válido dizer, que as roupas da marca são todas feitas no Brasil!

Links
 
"Em tempos onde a incrível arte da tatuagem era raridade, circos apresentavam os Freak Shows. Repletas de coragem e ousadia, mulheres como Jean Furella e Betty Broadbent brilhavam exibindo os desenhos artisticamente impressos em seus corpos. Na nossa Coleção Le Cirque, a mulher é a estrela do show e o homem seu host, e é neste mágico cenário que apresentamos a estética retrô pin-up com um toque burlesco e traços encantadores da moda nos anos 50.”

 


 
 
 
 


Desta vez, as estampas das roupas foram criadas pelo tatuador Cinho, que tem como estilo favorito o Black and Grey e Free Hand. Cinho tem seu próprio estúdio e duas Lojas, uma em Tramandaí e outra em Osório, no Rio Grande do Sul. 

Selecionei algumas peças da nova coleção, mas vocês podem ver todas aqui. Quanto às imagens abaixo, basta clicar que elas aumentam pra ver os detalhes das estampas.
Vamos começar com os meninos, uma pequena seleção (clique pra ampliar):


As crianças também podem vestir Stooge!


O forte da marca são as estampas. E não faltam opções de camisetas femininas. Em especial, gosto da Baby Look Bizarre. Também achei muito legal a estampa da Lady Tattooed, que tem uma moça de cabelo rosa e look meio burlesco. A blusa Unique, listrada ao estilo circo também é bem interessante...



Alguns vestidos tem a mesma estampa das blusas, algo que é característica da marca pra dar mais opção pras clientes. A estampa do vestido Par Miss Stena (branco) é uma graça, assim como a do vestido Welcome. Acho uma grande sacada a ideia de ter tatuadores trabalhando na criação de estampas! 


Verão vindo aí e shorts e saias pra estação mais quente do ano!




Biquínis e Maiôs! Adoreeei o pretinho  de estrelas e o vermelho com listras!



A Stooge me mandou o vestido chamado "Dark Diva" que é esse lindão da foto



Caixa... pode parecer besteira mostrar isso mas não é! Mostra como a marca está interessada em fixar o logo na cabeça do cliente e mostrar que investe nos detalhes. É muito legal receber um caixa toda decorada!


O que veio: um catálogo/lookbook, vestido e um pacote cheio de adesivos, patches e chaveiros! =D



O Dark Diva: Primeiro que o vestido é um absurdo de lindo e pretinho bááásico!!
Ele tem um forro de malha, super confortável e por cima é de tule. A alça é regulável, se você tem mais seios ou menos seios, basta dar uma mexidinha ali. A peça tem a cintura alta, também conhecida como cintura império, e cai numa saia franzida e adornada com uma rendinha na ponta. O vestido é curtinho, ótimo pro verão. Dá pra usar também com meia calça por baixo nos dias não tão quentes. Senti uma dificuldade imeeensa de fotografar o vestido porque o tule simplesmente desaparece nas fotos ou fica com umas ondas cinza meio holográficas Kkkkk! Mas tem a modelo linda ali em cima de cabelo verde que já faz esse trabalho por mim, aqui mostro os detalhes...
 

Não deixem de visitar o site lindão e temático da loja!!
- http://stooge.com.br


*Publipost

2 de outubro de 2014

Sandálias de plástico (Jelly Sandals)

A Primavera chegou e por isso aproveitamos para citar uma febre que ocorreu no último Verão estrangeiro: as sandálias de plástico! 


Como assim??? Pois é, foi um modismo que nos surpreendeu por vários aspectos. Com a volta dos anos 90 nas coleções, resgatou-se muita coisa que não se esperava. É o caso do calçado de plástico que retornou com força, só que apresentando um modelo muito parecido com o de vinte anos atrás.
Salto alto robusto, tiras grossas, fechado na frente em forma semelhante à da teia de Aranha, como conhecemos pela Melissa. Além dele, versões de salto plataforma - algumas gigantes - também se sobressaíram. 


