Destaques

21 de março de 2016

DarkSide Books - Um coelho especial nessa páscoa: Donnie Darko!

Eu fiquei bastante surpresa quando descobri que a DarkSide Books iria publicar o livro de uma de minhas obras cinematográficas preferidas: Donnie Darko!! Tirando a minha mãe - que também adora haha, eu nunca encontrei outra pessoa maluca pelo filme que nem eu, então quem sabe agora, com essa publicação incrível da editora, mais gente não vire fã e a gente possa trocar figurinhas??


Em versão inédita e pela primeira vez no Brasil o livro tem a íntegra do roteiro original do cineasta Richard Kelly. A obra fala de um adolescente angustiado e problemático que escapa da morte quando uma turbina de avião cai na sua casa, a partir daí, um coelho pra lá de misterioso, chamado Frank, passa a visitá-lo. E você fica pensando: esse coelho é real? É paranóia de Donnie? É um monstro? Mistério...

O livro está em pré-venda essa semana!

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Além dos irmãos Jack e Maggie Gyllenhaal, o elenco também conta com Drew Barrymore e Patrick Swayze.


"- Você é estranho.
- Desculpa.
- Não, isso foi um elogio."
  

"Destruição é uma forma de criação."

E vale lembrar que o filme tem músicas do Tears For Fears, Echo and the Bunnyman e INXS e é ambientado no fim dos anos 80.

O conteúdo extra do livro tem um prefácio exclusivo do Jack Gyllenhaal além de uma entrevista com o diretor contando todo o processo de criação!
E a Limited Edition ainda conta com capa dura, marcador exclusivo e óbvio, um livro com material de alta qualidade. E pasmeeem: vem trechos do livro A Filosofia da Viagem no Tempo, escrito por Roberta Sparrow, a Vovó Morte! Afinal, tempo e espaço são relativos né? ;D

  Roberta Sparrow, a Vovó Morte, diz:
"Toda criatura viva na terra morre sozinha."


Donnie Darko é considerado uma obra prima do cinema independente. A revista Empire o considera o segundo melhor filme independente, perdendo apenas para "Cães de Aluguel" de Quentin Tarantino. Já o autor, Richard Kelly, é filho de um físico da NASA e de uma professora de língua inglesa, acho que não dá pra negar um influência dos pais no conteúdo e ambientação do filme!


É impossível esquecer esse diálogo:
- Por que você usa essa fantasia idiota de coelho?
 - Por que você está vestindo essa fantasia ridícula de homem?


Clique AQUI pra ver no site da DarkSide

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18 de março de 2016

Beth Ditto e a sua mais nova empreitada na moda

Em Fevereiro foi lançada a coleção de roupas Primavera 2016 de Beth Ditto. Não é a primeira vez que a cantora investe no segmento de moda, já teve parceria com a loja de departamento Evans, só que agora há um motivo especial: a linha faz parte da sua própria marca!

A cantora entre as modelos Philomena Kwao e Barbie Ferreira

Nessa primeira coleção, Ditto criou 21 peças que vão dos tamanhos 48 ao 60. Os preços variam entre 65 a 395 dólares, valores que podem ser considerados elevados, mas há uma explicação: tudo é fabricado nos Estados Unidos, feito com tecidos de qualidade e sem seguir tendências, algo que enfatiza bastante em suas declarações. "Nós merecemos a opção de comprar roupas produzidas de forma ética que irão durar, peças em que nós podemos olhar incríveis de estação após estação", declara no site.


O trabalho conta com a parceria da stylist Katie Grand


Beth tem um enorme talento para moda. Primeiro, provou ter um senso de estilo incrível, mostrando ao mundo que mulheres gordas têm sim o direito de escolha do que vestir. Em entrevistas, revela que esse caminho não foi tão simples, no início da carreira costurava os próprios figurinos. Com o passar dos anos e o sucesso conquistado, teve a disposição roupas feitas sob medida por grandes designers. Mas não era o suficiente. 

Roupas com ar retrô: inspiração na beleza de Marilyn Monroe

Em dezembro, fez parceria com Jean Paul Gaultier e lançou uma edição limitada da camiseta com o famoso corset utilizado por Madonna.

Aproveitando um período de inatividade da banda The Gossip, colocou em prática a necessidade de ter roupas acessíveis em lojas (ela veste tamanho 54), sem ter que ficar costurando ou pedir a terceiros. Sem suporte de bancos, contando com ajuda de amigos e um parceiro de negócio, conseguiu montar a marca. Beth cuidou da coleção pessoalmente, visitando fábricas em Nova Iorque, aprendendo todos os processos de fabricação, passando por apertos com prazos... Ou seja, o engajamento com o projeto foi real e não só uma assinatura de um nome famoso. 

