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22 de novembro de 2015

O que é uma modelo alternativa? + Dicas de como se tornar uma modelo alternativa!

Neste post vou tentar falar um pouco sobre o que é uma modelo alternativa e também listar dicas básicas que podem ser úteis pra quem quer entrar nesse ramo.

* Estou escrevendo "modelos alternativas" no feminino porque nesse universo a maioria é mulher, mas meninos: entendam que se refere à vocês também, ok? ;)




  • O que é uma modelo alternativa?
São modelos com estéticas alternativas ao padrão de beleza mainstream; quem faz parte de subculturas ou das ditas "minorias", como transgêneros, albinos e deficientes, por exemplo. Assim sendo, modelos alternativas podem/devem ser diferentes da noção tradicional de beleza.

A modelo alternativa "vende" sua
personalidade/atitude e estilo próprio. 

Modelos alternativas são literalmente pessoas fora do padrão. Todas as 3 mulheres abaixo são modelos alternativas agenciadas no Reino Unido. Podemos dizer com certeza que o "ser diferente do padrão" é seguido à risca!


Repare em mais estas modelos agenciadas na Europa. Tatuada, modificada, a moça de cabelo verde não tem todos os dentes e a "plus size".

 


  • Modelos alternativas precisam ser magras, "gostosas", de cabelos coloridos, tatuadas e com piercings?
Não! Mas este é um conceito que infelizmente, a própria cena alternativa está impondo em alguns meios, talvez por falta de informação ou por estar absorvendo hábitos do mainstream (na chamada anulação das subculturas e neutralização das estéticas alternativas) e da americanização de nossa cultura (o padrão de beleza "perfeitinho" que a gente imita, costuma vir dos EUA e não tanto da Europa).

Uma garota pode não ter nenhuma tatuagem e ainda assim ser modelo alternativa, temos vários exemplos de sucesso no meio:

Morgana Threnody in Velvet, Ophelia Overdose e Miss Mosh são alguns exemplos. Viktoria Modesta também é deficiente (contamos a história dela aqui).




  • Características alternativas de estilo independem de ter tattoo ou não. Uma modelo sem tatuagem pode pegar mais trabalhos por sua suposta neutralidade e pelo foco do olhar ir direto pra roupa e não para suas modificações corporais.


Modelos plus size tem sido requisitadas para este "nicho" de mercado que vem crescendo em diversos países.



  • Precisa ter cabelo colorido? 

Não. Mas é fato que meninas com cabelos castanhos são raras na cena. Cabelos loiros ou tingidos de preto também são um tipo de modificação capilar. O cabelo colorido em tom fantasia não é obrigação


  • É preciso sim mostrar a roupa
Apesar de muitas modelos alternativas gostarem de fazer fotos em poses diferentes, ousadas para criar um trabalho mais artístico ou conceitual, é preciso não esquecer de uma coisa: ao fazer fotos para uma loja e mostrar as peças da coleção, a modelo tem que ter em mente que o foco daquele trabalho é mostrar as roupas e não tanto sua habilidade de poses. Tem coisa mais chata do que acessar uma loja, clicar na foto da roupa e não dar pra ver a roupa direito porque a modelo colocou as mãos na frente da roupa ou fez uma pose que não nos permite ver os detalhes da peça? 

  • As fotos das modelos alternativas são caricatas?
Não. Pessoas alternativas não são caricaturas. Pessoas alternativas tem estilos próprios e estes estilos, por vezes, são super elaborados. Quem tende a achar que pessoas alternativas são caricaturas é o pensamento mainstream enraizado em nossa sociedade (vide tantos programas de TV que visam mudar o estilo dos alternativos por acharem que estamos "fantasiados").



  • Conceitos de modelo mainstream x modelo alternativa:
Uma modelo mainstream PRECISA ter fotos neutras no composite para que a empresa que a contrate a imagine vestindo a situação do trabalho (foto/desfile), afinal, ela é um cabide. Ela é um manequim. A modelo alternativa NÃO PRECISA ter fotos neutras. O que "vende" a modelo alternativa é a sua aparência, personalidade e estilo pessoal. Portanto, as fotos de composite de modelos alternativas as apresentem mais elaboradas, representando seu ESTILO PESSOAL. A empresa vai contratar a modelo alternativa por seu estilo já pronto e não pela sua neutralidade.