Modelos Jujus Shoes:

Plataformas da Y R U com salto transparente ou colorido:

E as gigantes Unif Clothing

A tendência começou mesmo no Verão 2013, e desde essa data, tem-se visto com frequência no street style e lojas alternativas internacionais as sandálias específicas. O acessório também atingiu a moda mainstream, parece que o responsável pelo impulso nesse setor foi a grife Chanel. Outras marcas menos conhecidas por aqui distribuíram às massas, incluindo as subculturas, é o caso das lindas Juju Shoes, que retornaram às graças das estrangeiras por serem revendidas em gigantes do varejo, como Topshop e Asos. Até o Ebay tem à venda suas versões, o que confirma o sucesso.


As criações da Chanel:

Kylie Jenner já usando a sandália em 2013:

A rapper americana Azealia Banks: 

A atriz Ellen Fanning e os pés de Rita Ora no instagram:

E as integrantes da banda Tacocat:

Além dos que foram demonstrados, a opção de salto baixo, ou flat, também teve destaque nas ruas. Algumas ganharam cores vivas, neon, holográficas e glitters. Interessante que a sandália retorna aos pés acompanhadas de meias, dando ar de Lolita ou até mesmo Kinderwhore. Pra quem não sabe, usar sandálias ou mules com meias, foi moda também na década de 90 e recentemente falamos dessa trend no blog aqui e aqui. Que doideira, hein?


As sandálias de salto baixo:

E com meias, relembrando a década de 90:

O site Lookbook tá cheio de garotas usando a sandália. Selecionamos algumas:

Durante as pesquisas, surgiu uma curiosidade devido a semelhança desses calçados e acabamos tendo uma descoberta incrível. Na verdade, as sandálias de plástico são muito mais antigas do que pensamos!!

A história começa em 1946, pelo francês Monsieur Jean Dauphant que confeccionou a sandália usando plástico como matéria-prima por causa da escassez de couro na Segunda Guerra Mundial. Hoje, quem comanda a criação é a marca inglesa Sun Jellies. Ou seja, a sandália que conhecemos desde a infância tem quase setenta anos


Embora tenha sido feita de plástico pela falta de couro, sessenta anos depois, a marca Vagabond lança do segundo material:

E não é só as mulheres que se jogam no calçado! À esquerda, David Bowie com seu modelito. Looks atuais de homens utilizando a peça:

O recente desfile de Markus Lupfer mostra que as sandálias ainda estarão presentes no Verão 2015:

Não sabemos dizer ao certo como esse fato se interliga as demais empresas. Na verdade, o que acaba interessando mesmo são os calçados. Particularmente, somos fãs de Melissas pela ligação afetiva em nossas vidas. Além disso, admiramos o trabalho que vem sendo desenvolvido no acessório e no investimento de editoriais, desfiles e galerias conceituais. Aos que curtem uma moda irreverente, que saia do padrão, sabe a importância desse olhar já que no nosso mercado poucos se arriscam a ousar assim.

Porém, indagamos se a Melissa não perdeu uma boa oportunidade aí. Nos últimos anos, o foco maior da marca tem sido nas parcerias com renomados estilistas, e muitos designs antigos que poderiam ser relançados, continuam esquecidos. É o caso de certos modelos dos anos 90. Não sabemos quanto a vocês, leitores, mas nós duas aqui ficamos loucas pelas versões que saíram no exterior! Até mesmo as que ganharam cores e glitters nos chamaram a atenção. Da coleção Eat My Melissa que vimos, os que mais chegam perto são os modelos Flox, Strips e Aranha 1979. Vamos ver se ainda terá outras novidades.


