Destaques

16 de abril de 2016

O irreverente desfile de Jeremy Scott


Embora muitos critiquem a moda da década de 1980, é inegável que referências àquela década tem aparecido com mais destaque recentemente. E isso vai desde maquiagens em cores fortes (olhos e boca), assim como referências clubbers e até mesmo na silhueta da época.
Hoje o desfile apresentado é o do coloridíssimo Jeremy Scott, que faz moda irreverente pra todo mundo que adora se divertir com a moda. Um desfile cheio de referências do século XX, que vão de pitadas de corrida espacial, club kids, cartoon, surrealismo e as cores fortes e vibrantes da já citada década de 1980.


A sobriedade da cor preta é quebrada com a estampa de onça verde e um cintão. Reparem na bolsa em formato de cachorro (também verde), lembram-se de nosso post sobre bolsas irreverentes?


A diversão começa com as estampas que remetem à música, como guitarras e notas musicais. Muita referência aos anos 1960, embora minissaias também fossem super comuns na década 1980, eram o uniforme das meninas do hard rock assim como as meias arrastão.


Um tempo atrás anunciamos a volta dos tons metálicos e do plástico transparente. No desfile, saia e calça metalizadas e botas em plástico.


Olhem a estampa do vestido abaixo: são cabelinhos coloridos desenhados para bonecas de vestir de papel! Na minha infância boneca de papel não trocava cor de cabelo, só roupas haha! :D
Eu estou babando por esses vestidos e essas botas!!  ♥

 
 

Jeremy Scott é uma amostra de estilista que faz uma moda alternativa colorida e divertida. O legal é desmistificar isso que alternativo só usa preto. Não, não usa. Existem diversas formas de auto expressão estética e é bom saber que a moda alternativa abraça todos os tipos de gostos! Espero que tenham se divertido também ao ver as fotos do desfile. E não deixem de comentar!
Quem quiser ver mais desfiles - nem todos a gente consegue postar aqui no blog, nosso TUMBLR está atualizado e diretão jogamos imagens e mais destaques da passarela do outono-inverno 2016.


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13 de abril de 2016

Dica: Opções de blusas com estampas irreverentes pra quem não usa só preto!

Não dá pra cair na besteira de pensar que moda alternativa se resume somente ao uso da cor preta. Diversas subculturas usam cores e vários segmentos da moda alternativa também. Ninguém é "menos alternativo" se não usar preto. O uso ou não de uma cor é escolha individual.

edward scissorhands guitarra

Pensando nisso e pensando no streetwear do dia a dia, hoje vim dar dicas de algumas blusas da loja Camiseteria que as estampas tem a ver com o mundo alternativo. A Camiseteria ficou conhecida por sua parceria com jovens ilustradores, sendo uma oportunidade para desenhistas e designers gráficos.
Se você curte desenhar e quer ter a oportunidade de ver uma criação sua estampada por eles e sendo vendida pelo site, acessem o link do concurso que explica detalhado como funciona, inclusive a porcentagem de dinheiro que você irá receber por venda de camiseta. Legal né? Pode ser uma forma profissional de você iniciar seu portfólio. O banner da loja tá ali na lateral do blog e sempre que quiserem acessar a loja e comprar algo, é só clicar nele.

Para fãs de Johnny Depp: Edward roqueiro e Chapeleiro Maluco.
edward mãos de tesoura - chapeleiro maluco


Para os fãs de Sex Pistols/Sid Vicious e fãs de Bowie
sid vicious - david bowie

Pra quem gosta de cultura pop: o monstro Frankenstein tatuado e com ar retrô, Mulher com gato e caveira e a Mulher Gato também desenhada de forma antiguinha e fazendo o símbolo do feminismo "We can do it" com um chicote na mão rsrs!
Lembrando que é possível escolher se a camiseta será masculina ou feminina e escolher o modelo dela (longa, gola V e regata).

frankenstein retrô - mulher e caveira - mulher gato retrô feminista

E por fim, quem curte um pouco de referência histórica da moda: garota vitoriana/burlesca e uma flapper (moças rebeldes e avançadas) dos anos 1920 com um pau de selfie, caindo também no conceito de retrofuturimo que abrange Dieselpunk e Steampunk.

