Destaques

19 de julho de 2016

8 livros da DarkSide Books para ter na sua coleção!

Como vocês sabem temos uma parceria muito legal com a DarkSide Books pra sempre que possível apresentar a vocês as publicações mais legais da editora. Os livros da DarkSide são projetos gráficos tão incríveis que automaticamente se tornam objetos de desejo colecionáveis. Separei 8 títulos entre livros lançados e em pré-lançamento e pra facilitar, já incluí os links para compra deles (alguns estão em promoção!). :D
Vamos lá! 

1. Confissões do Crematório - Lançamento dia 25/07
Segundo a DarkSide "Um livro para quem planeja morrer um dia" hahaha! O livro são relatos curiosos e engraçados da mortician Caitlin Doughty que ainda jovem conseguiu um emprego num crematório na Califórnia e "aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração". Segundo o release, Caitlin escreveu este livro diferente e leve sobre um tema ainda considerado pesado e tabu. Conta com fatos históricos, curiosidades, dia a dia de uma casa funerária e levanta questionamentos filosóficos sobre a vida e a morte de forma despretensiosa.
A moça tem um canal no Youtube chamado "Ask a Mortician", e sobre os tabus envolvendo a morte, afirma: “a ignorância não é uma benção, é apenas uma forma profunda de terror”. Esse sim é um livro de Youtuber que vale a pena ter! ;D

ONDE COMPRAR?



2. Evangelho de Sangue - Lançamento dia 25/07
Pinhead voltou!! Este livro conta uma história pré Hellraiser e promete revelar tudo sobre o universo dos Cenobitas. O Sacerdote do Inferno – conhecido por  nós como Pinhead é dos mais ilustres e famosos personagens do universo do terror. Nesta obra, o detetive Harry D’Amour investiga casos sobrenaturais, mágicos e malignos, além de lidar com seus demônios pessoais. Quando ele se depara com uma Caixa das Lamentações, seus demônios internos são substituídos por demônios de verdade, revelando uma história complexa, sombria e perturbadora.

ONDE COMPRAR?
O livro tá saindo do forninho da DarkSide e está em pré-venda nos links abaixo:
Saraiva
Americanas
Cultura
Travessa
Submarino 





3. Exorcismo
O filme de 1973, "O exorcista", causou histeria coletiva sem precedentes na história do cinema. Dirigido por William Friedkin, foi adaptado do romance que o roteirista Willian Peter Blatty lançara dois anos antes e que completa 45 anos em 2016.
Já o livro "Exorcismo", do jornalista Thomas B. Allen, narra em detalhes fatos que aconteceram em 1949 com Robert Mannheim, um jovem de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija e cuja história inspirou o filme clássico. O autor teve acesso ao diário de um padre jesuíta - seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. O design gráfico da publicação trás uma reprodução da tábua Ouija que pode ser jogada usando o marcador de páginas que funciona como o indicador móvel.

ONDE COMPRAR?
Fnac 
  


4. O Menino que Desenhava Monstros
A história está sendo adaptado para o cinema, dirigido por James Wan (de Jogos Mortais e Invocação do Mal). É considerada uma obra de literatura gótica, cujas características são o terror psicológico e o sobrenatural.
A obra de Keith Donohue conta a história de Jack Peter, um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes, desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há monstros embaixo de sua cama e que espreitam em cada canto. Não demora muito para que seu pai também comece a ver coisas estranhas e sua mãe passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto isso, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. O romance é um thriller psicológico que evoca o clima das histórias de terror japonesas.

ONDE COMPRAR?




5. Menina Má
Adoro esta história! É um suspense psicológico publicado originalmente em 1954 e virou filme em 1956 (com o nome de Tara Maldita em português). Rhoda, a pequena malvada, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha e sobre o seu próprio passado também. A cantora Lady Gaga disse que ler esse livro no colegial mudou a sua vida e não apenas isso, a história serviu de referência para outras obras de personagens psicopatas infantis clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, O Anjo Malvado, Aldeia dos Amaldiçoados, entre outros.

ONDE COMPRAR?



6. Os Condenados
É um livro de Andrew Pyper, autor do fenômeno "O Demonologista". Nesta obra, o personagem Danny Orchard passou por uma experiência de quase-morte em um incêndio há mais de vinte anos. Sua irmã gêmea, Ashleigh, não teve a mesma sorte. Mesmo depois de morta, Ash continua sendo uma garota vingativa e egoísta e se torna cada vez mais possessiva. A história explora a relação sobrenatural de amor e ódio entre os irmãos gêmeos.

