Destaques

9 de outubro de 2014

Aniversário: 5 anos de blog!


Hoje o Mds completa 5 anos!!
Pois é, o blog faz aniversário no mês do Halloween!



Um pouco da história...
O blog nasceu de uma comunidade no Orkut criada em 2006, chamada Subculturas e Estilo. Em 2009, senti que queria falar sobre o assunto pra quem estava fora da rede social e pensei que um blog era a maneira mais fácil e rápida de fazer isso. Eu tinha tanto material comigo que seria egoísmo manter tudo guardado.
Aí veio a questão do nome... eu cheguei em "Moda de Subculturas". Nunca tinha visto ou lido esta frase na web na época. Colocar a palavra "Moda" associada com subculturas foi algo ousado, porque alternativos tem pavor à palavra "moda". Pensei que haveria quem hostilizasse esse espaço, mas eu estava segura sobre o que ia abordar aqui, e teria que defender meu ponto de vista. E bom, digite "moda de subculturas" no google hoje e verá muitos lugares usando essa associação de palavras que há cinco anos nem se via... então, acho que fiz a escolha certa!

Assim, o Moda de Subculturas acabou sendo um blog pioneiro que influenciou outros blogs nacionais . 
Por que pioneiro? Porque falava de moda alternativa subcultural de forma séria e aprofundada, da relação das subculturas com a moda histórica e principalmente porque mostrava desfiles e editoriais de moda mainstream com influência dark e alternativa (esse era o principal diferencial do blog). Na época, na cena, havia hostilidade quanto à mistura desses dois mundos. Pra esse tipo de postagem, criei o nome de "Dark Glamour", que abrangia também, inspirações de moda - alternativa ou não - com uma abordagem mais adulta e sofisticada.
Sentia a necessidade de falar sobre a estética das subculturas de forma informativa mostrando que isso era assunto sério! Só que tudo foi muito orgânico, não foi friamente pensado, rolou espontaneamente de acordo com as ideias e temas que eu queria abordar. Mal sabia eu que esse era justamente um nicho que faltava por aqui. 

fundo do baú: banner do começo do blog


O meu envolvimento com Moda Alternativa
Eu soube muito cedo que eu era uma outsider. Nunca me encaixei. Encaixar num pensamento, num rótulo, numa subcultura... eu queria fazer parte de todas! Tão ricas, intrigantes, com um lado fascinante e eu queria mostrar e falar delas aqui, livremente e sem preconceitos.
Comecei a estudá-las de forma despretensiosa em 2004, quando li livros estrangeiros que me mostraram que lá fora, a moda e o estilo das mesmas eram levados muito à sério! Eu estava na faculdade e, naquela época, meninas alternativas estudando Moda era muito, mas muuuito raro. "Moda" era uma palavra mal vista na cena alternativa... dizer que aquele era o curso que você fazia, te colocava num patamar duvidoso entre seus amigos do meio, que associavam a palavra com futilidade e com "trair o movimento".
Mas eu não via a Moda da mesma forma que a maioria dos alternativos via por causa da minha vivência: criança, eu brincava de fazer roupas com retalhos; com 13 anos (meados da década de 90) comecei a colecionar recortes de revistas com roupas pretas e roupas conceituais, foi assim que conheci nomes de estilistas. Nesta mesma época, entrei definitivamente na cena rock/metal. Eu queria usar aquele tipo de roupa, daí aprendi a costurar e a fazer as minhas próprias, já que não encontrava peças como eu queria nas lojas da minha cidade. Então, minha visão de Moda sempre foi de auto expressão, liberdade e não de futilidade, que é o pensamento geral do mainstream e suas roupas descartáveis.

Fui adolescente na época do Heroin Chic, onde desfilavam muitas roupas pretas. 
A primeira peça que costurei pra mim foi uma saia xadrez, de inspiração punk, em voga na época, mas que eu não encontrava pra comprar.