vitoriana burlesca - flapper anos 20


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8 de abril de 2016

O mangá Nana (de Ai Yazawa), Vivienne Westwood e o Punk

O post de hoje pode ser direcionado às Otomes (meninas que curtem mangás), assim como aos admiradores da Vivienne Westwood e do punk. Mas como a estilista se interliga de forma tão importante aos seguidores de Harajaku, dos mangás e do conteúdo asiático? E o que uma quadrinista de mangá pode nos oferecer de tão grandioso?
*Guest Post de Malú Mairy
 
NANA manga


A japonesa Ai Yazawa é uma Mangaká (quadrinista de mangás) e amante da subcultura punk. Isso é tão nítido, que posso citar várias obras dela que sem dúvida vão abordar elementos de moda alternativa. O mangá ParaKiss (Paradase Kiss) por exemplo, desenvolve-se num ambiente completamente exposto de moda, onde mostra tanto o cenário punk, o gothic lolita, quanto o mundo das Drag Queens que, curiosamente, se passa em uma escola de moda! O enredo é desenvolvido em cima de personagens que precisam de uma modelo para protagonizar uma campanha com fortes inspirações no punk (uma coleção de ateliê que necessita ser apresentada no TCC da escola de moda).



Além dele, em seu mais recente trabalho, Yazawa fez parceria com a fabulosa Courtney Love. O roteiro não é dela (Yazawa), mas podemos desfrutar de seu design nos personagens da obra. Temos um mangá maravilhoso com todos os seus traços, da qual a publicação leva o nome de "Princess Ai" e foi lançado entre 2004-2006 contando a história de uma princesa que veio de outro mundo e acabou parando na Terra, mais especificamente no Japão. O mangá contém 3 volumes e é de co-autoria de Courtney Love, Ai Yazawa, Misaho Kujiradou e Stu Levy.


Agora, a parceria de amor entre Ai Yazawa e a nossa mamãe punk Vivienne Westwood!
Em seu trabalho mais popular, NANA-mangá josei/shoujo (josei é um gênero adulto/shoujo é um gênero direcionado à meninas) lançado no ano de 2000, Vivienne é basicamente a inspiração principal na indumentária da Nana Osaki (protagonista da obra), porém, posso dizer que todos personagens do mangá tem um pouco dela.

Sinopse do anime/mangá NANA: 
Duas garotas chamadas Nana se encontram em um trem rumo a Tóquio por acaso. Depois de uma série de coincidências, elas acabam vivendo juntas em um apartamento de número 707 ("nana" significa "sete" em japonês). Apesar de terem personalidades e ideais diferentes, as duas acabam se tornando amigas "por obra do destino".

Figurino do desenho inspirado nas criações da estilista 


É impossível não notar referências da designer, é tão forte que um dos arcos importantes da história mostra claramente o símbolo da sua marca, que aparece no isqueiro de Shin (um dos personagens coadjuvantes que toca na banda punk da Osaki), e também surgindo várias vezes em seu arco com a Reira (vocalista de outra banda punk em que um de seus integrantes é o ex companheiro da Osaki, "ren").



Uma das melhores cenas do mangá é quando as "NANAS" se conhecem. A Nana Komatsu está indo para Tóquio atrás de seu amor que passou na faculdade de artes, e ao entrar no trem bala - praticamente lotado - avista um assento vazio em que uma mulher com aparência de um "ídolo do rock", de cílios longos, está sentada. Esse lugar vago é ao lado da outra Nana (Osaki), e ambas só descobrem seus nomes similares depois de muita conversa jogada fora, é então que a Komatsu nota o famoso anel da Vivienne e cria um diálogo superbacana em volta da estilista.

trem

A história pega tanta influencia na cultura alternativa que o casal mais famoso do mangá segue fortes inspirações em Sid e Nancy, onde ligeiramente criam-se cenas em que ambos citam o "amor louco" do polêmico casal. 
E por falar em "Nana e Ren" (Nana Osaki e Ren Honjo) - casal da foto acima - é impossível não citar a indumentária dele! A primeira coisa que podemos notar, além de seu cabelo punk "Sid Vicious", é seu colar cadeado. O acessório virou uma sensação entre os fãs do mangá na época. Tornou-se raro encontrá-lo e nem sempre seus preços são acessíveis. O cadeado é estampado com um R de ren (lótus em japonês), e foi-lhe dado como presente/laço de amor pela Osaki. É outro arco muito bacana entre os dois que vale a pena ser conferido tanto no mangá quanto no anime, e não só pela inspiração "Sid Vicious" mas pelo amor que se cria em volta dos personagens.

