Destaques

1 de agosto de 2015

Alt Trend: Strega Fashion

Após a publicação dos posts sobre o "estilo" Witchy e o Boho Goth, veio a sugestão da leitora Mariana Zepp pedindo pra fazer um post sobre o Strega Fashion. Aqui estou, atendendo ao pedido dela! ;D
No post sobre Witchy, comentamos sobre a estética "bruxa" estar em voga na cena alternativa. E é exatamente isso que "Strega" significa: "bruxa", em italiano.

Estéticas que lembram bruxas da floresta estão em voga!

Assim como o Seapunk, o Pastel Goth e o Creepy Cute, o estilo Strega nasceu no Tumblr.
Segundo o blog Strega Lookbook, existem duas possíveis origens. A possível origem do termo se refere à usuária StregaForest, em um post de 3 anos atrás onde ela chama sua marca e seu estilo pessoal, inspirado em Dark Mori, de Strega.
"Eu acho que as pessoas podem chamar o próprio estilo "Dark Mori" da maneira que querem. eu pessoalmente chamo o meu de "strega" porque eu gosto de bruxas".

Já o estilo, é associado à usuária dinamarquesa ShortCutToTheStars. Existe uma conversa - que não foi localizada como começou  - onde ela diz em agosto de 2014: "Começarei a taguear meus outfits inspirados em witchy/pagan/hippie/dark mori/fairytale-gothy de "Strega", que significa "bruxa" em italiano e eu acho que é super apropriado para o que tenho acontecendo aqui! Não envolve "mori" ou "goth" porque eu sinto que está longe de ambos. Tem uma vibração Europeia inerente, e parece legal. Para não confundir as pessoas que falam italiano e tagueiam seus posts com outro conteúdo, taguearei como "Strega Fashion"

 fotos retiradas [desta] da tag. Clique pra aumentar.

Se a usuária ShortCutToTheStars se inspirou no tumblr StregaForest para a ideia do nome "Strega Fashion" não sabemos.
Assim, de um ano pra cá, o "Strega Fashion" (Moda Bruxa) se espalha pelo Tumblr através dos reblogs e ganha novas adeptas.


Existe relação com o Dark Mori?
Mori é um estilo de moda japonesa predominantemente moldado por uma moça chamada Choco. Que entre outras coisas, escreveu o Manifesto Mori oficial. Este guia dá ideia de silhueta, tecidos e estampas. O Dark Mori, segue as mesmas regras, porém com cores escuras como base.


E o que define a Moda Strega, quais as regras?
O Strega não é um estilo de moda japonesa, é europeu.
Segundo o Strega Manifesto, a linha básica é não ter regras reais - contanto que o visual seja inspirado em Bruxas, Contos de Fadas, Florestas e Folclore.
Mas é possível que um outfit seja inspirado por Mori e que algumas adeptas tenham interesse em Dark Mori.


Manifesto Strega:
- Strega significa bruxa, tema que é o centro da moda;
- Não existem outras regras;
- Não há esquemas de cores estabelecidas;
- A inspiração é retirada de contos de fadas, folclore e mitos, coisas mágicas e witchy;
- A inspiração é traçada a partir do goth, boho, mori e qualquer outra coisa que você preferir;
- É diferente do mori na medida em que não tem qualquer ligação com o Japão ou com a moda de rua japonesa;
- É diferente do goth na medida em que não tem laços inerentes à cultura ou música goth;
- Ninguém pode exigir saber o que é Strega ou excluir qualquer um da moda ou da tag! Strega é a bruxa dentro de nós, saindo através do nosso vestuário. Sinta-se livre para adicionar qualquer coisa, desde que ele não vá contra estes!


fotos de looks retiradas [desta] tag; foto da saia + bota, pinterest

É possível notar influencia Dark Mori em vários looks das adeptas. 
Há interesse por sobreposições, tons sóbrios (preto, marrom, cinza, verde escuro, vinho), assimetria, peças soltas no corpo, silhueta A, ponchos, xales, kimonos, saias de altura média a longa, polainas e meias calças, tricôs, cachecóis, acessórios em couro, referencia da silhueta medieval e amarrações. Alguns outifits e peças me lembram coleções dos estilistas Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto da década de 1980.