Minha Melissa Top Collection (quase) vintage
Eu (Sana) uso Melissa desde pelo menos os 2 anos de idade e foi durante minha adolescência que a empresa começou a parceria com designers e usar modelos famosas nas campanhas. Entre 1996 e 1997, eu ganhei 3 modelos que custavam na faixa de R$25,00 (o preço tá na caixa rsrs), eram baratas mesmo! Por ser de plástico, as sandálias não estragam com facilidade, podem rasgar ou soltar uma sola dependendo do clima e armazenamento. Nunca tive coragem de jogar as minhas fora e agora vou apresentar pra vocês a minha Melissa Top Collection (estrelada por Claudia Schiffer) que ainda tenho guardadinha na caixa. Ela é extremamente parecida com o modelo que entrou em voga agora! A diferença é que o solado da atual é dentado e as tiras, trançadas.
Se vou usar esta raridade? Não... embora eu esteja louca pela versão atual, esta minha, quase vintage, vai continuar como relíquia de minha adolescência nos anos 90. ;)



Encontrei essa atual, bem semelhante e que acredito ser da Y.R.U:


O que acharam dos modelos de fora? Comprariam???


* Artigo original do Moda de Subculturas. Se quiserem usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
Fotos: Google.

30 de setembro de 2014

Entrevista com Nívia, estilista da Dark Fashion

Recentemente, a marca Dark Fashion, lançou uma de suas mais ousadas coleções. Renda e veludo levaram as criações da marca alternativa à um outro nível, mais luxuoso, adulto e sofisticado. 



Essa diversidade de estilos poderá se tornar mais comum à marca daqui pra frente, porém ainda há um longo caminho para habituar o consumidor brasileiro ao fato de que peças sofisticadas podem sim ser desconstruídas e utilizadas isoladamente com peças ao estilo mais rock e metal. Existem muitas possibilidades de looks, não é necessário se prender ao visual montado para o catálogo da marca.
À medida que vamos ficando mais velhas, ficamos mais seletivas e ter peças mais elaboradas, mas ainda alternativas, são essenciais! 

Neste post da sessão "Mercado Alternativo", entrevistamos a Nívia, proprietária e estilista da Dark Fashion, espero que gostem, vamos lá!

Nívia, conte-nos como se interessou por moda alternativa, quando decidiu trabalhar com esse segmento e ter sua própria marca.
Desenhos me fascinavam desde pequena. Eu adorava reproduzir imagens e roupas que via em livros e dizia pra todos que quando crescesse seria uma grande estilista. Não sei de onde tirei essa ideia, pois de certa forma não tinha referências, mas sempre soube que era isso que eu queria, nunca tive dúvidas e nunca sequer cogitei outra profissão, sempre brinco que já nasci sabendo qual era minha missão nesta vida [risos].
Por outro lado, minha mãe é costureira, então eu sabia o que era uma máquina de costura e como as roupas aconteciam, o que provocou minha curiosidade de aprender a costurar. Assim, uma coisa levou a outra. Eu não tinha contato algum com o rock, nem sabia o que era isso, pois morava em Goiânia, e lá o sertanejo predominava no início da minha adolescência. 


Mas fui salva aos 15 anos quando minha mãe se separou de meu pai e decidiu morar em Cascavel, no Paraná. Ah, o sul! Conheci o frio, comecei a escutar rock e música clássica, e minha vida mudou da água para o vinho! Comecei a usar preto e parecer uma árvore de natal prateada, de tantos spikes e taxas [risos] e tive meus dois primeiros problemas: não achava uma calça preta básica para comprar, e não conseguia usar camisetas de banda, pois não gosto de camisetas. No mais, era tranquilo, me virava, fazia minhas roupas e levava em algum armarinho para colocar ilhóses, então conseguia no geral ter as roupas que eu queria.

No ano 2000, aos 18 anos, tive minha primeira ideia para uma marca alternativa. Nesse período, mal existiam lojas nesse seguimento, mas eu não tinha dinheiro e nem conhecimento para começar, então a ideia ficou encubada. Eu já tinha terminado o ensino médio, mas decidi não fazer faculdade pois não existia curso de Moda na minha cidade e não quis fazer outra coisa, por que era Moda o que eu queria. Então continuei costurando, melhorando a modelagem, construindo minhas roupas... Em 2002 abriu o curso de Moda na UNIPAR, e finalmente em 2005 eu consegui começar a faculdade sempre com a ideia da minha marca alternativa. 