A modelo mainstream precisa ser camaleônica pra fazer os trabalhos. A modelo alternativa não precisa obrigatoriamente. Se uma pessoa diz que não vai contratar uma modelo alternativa pra um shoot porque o composite dela está muito caricato ou elaborado, dá a impressão que este empresário não está pronto pra entender o conceito de modelagem alternativa. Ele precisa se desprender do conceito mainstream, abrir a mente e aí sim entender o trabalho alternativo. Falarei mais dessa relação confusa com o mainstream mais abaixo.

  • Uma modelo alternativa precisa ser agenciada?
Não. Existem meninas que preferem não ter agente e trabalhar por si mesmas através de contatos de moda, fotografia, arte etc.

 Dommenique Simone (pontas) e Manaka (meio)



  • Suicide Girls e dos sites Alt-Porn
O site Suicide Girls apresenta meninas nuas ou semi nuas em poses sensuais ou eróticas. Mas tem recebido críticas por antes ser um espaço para diversidade corporal e hoje estar mais padronizado (no sentido mainstream da coisa). Uma das críticas é que por baixo de cabelos tingidos e tatuagens, sua seleção de "suicides" são meninas com rostos simétricos, pele clara e magras ou meninas cheinhas que não chegam ao ponto de ser consideradas plus size. Na cola do Suicide Girls, existem diversos outros outros alterna-porn sites para as meninas que apreciam esse tipo de fotografia

A brasileria Loretta Vergen

Existem modelos que preferem não fazer trabalhos alt-porn ou mais sensuais por não ser seu perfil e isso precisa ser respeitado pelo fotógrafo ou empresa contratante.
É preciso lembrar que não apenas as agências/sites tem suas responsabilidades, os fotógrafos também tem. Existem "alt photographers" que reforçam os padrões de beleza mainstream assim como reforçam o machismo (objetificando as garotas em todas as fotos). Numa breve visita a diversos sites e editoriais, podemos contar nos dedos (ou nem conseguir contar) quantas meninas tem narizes grandes, queixos "diferentes", rostos assimétricos e corpos fora do padrão. Se a modelagem alternativa é abraçar diversos tipos de corpos, incluindo os de beleza considerada exótica ou "estranha", porque não vemos tantas modelos assim atuando? Quem faz a seleção que exclui estes perfis diversos?


Diz-se que fotógrafos são as pessoas de muito peso no segmento de modelagem alternativa, pois normalmente parte deles a ideia do shoot e como querem que a modelo aparente.



  • Modelos Alternativas fazem trabalhos mainstream?
Acredito que se uma empresa mainstream contrata uma modelo alternativa, esta estará dentro de um contexto. Seja num contexto de representatividade das diferenças, seja um conceito que a marca tenha estabelecido para a coleção atual. Modelos alternativas podem ser contratados também para filmes, séries e clipes que exigem personagem com tais estéticas.

Ex: Ludmila Houben para Coca Cola, o slogan era "o legal é ser diferente". O alternativo dentro do contexto/tema da campanha.


"Se uma estética se torna de massa, deixa de ser alternativa. O mercado alternativo é pequeno. Essa é a natureza de propostas alternativas. Se a proposta fosse grande, se o mercado fosse grande, não seria mais alternativo, seria mainstream." Iluá Hauck, modelo alt brasileira radicada em Londres

Existem dúvidas à respeito da forma como a moda mainstream enxerga modelos alternativas. É fato que existem diversas modelos fazendo trabalhos no mainstream. Apesar da abordagem mente aberta das agências, tem sido um desafio para elas convencer  as empresas a aceitar o diferente. Caímos no mesmo questionamento que levantamos sobre a revista ELLE com a campanha #VocêNaCapa dentro do contexto de revistas de moda e publicidade mainstream: será que eles estão aceitando MESMO o diferente? Será que eles realmente nos enxergam como consumidores? Será que vão nos colocar como principais em anúncios de pasta de dentes, molho de tomates... Será que estão prontos para abraçar modelos de todos os tamanhos, formas e aparências? Ou apenas nos usam para vender suas marcas como "cools" mas na vida real não nos aceitam nem como funcionários de suas empresas por nosso visual?
Existe um caminho muito longo a percorrer até que cabelos coloridos, piercings e tatuagens importem menos do que quem você é como pessoa.