Apropriação Cultural
Esse é um tema que tem sido muito abordado na mídia hoje em dia e é impossível não falar de Moda Strega/Moda Bruxa sem lembrar da Wicca e da Bruxaria.
As meninas que seguem a Moda Strega não são bruxas (ou até podem ser, mas não é obrigatório) e usam a ideia, a imagem e os símbolos que associamos com as Bruxas como parte de sua Moda.
Uma das leitoras dos Tumblrs de Moda Strega questionou sobre esse ponto e a dona do ShortCutToTheStars deu a seguinte resposta:
"Strega fashion literalmente significa Moda Bruxa. Se a chamássemos de "Stregheria fashion", a prática Wiccana, isso poderia ser questionável. Mas estamos apenas usando uma palavra europeia para bruxas, assim como Wiccanas americanas se chamam de Witches, Wiccans italianas podem se chamar de Strega. Isso não significa que elas são donas das palavras! Escolhemos uma palavra europeia para que nós, europeias, pudéssemos nos unir em torno disso, sim, é uma palavra nossa pra usar. E não é apropriação cultural. Sabe por quê? Porque europeus não são oprimidos! Tenha algum respeito por culturas nativas que estão sendo apagadas e parem de usar de forma errada uma palavra que vocês obviamente não entendem."

polyvore sets, fonte



Minhas questões:
Visto que o Strega diz não ter regras e tudo que você considere que lembre bruxa pode ser assim chamado, se eu me inspirar num conceito de bruxa brasileira, da floresta tropical, do folclore brasileiro, posso tagueá-lo como Strega? Posso usar saia mais curta? Posso não usar sobreposições? Posso usar spikes? Ou preciso seguir o conceito europeu, sem adaptações? Talvez não, acho que teríamos que inventar um nome próprio nosso.

A trend Witchy e a Boho já estão rolando na cena alt há pelo menos dois anos, vocês acham que alguns outfits dessas duas trends podem ser chamadas também de Strega em alguns casos?

Não pude deixar de notar, que a criadora do estilo é dinamarquesa e vejo no Strega algumas características da moda minimalista escandinava.
Outra coisa que levo em consideração é que tanto peças de pontas assimétricas, ponchos e botas/coturnos estão em voga na moda atual (trend minimalista/90s), ou seja, estão acessíveis à compra, o que permite que a Moda Strega exista, e querendo ou não crie uma imagem ou ao menos uma linha dentro da moda.

Adoraria ver a opinião de vocês sobre esses questionamentos que me surgiram. Quem entender de Strega, fique à vontade pra trocar ideia!

E vocês, gostam da Strega Fashion, usariam?

Mais sobre: A Gio fez um post sobre recentemente, clique aqui pra ler.
Atualização 02/08/2015: Grupo da Gio no Face: Strega Fashion



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Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça. 
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30 de julho de 2015

A revelação de Jackie Fox e a reportagem da Superinteressante

O depoimento de Jackie Fox (ex-baixista das Runaways) sobre o estupro que sofreu quando tinha apenas 16 anos pelo ex-empresário da banda, Kim Fowley, repercutiu na mídia internacional. A notícia dada em primeira mão pelo jornal Huffinton Post, caiu como uma bomba no cenário musical, não só pela gravidade do seu conteúdo, mas também pela revelação de que o abuso ocorreu na frente de Cherie Currie e Joan Jett.

"Segundo o Ministério da Saúde, 70% das estupradas são crianças e adolescentes de até 17 anos (dá umas 350 mil pessoas por ano, uma Zurique inteira) e a maior parte delas foi violentada dentro de casa por pessoas de confiança, como padrastos ou amigos de família."