Looks atemporais, sem seguir tendências

Além das estampas coloridas, Ditto também deu ênfase a cor preta por saber que muita gente gosta não importando o que fosse.

Ditto se diz ansiosa para chegar a próxima coleção e que pretende cada vez mais estudar o segmento plus size fazendo as melhorias que precisa. Mostrou-se aberta a sugestões do público e a necessidade de caminharem juntos nessa nova empreitada. Torço para que a marca consiga se desenvolver e consolidar no mercado, nada melhor do que comprar numa empresa que realmente entenda a necessidade do consumidor. Mais uma barreira que Beth vem para destruir!



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16 de março de 2016

Joseph Corré e a queima de 5 mil libras de acervo da história do Punk!

Joseph Corré, filho de Vivienne Westwood com Malcolm McLaren, está dando o que falar na mídia britânica. A repercussão se deve a recente declaração de que irá queimar todo seu acervo Punk, uma coleção estimada em cinco milhões de libras. A reação polêmica é motivada por sua indignação perante ao que se transformou a subcultura nas últimas décadas.
 

No dia 26 de Novembro, será comemorado os 40 anos do álbum Anarchy in the Uk, dos Sex Pistols. A data também marca o início do movimento punk na Inglaterra, o que vem gerando uma série de manifestações culturais em todo o país. Só que isso não tem agradado a todos. 

Em comunicado a imprensa, Joe, como é conhecido, mostrou irritação ao saber que certas instituições acadêmicas foram financiadas para promover eventos em homenagem ao dia. Sua desconfiança é ainda maior ao saber que o grande alvo da contra-cultura, aprova a comemoração. "A Rainha oferecendo a 2016, o Ano do Punk, sua benção oficial é a coisa mais assustadora que já ouvi", diz.

O artista inglês Jamie Reid foi quem criou o mais icônico single da era punk: uma imagem da Rainha feita pelo fotógrafo Cecil Beaton estilizada pelo anarquista

De fato é realmente estranho quando se conhece a história da subcultura. Foi na Inglaterra que o Punk se aliou de vez com a política pois o país enfrentava uma recessão econômica que afetava diretamente a classe operária. Os jovens estavam desempregados e sem visão de futuro, enquanto os ricos comemoravam o Jubileu de Prata da Rainha Elizabeth II com grande ostentação. O No Future era uma realidade amarga e assim o Rock e o Anarquismo surgiram como uma luz no fim do túnel. Anti-monarquistas assumidos, uma afronta na época, transformaram a Família Real na fonte de deboche deles. 

Na imagem de 1977, Debbie Juvenile, tentando levantar Vivienne Westwood caída no chão, e outros punks sendo presos na festa que os Sex Pistols promoveram ao single "God Save the Queen" no mesmo dia que Londres comemorava o Jubileu de Prata da Rainha.
Via Daily Mirror

Interessante é que Corré enxerga pontos semelhantes entre 2016 e 1976 (ano em que o punk explodiu). "Um mal-estar geral tem estado agora entre o público britânico. As pessoas estão se sentindo adormecidas. E com o adormecimento vem a complacência. As pessoas não sentem que eles têm mais uma voz. A coisa mais perigosa é que tenham parado de lutar por aquilo que acreditam. Desistiram de correr atrás. Precisamos explodir toda essa merda mais uma vez", declara. 

Joé que criou a marca Agent Provocateur, convoca que outros também o acompanhem e destruam suas coleções no dia da comemoração. Não sabe ao certo se ele realmente terá coragem de queimar, afinal é um acervo histórico. Talvez seja só uma atitude extrema para resgatar o questionamento de uma ideologia perdida por sua cooptação. "Fale sobre a cultura alternativa e punk sendo apropriada pelo mainstream. Em vez de se falar num movimento de mudança, o punk se tornou a porra de uma peça de museu ou um ato de tributo.", desabafa. 