Modelo albina, tatuada e com cabelo azul: o mainstream está pronto para elas?



  • Precisa ser fotogênica?
Tem gente que diz que sim, que modelo precisa ser fotogênica. Mas... será? Se é alternativo, não precisa ter obrigação da fotogenia. O "estranho", "diferente" e "bizarro" precisa ser aceito nesta cena! Se existir a limitação da fotogenia, estaremos reproduzindo um conceito mainstream e isso não contemplará a diversidade alternativa.



  • O que faz uma modelo alternativa ser considerada profissional?
A resposta é simples: ter feito trabalhos profissionais.
Traduzindo: ter modelado para lojas, ter trabalho publicado em mídia (sites, jornais, revistas) e/ou receber pagamento pelo seu trabalho.

A brasileira Mone Venzel



  • Ser modelo alternativa é um rótulo?
Ninguém gosta de rótulos, mas categorizar às vezes é necessário, seja para estudos, seja para selecionar trabalhos. As pessoas precisam fazer sentido. Os contratantes precisam escolher uma modelo que tem um estilo x que represente sua marca. Exemplo: o contratante precisa de uma moça com aparência punk, ele vai procurar meninas que se categorizaram como "punks". Infelizmente a categorização ainda não foi eliminada de nossa sociedade.


É possível seguir numa carreira de modelo alternativa e se sustentar sozinha?
Isso parece ser raro, inclusive no exterior. Normalmente elas tem um emprego "normal" ou  atuam também como dançarinas, atrizes, musicistas, alt-porn ou cam model stars, além de profissões tradicionais. Pelo mercado alternativo ser pequeno, existe muita oferta e pouca demanda de trabalho, dificultando a sobrevivência única pela modelagem alt.

Uma das raras modelos que não tem um emprego comum durante o dia é Betsy Rose, que também é atriz e dançarina burlesca. Mas ela tem cabelo preto (cor socialmente aceita) e nenhuma tatuagem. 



  • E modelos alternativas mais velhas? Existe espaço para elas aqui no Brasil? Ou continuaremos reproduzindo o conceito mainstream da juventude eterna?
A maioria das modelos alts que vejo atuando no Brasil com mais visibilidade estão na faixa de 15 a 25 anos, mas todas conhecemos ao menos uma garota/garoto na faixa dos 30 anos (e até 40) que tem muita atitude e representatividade que poderiam ser abraçadas pelas lojas/eventos, afinal, esse pessoal mais velho viveu a era de ouro das subculturas, tem repertório e tenho certeza que personalidade não falta à elas!

Adora BatBrat, Claire Amaranth e Chien são algumas das modelos estrangeiras na faixa dos 40 anos que fazem trabalhos profissionais para fotógrafos e lojas. Idade não é limitação.


Modelagem alternativa não é estar dentro de uma caixa padronizada, não é sobre ser uma caricatura, é sobre ser única!


COMO SER UMA MODELO ALTERNATIVA?
(não são regras de conduta, são apenas dicas que peguei aqui e ali contando com minha experiência de trabalho em agência de modelos).

* Defina seu nome. 
Vai usar seu nome verdadeiro? Ou um nome artístico?

* Defina seu estilo.
Qual estilo de você faz? É gótica? É metal? É fetiche? É punk? É pinup? Vários deles?
Você tem uma personalidade? Mostre-a!

Modelo pinup; fetiche, punk (sem tatuagens) e psychobilly


* Crie fotos para seu portifólio.
Não encha seu portifólio com 500 fotos iguais do mesmo photoshoot. Escolha as melhores que tiver, duas no máximo, se tiver sido um trabalho excepcional, até pode ser 3, mas estas fotos precisam mostrar seu melhor  naquele shoot, ou seu melhor rosto ou melhor ângulo. O recrutador não tem tempo de ver 15 fotos iguais, ele só precisa ver sua potencialidade através de suas melhores fotos.

O seu portifólio pode ser também virtual. Faça um wix, um blog, um site, whatever, mas não esqueça de colocar marca d´água com seu nome pra  proteger o direito autoral e também pra saberem quem você é, caso desejem te contratar.
Se vc tem blog: separe a vida pessoal da profissional. Crie um blog-portifólio profissional, voltado à apenas exibir seus trabalhos. É esse que você deve apresentar às lojas e fotógrafos.

