Destaques

13 de abril de 2015

Kiss-Off: O Canal de Maquiagem de Hayley Williams!

Recentemente Hayley Williams, vocalista do Paramore, inaugurou seu próprio canal para falar de beleza, o Kiss-Off



Como boa garota de atitude, Hayley vai falar não apenas de maquiagem inspirada em filmes punk rock mas conversar com artistas e saber de onde eles tiraram suas inspirações para montar seus looks!

Sobre maquiagem, a cantora alerta sobre o perigo de canais de beleza incentivarem mulheres à contornar nariz para parecer menor ou os lábios para parecerem maiores. Para ela, essa atitude reforça a ideia de que as mulheres nunca estarão satisfeitas o suficiente com o formato de seus traços naturais ou seja, estão sempre socialmente cobradas sobre sua aparência. Hayley não é expert em maquiagens perfeitas, na verdade, ela acha que as meninas devem é quebrar regras!



Ela quer que as jovens usem a maquiagem para se expressarem com coragem, sendo elas mesmas: 

Beleza é um sintoma de amor próprio, não é algo que você cria. Você precisa ir lá no fundo pescar o que te faz sentir poderosa, inteligente, valorizada, bonita, o que for. Realmente, vem de dentro

A mensagem é que você, ao invés de sair contornando o seu rosto pra se adequar ao que é considerado belo, deve realçar sua personalidade. Fazer da maquiagem algo divertido, sem seguir tendências e não ser "perfeitinho demais". "Você ficaria surpresa com o quão forte se sentirá ao quebrar algumas regras”.


Pelo bem de toda uma sociedade de pessoas incrivelmente únicas e lindas, queria que a indústria da beleza fosse menos focada em defeitos e mais no poder da individualidade. Nunca digo nunca, mas eu provavelmente não vou contornar meu rosto num futuro próximo”.

Assista ao episódio onde Hayley reproduz a maquiagem de 




Gosta do Moda de Subculturas?
Acompanhe nossos links:
 


Fontes: http://www.paramorebr.com/2015/04/wwd-hayley-fala-sobre-kiss-off/
http://wwd.com/beauty-industry-news/color-cosmetics/paramores-hayley-williams-launches-beauty-and-music-video-series-10104044/print-preview/

http://juliapetit.com.br/beleza/hayley-williams-lanca-programa-de-maquiagem
http://populartv.com/beauty/hayley-williams-popular-tv/

12 de abril de 2015

Filme: The Fabulous Stains - Rock e Emancipação Feminina

Ladies and Gentleman: The Fabulous Stains é um obscuro filme de 1982. A obra nunca foi oficialmente lançada nos cinemas, não teve nem lançamento em vídeo. Apenas foi transmitido tarde da noite em alguns canais à cabo nos EUA na década de 80. Somente no ano de 1998, teve sua primeira exibição oficial no Chicago Film Festival e em 2008 finalmente foi lançado em dvd.


O motivo pelo qual decidimos falar desse filme, é que ele nunca esteve tão atual. Foi uma obra à frente de seu tempo que fala sobre emancipação feminina, fama e indústria da música.
Mesmo permanecendo na obscuridade, influenciou diversos artistas do Rock, que o assistiam através de gravações em fita VHS que passavam de mãos em mãos. Courtney Love e Jack White do The White Stripes (todas as bandas do filme usam apenas preto, vermelho e branco nas roupas) são fãs assumidos e o mais interessante: o filme serviu de inspiração para as meninas do movimento Riot Grrrl, especialmente Tobi Vail.

Filmado apenas três anos depois que a cena punk começava a definhar, a obra tem direção de Lou Adler (produtor do The Rocky Horror Picture Show) e roteiro escrito por Nancy Dowd. O nome da roteirista aparece na tela com o pseudônimo de Rob Morton.

Por conta do filme ser super difícil de achar, decidimos contar a história dele aqui. A obra é sobre a história da banda The Stains, formada pelas irmãs Corinne e Tracy Burns (Diane Lane e Marin Kanter) e a prima Jessica McNeil (Laura Dern).