 ***

A fala de Joe é uma boa deixa pra gente refletir
sobre nossa própria relação com a cultura alternativa, com o desrespeito à história das subculturas, com a venda de suas estéticas
amenizadas pelo mainstream e até mesmo sobre o desinteresse da geração jovem por culturas de rebeldia. O legado da estética punk é tão grande que vai de pulseiras-gargantilhas de spikes, harness/arreios, mistura de estilos diferentes num mesmo look, customização, maquiagem exagerada... quem nunca fez uso desta herança, não é mesmo? 
Embora tenhamos muitos artigos sobre a apropriação das subculturas pelo mainstream, deixo aqui alguns que consideramos mais aprofundados, quem se interessar, é só dar um clique:
- Subculturas Alternativas: Elas Ainda Existem? (Parte 1)
- Subculturas Alternativas: A Monocultura (Parte 2)
- Subculturas e o conceito de individualidade (parte 1) - A liberdade de escolha! 
- Subculturas e o conceito de individualidade (parte 2): A autenticidade é uma moeda poderosa.
- Subculturas e o conceito de individualidade (parte 3): O revivalismo nostálgico 
- "O Heavy Metal é muito mais do que uma estampa em lojas de departamento"
- O que é Gótica Suave e porquê este estilo (ou termo) incomoda os góticos?



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14 de março de 2016

Rocking Horse Ballerina: o clássico de Vivienne Westwood é lançado no Brasil

Vivienne Westwood acabou de lançar em parceria com a Melissa, uma nova versão do seu clássico sapato Rocking Horse Ballerina em comemoração dos 30 anos deste calçado! Isso mesmo, balzaca total!
Saia de tule e meia arrastão para as bailarinas punks!

Calçado icônico
Enquanto os anos 1980 pediam ombreiras gigantes e quadris estreitos, Vivienne foge à regra e cria em 1985 uma coleção com silhueta inspirada no balé, chamada "Mini Crini" - referência à crinolina, armação de aros das saias femininas da Era Vitoriana. A coleção trazia também muitas saias de tule, corselets com referência histórica, corsets, roupas de empregada francesa preto e branca (lembravam vestidos Lolita) roupas tradicionais inglesas e referências à monarquia, um tema que ela é obcecada. Assim, saias armadas passam a ser usadas em editoriais de moda e as subculturas punk e gótica também pegam carona nesta estética, reproduzindo-a a seu modo. O Rocking Horse Bailarina, surge nesta coleção.

Rocking Horse Ballerina em 1985


A versão recém lançada da Melissa
Mas antes que você diga "Putz! Que calçado feio e caro!" convidamos vocês a lerem nosso post sobre o que é Moda Conceitual, mas dou a seguinte resumida: moda conceitual são peças focadas em design e conceito e não necessariamente em vendas, acabam sendo mais caras sim por causa do trabalho intelectual. Mas ser conceitual não significa que não possam ser usadas, isso vai do estilo de cada um. Que curte moda conceitual costuma gostar também de moda alternativa e consegue produzir visuais exóticos ou ousados. E misturar peças conceituais com peças comerciais pode dar aquele "up" no look, saindo da mesmice. Aliás, como escrevemos aqui, outras peças da Vivienne tem essa pegada artística e provocam bastante furor por onde passam.

Numa rápida visita ao site Tokyo Fashion vemos um pouco do street style japonês e como eles usam esse calçado acompanhando estilos visuais muito variados. Na verdade, uma busca na web por looks com o acessório, dá pra perceber que muita gente que o usa tem visual alternativo. Aliás, no nosso país, a gente SOFRE pra encontrar calçados exóticos né? E curiosamente as parcerias da Melissa tanto com a Vivienne quanto com outros designers (ex: Gareth Pugh, Zaha Hadid) tem se revelado um dos caminhos pra quem gosta de calçados excêntricos.


Desta vez, comparando com os gringos a gente se deu bem. O preço dessa Melissa grifada está em torno de R$350,00; uma Rocking Horse Ballerina lá fora custa 315 euros! Vivienne já declarou que criar peças de qualidade e com preços acessíveis é o que a entusiasma na parceria com a Melissa.


Olha só quanta história esse calçado tem! :D

E quem comprar pode fazer parte do legado da Rainha do Punk.
 



Artigo das autoras do Moda de Subculturas. Compartilhar e divulgar é permitido, sendo esta a forma mais justa de reconhecer e agradecer nosso trabalho.
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. Plágios serão notificados a serem retirados do ar. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, linke o artigo do blog como respeito ao direito autoral do nosso trabalho (lei nº 9.610).

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11 de março de 2016

Brittany Howard e a nova geração de mulheres no Rock

E se há algum tempo temos levantado no blog a questão da falta de cantoras de rock com atitude no cenário atual, é sempre bom lembrar que nem tudo está perdido. Como escrito no post da Kim Gordon, existem exceções, e uma delas se chama Brittany Howard.