A The Runaways é conhecida pelo conceito Girl Power da qual inspirou muitas jovens a formarem seus grupos, e logo após o assunto cair na mídia, Currie e Jett se pronunciaram negando estarem presentes e se sensibilizaram com a dor de Fox. As ex-integrantes nada mais disseram até o dado momento, e Jackie retornou ao seu facebook deixando uma mensagem (tradução em português aqui) agradecendo ao apoio que recebeu de fãs e anônimos, tocando nos comentários difamatórios recebidos da qual a acusavam de mentir para promover sua carreira considerada esquecida.

Na época conhecida como Jackie Fuchs

Lendo toda a situação passada por Jackie nos últimos dias, imediatamente lembrei da reportagem de capa da Superinteressante sobre o Estupro. O texto de Karin Mueck chama a atenção pelo conteúdo detalhado de um crime reconhecidamente perverso mas que sobrevive impunemente na sociedade. Muito do que foi dito na matéria, se encaixa perfeitamente com o que Fox tem enfrentado desde que revelou o segredo. 

Conforme o artigo, o estupro é o único crime na qual a vítima é julgada junto com o criminoso. Mulheres relatam como são recebidas com desconfiança quando resolvem contar suas histórias para alguém. Pessoas perguntam que roupa ela vestia, onde ela estava, que horas eram, se estava bêbada, se já não havia ficado com o estuprador alguma vez, se deu a entender que queria fazer sexo e até se já teve muitos namorados antes. Assim, o estupro acaba silenciado pela vergonha, uma arma eficientíssima. E vergonha é a palavra-chave nesses casos.

"Na vida real, boa parte dos casos de violência sexual acontece dentro de casas e casamentos, depois de festas ou encontros, no meio de relações sexuais que começaram consensuais, entre pessoas que já se conheciam e com agressores que nem de longe têm o perfil de "estupradores". No Brasil, por exemplo, entre 10% a 14% de todas as mulheres vão sofrer violência sexual por parte de seus parceiros."

Na Imprensa
Além da publicação impressa, a página da Superinteressante recebeu diversos depoimentos de leitores que compartilharam suas histórias de violência. Houve relatos que nunca haviam sido divididos antes. O programa Saia Justa do GNT também entrou no debate trazendo mais informações que pode ser assistido um pedaço aqui

"Segundo o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, todos os anos cerca de 50 mil pessoas são estupradas no Brasil.  Esses são os números oficiais, obtidos a partir da papelada formal. Mas eles não correspondem à realidade. O estupro é um dos crimes mais subnotificados que existem e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada estima que os dados oficiais representem apenas 10% dos casos ocorridos. Ou seja, o verdadeiro número de pessoas estupradas todos os anos no Brasil é mais de meio milhão." 

É estranho um assunto de tamanha importância esteja sendo silenciado e varrido para debaixo do tapete. Com todas as notícias lançadas, não há como se fechar mais os olhos diante do tema. Jackie Fox continua se pronunciando sobre o caso e denunciando o porquê vítimas de estupro ficam caladas, ela vem sentindo a força do julgamento mesmo depois de expor sua dor. 

Verdadeiro ou não o relato da artista, uma acusação de estupro não pode ser mais tratado com argumentos que deslegitimam a vítima, já bastam as marcas que ela carregará para o resto da vida. Por isso é importante que a população se informe e cobre mudanças de tratamento, principalmente em relação as políticas públicas. Chega de impunidade.


*Os trechos destacados são reproduções da Revista Superinteressante. Para denúncias de abuso e violência ligue 180.


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29 de julho de 2015

Queen of Darkness: Unboxing + Outfits (part 2)

Essa é a segunda parte de meus reviews sobre algumas peças da loja alemã Queen of Darkness. Desta vez é sobre uma saia e um vestido.

This is the second part of my reviews for some pieces from German store Queen of Darkness. This time it's about a skirt and a dress.