Durante a gravação de um documentário em sua cidadezinha, Corinne “Third Degree” Burns, é entrevistada e se torna sensação por suas palavras e atitudes ácidas frente às câmeras. Órfã e sem emprego após xingar o seu chefe no restaurante fast food em que trabalhava, Corinne sai à noite e acaba assistindo aos shows da decadente banda glam The Metal Corpses e da banda punk The Looters - formada por membros do The Clash (Paul Simonon) e Sex Pistols (Steve Jones e Paul Cook) com um vocalista (Ray Winstone) de estética Rockabilly.
Corinne, rejeitando a ideia de crescer numa cidadezinha onde não há espaço para criatividade e com pessoas de mente pequena, decide pegar sua banda e sair em turnê com os caras, que tem como tour manager, rodie e promoter um Rastafari que resolve os conflitos entre os roqueiros e os punks.

Pessoas de subculturas diferentes unidas pela música,  um ponto interessante de tolerância às diferenças que o filme toca indiretamente.

Sendo as únicas mulheres no ônibus, percebe-se a ousadia, o atrevimento e ao mesmo tempo fragilidade e insegurança das meninas, os próprios caras das outras bandas duvidam da capacidade delas. Logo no começo já temos uma cena explosiva:
Ao pisarem no palco para seu primeiro show, todos notam que as garotas não sabem tocar muito bem e começam a rir da cara delas. 


Mas isso não é problema, Corinne, ostentando um cabelo loiro e preto se assemelhando à um gambá, olhos maquiados de preto e vermelho, se dirige à uma mulher da plateia que a olha com desdém e diz:

"Você veio aqui pensando que veria um rockstar, ele se apaixonaria por você e te levaria pra longe dessa cidadezinha, mas você pode ser diferente de todas as outras garotas!
Otárias! Otárias!
Sejam vocês mesmas, esses caras riem de vocês!
Eles tem grandes planos pro mundo mas não incluem a gente!"


A seguir, tira seu sobretudo e revela estar vestindo uma blusa vermelha transparente, meias calças pretas, calcinha, meia e botinha. E aí vem uma passagem interessante: todos se chocam com sua pouca roupa. Mas ela está usando seu corpo como forma de revolta e não como sexualização/objetificação. Com seu corpo, chama as mulheres que sentem o mesmo que ela pra se empoderarem:

"Sou perfeita, ninguém nesse buraco de merda vai me aborrecer porque eu não vou desistir.”


Essas frase é interessante pois demonstra que ela não dá a mínima pro julgamento de como está expondo seu corpo. Com toda esse atitude, logo as meninas da The Stains, se tornam uma sensação televisionada. Enquanto o jornalista da TV local foca no comportamento antissocial e na falta de talento de Corinne, a jornalista percebe que a moça chama as mulheres para a emancipação e chama as Stains de uma nova voz inspiradora para garotas. A TV passa a acompanhar os passos da banda, numa prévia do que seriam hoje os reality shows.

Uma coisa que fica clara é que Corinne é autêntica, tanto que sua irmã e prima passam a se vestir como ela. Junta-se a isso o fato que os homens à sua volta não entendem completamente seu apelo. A chamam de um "conceito" enquanto que ela era uma menina real.

 "- Você tem inveja de mim. Eu sou tudo que você queria ser."
"- Uma b*ceta"
"- Exatamente!"

Ela percebe que os The Looters não seguram o público como sendo uma banda headline, e quer que as Stains seja a banda principal da turnê. Então, aparece um empresário ganancioso que a convence de que ela é a pessoa mais importante de todas. Persuadida, o sucesso sobe à cabeça, se torna arrogante e até rouba uma música do The Looters e toma como sua. O novo empresário começa a fazer dinheiro em cima do marketing da banda vendendo inclusive o look completo para as meninas se vestirem igual à ela.

The skunks (as gambás), as groupies das Stains:
"Em sua rebelião, elas decidiram claramente que a existência feminina não deve ser uma corrida para o túmulo, ou pior, para o supermercado".