Eu queria fazer roupas para o público com o qual eu me identificava, e principalmente por que era um nicho pouco explorado. Neste esse ponto as ideias já borbulhavam, e tudo o que criava era direcionado a isso. Minha primeira coleção na faculdade, com um tema gótico é claro, chamava-se Dark Angel, e por sinal foi a primeira ideia para o nome da marca. Já sabia que o caminho era uma loja virtual.
 

A faculdade e o tempo de trabalho como costureira, modelista e desenvolvimento de produtos me deu muito repertório e segurança para finalmente em 2007 começar a desenvolver a marca, que depois de muita dificuldade para escolher um nome, passou a se chamar simplesmente Dark Fashion, só consegui registrar a marca em 2010 e ano passado finalmente a marca ganhou registro oficial. Então nesses últimos 6 anos venho dedicando toda a minha energia em prol da Dark Fashion, que não é só uma empresa, é um sonho realizado que luto constantemente para manter de pé, em meio a tantas dificuldades. Se a ideia fosse só ganhar dinheiro eu já teria desistido faz tempo. Tive que me tornar professora para ter uma renda fixa, o que a loja não me dava inicialmente.  Ser professora no curso de Moda é minha outra paixão, eu amo tanto quanto amo a DF, me mantém em contato com os alunos e profissionais da área, e em constante estudo e aprimoramento do conhecimento que acabo empregando na empresa.


 
E o processo de criação, as coisas que te inspiram...
No inicio eu fazia tudo: criação, modelagem, costura, fotos para o site, administração, vendas, atendimento... e à medida que a marca foi crescendo senti a necessidade de ter ajuda, e esse é o meu maior problema até hoje, não consigo mão de obra especializada, ou que queira se especializar para fazer meus produtos, e ainda tem a questão dos encargos para registrar funcionários, que é praticamente um tiro no pé, então acabo fazendo praticamente tudo para manter a qualidade, e essa minha centralização do todo é o que impede a DF de crescer mais, fico travada em relação aos meu projetos. Mesmo assim ainda acho que consegui fazer muito pela marca mesmo sozinha, apesar das dificuldades, da falta de incentivo. Definitivamente preciso dividir funções, e estou trabalhando para isso, e tenho certeza que alguma hora acontecerá.
Especificamente com relação à criação, algumas pessoas acham que eu só fico envolvida com “coisas darks”. É claro que tenho minhas preferências “darks”, mas tudo que eu gosto me inspira, músicas, filmes, indumentária antiga, meu alunos, minhas gatas, tecnologia têxtil, aviamentos, formas geométricas, barulhos, roupas feias, pessoas mal vestidas, e outras tantas coisas aparentemente inúteis que me fazem ter ideias, ou construir e melhorar mecanismos, eu crio o tempo todo, neurose pura, ai fico frustrada com o que não consigo dar andamento.



 
Como você definiria a Dark Fashion? E que tipos de itens a pessoa encontra na loja?
A ideia principal é fazer produtos usáveis e confortáveis, peças que não pareçam uma fantasia dark, ou que não sirvam somente para ir a um show de rock. Pessoas alternativas são reais, elas trabalham, estudam e quase sempre em ambientes hostis em relação a pessoas “não normais”. Eu acredito que possamos ter o nosso estilo e usar o que quisermos sem parecer anormais. E é isso que tento fazer quando crio as peças da Dark Fashion, tento juntar todos esse elementos, deixando as peças personalizadas mas de fácil vestibilidade. As pessoas que conseguem entender isso sabem o que vão encontrar. Muito disso não é possível mostrar somente por fotos, essa é umas dificuldades que observo, algumas peças são realmente lindas e tem algumas características interessantes em relação a tecidos, aviamentos, mecanismos de abertura, e que eu não consigo mostrar nas fotos, mesmo tirando muitas. Tem coisas que o cliente só verá quando tocar ou usar a peça, essa talvez seja uma das maiores desvantagens em relação a se ter uma loja virtual, creio que as vendas seriam maiores se o cliente tivesse acesso à roupa, pudesse tocar... vejo isso aqui no ateliê mesmo, as pessoas ficam encantadas quando pegam na mão. Mas eu sei que atinjo o meu objetivo a cada e-mail que recebo de algum cliente me dizendo que o produto que recebeu é mais bonito do que nas fotos, ou que a qualidade é superior ao que ele esperava e coisas do tipo. E o melhor é quando o cliente volta a comprar e continua comprando, isso não tem preço.