sid vicious

Sobre a linda parceria entre Vivienne + Yazawa, nada mais justo do que citarmos o famoso "Rocking Horse Ballerina". Pensou que era um ícone à toa para os japoneses? A famosa sandália assinada por Vivienne é um item ESSENCIAL para a vestimenta da Nana Osaki, ela usa em vários momentos e ele é sempre apresentado como um forte adereço em seus looks. O calçado é tão icônico da personagem, que quando a Melissa decidiu trazer para o Brasil em homenagem aos seus 30 anos, o público que mais comemorou foi justamente os fãs do mangá! (e eu, claro.)

rocking horse ballerina

Se interessou e ficou curioso pra conferir essa união mais a fundo? É possível encontrar os mangás em várias bancas/livrarias de todo o país, e ele está em seu 21° volume. O anime chegou a ser publicado até seu 47° episódio e encerrou-se por aí. É que para nossa infelicidade, tanto o anime quanto o mangá, foram paralisados por conta de problemas de saúde da Ai Yazawa. Enquanto exaltamos todo o seu legado e contribuição para o cenário punk mundial, ficaremos na torcida por sua recuperação! Mas a notícia boa é que temos essa maravilhosa parceria da Vivienne + Melissa trazendo a Rocking Horse Ballerina para nos aproximar um pouquinho das NANA's!
Com todo esse currículo, já podemos eleger a Ai Yazawa como a mangaká queridinha dos punks, não é?




Imagens: reprodução
Artigo Guest Post de Malú Mairy para o Moda de Subculturas. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. Plágios serão notificados a serem retirados do ar. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, linke o artigo do blog como respeito ao direito autoral do nosso trabalho (lei nº 9.610). Compartilhar e divulgar é permitido, sendo esta a forma mais justa de reconhecer e agradecer nosso trabalho.


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6 de abril de 2016

Framed Horror: pôsteres e canecas de ícones clássicos do terror!

Pra quem não sabe a loja Framed in Blood é parceira aqui do blog, e sua proprietária, a fotógrafa Sookie le Mort também é! O resultado dessa parceria com a Sookie é um cupom de desconto cujo código é MODASUB para quem quer começar um book de modelo alternativa e fazer uns ensaios (ou qualquer outro tipo de trabalho fotográfico) com 35 fotos editadas. Basta contatar a Sookie e mandar pra ela nosso código que você ganha 3 quadros impressos com arte exclusiva da marca. Elas serão entregues no seu ensaio. Para contatar o trabalho fotográfico é só enviar um email para: framed_in_blood@yahoo.com.br
Os banners da Framed in Blood loja/fotografia estão na lateral direita do blog e vocês podem sempre acessar clicando neles.

Estes dias foi lançada a nova coleção da marca, chamada Framed Horror, que ficou um título bem apropriado já que "Framed Horror" pode ser traduzido como "Horror  Emoldurado". São prints de alguns dos maiores ícones do terror como Vampira, Elvira, H. P. Lovecraft, Pinhead, Poe, Nosferatu e até nosso Zé do Caixão! 
Os pôsteres tem impressão de altíssima qualidade no papel Premium PhotoMatte 260gsm e laminação fosca. Disponível em 3 tamanhos diferentes pra você decorar sua casa, quarto e até estúdios de tatuagem, bar ou loja.


Além dos pôsteres, tem as canecas! Já pensou fazer uma coleçãozinha?? ♥ ♥ ♥
As canecas são em cerâmica premium com alça anti-térmica e capacidade para 300ml. 



Pra evitar o desperdício de material, a produção é sob encomenda, então demora uns diazinhos pra ficar pronto, tudo bem explicado na loja. Sookie também me mandou um jogo da memória com os ícones de terror! Muito legal!!  :D
E vamos continuar apoiando os pequenos empresários alternativos! 
Cliquem aqui pra acessar a loja e, querendo uma sessão de fotos, usem nosso código MODASUB pra ganhar os prints! 

P.S: A Sookie tá com uma enquete pro lançamento do calendário pro ano que vem, vote nos seus personagens preferidos AQUI.