Como vingança e raiva da garota, o vocalista do The Looters a chama de vendida e denuncia esse abuso à suas fãs, que a rejeitam quando ela sobe ao palco. As female groupies percebem que perderam sua individualidade em favor da conformidade e submissão ao imitar a estética de sua ídola.


Depois desse fiasco, a vocalista é novamente entrevistada pelo canal de TV, só que desta vez a jornalista não está presente. Uma discreta demonstração de machismo onde a profissional perdeu seu emprego por apoiar as atitudes de outra mulher ousada. O jornalista então pergunta sobre ela ter sido hostilizada pelas próprias fãs e Corinne, sem perder seu atrevimento, responde:

"Acho que toda garota deveria ganhar uma guitarra no aniversário de 16 anos".

Ao por os pés de volta à rua, o vocalista do The Looters a convida para sair em turnê com ele, indicando que ela seria sua namorada. Ela rejeita. Diz que não vai ser groupie de ninguém.

"É isso que devo fazer agora? Ser sua groupie?"
"Ajustar sua guitarra, ser sua senhora?"

Quando o rapaz se vai, Corinne finalmente entende qual sua importância quando vê passar numa scooter duas garotas vestidas como ela carregando uma guitarra elétrica.
E percebe que sua experiência não foi em vão, ela incentivou garotas a tocarem instrumentos montarem suas próprias bandas!!


"Eu já fui como você, um nada, mas eu não desisti" - finaliza Corinne sobre como se sentia nula em sua cidadezinha no interior e como ter tido a ousadia de tomar uma atitude drástica, a fez tomar as rédeas de sua vida.


E elas não desistiram mesmo, no fim do filme, existe um clip do que as Stains se tornaram dois anos depois: um grande sucesso e cada uma com seu visual próprio!


The Fabulous Stains, inspirador para garotas do rock, também é um uma crítica de como a cultura moderna explora os músicos, como eles podem ficar cegos pela fama e como empresários gananciosos podem destruir a carreira de uma banda. Também nos mostra como as meninas não eram levadas à sério como musicistas e finaliza meio que dizendo nas entrelinhas que as garotas não precisam ser groupies, elas podem e são capazes de ter suas próprias bandas! :D


Possíveis referências e influências do The Fabulous Stains:
O cabelo ao estilo gambá das atrizes do filme, pode ser uma referência aos cabelos reais das meninas punks, como na foto de Catwoman, no topo à direita.


O filme tem saído aos poucos da obscuridade e conquistado meninas com interesse em rock e em feminismo. Como a obra passou na TV americana durante as madrugadas, é possível que até mesmo um determinado visual o de Lady Gaga tenha alguma influencia da obra, afinal, o stylist da cantora, Nicola Formichetti é muito ligado em subculturas.

Comparação: Lady Gaga com o cabelo gambá ao estilo das Stains e underwear à mostra. A cantora ficou conhecida por usar com frequência calcinhas com meias-calças, visual característico da personagem do filme de 1982.

E mais recentemente, a homenagem de Hayley Williams.


Conta pra gente: já assistiu The Fabulous Stains? O que achou?

Vem apoiar o projeto de 10 anos e garantir suas edições!




Gosta do Moda de Subculturas?
Acompanhe nossos links:
Google +  Facebook  Instagram  Bloglovin´


Pedimos que leiam e fiquem cientes dos direitos autorais abaixo:
Artigo das autoras do Moda de Subculturas. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É proibido também a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). É permitido usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, para isso precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Compartilhar e linkar é permitido, sendo formas justas de reconhecer nosso trabalho. As fotos pertencem à seus respectivos donos, porém, a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.


9 de abril de 2015

Calçados e Acessórios da Petite Jolie

Andando pelas internets da vida, demos de cara com uma versão da sandália de plástico citada no blog meses atrás. A marca que trouxe o modelo para o Brasil é a Petite Jolie, e como boas curiosas, fomos dar uma olhada na nova coleção Outono/Inverno da empresa e achamos itens muito legais, com pegada alternativa. O site possui uma loja e as peças têm preços bem acessíveis. Parece que não tem tudo para vender lá, mas o que não falta é representantes espalhados pelo país. Separamos alguns produtos que curtimos e que tem a ver com o nosso universo.