Como apresentar essa saia? Ela é um escândalo de linda! Economia de tecido ela não tem pois são tantas camadas de organza e tule que ela fica volumosa até pra guardar (ainda não sei como guardá-la sem que ela ocupe tanto espaço).
A cintura dela é de elástico, ela tem um forro de helanca que é bem curtinho (um pouco mais curto que os babados da frente e como ela é de tecidos super fininhos, é leve e confortável.


How to present this skirt? It is a beautiful scandal! Has no economy of tissue since it has so many layers of organza and spider web tulle. It is bulky (I not yet know how to store it without occupies so much space).
Its waist is elastic, it has a helanca liner that is short (a little shorter than the front frills) and although of the many layers, it is lightweight and comfortable.

*Blusa  / Blouse



 Detalhes da Saia / Skirt ´s details

Mini vestido com babados, renda e amarração frontal
Escolhi esse vestido tanto pelo apelo elegante e prático quanto pelo design: eu amo renda e babados e amarrações ao estilo corselet.. Mesmo sendo curtinho - sem problemas no verão e com um calçado mais baixo ou coturno - é possível usar com meias calças e leggings.


Me surpreendeu o material, ele é de algodão - tecido natural apropriado pro nosso clima - com um pouco de elastano. Ele não é justo, sobra levemente um pouco de tecido ao redor do corpo, o que eu acho ótimo, porque tem empresário que pensa que só porque você usa tamanho P, tudo tem que ficar "coladinho" no corpo. Não, não tem! E justamente por não ficar colado, é que acho que ele fica elegante. A única dificuldade nele é o zíper, tem que fazer um mini contorcionismo pra fechar atrás até em cima.
Válido dizer que ambas as peças tem extrema qualidade. Isso foi o que mais me chocou quando abri a caixa e fui vendo uma por uma das peças. Os detalhes, os acabamentos... não fica devendo nada pra grifes mainstrean renomadas.


I chose this dress both for the elegant and practical appeal by its design: I Love income, frills and corselet style...Despite being short -no problems for the summer  with a low heel shoe or boots - you can use too with tights and leggings .
Surprised me the material, it is cotton - suitable natural tissue for our tropical climate - with a little spandex. It is not extremely tight around the body, which I think is great because gets elegant. The only difficulty it is the zipper, I have to do a "mini" contortion to close up the back till above.
Fair to say that both pieces has extremely high quality. That's what shocked me the most when I opened the box and I was seeing the pieces one by one. The details, the finishes ... is owing nothing to renowned fashion brands.


Aliás esse vestido está sendo usado pela modelo no banner do sorteio de 1000€ em peças da Queen of Darkness vocês já estão participando? Tem só 24h pra encerrar a inscrição, corre lá!
Clique aqui ou no banner abaixo pra acessar a área de cadastro.

That dress is being used by the model in the banner of the giveaway of € 1,000 in Queen of Darkness parts, you are already participating? It has only 24 hours to participate, let´s go?
Click here or on the banner below to access the registration area.

  https://www.facebook.com/Queen.of.Darkness.fashion/app_224414684399305


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28 de julho de 2015

Period Panties: as divertidas calcinhas com estampas sangrentas!

"Menstruação" costuma ser uma palavra tabu. Em tempos recentes, esse assunto tem sido falado com um pouco mais de frequência. A bruxaria, religião essencialmente feminina que celebra e valoriza as fases das mulheres, sempre tratou o tema com naturalidade, ao contrário de outras religiões onde o sangramento é considerado sujo e nojento, mentalidade que infelizmente, muitas de nós reproduzimos ao longo dos séculos.
Mas uma das grandes vantagens da Moda Alternativa é que ela abraça temas tabus, seja de forma séria ou de forma irreverente como é o caso das Period Panties, calcinhas que tem chamado a atenção em algumas lojas alternativas internacionais.