Antes de contratar um fotógrafo profissional pra criar as fotos de seu portifólio, que tal chamar um amigo/a e fazer diversas fotos como treino pra, na hora que você pagar o fotógrafo, já saber qual suas melhores poses e olhares? Pra quem é de SP, no blog temos parceria com a Sookie, fotógrafa da Framed in Blood Art. Basta usar nosso cupom  exclusivo, o código é MODASUB, que o valor dos ensaios sai por R$250,00 por 35 fotos editadas. Taí uma chance de começar! 
Também é preciso lembrar que a foto sempre pertence primeiramente ao fotógrafo e este colocará seu logo na imagem

* Tenha noção do seu corpo
Parece bobeira dizer isso, mas tenha noção de como seu corpo se movimenta, como ele se dobra, sinta quais partes formam ângulos ou curvas, com qual posição você aparenta estar suave ou agressiva ou sensual ou qual posição é incômoda ou incomum... tudo isso ajuda na hora de trabalhar com o contratante.

* Precisa ser um pouco/ator/atriz
Enquanto as modelos mainstream costumam ser telas em branco ou meros cabides, a modelo alternativa pode colocar sua personalidade nas fotos se assim for desejo da empresa ou do fotógrafo. Além disso, precisa ser um pouco atriz/ator pra interpretar um personagem que é a cara da marca.

Modelos agenciados do Reino Unido


* Precisa saber vender.
Querendo ou não, modelo - quando não faz trabalho meramente artístico - é também uma vendedora, precisa saber vender o produto que veste. Tá modelando pra marca de calçado? Faça poses que mostrem o calçado. Tá modelando acessório, anel, brinco? Faça poses que mostrem eles. Tá modelando roupa? Como é a roupa? Tem cauda, tem detalhes laterais, tem fenda? Faça poses e ângulos que mostrem a particularidade de cada roupa. Em  fotos para loja, mostrar o produto tem que ser mais prioridade do que mostrar sua beleza.
É muito importante também pesquisar sobre a empresa para a qual se vai modelar, entender a história e o conceito da mesma para poder passar a mensagem corretamente.


* Quais são os pré requisitos fundamentais para ser modelo alternativa?
Além dos já citados neste post, algumas coisas ajudam, como ser curiosa à respeito de artes em geral (arte, teatro, literatura, música, arquitetura) vai evitar uma limitação mental e aumentar sua imaginação e criatividade à respeito de trabalhos. Ser modelo alternativa com conteúdo cultural lhe dará várias possibilidades interessantes que ligam moda e arte, música, teatro, etc, que se aproveitadas, dão muito mais seriedade à sua carreira.
Gostar de subculturas e cultura alternativa em geral. Tenham um "algo a mais" (alguns chamam de carisma ou edgy ou cool) e outros talentos que sejam um diferencial/uma atração. Não seja mais do mesmo.
Fiquem atentas e por dentro do meio alternativo, mantenham contato com profissionais da Moda e com estudantes, pois muitos precisam de modelos para eventos de faculdade.
O que  pesa bastante  para ser uma modelo alternativa é o seu estilo pessoal e sua atitude. Vocês já repararam que muitas das modelos alts que se destacam seja aqui no Br seja lá fora TEM um ESTILO PESSOAL marcante? Não necessariamente um estilo único, inédito ou original, mas um estilo que, combinado com a atitude, estilo de vida, comunica bem a personalidade delas.
Por isso é importantíssimo que você se auto conheça e expresse seu estilo pessoal sem limitação.

Gótica, retrô, deathrock e hard rock: seus estilos próprios refletem nos trabalhos.

A partir do momento em que houver mais mídia e eventos alternativos, a consequência é ter mais trabalho pras modelos. É importante apoiarmos nossas lojas nacionais, para que elas cresçam e façam uso de nossas modelos. Por enquanto ainda estamos começando nosso longo caminho.
Modelos alternativas que leram este post, fiquem à vontade pra também comentar e acrescentar!



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15 de novembro de 2015

Necromancy Cosmetica: a nova marca alternativa de maquiagem

A Necromancy Cosmetica é uma empresa alternativa de make supernova no mercado. Ela reflete o forte crescimento que esse setor está tendo no exterior, principalmente por focar em um público alvo não convencional. No caso, nós! Das poucas informações sobre o empreendimento, parece que foi lançada no início do ano e o mais legal, a criação é de um casal de Porto Rico: Des e Zvl.