ONDE COMPRAR?


7. O Circo Mecânico Tresaulti
A obra teve uma primeira edição e agora ganha uma versão de Edição Limitada de luxo. A história é sobre um mundo pós-apocalíptico onde as pessoas não tem mais acesso à tecnologias de ponta. Uma caravana circense leva esperança por onde passa. Os artistas são sobreviventes de guerra, que tiveram seus corpos mutilados reconstruídos com complexas estruturas mecânicas.

ONDE COMPRAR?


8. Ed & Lorraine Warren: Demonologistas (lançamento em outubro/2016)
Lançado originalmente em 1980 e até então inédito no Brasil, o livro é um dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. O casal, considerados os maiores investigadores paranormais de todos os tempos, foi retratado em filmes como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville.
Lorraine Rita e Edward Warren Miney são médiuns que oferecem ajuda espiritual aos possuídos e atormentados. Nesta obra, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro, tanto que foi fonte de inspiração para Vera Farmiga, atriz que interpreta a Sra. Warren no cinema, e é livrro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle).

ONDE COMPRAR?
A obra será lançada apenas em outubro, mas fica a dica enquanto
colocamos moedinhas em nossos cofrinhos! :D 




Dicas de leitura DarkSide:

E vocês, já leram algum dos livros citados? 


Acompanhe nossas mídias sociais:
 

15 de julho de 2016

Garotas do Hi-Hat: primeiro encontro de mulheres bateristas

Hi Hat Girls Magazine é a primeira e única publicação sobre mulheres bateristas da América Latina. Criada em 2012, online e gratuita, a revista é colaborativa e produzida através do trabalho voluntário de bateristas espalhadas por todo o país. Uma equipe engajada, experiente e consciente do poder transformador da música.

> Leia gratuitamente a revista clicando aqui!

Em 2016, a Hi Hat Girls Magazine ultrapassa o mundo da internet e realiza pela primeira vez encontros físicos, os "Garotas do Hi-Hat!", sendo o primeiro encontro promovido por mulheres bateristas no país!

Jully Lee, baterista de Metal e professora do instrumento é presença confirmada.

Com data marcada em São Paulo (16/07) e no Rio de Janeiro (23/07), os eventos irão discutir temas relevantes acerca do universo da bateria e sobretudo, sobre a inserção da mulher na música em diferentes frentes de atuação.

As musicistas Julie Sousa, Cris Ribeiro, Emília B. Rodrigues e Sista Wolff

Entre as atividades serão realizadas oficina de conhecimentos básicos de bateria, pocket-workshop e roda de discussão e inspiração com mulheres atuantes em várias áreas da música, pesquisa e produção cultural. Ao final do evento, será realizada uma jam session aberta a quem quiser tocar o instrumento.

Lary Durante e Paula Padovani

É um enorme prazer divulgar a iniciativa no blog. No documentário Hit so Hard, sobre a baterista americana Patty Schemel (confiram o post aqui), é enfatizado a questão da falta de incentivo as mulheres seguirem nessa carreira musical. Portanto, ver tal mobilização para o desenvolvimento da arte no Brasil, só nos faz torcer para que o projeto cresça e consiga percorrer outras capitais do país.



Confira as datas e horários de cada cidade:

São Paulo


Rio de Janeiro


Assim como as edições da revista, os eventos são gratuitos e possuem classificação livre. :D

“Ser mulher baterista é quebrar parâmetros, é ter atitude, é poder mostrar a todos que podemos ser exatamente aquilo que a gente é!”
Lucy Peart, baterista da banda Punkake


Acompanhe nossas mídias sociais:
Instagram ☠ Facebook ☠ Tumblr Pinterest  ☠ Google +      

13 de julho de 2016

Queen of the Angels: Coleção MoonNine + Cupom de Desconto

O Rock foi o estilo musical que me colocou dentro da cultura alternativa e moldou todo o meu lifestyle. Mas às vezes, visitando lojas alternativas, tenho a impressão que o rockwear está desaparecendo. Tudo agora é "muito gótico" e lógico, eu também amo gótico, mas às vezes sinto falta de ver aquela coisa mais roqueira: um visual que passa uma atitude desafiadora com "couro" e spikes mas que ao mesmo tempo seja elegante.
Eu fiquei bem feliz de ver essa nova coleção de inverno da Queen of the Angels que acabou de ser lançada. Ela está cheia de referências rock n roll mas com um estilo mais sofisticado e adulto.