"Redrum"

O curioso é que as calcinhas foram criadas por um rapaz. Isso mesmo! Pelo ilustrador e desenhista Anthony Hall em 2008, acompanhado de mais dois amigos artistas/designers. Hall e sua equipe conseguiram uma quantia de dinheiro pelo Kickstarter para começar a dar vida à suas ideias. As peças tem modelagem grande e vão do tamanho PP ao Plus Size. 
Eu fiquei pensando...  como nós (garotas) deixamos passar essa ideia? Será que estávamos absorvidas demais no conceito de "menstruação é nojenta" que passaram pra gente que bloqueamos nossa veia criativa para esse tema?? Só sei que as calcinhas podem ser encontradas em grandes lojas alts como a Sourpuss além da loja própria da Hare Brained, empresa do criador que se localiza na cidade de Chicago.


"Dawn of the Red"



"Por que se contentar com as calcinhas de vovó "naqueles dias"? Claro, não é necessariamente o ponto alto de seu mês, mas com as Period Panties, ele não será o ponto mais baixo. Metade do mundo menstrua, então porque não se divertir com isso?!"

Selecionei alguns modelinhos pra vocês verem a criatividade e irreverência:

"Call of Cunthulhu"

"Cunt Dracula"

"Shark Week"

"Sour Puss"

"Wonder Womban"


Eles conseguiram tornar um assunto envolto em seriedade 
em estampas divertidas e irreverentes!



E vocês, gostaram do conceito da Period Panties?
Qual o tema sangrento preferido de vocês?


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26 de julho de 2015

Dark Fashion: peças em versões modificadas (+ unboxing / resenha)

Recentemente a Dark Fashion lançou a coleção Best Moments, com cerca de 30 peças novas no catálogo.
Esta é uma marca alternativa nacional que tem preços acessíveis, em roupas super usáveis e confortáveis pro dia a dia. Mas o que pouca gente sabe, é que a marca veste todos os tamanhos corporais.
Você é petite ou plus size? Sem problemas! Basta contatar a loja que a peça que você gostou é feita com suas medidas! No mundo de hoje, onde os corpos estão cada vez mais variados, é bom saber que a marca alternativa está abraçando a diversidade.

Há um tempinho atrás chegou meu pacote com 3 peças da loja. As roupas sempre vem numa embalagem de tecido, até mesmo pra gente poder guardar elas neles depois.


Começo com o vestido vestido 5068, ele é em viscolycra - tem viscose, que é super apropriado pro nosso clima - com abertura e ilhóses no decote e amarração por cordão. A faixa na cintura tem ilhóses grandes e você pode amarrá-la embaixo do busto ou em torno da cintura, como eu fiz.


É um vestido super confortável, leve e notem que fica um pouco acima dos joelhos, um estilo mais discreto. Dá pra usar com meia calça e jaqueta nestes dias mais frescos.
Acho uma pena que não é possível mostrar somente por fotos como as peças da marca são em tecidos de qualidade e super bem feitas. Só adquirindo mesmo pra se encantar de vez!





Peças modificadas
Outra coisa que a Dark Fashion faz são versões modificadas das peças do catálogo. Vocês podem pedir pra loja fazer alterações nos modelos do site ou aguardar que lá pra setembro ou outubro, algumas peças modificadas estarão disponíveis pra aumentar a variedade de produtos oferecidos no site da loja.

Pra alguns pode parecer difícil enxergar uma peça de forma diferente, mas é possível as peças da DF serem feitas com ou sem mangas ou com aplicações diferentes. Não se acanhe de contatar a loja pedindo um decote menor ou uma fenda ou buraco em outro lugar. Essa personalização é o futuro da moda, uma relação mais próxima entre o lojista e o cliente. 
E acaba criando peças semi-exclusivas né? Que é o caso destas duas blusinhas que vou mostrar agora.

Começo com a  blusa 2020 em ciré (ou cirrê). Uma das coisas que me chamou a atenção nessa peça, foi uma etiqueta dizendo que o tecido tem proteção UV - É um tecido tecnológico! Tecnologia da marca Rosset, ou seja, a prova que a loja trabalha com material nacional de qualidade  que ainda protege sua pele do sol! (e não sai nas lavagens!)
Clique pra aumentar as imagens e ver o acabamento.