De origem latina, a marca diz oferecer um cosmético 100% vegano. A referência em artes ocultas é logo observado nos nomes que carregam os produtos, uma bela sacada de marketing. A última coleção foi batizada de We Are The Weirdos, famosa frase do filme Jovens Bruxas. 



Ainda iniciante, os únicos produtos disponíveis até agora são os batons que chegam influenciados pelo revival dos anos 90, entre eles os coloridos da era clubber e os avermelhados e terrosos da fase dark da década.


Outra coisa que chama a atenção é a beleza da embalagem: em forma de caixão! Tem coisa mais perfeita???

coffin box lipstick
coffin box lipstick 1

É uma pena que ainda não podemos passar review sobre a qualidade dos produtos, mas pelos relatos de blogueiras gringas, tem sido elogiado. Caso alguém já tenha experimentado, compartilhe a impressão com a gente! ;)


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12 de novembro de 2015

Maquiagem Dark anos 90

Assim como as roupas, maquiagens também são influenciadas por modismos. E muitas cores de batons que temos visto se destacando atualmente é por causa dessa febre noventista. Através do nosso mural "Dark anos 90" no Pinterest, deu para perceber bem o resgate dessa estética. É impressionante a quantidade de marcas que lançaram coleções em tons iguais ou semelhantes. Pode ser empresa mainstream ou alternativa, estão todas voltadas aos looks dessa década. Aqui vai uma rápida análise:

Tons avermelhados

O vermelho vivo que a gente ama! Muito usado por ser um clássico. Tirando a Madonna, o olho não era tão carregado igual aos anos 80. A ênfase ficava mais na boca com a escolha do batom.

Liv Tyler, Rose McGowan, Winona Ryder e Madonna:

Além dele, o vermelho escuro - ou melhor, vinho - era o top queridinho pois chegava mais perto do efeito dark, remetia muito ao famoso visual vamp e foi o favorito de atrizes de Hollywood e também por cantoras de rock.

Nancy de Jovens Bruxas


 Angelina Jolie

Drew Barrymore

 Bjork, Shirley Manson

 Reese Winterspoon e Shannen Doherty

Tons terrosos

O nude - ou marrom claro - compunha uma versão bem interessante, pois meio que quebra o pensamento de que para fazer uma make dark é necessário usar tons escuros. O bom é que se tornou uma opção mais básica para se manter o efeito, é uma maquiagem boa para ir numa entrevista de emprego sem perder sua essência, por exemplo.

Drew Barrymore, Reese Winterspoon

Fiona Apple e Alicia Silverstone

O marrom escuro foi outro que se sobressaiu e está voltando com tudo. Tem alguns tons que são quase vinho, portanto espero que o olho não tenha falhado na escolha de imagens.

Angelina Jolie e Shannen Doherty

É visto que o minimalismo característico de 1990 também influenciou a maquiagem, o rosto era quase limpo dando destaque ao batom o que aproveitava para carregar no pigmento. Uma ótima versão a ser usado no dia a dia ou para aquelas horas de preguiça em fazer algo muito elaborado. ;)


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9 de novembro de 2015

Entrevista: MAD Alternative Models (agência de modelos alternativas)

Existe grande interesse pela atividade de Modelo Alternativa/o aqui no Brasil mas infelizmente, pouco mercado (ou disperso) e pouca informação disponível. Pensando nisso, publico uma recente entrevista que fiz com Estrella, uma das responsáveis pela agência MAD Alternative Models, pioneira nesse segmento por aqui e que pretende ser um local que reunirá e intermediará o contato entre modelos e empresas interessadas. O agenciamento é um dos caminhos para a profissionalização da atividade.
Na entrevista diversos pontos são abordados, incluindo
como participar da seleção para o casting da MAD Alternative Models. Fiquem agora com a entrevista e depois nos contem se vocês são ou tem interesse em ser modelos alts e o que acharam da proposta da agência.