Pra quem não conhece, a Queen of the Angels é uma loja alternativa que cria, fabrica as próprias peças e investe conceito de Slow Fashion, produzindo poucas peças de cada modelo, sem desperdício e com proximidade com o cliente.
É uma loja pequena mas com muito potencial, pois criam peças autorais desde o início! Temos que celebrar quando coleções autorais são prioridade ao invés de importações de baixa qualidade ou cópias e mais cópias de produtos de outras lojas. Claro que os preços acabam sendo um pouco mais altos pois, como estamos cansados de saber, os impostos em nosso país são altíssimos, por isso mesmo devemos respeito à quem luta pela moda alternativa nacional em meio à tantas dificuldades.


É muito legal ver um sonho embalado pelo rock n roll se realizando. A loja é parceira aqui do blog, o banner dela tá sempre ali na lateral direita e vocês podem clicar à vontade e como a gente sempre divulga no nosso Instagram:

 vocês tem 10% de desconto com o cupom SUBCULTURAS 
nas compras na loja!



Peço que se atentem que devido ao Slow Fashion, controle de desperdício e custo praticado pela empresa, as peças são feitas conforme a demanda. Por este motivo, após a confirmação do pagamento, existe o prazo de até 7 úteis dias para produção e envio. Sobre os tamanhos, vão do 36 ao 44, para tamanhos diferenciados (plus size ou petite) é só contatar a loja.


Depois da coleção inicial seguida da coleção cápsula unissex e uma linha Pop Art, mais colorida, a nova coleção se chama MoonNine. Para Juliana, proprietária da marca, é uma coleção especial, pois ela retorna às raízes e toma como inspiração a Lua, nas palavras dela: 


"A coleção é toda inspirada na linda e misteriosa Lua, máxima simbologia do poder feminino e da sensação de continuidade do espaço-tempo, com sua cíclica mudança de fases e todo o misticismo que a envolve. Cada uma das suas quatro fases possui suas características e derramam sobre nós uma diferente carga de energia, mas todas reafirmam sua capacidade de transformação. Para representar toda a beleza e glamour da Lua, a coleção traz detalhes e recortes em tons de prata. Inspirada em suas crateras e relevos, a coleção vem cheia de texturas, spikes e elementos vazados. Na fase Lua Nova a coleção traz peças intensas e criativas. A fase Lua Crescente ressalta a necessidade de transformação em suas peças. A Lua Cheia é saudada e celebrada pelos boêmios, românticos e adoradores do prazer e da celebração, inspira peças com energia de festa! Para encerrar esse ciclo temos a Lua Minguante, momento de calmaria e reflexão, traz aquelas peças que dão aconchego em nós mesmos."

Lindíssima calça com recorte que lembra renda

Na loja, as peças são descritas como couro sintético, uma forma fácil de explicar que não é couro natural. O material é na verdade P.U ou Poliuretano. Eu adoro! Tenho diversas peças neste material e agora pro inverno é uma ótima opção pra se manter quentinha! Além de, é claro, manter aquele arzão de roqueira e ser um tipo de material que causa impacto visual aonde quer que você vá.
Abaixo: top cropped (conheça a história da peça clicando aqui) adornado com zíper e calça flare.



 Kimono em crepe com franjas feitas manualmente

O vestido Queen tem 400 spikes bordados manualmente. Como outras peças a marca, tem forro, o que ajuda a manter a elegância.
Dica: armar com a saia de tule/filó


Jaqueta; Top, calça flare e kimono e na última foto, vestido com manga flare "rendada".
(clique pra aumentar)

E vocês, gostaram? 
Visitem a loja e aproveitem nosso desconto de 10% com o cupom SUBCULTURAS <3


O moletom cinza e detalhes em prata em peças super urbanas
celebram a "cor" associada à luz da lua.


Acompanhe nossas mídias sociais:



11 de julho de 2016

O desfile de Marc Jacobs e sua referência à Lydia do filme Beetlejuice

Há um tempinho atrás Marc Jacobs desfilou sua coleção outono/2016. Assim como vários desfiles que ocorreram esse ano, a maquiagem escura, "gótica", estava presente nos olhos e nos lábios pretos acompanhados de pele pálida e sobrancelhas apagadas. Já os cabelos, com ondas grudadas à cabeça, lembravam penteados da década de 1920, com a diferença que olhando lateralmente, na parte de trás revelavam um mullet de cabelos lisos de vários comprimentos.