A Jelly Shoe agora surge com o nome de Amora e fabricada em PVC:

 E tem versão com Glitter! Sim, mórremos.

 Sapatilha com caveira mexicana e um oxford clássico:

 Sapatilha e chinelo com escritas:

 Sandálias de salto com tachas piramidais. PJ1333 e PJ1209:

 Botas! Modelo PJ1239 e PJ1225:
E por fim, as bolsas! Versão Satchel PJ1240, Onça PJ1295 e Mini PJ1241:

Já compraram peças da Petite Jolie, o que acham da marca??? 
Queremos opiniões! ;)


Gosta do Moda de Subculturas?
Acompanhe nossos links:
Google +  Facebook  Instagram  Bloglovin´ 

 

7 de abril de 2015

Dicas de Looks de Outono com peças da Dark Fashion!

As tardes e noites frescas de outono já chegaram por aí? Não? Mas vão chegar!! Enquanto isso, que tal dar uma olhadinha em 6 looks que montamos com peças da Dark Fashion? Seis looks, um pra cada dia da semana! Por que no sétimo dia a gente descansa com o pijamão né?? :D

Look 1: Começando a segunda feira com cara de preguiça com o famoso vestidinho preto bááásico!  Vestido lindão navalhado e com ombros com spikes junto com legging navalhada na lateral (cá entre nós, é estilosa e mais barata que umas leggings normalzudas que vi em algumas lojas de departamento). Mais confortável impossible! Esse look, especialmente por causa do vestido, passa uma elegância discreta.





Look 2 - Terça Feira: Seguindo a mesma linha do básico e confortável só que desta vez com enfeites que remetem ao rock e ao metal, se é a impressão que você quer passar de que escuta/curte um som. Blusa de manga curta e legging com detalhes laterais de fivelas e amarração frontal.





Look 3: Aqui já partimos pra algo um pouco mais ousado, afinal, on wednesdays we wear black com muito estilo!  Muito conforto com a blusa longa que também se faz de vestido (e custa 70,00!) que tem detalhes bem legais de ilhóses nos ombros em couríssimo envernizado. Selecionei a calça com frente rendada porque acredito que vai ficar como que de frente parecendo que é uma meia calça por baixo do vestido. Complementando com bracelete e coturno com salto.





Look 4 - Quinta Feira: Pra quem curte uma referência medieval, o confortável vestidinho em manga longa - que pode inclusive ser complementado com alguma meia arrastão ou rendada, com as botas em verniz, nessa foto não dá pra ver, mas ela tem spikes na parte de trás!





Look 5 - Casua Friday! Aqui eu quis  mostrar que a loja também tem peças que quem quer fazer algo mais punk rock! O vestidinho mais justo ao corpo com detalhes em ilhóses, usado junto com essa meia lindona desfiada e coturno com salto.




Look 6: Finalmente chegou sabadão dia de sair na night (ou outro horário né?) e montei o look mais elaborado, chic e divoso (clique pra aumentar a foto): Blusa de renda, corpete em courano sobreposto de renda e saia levemente mullet também de renda.



E aí, curtiu algum look? Usaria?
Qual sua peça preferida da Dark Fashion?

Mas péra! Antes de acabar, olha só as peças que recebi da marca recentemente! Embrulhadinhas e empacotada numa embalagem linda de organza com estampa damasco em glitter. Curiosos? O look vai estar num post especial que estou preparando sobre peças com renda, aguardem! ;D



Gosta do Moda de Subculturas?
Acompanhe nossos links:
Google +  Facebook  Instagram  Bloglovin´ LB

*Publipost

4 de abril de 2015

Breve história das Hot Pants: sua presença no Rock e na moda alternativa

Nós já havíamos falado aqui no blog sobre a estilista Mary Quant e sua criação, a minissaia! Mas essa jovem criadora de moda, também leva os créditos pela criação de uma pequena peça com a cintura no lugar e que deixa a maior parte das pernas de fora: as hot pants.