Brittany é vocalista e guitarrista do Alabama Shakes, uma banda americana formada em 2009. O primeiro álbum, Boys & Girls, trouxe o grupo ao Brasil no Lollapalooza de 2013. Foi ali que muitos conheceram a voz brilhante, com aquela potência tão amada do rock n' roll. Lá estava ela no palco, tocando guitarra, expressando sua face com diversos trejeitos enquanto cantava. Era evidente que o som ecoava de sua alma, não era um show atrás de dinheiro.
"Sempre me senti fora do lugar. Eu não era uma criança descontraída, mas também não era nerd. Tive problema em encontrar o meu lugar. Mas quando encontrei a música, eu tinha um lugar para mim." 

De fato Howard não é a única artista que faz performances impactantes atualmente, porém o que a difere das demais é o espaço que vem conseguindo conquistar no mainstream, uma enorme barreira quebrada pelo seu talento. No último Grammy, o álbum Sound & Color, de 2015, fez o Alabama Shakes ganhar quatro prêmios. O single "Don't Wanna Fight" levou o de Melhor Música do Rock e Melhor Performance de Rock, consolidando de vez os caminhos da banda na grande mídia.



É difícil definir qual o gênero musical deles, nem os próprios integrantes sabem direito. Um mix de Rock, Folk e R&B. Em entrevistas, Brittany revela ter diversas influencias: Elvis Presley e músicas da gravadora Motown. Quando comparam sua voz com a de Janis Joplin, ela discorda e disse acreditar soar mais com a do falecido Bon Scott, do AC/DC. Foi por uma professora do ensino médio que a cantora descobriu que mulheres poderiam tocar guitarra elétrica. "Se ela pode fazer, eu também posso", declarou ao NY Times.

"Eu era uma criança estranha. Eu ainda sou estranha. As pessoas não me compreendiam. E não esperava que me compreendessem."

Além do vozeirão, no início as apresentações de Brittany eram marcadas por um figurino simples, com roupas do dia a dia, sem aquela pompa tão comum em shows. O que é bem interessante pois o foco ficava totalmente na execução, elevando-o ainda mais. Porém hoje, nota-se um olhar voltado ao visual, inclusive sendo repaginado por ajuda de profissionais de moda. O cabelo é o que mais modifica, talvez vire uma marca registrada junto com os óculos de grau.

A evolução do estilo

Repaginada: com e sem produção de moda

Em entrevista a Rolling Stones, declara sua admiração por David Bowie e Bjork. Nas respostas fica evidente o total entendimento na união de moda e música na carreira de um artista. Isso mostra que a evolução estética de Brittany está só no começo e provavelmente passará por desenvolvimentos futuros. O que é um máximo já que ela passa por cima de vários esteriótipos!

Liso, crespo, black power, raspado, descolorido...
as mudanças capilares estão virando a marca da cantora

Com a hair stylist do salão Cha Cha Beauty & Barber, Robyn Trentham, que fez um corte denominado "Elvis-encontra-Rihanna"

Possui predileção por abordar uma estética conceitual, vide a parceria com a estilista Christian Joy

Mesmo tocando para grandes plateias, Howard não perdeu a veia alternativa ao querer se apresentar em locais pequenos para um público underground. Em 2015, o projeto Thunderbitch chegou com um álbum de dez músicas e uma Brittany bem diferente do que se encontra no Alabama Shakes, tanto em sonoridade quanto visualmente. Saem os tons coloridos e entra uma aparência dark, com looks completamente pretos. Por pouco não se a reconhece! A versatilidade é outra forte característica sua. 



Nesse trabalho paralelo, Brittany surge o oposto do que a conhecemos

Thunderbitch mostra que por mais sucesso que se alcance, duetos com Paul McCartney ou Prince, apresentações ao Presidente dos EUA, Brittany não quer perder sua paixão pela música, aquele prazer em criar e de experimentar novos conceitos. Como disse a Newsweek: "mesmo que ninguém se importe, eu continuarei fazendo música." 

Quem ainda não conhece esse talento vai ter agora a oportunidade com a vinda deles ao festival Lollapalooza, que ocorre no finde semana. Fiquem ligados!




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9 de março de 2016

"Punk" desconstruindo peças clássicas no desfile de Alexander Wang Fall 2016

Andava com saudade das análises de desfiles mainstream com referências subculturais por aqui, então por hora resolvi voltar a postar. Não falo daquela modinha descartável de lojas de departamento, na verdade, os grandes estilistas estrangeiros estudam muito e tem plena consciência do uso de símbolos subversivos em suas coleções. Acho que sendo um blog que trata com seriedade esse assunto aqui no Brasil, não podemos simplesmente ignorar o fato. E foi pra isso que esse blog nasceu né? Pra mostrar como a estética alternativa é muito mais importante do que muitos julgam, inclusive pessoas da área de Moda que insistem em ignorar a importância social das subculturas e pior ainda, espalham informações erradas por aí. É um tapa na cara dos profissionais da moda brasileira ver que lá fora estão pipocando eventos e exposições sobre subculturas e sua importância e aqui... nada! Continuamos na luta, quem sabe um dia nos reconheçam.