Influências e referências.
Com o tempo, outros blogs alternativos também passaram a apresentar desfiles mainstream e editoriais de moda. Os textos daqui, podem não ser todos de temas inéditos, mas é bem comum após nossas publicações, outros blogs lançarem posts semelhantes no tema e conteúdo. Até uma grande loja mainstream carioca andou dando uma "sugada" de um material daqui, assim como um blog americano. Tem muita gente usando nossos posts em trabalhos acadêmicos. E isso é coisa séria! 
Entendo tudo isso como um alcance da influência e pioneirismo do blog em abordar assuntos sempre tentando enxergar adiante e trazer novidades ou velhos assuntos com nova roupagem - aliás, nosso enorme desafio: tentar falar de um tema batido soando o menos repetitivo possível
Preciso acreditar que as pessoas saibam dar o devido reconhecimento à quem exerce trabalho intelectual, cria e dá o passo à frente na diferenciação e não apenas reproduz o que já existe. Quem ousa sair do padrão.
A maioria dos nossos posts leva uma semana ou até meses para serem finalizados. A pesquisa é intensa, dedicada. Por trás de uma leitura de minutos, necessitaram dias de estudo e uma escrita com as melhores informações possíveis. Não temos frequência de atualização porque inspiração não vem com hora marcada. Não é preciso encher esse espaço de assuntos vazios. Isso já existe de monte. Pra quê poluir mais a web? 


Crescimento:
O MdS pode parecer pequeno perto dos tubarões do mainstream, de blogs de look do dia e de maquiagem, mas é imenso dentro de seu propósito. O crescimento do MdS foi orgânico, natural. E acho que merecemos respeito por isso. Quem hoje, nessa guerra maluca por seguidores, cresce naturalmente - sem comprar likes, sem aparecer na mídia, sem spammear por aí - e com uma boa base de fãs? 


A colaboradora
E o blog cresceu tanto que  não consegui mais dar conta sozinha. Há pouco mais de 1 ano a Lauren é colaboradora do blog. Ela tinha um dos únicos blogs brasileiros que em 2009, eu achava realmente interessantes. Depois de muitas conversas, não apenas a empatia, mas o feeling, o mesmo amor por moda alternativa e principalmente o mesmo amor por pesquisa, comunicação, questionamentos e pioneirismo, havia na Lauren. Até que ela entrou de vez no blog pra enriquecer ainda mais o conteúdo! 



Eu pretendo ter mais colaboradores ao longo do caminho, existem pessoas que admiro muito na cena brasileira e adoraria ter aqui comigo, assim como quero descobrir novas pessoas. Unir quem tem o mesmo pensamento é fundamental na cena alternativa.



O desenvolvimento do Mercado Alternativo
Em 2013 após longo tempo em reflexão, dilema e o "medo de me vender ao sistema", eu decidi colocar banners de lojas no blog. Escolhi ter como parceiras lojas alternativas e/ou de background alternativo, porque acho justo com o conceito do blog. Foi uma escolha difícil pra caramba num mundo que incentiva o consumismo, looks prontos e vicia o olho do leitor ao desejo de consumo de um produto mainstream que às vezes nem é do estilo dele.

Trabalhar com lojas alternativas como anunciantes é realmente apostar num nicho! Quem dá hoje ouvidos ao nicho neste país? Quem? Nós, com certeza! Dar um pouco mais de visibilidade às marcas pequenas e ter orgulho das lojas grandes que dão um grande voto de confiança ao nosso trabalho é uma sensação ótima!  Nós somos mídia, nós nos comunicamos, temos leitores.
Por isso, quero agradecer às lojas alternativas que nos divulgam compartilhando nosso conteúdo e patrocinam postagens e dizer pra elas que este blog sempre estará de portas abertas. Eu acredito que cada uma é única e aprecio o desejo das lojas de fazerem parte da história do blog. Tenho tremenda admiração por quem luta pra se manter nesse mercado tão difícil no país. 

Desfilando no MdS!!