 
MdS: A MAD Models veio para suprir um nicho do mercado no Brasil. Como e quando foi que você teve interesse em trabalhar com esse segmento?
Estrella: Estilos alternativos e contracultura sempre foram assuntos de meu interesse, desde que eu me descobri parte desta vertente social. A ideia inicial da MAD Alternative Models surgiu em 2013 em razão de meu convívio com pessoas de diferentes gêneros e idades que adotam diversos estilos pelas ruas mais populares de São Paulo. Ao conversar com estas pessoas, percebi que haviam muitos procurando oportunidades de trabalho que explorassem e exibissem positivamente suas peculiaridades físicas, e que alguns inclusive já haviam procurado se agenciar em agências convencionais sendo dispensados justamente por causa das modificações corporais. A MAD Models visa aproveitar a oportunidade de inovar no mercado de comunicação e da moda, abrindo uma porta às pessoas alternativas que estão procurando uma chance de trabalhar através de expressão corporal, estilo, gênero e individualidade.

Quais são os pré-requisitos básicos que um candidato ao agenciamento precisa ter, qual é o critério de seleção? O que uma modelo alternativa precisa ter em mente sobre o trabalho?
Ao avaliar aspirantes a modelo para seleção, levamos em conta qualidades como visual (roupas, cabelo, modificações, etc.), atitude e aptidão em frente às câmeras. O mais importante, porém, é quão bem esta pessoa consegue demonstrar a qual estilo pertence. Todo MAD Model deve trazer algo diferente e único para a agência, fazendo com que cada modelo tenha sua singularidade. X candidato deve ser uma pessoa dotada de autoconfiança no que faz e no que veste, pois este trabalho inspira as pessoas a seu alcance a tomar decisões semelhantes e adotar um estilo de vida que realmente queira e tenha significado para si. Xs modelos tem uma função técnica, que é cumprir sua tarefa profissional de maneira eficaz, seja ela em passarela, fotografia, vídeo ou evento, e outra função mais implícita, que ocorre quando o talento de X modelo excede o necessário para os trabalhos e ele acaba se tornando um ícone inspirador de uma geração. Seja em pequena ou larga escala, inspirar pessoas é influenciar pessoas, é uma tarefa de responsabilidade e deve ser lidada com consciência.


Qual a demanda do mercado publicitário e de eventos no Brasil para as pessoas alternativas? Está aumentando o interesse pela diversidade estética?
Pelo que pudemos perceber em um ano de mercado de trabalho, o mercado alternativo está crescendo consideravelmente em torno da cultura da tatuagem (empresas de moda, acessórios, barbearias, revistas e mídia, entre outros), porém ele está pouco mesclado com os mercados que atingem as massas. Empresas do mercado alternativo são mais propensas a contratarem nossos modelos do que empresas tradicionais, e queremos mudar isto. O interesse pela diversidade estética cresce junto com a condição mais maleável da sociedade atual que não mais teme e passa a entender o que é diferente, porém ainda está longe de ser o ideal. Estamos caminhando para que possamos contribuir ao misturar a contracultura e o alternativo na mídia de massa, representando com mais precisão a geração atual.

No Brasil, temos pouca mídia (blogs, revistas, sites) com foco em moda alternativa ou editoriais, que seriam espaços onde modelos alternativos teriam participação. E poucas lojas que podem arcar com cachê. Em contrapartida, temos centenas de eventos alternativos de grande público cujos flyers estampam modelos gringas. Como reverter esse cenário?
Todo mercado e/ou sistema que funciona há um certo tempo de modo estável mostra-se resistente a acatar mudanças. Contar com o que é “garantido” sempre parece ser a opção mais simples para se obter sucesso. Para que uma inovação seja aplicada com eficácia, ela deve vir acompanhada de fatores socioculturais que as fortaleça, mas não veremos nada acontecer se não tomarmos atitudes atrevidas. Considerando que nosso movimento pela quebra de estereótipos está em fase inicial, buscamos poder contar com a força de empresas aliadas do mercado alternativo que compartilham com nosso objetivo e também de movimentos sociais, como, por exemplo, o feminismo, que se mostra mais relevante e tem voz mais alta a cada dia. Se pudermos contar com o apoio destes, sempre dando o melhor em nosso serviço e mostrando que ser modelo não é ser um cabide, e sim alguém inspirador e cheio de atitude, gradativamente conseguiremos força para reverter este cenário que boicota tantas oportunidades promissoras.