A minha blusa e logo abaixo vocês poderão comparar com a versão do site, que é diferente. A minha tem abertura menor no busto e abertura lateral. A do site tem a abertura do decote maior e é fechada nos lados.


Já na blusa de algodão 2024, a diferença é bem mais aparente, no site ela é em cirrê. A minha é num algodão furadinho chamado Broderie, cujo corte do vazado é feito à laser e as manguinhas são de material sintético. Essa peça já é super mais leve, perfeita pro calor.
Por ser de tecido natural, ficou amassadinho na foto, o que não ligo, porque tecido natural é o segredo pra sobreviver usando preto no verão. #ficadica
Clique pra aumentar as imagens e ver o acabamento.


No corpo. E reparem na diferença gritante com a versão do site, que é em cirrê e tem sainha:




Eu estou super feliz porque estas duas blusas são praticamente exclusivas!
É o máximo ter uma roupa que praticamente só você tem haha! Vocês também podem ter essa oportunidade tanto se encomendarem seus modelos com a loja quanto na primavera, onde haverão algumas opções no site.

Todo mundo sabe que o que faz a moda alternativa ser alternativa é a produção em pequena escala. E mais legal ainda é quando a loja oferece todo tipo de tamanho e opções de personalização ao cliente! A gente tem que valorizar essa mentalidade!

Agora deixo vocês com algumas fotos minhas, com outras peças da loja, espero que gostem de ver o caimento no corpo. 

 




Infelizmente nem todos fazem ideia do que é manter uma marca alternativa e é comum vermos críticas quanto ao valor “excessivo” dos produtos. Esse tipo de pensamento é um vício que as lojas mainstream de departamento nos deram... 
Moda Alternativa é um nicho, de certa forma, restrito, que não dá tanto retorno financeiro comparado com o público de massa, é preciso valorizar peças feitas em pequena escala e com qualidade. Precisa ser compreendido que não há envolvimento de subemprego ou exploração de pessoas durante o processo, o que encarece o valor final. Precisamos "desviciar" nossa mente de usar aqueles produtos importados baratos como comparação à todo o processo de criação quase artesanal de marcas de moda alt. 
Engana-se quem pensa que no exterior roupas alternativas são baratas. Não são. Roupa alternativa é mais cara em qualquer lugar do mundo por justamente valorizar o criador e ter menor escala, como diz o nome: uma alternativa à moda dominante.

Pra quem quer conhecer um pouco mais sobre o conceito da Dark Fashion, sugiro ler a entrevista que fizemos com a proprietária no ano passado.



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23 de julho de 2015

Já se inscreveu para o sorteio de 1000€ em peças da Queen of Darkness?

E vocês já estão participando do sorteio pra ganhar 1000€ em peças da Queen of Darkness?? Faltam só 7 dias pra terminar o prazo!!

Acessem [este link] ou cliquem na imagem abaixo pra saber como participar! E se ganharem não esqueçam de mim kkkk (eu não posso participar, gentemmm).
Esse sorteio equivale ao período do verão europeu, ou seja, vai se realizar no dia 31 de julho de 2015.
Pra participar, você precisa registrar seu nome, sobrenome e endereço de email no facebook da QoD.

What about you, are you already participating of the giveaway to win 1000€ of Queen of Darkness pieces?? Access [this link] or click on the image below to know how to participate!

https://www.facebook.com/Queen.of.Darkness.fashion/app_224414684399305






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22 de julho de 2015

Alissa White-Gluz e os cabelos coloridos em tom fantasia na cena Metal

O aniversário de 30 anos da Alissa White-Gluz está chegando (31/07) e eu aproveito pra divagar um pouco sobre esse assunto que faz tempo que venho pensando: o uso de cabelos coloridos em tom fantasia na cena Metal.