Mudanças
Quando comecei o blog, meu foco eram as subculturas, mas com o desenvolvimento do mercado alternativo, aqui e no exterior, aos poucos o foco foi mudando e se tornando mais abrangente. Hoje, falamos muito mais de moda alternativa num conceito geral do que das subculturas isoladamente, então esse foco mais amplo se manterá. Também falamos bem menos de desfiles e editoriais mainstream, porque queremos ser referência em Moda e Cultura Alternativa.
Nos próximos meses, outras pequenas mudanças serão feitas no blog. Teremos um questionário fixo no menu com perguntas que visam traçar um perfil do leitor e do consumidor brasileiro de moda alternativa.
Também mudaremos levemente o layout e daremos mais opção de banners e postagem patrocinadas para as lojas na parte comercial. Queremos que o mercado se desenvolva, evolua. Mais opções na parte comercial não significa abrir parcerias com marcas que destoem do nosso universo e que vamos só focar nisso, não! Continuaremos com muita força com textos dedicados inteiramente à cultura de moda alternativa.

Queremos dar espaço desde àquela mini loja que nasceu ontem e que apresenta produtos realmente autorais, até aquela supermarca já estruturada e com boa base de fãs. Porque acreditamos que o universo alternativo deve ser unido, compartilhado. Não acreditamos em separação, divisão, elitismo, bairrismo. Cada loja que apresentamos aqui precisa ter seu diferencial, sua personalidade, independente do tamanho. Agradecemos muito a confiança em nosso espaço e o desejo de aparecer pros nossos leitores. Acredito que as lojas querem estar associadas à nossa imagem de pioneirismo e ao nosso conceito e que compreendam que por sermos nicho, não somos gigantes no tamanho e sim, na influência.

Como muitos blogs, tivemos erros e acertos ao longo do caminho, e não sabemos se vamos acertar até tentar, não é mesmo?

Mostre seus produtos no blog!

Finalizando:
Temos que acabar ou ao menos diminuir um pouco o pensamento vira lata de que apenas blogues alternativos internacionais são bons e merecem reconhecimento e divulgação. Vamos olhar mais pra quem se esforça (muito) no Brasil pra oferecer conteúdo intelectual num país super restritivo de informação. Numa era onde tudo é focado em imagem e superficialidade, queremos oferecer conhecimento, cultura de moda. Já perceberam a limitação de informações sérias sobre subculturas e moda alternativa que temos no país? Percebem o quanto estudamos, lemos e contatamos fontes confiáveis fora daqui para oferecer o melhor conteúdo possível em português?
Nós estamos inseridas na realidade brasileira e espero que um dia este espaço seja devidamente reconhecido pelo mercado nacional, já que levamos à sério tudo que fazemos. 


Agradecimentos:
Queremos agradecer profundamente aos leitores fiéis que doam o tempo de suas vidas para ler nossos longos artigos. E aqueles que lindamente citam o blog quando usam posts como referência: nosso muito obrigada a vocês! E também agradecer aos que sugam sem dar crédito, porque eles são a prova de que fazemos diferença aqui. Porque quem não faz barulho, não faz história. E nós adoramos fazer barulho!


O que nos move é a paixão por moda e cultura alternativa. Um bom trabalho não precisa necessariamente seguir o fluxo. Há formas de continuar sendo a ovelha negra e oferecer algo diferenciado! Nós gostamos de, muito além do consumo, oferecer cultura de moda, pesquisa, questionamentos e nosso olhar sobre alguns temas. Como alternativos, temos um visão de mundo e de sociedade, à nosso modo.


Até a próxima!