Na Swinging London de espírito libertário, as mulheres revelavam mais os seus corpos como um sinal de rebeldia e emancipação. A década de 1960 foi a época da contracultura e redefiniu muitos conceitos sociais e culturais, uma nova maneira de olhar o mundo. 
 
A estilista Mary Quant

Quant foi responsável pelo look lolita, o vestido camisola/de alcinha, capas de chuva de PVC, olhos esfumados, cabelos num corte bob curtíssimo. Ela encorajava jovens a se vestir pra si mesmos e usar a moda como uma brincadeira.

A estilista costumava lançar coleções ousadas, avant-garde e em materiais diferenciados e em 1969 lança este short super curto. Se uma minissaia precisa ter 30cm pra ser considerada minissaia, as hot pants precisam ter no máximo 5,28 cm de "pernas", e eram elas mesmas, as pernas e as nádegas as partes a serem enfatizadas.


A inspiração? 
Os trajes de banho das décadas de 1940 e 1950!



A hot pant ficou na moda até o começo da década de 1970, que favoreceu muito a peça devido à nova tecnologia de tecidos, em especial o poliéster. Mas no fim da década a  ousadia das meninas do Rock resgataram e deram ares rebeldes às "calças quentes". 

Debbie Harry, Marie & Cherie Currie e The Runaways

Na década de 1980, a peça ganhou tons pastel ou versão em jeans. E na década de 1990,  a perna ficou um pouco maior, como vemos nas fotos da Phantom Blue e da Doro Pesch...


... e Liv Tyler

Na década de 2010 foi resgatada no revival da moda dos anos 90, como é uma peça de roupa ousada, é mais comum vê-las vestidas em adolescentes ou jovens.
Mas a Moda Alternativa adora uma ousadia e encontramos versões pra todos os gostos na web. Desde as peças com pegada mais rock, passando por punk, horrorpunk e até mesmo em versões pastel e metalizadas.


As peças em latex também são um espetáculo à parte!
E você, o que acha das Hot Pants?
Usa, tem vontade ou não é seu estilo?
 


Gosta do Moda de Subculturas?
Acompanhe nossos links:
Google +  Facebook  Instagram  Bloglovin´ 

 

3 de abril de 2015

Entrevista ao Portal UOL

A Sana foi uma das entrevistadas do portal de música UOL junto com a Prika Amaral e Fernanda Lira, guitarrista e vocalista da banda trash Nervosa, e Cíntia Ventania, baixista da Scatha, falando sobre machismo na cena metal. A matéria já está no ar, confira aqui. O convite do jornalista Daniel Buarque surgiu devido ao post "As Mulheres no Heavy Metal - Parte 3". Válido lembrar que a matéria foi feita baseada em opiniões de mulheres do exterior, onde se fala muito mais abertamente do assunto (machismo na cena) do que aqui no Brasil.

Deixamos uma pequena observação na última fala da Sana que dá a entender que ela é contra a sensualidade e não era esse o objetivo. O ponto da qual se chega é o fato de algumas meninas acharem que precisam ter sensualidade para serem aceitas na cena, uma reprodução de pensamento machista que muito provável não tenham consciência. As mulheres devem ser reconhecidas acima de tudo por suas habilidades como musicistas, sejam sensuais ou não, assim como ocorre com os homens. Enfim, ainda são questões a serem muito debatidas, o importante é que não fiquem de lado porque certos humanos desacreditam sua relevância. 

Let's go girls!

Link da matéria (aproveitem pra conhecer algumas bandas citadas!): http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2015/03/31/para-metaleiras-escalacao-do-monsters-reforca-carater-machista-do-estilo.htm#fotoNav=10

Atualização 04/04/2015 - O debate sobre machismo no HM ainda é muito necessário no Brasil, infelizmente, vide comentários no Whiplash: http://whiplash.net/materias/news_804/221013.html

Gosta do blog?
Acompanhe nossos links:
Google +   Facebook   Instagram   Bloglovin´ 

1 de abril de 2015

Vamp & punk cat eye makeup

Em meio aos desfiles internacionais, nos chamou a atenção a beleza da grife Saint Laurent, com referências totalmente rock n' roll. A coleção é focada no Inverno 2015, mas iremos mostrar que essa produção já possui uma longa estrada nas subculturas e está longe de durar só uma temporada. 