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5 de abril de 2016

Psicose: o clássico livro de suspense de Robert Bloch

Acredito que muitos devem conhecer uma famosa cena do filme Psicose, onde uma cortina se abre e uma moça grita, enquanto vemos a sombra de uma pessoa empunhando uma faca acompanhada de uma perturbadora música estridente.
O filme, dirigido por Alfred Hitchcoch é de 1960, na época, o cineasta comprou os direitos autorais do livro homônimo e recolheu-o do mercado para que as pessoas não o lessem e soubessem do final do filme. E é sobre o livro, escrito por Robert Bloch e lançado em 1959 que vou falar hoje. O autor se inspirou no caso do serial killer Ed Gein, obcecado por cadáveres e pela própria mãe, para escrever essa história.  A última vez que o livro Psicose foi lançado aqui no Brasil foi em 1964! A DarkSide Books agora trás a obra literária ao acesso de toda uma nova geração (e velhos fãs).


Onde Comprar?
Alguns links abaixo tem desconto, aproveite! :)
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Psicose conta a história de Norman Bates, um homem na faixa dos 40 anos, tímido e solitário que vive à sombra de uma mãe dominadora. 
"A verdade é que lhe falta iniciativa. Nunca teve a menor iniciativa, não é, garoto? Nunca teve a iniciativa de sair de casa. Nunca teve a iniciativa de arranjar um emprego, ou de se alistar no Exército.
Nem mesmo de arranjar namorada..."

Norman vive numa pequena cidade na Califórnia, administra o Motel de beira de estrada que leva seu sobrenome e mora numa casa na colina ao lado da hospedaria.
Paralelo à história de Norman Bates temos Mary Crane, uma mulher na faixa dos 30 anos que viveu uma vida de privações e muito trabalho. Mary vive com a irmã Lila, trabalha num escritório e tem um relacionamento à distância com Sam Loomis, um pequeno empresário que deve muito dinheiro à seus credores. Loomis diz que só se casará com Mary no dia que ele pagar todas as suas dívidas, pois não quer que o relacionamento deles seja prejudicado pela falta de dinheiro. Ele crê que em dois anos consiga pagar tudo o que deve e aí sim, pedir Mary em casamento.
Numa determinada sexta feira, Mary fica com a responsabilidade de depositar 40 mil dólares em dinheiro de uma transação imobiliária e ali vê a possibilidade de se apoderar do dinheiro e entregá-lo a seu namorado, podendo ele quitar as dívidas e se casar com ela o mais breve possível. Alegando dor de cabeça, ela consegue sair mais cedo do trabalho, pega o dinheiro e parte de carro, atravessando alguns Estados para ir ao encontro do namorado que nada sabe sobre sua decisão. 


Mary passa um dia viajando por uma estrada alternativa à principal, até que na noite tempestuosa decide parar na beira de estrada se hospedando no isolado Bates Motel sob um nome falso.


Lá, Mary Crane conversa e janta com Norman Bates e ouve dele reclamações sobre sua mãe dominadora e sua vida triste e solitária. Ela então sugere à ele que interne sua mãe, o que o magoa profundamente. 

Mary Crane: "O senhor é um homem adulto. Com certeza compreende que não se pode esperar que se comporte como criança pelo resto da vida (...) e se a mandasse... para uma instituição?
Norman Bates: "Ela não está louca!"

Um pouco atordoada pela conversa e com dor na consciência por ter pego o dinheiro, Mary se arrepende e decide que voltará para casa e entregará o dinheiro ao banco. Mas naquela noite no hotel, ela é assassinada. E nos vem à mente aquela famosa cena no chuveiro com aquela música perturbadora. Seu corpo então, é desovado e as pistas de sua presença no local são limpas.


Na semana seguinte, o escritório onde Mary trabalhava nota a ausência da funcionária e do dinheiro e coloca um investigador particular em seu encalço. Ao mesmo tempo, preocupada com o sumiço da irmã, Lila Crane parte para o interior da Califórnia atrás de Sam Loomis na esperança de que Mary esteja com ele. A partir daí, a trama parte para descobrir sobre o desaparecimento e assassinado de Mary e a responsabilidade dos Bates sobre isso.