Nossos Links:




Pedimos paciência aos leitores porque somos duas, temos nossos afazeres pessoais e nem sempre conseguimos atualizar ao mesmo tempo todas as redes sociais, mas o blog, nosso Facebook e o bloglovin sempre se mantém os mais atualizados possíveis!


modadesubculturas@gmail.com

7 de outubro de 2014

As ligações estéticas de Pulp Fiction, O Profissional e Geração Maldita

Três filmes que muito alternativo venera estão completando num curto espaço de tempo 20 anos! São eles: Pulp Fiction, O Profissional e Geração Maldita. O que mais impressiona é o quanto possuem fortes ligações estéticas entre as personagens principais. Assim, a gente aproveita a data para fazer uma análise dessas misturas.


Sendo o foco nas protagonistas, vamos falar de Mia Wallace, Mathilda e Amy Blue, interpretadas respectivamente por Uma Thurman, Natalie Portman e Rose McGowan. Elas possuem um reflexo bem evidente da década em que foram feitas as filmagens. Adivinha qual era? Anos 90! Sim, o próprio. Fora o estilo grunge, o auge do período eram as roupas minimalistas, com predominância de cores neutras, pouquíssimas estampas e quando se tinha, no máximo listras, floral, xadrez. Se prestarem atenção no figurino, vão reparar que ele era básico, com peças que a moda curte definir como "clássicas". Vestidos em linha A, short jeans, jaquetas e roupas de alfaiataria.

A clássica camisa branca de Mia Wallace:

O visual de Mathilda também flerta com o Grunge:

O minimalismo alternativo de Amy Blue:

Casacos usados pelas personagens. De início, Mathilda usa um cardigã de crochê branco, mas quando começa a por em prática seu plano de vingança, troca por um modelo militar:

Também são pinçados modismos da época, como as gargantilhas, ou chockers, sendo uma tira de veludo ou uma tira de nylon com pingente. Mas a maior interação mesmo entre ambas é o cabelo! O corte Bob usado pelas estrelas, nasceu nos anos 20 e foi eternizado por grandes nomes da época. Além dos fios, era acrescentado olhos pretos e lábios avermelhados formando assim o visual Vamp, utilizados por Mia Wallace e Amy Blue. Mas como a estética de períodos tão distintos se uniram? Porque a década de 90 teve o seu olhar nos anos 60 e esta última, referências dos 20.

Gargantilhas com pingente. Mathilda e sua versão de veludo que está super em alta! 
Um grande acerto da figurinista Magali Guidasci:

O famoso corte "Bob" das protagonistas:

O papel de Maria de Medeiros em Pulp Fiction, também usa corte parecido, que lembra os da década de 1960:

Make vamp e unhas vermelhas de Mia e Amy. Seria mera coincidência? Talvez não. Pulp Fiction teve enorme repercussão na época, conseguindo alavancar até a carreira dos atores, a exemplo de John Travolta que andava esquecido. Portanto, é provável sim a influência.

Um dos quartos ambientados por Geração Maldita possui decoração Optical Art, movimento criado nos anos 60:

O que pontuava a diferença delas era o assunto abordado em cada longa, que ainda assim, não se distanciavam muito. Mia Wallace é esposa de um chefão mafioso que num erro, tem uma overdose inesperada e por pouco fatal. Mathilda, uma menina de onze anos que viu sua família sendo morta, é acolhida por uma matador profissional onde passa a alimentar o desejo de vingança aos assassinos de seus parentes. E Amy Blue, que foge de situações extremamente bizarras depois que ela, seu namorado e um rapaz que conhecem, se envolvem numa confusão quando matam o dono de um estabelecimento.

No caso de Mia Wallace, o figurino tinha como referência o visual dos mafiosos italianos. Como revelou a figurinista Betsy Heimann em entrevista à Elle, "Mia Wallace é uma versão feminina de Cães de Aluguel (filme anterior de Quentin Tarantino)". Já Mathilda, refletia uma menina pobre pré-adolescente com gosto por acessórios irreverentes. Das três, era a que mais usava cor e misturava estilos. Amy Blue se interligava as subculturas, com um forte pé no grunge, provavelmente por ser uma jovem cansada do mundo. Ela também tinha uma queda por peças excêntricas, como os óculos brancos de gatinho e um isqueiro de caveira. Podemos dizer que Mia era um reflexo dos anos 90 mais chique, a la Calvin Klein, enquanto Mathilda e Amy tinham a vibe alternativa/underground. 