Houve um tempo em que cabelos coloridos não eram comuns no Heavy Metal. Na cena mais extrema, costumava haver um apreço por cabelos tingidos de preto, não apenas por causa de toda a simbologia da cor escura, como por ser um contraste em populações onde cabelos loiros são os naturais de boa parte da nação. Nunca esqueço da Doro Pesch, que sempre foi loira, contando sobre as vezes que tentaram convencê-la a escurecer os cabelos porque seriam mais "de acordo" com a cena Heavy Metal, dariam à ela um ar mais "agressivo". Ela sempre negou, assumiu os loiros e até perdeu contrato por não querer mudar a estética.


Desde que adentrei na subcultura rock na adolescência, passei a me expressar pelo visual, tingi meu cabelo de ruivo laranja em fins da década de 90, o que no meu grupo de amizade foi visto como "excentricidade". Na segunda vez que tingi de ruivo, lá por 2002, eu ouvia estas perguntas quando ia nos festivais de Metal: "você realmente curte metal?", "Você é clubber?", "Curte música eletrônica?". Isso acontecia porque na época, a cor laranja era muito associada à cena eletrônica, o normal era headbangers terem cabelo preto ou vermelho cereja.
E mesmo que duvidassem de mim, eu nunca me importei se não estava no padrão "cor de cabelo do metal". Eu gostava de cabelo laranja e pronto!

É interessante pensar naquela época, pois eu não me lembro de ter alguma vocalista headbanger de cabelo colorido fantasia, somente em bandas punks e de rock em geral. Curiosamente, quem tinha usado cabelos coloridos, era um homem: Max Cavalera - sim! Um brasileiro. Sua esposa Glória também tinha cabelos coloridos, só que ela ficava nos bastidores né? Não ficava na frente do palco inspirando garotas...

Família Cavalera

Até que veio a Simone Simons... eu confesso que fiquei curiosa em saber quem era aquela moça que usava o cabelo da cor do meu. A música do Epica não é meu estilo, mas é inegável que Simone abriu as portas para meu cabelo laranja ser mais aceito na cena. Foi como se alguém famoso e popular precisasse "sacramentar" uma estética, para que passasse a ser aceita.
Vi ano após ano mais ruivas alaranjadas surgindo na cena sem ouvirem as perguntas que ouvi sobre eu não curtir metal de verdade. Assim, as perguntas sobre eu ser clubber cessaram, mas outra nasceu: "você é fã da Simone?". haha!

Isso me mostra como nosso olhar é moldado pelas imagens que recebemos. Quando um artista tem uma estética X, querendo ou não, molda a visão estética dos adeptos ou simpatizantes da subcultura. E aqui eu queria trazer o caso da cantora Alissa White-Gluz, que atualmente tem patrocínio da Manic Panic em seus cabelos. Aparentemente, igual o que aconteceu comigo, também duvidaram da paixão dela por Heavy Metal, como ela conta no texto abaixo, extraído de seu IG.

"Me dei conta agora que tenho ostentado cabelo azul por 15 anos... e pensar que todos os meus professores me disseram que eu não seria perfurada e colorida aos 30! Bom, estou chegando aos 30 (anos) e não tenho a intenção de censurar minha aparência! Se você está com vontade de se expressar visualmente usando seu corpo como uma tela, faça! Não importa o quão "cool" ou "aceitável"; seja você mesmo. Sei que às vezes pode ser um obstáculo quando se procura trabalho, mas não é impossível - eu já trabalhei para o governo no passado com o meu cabelo azul! Foi dito que meu estilo é "muito punk" para ser metal, ou "muito brilhante" para ser heavy (pesado) ... bem, foda-se! Eu sou quem eu sou, aceite ou dê o fora.