Você cita o feminismo como uma possível ferramenta de mudança e empoderamento, como você enxerga a objetificação do corpo feminino seja por sites ao estilo Suicide Girls, por fotógrafos (homens) ou por aspirantes a modelos que pensam que essa é uma forma mais "rápida e fácil" de ganhar popularidade? Você tem uma preocupação em selecionar trabalhos que não objetifiquem tanto as meninas ou isso ainda não é possível?
O feminismo é uma ferramenta importantíssima para o empoderamento da mulher e dos outros gêneros que são minoria, e acredito que o trabalho da agência MAD em promover a beleza sem padrões está de mãos dadas com a causa. Por outro lado, não vejo o trabalho de empresas como a SG como algo equivocado, pois é da escolha da mulher modificar e exibir o corpo como quiser. O errado é generalizar, pois quando uma empresa de apelo sexual cresce tanto que domina a visibilidade às massas, os "não entendedores" passam a julgar todas as mulheres tatuadas da única forma que já viram e o preconceito cresce. A MAD foca em ser o mais neutra possível no processo do agenciamento para que no catálogo as modelos sejam vistas sem apelo sexual, e que sejam apreciadas e possivelmente contratadas pelo seu estilo e individualidade. Se elas eventualmente forem chamadas para trabalhos de ensaios nus/seminus, ou eventos que as exibam em roupas curtas, cabe a cada uma decidir se aceita ou não a proposta. É uma escolha particular e a agência não interfere nisso, apenas intermedia os trabalhos.

De uns anos para cá, tem se criticado que modelos alternativas de sucesso estão cada vez mais padronizadas, com aparência de modelos mainstream (magras e brancas) sendo que o grande lance de ser alternativo é não seguir padrões corporais e estéticos. Enquanto isso, grandes agências mainstream tem contratado pessoas diferentes para ser modelos. Você acha que essa padronização ocorre porque o meio alternativo está muito influenciado pela cultura mainstream, por preconceito ou por algum outro motivo? E será que o mainstream tem percebido um "algo a mais" nas pessoas diferentes que o meio alternativo tem descartado?
Acredito que a quebra de padrões está acontecendo de modo gradativo. Por exemplo, o sucesso da predominância de tatuagens, piercings e cabelos coloridos nas modelos “magras e brancas” em empresas como Suicide Girls, apesar do foco no apelo sexual, foi o início do interesse pela cultura alternativa na mídia de massa e da construção do valor agregado ao status de ser modelo. Atualmente, está se estabilizando um grande interesse pelas modelos plus size, pois está acontecendo uma revolução em relação a este tópico (vide revista ELLE com a campanha #VocêNaCapa e sucesso da modelo alternativa americana Tess Holiday). O que acontece na moda e na sociedade não dependerá apenas da MAD, e sim de um grande movimento no qual pretendemos estar fortemente presentes. Ao crescermos como empresa, teremos um alcance social maior e maior influência na mídia. Conforme isto acontecer, temos o objetivo de implantar a liberdade da beleza saudável, o valor da autoestima e o bem-estar que ela proporciona.


_ _ _

Esperamos que a MAD consiga atingir seus objetivos e trazer uma grande diversidade de corpos e estilos para seu casting. Se vocês leitores e leitoras tem interesse em participar da seleção para o Casting da MAD, entre em contato com a agência através do email (casting@madmodels.com.br) ou pelo facebook que, em seguida, um responsável responderá com o passo a passo para que sua candidatura ao agenciamento seja feita. 
E gostaria que vocês ficassem ligados no blog pois estou terminando um outro post sobre Modelos Alternativas que será publicado em breve.


*Todas as fotos são propriedade da agência Mad Alternative Models. As montagens foram feitas por mim.
 

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7 de novembro de 2015

Loja Reversa: Coleção All Black

Acredito que a Reversa já seja conhecida por parte dos leitores. Esta, sempre foi uma loja de moda alternativa que abrangia vários estilos e trabalhava com produtos importados e alguns fornecedores nacionais.
Mas ser uma loja de produtos muito abrangentes não era interessante tanto por questões de logística quanto de marketing. Falar para muitos públicos é difícil, e a mensagem se perde.


Nosso cupom na loja é MODASUB5

Assim, com o interesse de ser uma marca e não somente uma loja, houve a necessidade de se reinventar, e essa reinvenção se inicia com o lançamento da coleção de estreia dessa nova fase da marca: a coleção de camisetas All Black.