O visual minimalista de Mia Wallace:

O mix de irreverência noventista de Mathilda:

E o Grunge de Amy Blue. Reparem que tanto ela como Mathilda, usam bota e meia:

Os óculos e o bafônico isqueiro de caveira:

Ou seja, o que unia todas essas personagens era a influência da época em que se passavam as filmagens, assuntos abordados que se entrelaçavam aos mesmos universos (sexo, drogas, violência), classificação de gênero (drama, policial, trash) e mulheres que não temiam ir além, com falas sarcásticas (Mia e Amy) ou que estava na transição ao perder a força sua inocência (Mathilda).

O lado sarcástico de Mia Wallace: "Quando você puder calar a p***a da boca por um minuto e compartilhar um silêncio confortavelmente".

Amy Blue tinha uma postura mais dark, suas citações eram provocativas e aborrecidas, um reflexo da juventude noventista e desiludida com a vida: "O mundo é um saco", "Eu acho que às vezes essa cidade está sugando minha alma".

1920, 1960, 1990: Décadas de feminismo e modas interligadas.
Uma coisa interessante é que na década de 90 aconteceu a terceira onda do feminismo. Não à toa, as mulheres da época no cinema e na música tinham uma certa ousadia e atrevimento como nos filmes citados na postagem.
Mas o que pouca gente sabe é que a moda noventista é releitura de 1960 e esta, releitura da moda de 1920, todas, décadas em que as mulheres romperam com padrões vigentes. Todo mundo já ouviu falar da revolução sexual de 1960, da segunda onda do feminismo e da criação da mini saia. Nos anos 1920, existiam as melindrosas, jovens sexualmente liberais que usavam saias curtas, cabelos na altura das orelhas e eram independentes. Além disso, usavam uma maquiagem "pesada", vamp: olhos e boca em tons escuros.

Comparação do corte "bob" nas três décadas:

A semelhança dos vestidos nas décadas: Em 1920 surgiram as regatas, a cintura era baixa e as saias na altura dos joelhos. Em 1960, as mangas regatas voltam e dependendo do ano, a cintura era baixa ou logo abaixo do busto, a bainha ia do joelho à super curta mini-saia. E finalmente na década de 1990, vemos mangas regatas novamente e cinturas abaixo do busto ou um pouco acima da cintura, as bainhas eram curtas.


A foto de uma de nossas Divas 90s, Gwen Stefani, liga a moda dos anos 1990 (vinil, gargantilha de spikes) diretamente com um vestido de corte anos 1920 (regata, cintura baixa com pregas), mas com mini saia (referência anos 60). Repare na semelhança do corte do vestido da década de 1920 com o de Stefani.


Na Moda Mainstream:
A década de 1990 foi minimalista, sem excessos, peças clássicas, básicas... mas nessa fase, as subculturas ganharam um certo poder e notoriedade dentro da moda mainstream, seja através do grunge, do kinderwhore e do movimento Riot Grrrl. Os estilistas, é claro, queriam aproveitar essa onda de rebeldia juvenil e "vender" essa imagem à seu público. 

Abaixo, desfile D&G de 1995, observe como as peças são simples (baby look, saias) mas os looks carregam referências subculturais com acessórios em vinil, cabelos coloridos, marias chiquinhas e maquiagem de olho e batom escuro que se associam com ao kinderwhore.


Aqui, temos o desfile de Betsey Johnson de 1996. Betsey é uma estilista de background punk e que desfila no mainstream. Digamos que ela faz uma moda alternativa um pouco mais cara, mas ainda assim, acessível. A referência punk no desfile a seguir é muito forte, nos faz associar com a estética e principalmente com a atitude de Amy Blue. Essa mesma estética acabou se tornando bem comum entre as meninas que curtiam rock em 1990.