Quando bati o olho neste desfile de Alexander Wang, logo me veio a ideia de que "Chanel se encontrou com o punk"! :D
E sinceramente, eu adorei! Porque Chanel vende aqueles taillerzinhos clássicos, certinhos [tipo isso] e o punk desconstrói a caretice. Sabe aqueles programas de "mude meu look" em que transformam o visual alternativo em visual "normal"? Com esse desfile, dá pra ver que é possível sim um alternativo não eliminar o lado "subversivo" de seus looks, basta usar peças que passem essa mensagem através dos detalhes.


 Clique nas imagens para vê-las maiores.

Sobrancelha descolorida, franjinha curta, colar de correntes... bem punk né? Chamo a atenção para a gargantilha, presente na maioria das modelos, a peça fecha como se fosse um cinto.
Cabelinho ruivo curtíssimo + sobrancelhas descoloridas = ♥ ♥

Me digam se isso não tem um jeitinho de tailler Chanel desconstruído? :)

Aproveito pra fazer uma revelação: eu adooooro esse tecido que é tipo uma lãzinha nesse xadrez preto e branco, mas nunca encontrei peça com esse tecido que eu gostasse pra comprar, só peças "nhém". Mas bati o olho no conjuntinho com minissaia e no vestido e comecei a desejá-los profundamente, não me escapa ao olhar os detalhes em couro(?) com fivelas e argolas e os detalhes de metal. E os coturnos? E a bolsinha preta? Adoro bolsas assim, pequenas e com studs cinza escuro.


Toda punkzinha de blusão de pêlos pretos, franjinha e cara de tédio.

Transparência, saia de pêlos estampada de folhas de Cannabis com fivelinha com argolas; gargantilha e bolsinha preta com studs.

Vocês já devem ter visto lojas alternativas vendendo peças com estampa de cannabis, mas observem que pegada mais glamourosa (rsrs!!) as folhinhas recortadas em renda preta! 

Observem nesse vestidinho preto básico as pequenas argolas que unem os ilhóses abaixo do busto, assim como a corrente que junta parte de cima e de baixo na cintura.


E vamo que vamo que em breve tem mais análises ;)

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8 de março de 2016

Os Corsets da Balmain (fall 2016)

Acredito que muitas aqui adoram corsets. Também temos várias corsetmakers alternativas no Brasil. No mais recente desfile da Balmain, vi peças interessantíssimas que, quem sabe, podem servir de inspiração pra quem trabalha com criação. Ou podemos ficar só na admiração.

Clique pra aumentar as fotos e poder ver os detalhes das peças.

Este vestido super estruturado, tem tiras pretas em fita de veludo
que lembram o caminho das barbatanas num corset.


Assim como na peça acima, essas saias armadas com fechamento em colchetes criam uma silhueta artificial de cintura fina e quadris largos, o tipo de formato que os corsets provocam no corpo feminino. Elas me lembram as cintas de compressão muito usadas na década de 1950 - vocês podem ver algumas delas nesse nosso post.




E não apenas as peças "encorsetadas"  me chamaram a atenção mas também a estrutura dessa blusa, cujas tiras pretas remetem à barbatanas (sem citar toda a luxuosidade da saia... uma obra de arte!)




Vocês com certeza devem lembrar do post onde falamos da volta dos pelos sintéticos. Essas saias peludas tem uma amarração frontal que imita a amarração traseira de um corset mas com colchetes de lingerie. A peça rosa quatzo é usada por cima de uma blusa que tem também a estrutura da lingerie feminina chamada corselet, comum na década de 1950. Aliás, rosa quartzo e azul serenidade (serenity) são as cores de 2016. Já vemos inclusive em peças de marcas alternativas no exterior.




Muito luxo no vestido abaixo!
Há de se observar também a presença de botas que vão até a coxa, uma tendência de inverno.

Se você curte corsets e quer saber mais sobre a história dessa peça, indicamos este livro The Corset, de Valerie Steele, você pode encontrá-lo aqui. Já escrevi um post inspirado no conteúdo deste livro: Uma breve história do corset, seus mitos e controvérsias.
Vai ter mais um pouquinho dos destaques dos recentes desfiles por aqui. Tem bastante coisa pra se inspirar ou com referências alternativas/subulturais ;)

Fonte das fotos: Vogue



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