Uma das referências para a coleção foi a personagem Lydia, interpretada por Winona Ryder, no filme Beetlejuice de Tim Burton. Além disso, Christina Ricci, a eterna Wandinha Addams (Wednesday Addams) estava na plateia. A paleta de cores foi bem urbana, com bastante preto e cinza e tons de roxo e verde.


Teias de aranha, aranhas, gatos, ratos, corvos, decoravam peças...


Mais detalhes:  sobreposição, listras e o xadrez lembram uma mistura de punk e grunge. Em contraste, peças de renda e tule - incluindo luvas - davam um ar glamouroso e gótico enquanto que havia sofisticação e luxo em bolsas e tecidos. A saia preta da foto de baixo, é composta por um patchwork de tecidos pretos.



Vestidos fluidos que lembram uma mistura de gótico sofisticado e rock n roll
(clique pra aumentar todas as fotos a seguir)


Muito drama gótico e dark glamour numa silhueta de saias armadas e/ou rodadas. Notem as diferentes texturas usadas nos tecidos.


O desfile contou com a presença de Lady Gaga com casaco de lã na silhueta de um sobretudo largo, longo e quadrados que lembrava os sobretudos masculinos da década de 1940.
(clique pra aumentar todas as fotos a seguir)


Luxo e riqueza de tecidos e detalhes.



O destaque fica com as imensas plataformas que lembram os calçados da década de 1970. Marc disse que como as roupas ficaram grandes, o sapato precisava ser fantástico pra compensar. Resultando assim em algo um pouco fora de proporções mas bastante impactante.



Eu adorei! E vocês, gostaram? :)


Acompanhe nossas mídias sociais:
Instagram Facebook Tumblr Pinterest  Google +     

2 de julho de 2016

40 Anos de estilo Gótico: Análise comentada dos looks

O vídeo de Liisa Ladouceur sobre os 40 anos de estilo gótico (clique aqui pra ver) teve bastante repercussão. O vídeo foca nos tipos de moda que as góticas usaram/adotaram nas últimas décadas, não exclusivamente nos estilos nascidos na subcultura gótica. Bastante gente (em nível internacional) não entendeu essa abordagem.

A Liisa teve uma visão atualizada sobre como a moda das subculturas funciona, retratando que a partir de meados dos anos 90, uma garota que se intitula gótica se sentia à vontade pra experimentar/quebrar regras tradicionais e adotar/adaptar outros estilos alternativos ao conceito "goth". A “decadência” das subculturas em suas formas tradicionais, o surgimentos da mistura de estilos sem regras que culmina na contemporaneidade com foco no individualismo estético costuma ser assunto aqui no blog [link1, link2, link3]. Embora eu tenha suaves críticas ao vídeo, sou da opinião que ele cumpriu com a proposta idealizada pela autora.



Góticas adotaram estéticas de outras subculturas e modas alternativas.



Liisa fugiu do conservadorismo e elitismo de dentro da cena e fez um trabalho mente aberta ao novo e às novas gerações. O vídeo recebeu muitos comentários negativos ao redor do mundo, como os de que os looks pareciam estereótipos, fantasias ou estavam simples demais. Será que as pessoas estão confundindo visual clássico (e correto) de subculturas com estereótipos (uma visão errada de algo)? Há de se atentar na questão "tempo": um look que existia no passado e não existe mais hoje pode parecer meio “tosco", uma coisa hoje vista como “simples” podia ser elaborada no passado. Imaginem encontrar HOJE peças que se encaixem da forma mais fiel possível em como eram os looks dos anos 90?

Sobre o vídeo, observar a data dos looks é importantíssimo pra entender a linha do tempo. Ela colocou a data em que tais estéticas foram adotadas pelas góticas.


Analisando o vídeo

100 anos – Liisa usa como inspiração o vídeo "100 anos de Moda", que é sobre a difusão do que conhecemos como o século dos estilistas e roupas em tamanhos padronizados. Não há como retroceder 100 anos na sub gótica, porque a mesma tem menos de 40 anos. Liisa pegou o começo do começo do que viria a ser um dos caminhos a formar o gótico: o Punk. 





Punk (1976)

  • Vi comentários no Youtube que o punk não tem nada ver com o gótico. Isso é um engano, Punk e Gótico são subculturas interligadas.
  • Sobre o visual da punk ser simples: há quem pense que punks nasceram com coturno e moicano. Não nasceram. 
  • Crítica sobre a punk usar salto: sim elas usavam salto e mais uma informação: as góticas também usaram! :)
  • Liisa apresentou uma punk “não estereotipada”, homenageou as meninas que começaram o punk e nem todos entenderam.
  • Dica de Leitura: nosso post sobre as The Slits, o visu delas é pré-punk.