Impressionante como tudo na moda se interliga e como ela consegue traduzir o comportamento de uma época específica. 

Qual desses filmes é o seu favorito?



Vem apoiar o projeto de 10 anos e garantir suas edições!




* Artigo original do Moda de Subculturas. Se quiserem usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
Fotos: Google.

3 de outubro de 2014

Stooge: Coleção Le Cirque

A Stooge acabou de lançar uma coleção linda inspirada na estética dos circos  de Freak Shows!
Eu já havia falado aqui da incrível profissionalização desta marca alternativa paranaense. Além do site estar completamente adaptado estéticamente ao tema da nova coleção, o editorial tem fotos maravilhosas! Válido dizer, que as roupas da marca são todas feitas no Brasil!

Links
 
"Em tempos onde a incrível arte da tatuagem era raridade, circos apresentavam os Freak Shows. Repletas de coragem e ousadia, mulheres como Jean Furella e Betty Broadbent brilhavam exibindo os desenhos artisticamente impressos em seus corpos. Na nossa Coleção Le Cirque, a mulher é a estrela do show e o homem seu host, e é neste mágico cenário que apresentamos a estética retrô pin-up com um toque burlesco e traços encantadores da moda nos anos 50.”

 


 
 
 
 


Desta vez, as estampas das roupas foram criadas pelo tatuador Cinho, que tem como estilo favorito o Black and Grey e Free Hand. Cinho tem seu próprio estúdio e duas Lojas, uma em Tramandaí e outra em Osório, no Rio Grande do Sul. 

Selecionei algumas peças da nova coleção, mas vocês podem ver todas aqui. Quanto às imagens abaixo, basta clicar que elas aumentam pra ver os detalhes das estampas.
Vamos começar com os meninos, uma pequena seleção (clique pra ampliar):


As crianças também podem vestir Stooge!


O forte da marca são as estampas. E não faltam opções de camisetas femininas. Em especial, gosto da Baby Look Bizarre. Também achei muito legal a estampa da Lady Tattooed, que tem uma moça de cabelo rosa e look meio burlesco. A blusa Unique, listrada ao estilo circo também é bem interessante...



Alguns vestidos tem a mesma estampa das blusas, algo que é característica da marca pra dar mais opção pras clientes. A estampa do vestido Par Miss Stena (branco) é uma graça, assim como a do vestido Welcome. Acho uma grande sacada a ideia de ter tatuadores trabalhando na criação de estampas! 


Verão vindo aí e shorts e saias pra estação mais quente do ano!




Biquínis e Maiôs! Adoreeei o pretinho  de estrelas e o vermelho com listras!



A Stooge me mandou o vestido chamado "Dark Diva" que é esse lindão da foto



Caixa... pode parecer besteira mostrar isso mas não é! Mostra como a marca está interessada em fixar o logo na cabeça do cliente e mostrar que investe nos detalhes. É muito legal receber um caixa toda decorada!


O que veio: um catálogo/lookbook, vestido e um pacote cheio de adesivos, patches e chaveiros! =D



O Dark Diva: Primeiro que o vestido é um absurdo de lindo e pretinho bááásico!!
Ele tem um forro de malha, super confortável e por cima é de tule. A alça é regulável, se você tem mais seios ou menos seios, basta dar uma mexidinha ali. A peça tem a cintura alta, também conhecida como cintura império, e cai numa saia franzida e adornada com uma rendinha na ponta. O vestido é curtinho, ótimo pro verão. Dá pra usar também com meia calça por baixo nos dias não tão quentes. Senti uma dificuldade imeeensa de fotografar o vestido porque o tule simplesmente desaparece nas fotos ou fica com umas ondas cinza meio holográficas Kkkkk! Mas tem a modelo linda ali em cima de cabelo verde que já faz esse trabalho por mim, aqui mostro os detalhes...
 

Não deixem de visitar o site lindão e temático da loja!!
- http://stooge.com.br


*Publipost

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