Foto promocional da Alissa para Manic Panic

A inserção de novos elementos em estéticas tradicionais alternativas sempre existiu, mas de forma lenta. Hoje é em ritmo super acelerado. A estética advinda de subculturas evolui porque é viva, é feita por pessoas. 
Quem insere novos elementos* pode ser mal visto pelos que não entendem ou não aceitam o apelo da novidade, não tem a cabeça aberta o suficiente pra aceitar essas inovações ou não conseguem acompanhar de onde vem tudo isso.

O metal extremo talvez seja uma das cenas mais conservadoras em termos de estética, sendo que as roupas femininas foram por muito tempo uma variação do traje masculino. Tanto que até hoje as meninas que ouvem esse som tem uma estética reconhecível de calças justas ou leggings + blusas e acessórios grandes com spikes e cabelos escuros. Mas em tempos recentes até Sabina Classen do Holy Moses já sobe no palco de minissaia, deixando aos poucos a ideia construída sobre feminilidade invadir a cena. 

Alissa tem um estilo bem particular, com peças rasgadas, meia arrastão, amarrações, studs... bem mais próximo do conceito "Punk" do que do Metal. E se pensarmos bem, na cena punk, as meninas sempre foram muito feministas (não no sentido erudito, mas de vivência) e nós vemos cada vez mais um aumento dessa atitude punk tanto na estética quanto no comportamento das meninas do metal, mostrando que as mulheres estão ousando vestir seus próprios estilos sem depender tanto dos estereótipos do passado, não aceitando a objetificação tão facilmente ao mesmo tempo em que o conceito tradicional de feminilidade passa a ter mais espaço no Heavy Metal onde normalmente as meninas se masculinizavam ou criavam visuais agressivos para serem aceitas.
Outra coisa que notei na Alissa foi que ela saiu de uma banda menor e foi pra uma banda mainstream, mas não amenizou nem suavizou seu estilo, pelo contrário, está bem mais elaborado!

O estilo próprio de Alissa se destaca quando comparado ao visual mais "dark" e agressivo, típicos do Heavy Hetal, de seus colegas de banda. O visual dela é mais colorido, com elementos punk.

Além dos cabelos coloridos em tons fantasia, Alissa usa roupas de lojas alternativas.
Aqui, vestido Lip Service com uma estampa holográfica e New Rock Boots.

A experimentação estética na cena metal, costuma vir dos estilos sonoros menos tradicionais e que por vezes sofrem preconceito dentro da própria cena, como os estilos dentro da classificação "melódico", "core" (ex: metalcore)  e "nu". Estes estilos, assim como as estéticas que quebram regras, provocam debates de amor e ódio sobre se aquilo é aceitável ou não, "Tr00 ou False Metal/Poser". 

Em tempos recentes, Corey Taylor, da banda de "nu-metal" Slipknot ostentou uma cabeleira rosa e azul. Os subestilos do Heavy Metal que têm mais abertura e aceitação à novas estéticas costumam ser os que flertam com sonoridades "externas" como punk, hip hop, industrial etc...



Eu entendo que o processo de aceitação do novo, dentro de uma estética alternativa mais conservadora, é facilitada pela popularização da estética dos artistas da cena. 
Por mais que já estejamos usando cabelo colorido em tons fantasia há tempos, sinto que sempre virá alguém duvidar se realmente curtimos aquele som, pois quebrar um padrão estético pré estabelecido, pode não parecer, mas é ousado! Quem dá o primeiro passo vai ouvir muita coisa... E quando um artista passa a inspirar pessoas, aos poucos a mente vai se abrindo, pois a influencia dos famosos é muito grande. Sempre existe o julgamento pela aparência, é instintivo do ser humano, uma defesa contra o diferente, contra o que ainda não se compreende.

E vocês, tem opiniões sobre a inserção dos cabelos em cores fantasia na cena Metal?
Conhecem pessoas/artistas coloridos?
O que pensam da inserção de novos elementos estéticos em estilos tradicionais?
É fácil ou mais difícil pra você aceitar mudanças?

*N.do.A: novos elementos e não mistura de elementos já existentes.


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