Não vou prosseguir pois vai se tornar spoiler, mas a leitura é rápida e fácil, com reviravoltas intrigantes, seguindo sem enrolações de forma bem dinâmica. Garanto que o final é muito surpreendente ainda mais quando pensamos que é uma obra publicada na década de 1950! Pra evitar mais revelações, vou falar da publicação!


Psicose - Limited Edition

O livro saiu em duas versões, uma capa branca em brochura e a Limited Edition de colecionador com uma capa preta meio "aveludada", letras em vermelho vibrante e páginas com um lindo design gráfico com cenas do filme.




Sei que muitos já assistiram ao filme, quem não viu ainda eu não recomendaria que vocês vissem o filme antes de ler o livro por mais que eu adore Hitchcock! Um livro sempre nos abre as portas para as coisas que o autor escreve e descreve, dando asas à nossa imaginação. E um filme já te dá uma cena pronta, com pessoas de características físicas que nem sempre batem com a do livro e daí quando você ler o livro vai teimar em associar com os cenários dos dos filmes... Então, passem na DarkSide, acessem os links de venda e conheçam a obra como Robert Bloch a idealizou e depois se esbaldem na obra cinematográfica também! ;D

"Todos nós ficamos um pouco loucos às vezes"


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4 de abril de 2016

As noivas macabras de Hu Sheguang (e o desfile "Cyborg" de McQueen)

Esses dias ocorreu a semana de moda na China e uma marca chamou muito a atenção na mídia: Hu Sheguang. O designer que é de origem mongol, fez um desfile super conceitual, onde todas as roupas eram vermelhas, mas naquela tonalidade bem vibrante. Os looks são bem excêntricos, com um toque de terror/macabro. 
* Para ver as fotos em tamanho maior, basta clicar nelas.

horns pvc
 
O mais estranho é que o tema da coleção é o casamento, e segundo ele, o uso da cor remete ao amor e ao tradicional vestido de casamento chinês. Marilyn Manson iria gostar do resultado!
  

"...peço sua mão em casamento..." 
red hands

O toque de terror, bizarro e macabro entra em splashs de sangue
nos cabelos e corpos das modelos.
red splash blood

Há de se observar, em todo o desfile, o uso do PVC, um plástico vinílico que se associa muito à roupas de fetiche. Na verdade, várias roupas tem referência ao fetichismo, como a máscara abaixo. Desde 2008 quando a estética heavy e black metal foi cooptada pelo mainstream, o fetiche tem sido tema recorrente em desfiles e editoriais de moda. Já tem um tempo que o vinil aparece no meio da moda e chegou a ter um pouco de popularidade entre as fashionistas de 2014 pra cá, especialmente em saias. Mas no Brasil essa tendência não parece virar moda, não sei se por conservadorismo ou por ser um material muito quente e um pouco inapropriado pro nosso clima...

red PVC
red PVC fetish

Laços gigantes, bolhas, pregas...tudo bem exagerado.
bowls


É a primeira vez que a gente faz um post do Hu Sheguang, porém no face do blog já havíamos jogado uma imagem de um desfile antigo. Não há quase informação sobre sua carreira, apenas de que estudou Design e Arte na Gerrit Rietveld Academia em Amsterdam, Holanda. Percebe-se claramente a escolha do curso no gosto dos modelos demonstrados na passarela. Inclusive esse desfile lembra muito a coleção CYBORG de Alexander McQueen. Ao pesquisar a carreira do costureiro, descobri que ele admira o trabalho do inglês. A memória não me veio à toa.

Coleção Outono/Inverno 1998 de Alexander McQueen.
A imagem icônica é nada menos que a top brasileira Shirley Mallmann. 

Debra Shaw e a versão do inglês do vestido de casamento

Veja a coleção CYBORG, inspirada em Joana Darc


A gente ama essa linguagem conceitual da moda não apenas por ter ligação direta com a estética alternativa, como já explicado aqui quanto porque adoramos e estranho e o bizarro! :D Devido a crise na indústria, as apresentações de moda têm sido cada vez menos teatrais e mais focadas no comercial, restam pouquíssimos estilistas de grande nome que utilizam-se dessa proposta atualmente. Então, saber que tal espírito criativo aflora em jovens designers nos faz ter a esperança de que ainda há gente que sonha na criação não se importando com críticas. Viva!



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