A maquiagem escolhida pela marca nada mais é do que uma versão atualizada do estilo vamp, nascida nos anos 20/30 e mega revitalizada pelas subculturas punk e gótica em meados de 70 e início de 80. As características principais da pintura se constitui de olhos e bocas coloridos em tons escuros. 
Desfile Saint Laurent Inverno 2015

A musa responsável pelo look foi Theda Bara, que aconselhada por Helena Rubinstein, explorou seus grandes olhos aplicando muito rímel preto. Encarnada de Cleópatra para o filme homônimo, a atriz utiliza o atributo incluindo um formato egípcio em seu "olhar de panda", adicionada de sua famosa boca vermelho vivo. 

Theda Bara como Cleópatra, em 1917:

Décadas depois, o estilo é adotado pelas subculturas por sua rebeldia, já que as cores escuras bem pigmentadas chegou a ser associado em determinada época as prostitutas. Sendo o Punk um movimento que tinha entre seus objetivos desafiar padrões, principalmente de estética, nada melhor do que provocar a sociedade com elementos que repudiavam. E assim mulheres passam a exibir rostos vamps, porém também sendo desconstruída e ganhando novos contornos. 

Nancy Spungen: vamp com bochechas mega rosadas:

A cantora Alice Bag:

Sue Catwoman, que transformou o contorno egípcio do olho num gato mais estiloso:

A modelo da loja Sex, Jordan, com versão gatinho exótico:

Na mesma época, Nina Hagen incorpora sua excentricidade ao traço egípcio criando formas surreais:

O delineado invertido foi considerado tendência de verão pelo mainstream, como visto nas marcas Givenchy e Meadham Kirchhoff Verão 2015:

Mas não é novidade, as meninas do Strawberry Switchblade já usavam com lábios vermelhos nos anos 80:

Inicialmente punk, Siouxsie Sioux adentra a subcultura gótica e pós-punk popularizando o estilo. A influência de Theda Bara na maquiagem fica nítida:

Assim como Sioux, a poeta Lydia Lunch ajuda a difundir o estilo nas subculturas:

Hoje, a maquiagem vamp foi tão propagada que o mainstream absorveu e a definiu como um visual sexy, femme fatale. Ela não carrega o forte preconceito de antes, inclusive ter um olhar preto e lábios de sangue já se tornaram um clássico. Rímel, lápis e delineador preto e um belo batom vermelho são itens obrigatórios nas necessaires de muitas mulheres atualmente. 

A estética foi parar até nos cinemas. Frank N Furter em 70; Elvira em 80; e Mortícia Addams versão 1990:

Mulher Gato de Michelle Pfeiffer e Halle Berry:

Vamp na cultura dominante; Eva Green e sua make femme fatale em Sin City:

Mas o rock sempre é o rock. Mesmo com a sensualizada dada pelo mainstream, a nova geração de front women resgata o estilo vamp provocador. Musas como Isis Queen e Suzi Sabotage mostram que esse visual sempre vai ser um grande elemento da cena, esteja em passarelas da moda ou não.

Geração 2000; Brody Dalle e Alice Glass:

Marilyn Manson e seu vamp grotesco que o acompanha desde os anos 90:

Beth Ditto e sua inúmeras versões:

Taylor Momsen:

Isis Queen:

Suzi Sabotage se referenciando em Nina Hagen:

Apresentando outra alternativa com um quê de Lydia Lunch:

E aí? Já escolheu qual versão vai usar amanhã????

Gostou do post? Compartilhe! 
Acompanhe nossos links:
Google +  Facebook  Instagram  Bloglovin´ 


© .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa. – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in