 


Me conta um pouco sobre a coleção Renda-se: o que te inspirou, que tecidos usou, um pouco do processo de criação...
Nessa coleção tentei dar um ar mais luxuoso e sofisticado e algumas peças são mais temáticas, remetendo a um estilo mais gótico. E o que eu mais gosto nesta coleção é esse ar mais elegante, mais adulto. São 18 peças no total, o mix ficou grande. Tive várias referências, tanto medievais, quanto de filmes e séries que envolvem figurinos diferenciados, como Reign e Once upon a Time, onde o figurino é maravilhoso, foi de onde tirei o detalhe da cauda da blusa 2200 e da 2205, que deixei mais curta. Estou sempre guardando detalhes, modelagens, recortes, e criações antigas que passam por inúmeras mudanças, depois saio distribuindo nas peças, e algumas peças dão origem a outras... essa parte da criação é a mais fácil e a mais gostosa com certeza, tanto que tenho pilhas de modelos desenhados, aguardando por uma chance [risos].
Essa coleção já estava desenhada desde o fim de 2013. Demorei um pouco para lançar em virtude da dificuldade de achar um fornecedor de veludo e depois mais algumas dificuldades de costurabilidade como por exemplo a junção do veludo com a renda, uma vez que as duas malhas possuem estrutura e gramatura diferentes. Algumas peças tive que mudar muitos detalhes, para conseguir fazer, e algumas tive que fazer cerca de 4 a 5 amostras de cada até dar certo a modelagem e o encaixe dos recortes.... Ou seja, além do material usado ser mais caro,  essas peças requerem mais tempo de produção e muita paciência, por isso algumas peças ficaram com o valor um pouco mais elevado.

 



Quais as peças de maior sucesso?
A venda é bem variada, mas as blusas de malha com detalhes em ilhóses e couro sintético, as leggings de amarração lateral e a navalhada, as saias em bicos com camadas navalhadas de malha, o vestido de referência gótica medieval e o com detalhes em spikes nos ombros fazem bastante sucesso. Tem também corpetes, corsets, calçados, acessórios...




O masculino quase não vendo, por isso até diminui o mix de peças, mas vendo muito para o meu representante em São Paulo, o Christian da loja Fake no More. As blusas masculinas e os vestidos góticos são os que ele mais compra, ele tem um público bem gótico.


Quais suas peças favoritas?
Não consigo dizer o que mais gosto em relação às peças, pois gosto de todas [risos].  Cada uma tem uma história, uma dificuldade ou facilidade em especial, é a minha modelagem, então acaba sendo tudo especial.

 


 
Quem você gostaria de ver usando sua marca ?
Não tem ninguém em especial que eu gostaria de ver com meu produto, mas confesso que adoraria ver mais pessoas do público alternativo usando as peças, isso é algo que quase não vejo; a maioria dos meus clientes são de outras cidades. Fico muito feliz com as fotos que me mandam ou quando os vejo em fotos no facebook...  sinto orgulho de ver o resultado do meu trabalho.



 
O que você programa para o futuro da marca?
Planos para o futuro? Muitos como sempre! E especial o desejo de atender uma parcela cada vez maior em relação a estilos alternativos. Oferecer diversas opções em moda alternativa. Um local em que você possa encontrar qualquer peça desde lingerie até roupa de cama, mesa e banho, e em todos os estilos alternativos. Uma marca que realmente pudesse atender o público além do vestuário. Algo totalmente fora da minha realidade no momento, mas quem sabe um dia né?