Regata Long Abracadabra

Inspirada pela temática gótica, ao qual os fundadores se identificam, e na observação da carência de produtos de qualidade que levem a estética do gótico para o dia-a-dia num estilo mais street e menos teatral, surgiram 11 modelos de estampas exclusivas criados por artistas brasileiros, divididas entre blusas de manga curta e regatas com shape mais soltinho e longo.

"A inspiração para a coleção All Black surgiu nas camisetas pretas que são o uniforme do alternativo, a peça mais básica de todo guarda roupa, vitrine de mensagens. Nas estampas, temas de inspiração trevosa, como Edgar Allan Poe, ocultismo e caveiras. Com essas ideias, a Reversa faz seu debut como marca alternativa brasileira, produzindo peças que traduzem de forma completa a nossa mensagem, a atitude e a transgressão, que falam diretamente com o nosso público. E que forma melhor de fazer isso do que produtos exclusivos, com a nossa cara?"

 Coleção de camisetas pretas "All Black". Clique pra aumentar.

Sobre a temática desta primeira coleção, não tinha melhor momento. Estamos vivendo um interesse por temas góticos e ocultistas e a marca veio suprir este desejo consumidor no mercado nacional. As estampas e as peças foram produzidas aqui mesmo, no Brasil, isso é positivo pois gera/mantém empregos aqui e valoriza os criadores nacionais. 
Para conhecer a coleção e dar um opinião sobre ela, a marca me enviou os modelos abaixo: 


Vesti as duas pra mostrar pra vocês: 
Camiseta Memento Mori - Vida. Morte. Tempo. Eternidade.
Todos os modelos de manga curta tem essa gola redonda bem grande (perfeita pra mostrar chokers e colares né? rsrs). Como sugere a coleção, a peça é realmente longa, como podem ver, chega até o quadril e soltinha nas laterais. Como a estampa fica bem localizada, dá pra usar a blusa pra dentro de saia/calça/short também, assim como por cima de legging.
Foto postada no Instagram do blog


Detalhes da Estampa:




Regata Long Besouro e Lua 
- Ilustração que mistura formas geométricas e orgânicas, como o besouro em pontilhismo e a lua crescente.
Essa eu amei amei amei amei. Há muuuito tempo eu não amava tanto uma regata kkkk Até fiz umas poses mais tortas e animadinhas com ela. Achei que a localização da estampa assim como seu comprimento ficaram perfeitos e harmônicos na visão geral do look.
Foto postada no Instagram do blog.



Detalhe da Estampa:


O que eu achei de ambas as peças?
Foi uma grata surpresa. Eu sou chata pra caramba com camiseta, não gosto de peça grossa, pesada e nem de estampa muito grosseira que altera o caimento das peças.
A primeira coisa que notei foi a qualidade da malha, é muito boa, fina e macia, isso quer dizer que  em termos de clima brasileiro, é certeza de usar o ano todo. Por ser macia (100% algodão fio 30.1 penteado), é confortável e até esquece que tá usando!
Sobre a estamparia: eu já deixei de adquirir blusas onde a estampa branca no tecido preto ficava muito grossa. Não é o caso das camisetas da Reversa. A estampa  no método silk screen com toque zero faz o desenho estar presente na malha de forma tão suave que não altera em nada o conforto e o caimento.

Sugestão: A grade é P, M, G, não tem a opção de tamanhos menores ou maiores (plus size) nem sob encomenda. Eu sou uma pessoa pequena e uso um tamanho entre PP e P, as blusas ficaram um pouquinho maiores em mim em termos de largura, mas ok, isso não chega a ser um problema, é apenas uma observação. Acho que esse é um tamanho P que abraça as várias nuances dos corpos pequenos. Mas a Lauren, outra autora o blog, é Plus Size e ela amou a coleção, mas as medidas do tamanho G não servem nela caso ela desejasse comprar. :(
Então minha sugestão é: quando possível oferecer uma grade maior de tamanhos nem que seja sob encomenda, tem bastante alternativas plus size e elas ficam tristes quando não podem ter peças de marcas legais.

Adesivos fofos (ou trevosos?) demaaais que vieram junto! E esse gatinho morcego?? ♥


E pra finalizar quero dar os parabéns pra Reversa por reduzir a importação e por criar sua primeira coleção autoral com tanta qualidade valorizando a produção e criação nacional. As camisetas são ótimas, recomendadíssimas e se continuar assim a marca vai longe e continuar ganhando admiradores!


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