 
Quais os pontos baixos e os pontos altos de ter uma marca alternativa?
É um nicho de certa forma restrito que não dá tanto retorno financeiro comparado com o público de massa, a maioria dos clientes não faz a mínima ideia do que passamos para manter uma marca alternativa funcionando, e em alguns momentos tecem críticas quanto ao valor “excessivo” dos produtos, ou a “falta de criatividade” em fazer produtos mais fashion ou diferenciados, quando na verdade não param para pensar que criar é o de menos. 
Existe uma série de processos para se efetivar um produto. O público às vezes não valoriza e não entende que não conseguimos ter valores mais acessíveis, uma vez que trabalhamos em nível de artesanato, e muitas vezes preferem comprar produtos importados, por serem mais baratos. Tantas marcas alternativas que não existem mais são a prova disso. Tem ainda a concorrência desleal de lojas “alternativas” que só revendem produtos importados de baixa qualidade e ganham muito sem esforço algum, muitos desses “empresários” não tem conhecimento sobre todo o processo de criação de moda, não fazem ideia da riqueza do todo, acho isso injusto com quem realmente trabalha com produtos alternativos e que realmente quer que esse público tenha alternativas. Só amando muito isso para continuar lutando. Por outro lado, ver as pessoas usando os seus produtos, fazendo propaganda para as amigas e ainda recebendo elogios quanto ao atendimento e a qualidade das peças é que faz toda a diferença.


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Review: Saia 2028, Blusa 2026 e Saia 5005
Recebi da Nívia três peças: uma saia e um conjunto da coleção veludo.
Uma coisa que insisto em dizer é sobre o fato de que as fotos de catálogo não fazem jus à beleza "real" das peças da Dark Fashion! As peças são muito mais bonitas do que no site e isso é uma coisa que me encanta.

Saia 2028: Esta é com certeza, uma das saias mais adequadas para o verão que está por vir! É de malha, além de soltinha e confortável, ela é preta, o tipo de peça que combina com uma grande variedade de tops/blusas!
Trata-se de uma saia mullet com babados de renda.
(Para ver todas as fotos do post em tamanho maior, basta clicar nelas)

Utilidade: a Dark Fashion agora manda um papel ensinando como cuidar das peças!

* Veja aqui look com a peça.

Blusa 2026 e saia 5005: Estas peças juntas são perfeitas e joviais. Eu preciso destacar a qualidade de veludo e da renda que é lindíssima! 

Blusa: além do aspecto elegante e sofisticado que oferece usada em conjunto com a saia, ela é bem versátil. Usada com uma calça pro trabalho, com um outro tipo de saia vai pra um passeio, pra um jantar e além de ser atemporal, dá pra usá-la também de um jeito mais rebelde, rocker, investindo numa mini saia com meia arrastão, coturnos e spikes, por exemplo.

Pra começar, vale a pena mostrar: as peças da coleção veludo vem embaladas num saquinho lindo! A Dark Fashion está começando a investir em sustentabilidade, aos poucos está substituindo as embalagens de plástico por embalagens em tecido ou em TNT para que o cliente possa reutilizá-las.
Em destaque, a renda que forma o decote e mangas.


 
Já a sainha tem um detalhe em tecido com estampa damasco vermelho, é o tipo de peça que dá pra usar tanto no frio quanto num dia mais quente porque apesar de ser em veludo, é muito leve e fresquinha. Tive um pouco de dificuldade pra conseguir captar o tom real do vermelho, acho que cheguei bem perto.
Essa saia, além de também ter um aspecto mais elegante e chique, também pode ter essa imagem desconstruída e ser usada com peças rockers mais pesadas.


* Veja aqui look com as peças.

Espero que tenham gostado da entrevista e que visitem o site da loja, porque as peças realmente estão com muita qualidade e cada vez mais versáteis!

 *Publipost

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