Inspiração da maquiagem e blusa: Siouxsie (fez parte da cena punk). Reparem na similaridade do look do vídeo com a imagem da direita, de uma garota punk REAL dos anos 1970. E notem os saltos nos pés delas (há mais fotos de meninas punks neste artigo).





Batcave (começo dos anos 1980)

  • Como fã de Siouxsie, a Liisa resolveu homenageá-la no look Batcave. Ela reproduziu um visual icônico da cantora. Todo mundo no Batcave se vestia assim? Claro que não. Daí é uma questão de abrir a mente e entender que ela ilustrou uma cantora que era símbolo da cena, embora nos clubes as pessoas se vestissem de forma variada. 
  • Na época já usavam harness? Sim, já usavam! [veja imagem neste post].
  • "Mas como assim não tem pós punk?" O Batcave foi um dos clubes de responsabilidade no surgimento da sub gótica. Homenageá-lo foi tão importante quanto o pós punk.


Visual clássico de Siouxsie Sioux 
sendo referência ao "período Batcave"



Deathrock (meados da década de 80)
Está provocando muita discussão. Mas vou esclarecer tudo sobre esse look:


  • Liisa não quis representar o look clássico e tradicional do Deathrock e sim o visual típico de meados dos anos 80 nos EUA onde o estilo finalmente ganhou seu nome, um mix de UK Punk, New Wave e Hollywood Glam! Cabelo e maquiagem inspirados em Nina Hagen, um ícone da cena underground da época. Ela ilustra 3 tendências capilares do período: frisar, spray colorido e extensões. Veste roupa de catálogo que era a forma como muitos compravam roupas da época. 

Quando pesquisamos subculturas no passado precisamos levar em conta todo um contexto social, comportamental e até geográfico em que estão inseridas. No caso, o que moldou a cena Deathrock da forma que a conhecemos hoje, não foi somente a cena inglesa, foi também a cena do oeste americano. 

  • Vocês estão vendo a roupa com estampa de cruz? Elas realmente já existiam nos EUA na época! Lembram de nosso post sobre o suicídio do proprietário/fundador da Lip Service?  [Leiam o trecho "O caso Lippy", no fim do artigo]. Naquele post eu comentei que ele fazia o visual dos punks e deathrockers americanos e sua influência Glam! Liisa vestiu a modelo com um visual icônico da Lip Service homenageando a loja que vestia muitos deathrockers! Não foi um look fantasia e nem foi escolha aleatória, Liisa fez pesquisa histórica. E talvez essa falta de conhecimento histórico é que tenha resultado nas opiniões mais críticas.
 
Foto de catálogo de moda alternativa dos anos 80
e o look da modelo de Liisa.



Romantic (meio da década de 1990) 

  • não tenho o que falar porque é um visual corretíssimo. Foi chamado de "fantasia" em alguns comentários e eu não concordo. Procurem por marcas como Rose Mortem
  • Notem no vídeo que a modelo lê um romance de Anne Rice, o filme Entrevista com o Vampiro foi lançado em 1994, e fortaleceu a onda de vampirismo da cena na época.


O estilo romântico foi muito popular em meados dos anos 90!




Cyber (fim da década de 1990) 

  • Quando o gótico se misturou com a cultura raver houve uma mudança notável nos visuais, que ficaram mais coloridos. O cyber é controverso na cena gótica e hoje tem sua própria cena separada.
  • É um look fim de nos 90: o neon está lá, os goggles, os falls, as plataformas... talvez tenha faltado um pouco mais de brilho neon em acessórios. Precisamos considerar a data: não é pra representar um look cyber atual, é pra representar o dos anos 90. 



Lolita (começo dos anos 2000) 

  • O que acontecia na época era o seguinte: a subcultura Lolita, mais especificamente os estilos Gothic Lolita e o Aristocrat, geraram interesse nos alternativos ocidentais que pegaram referências e inspirações adaptando ao estilo ocidental de moda gótica. Foi muito comum lojas góticas fazerem visuais “lolitas” numa subversão do recato japonês para o lifestyle atrevido do gótico quebrando diversas regras comportamentais das lolitas, porque afinal, a intenção não era "ser" Lolita como se era no Japão e sim, apenas usurpar elementos de sua estética. Quem acompanhou a moda gótica entre 2004 e 2007 com certeza visitou lojas virtuais que vendiam essa releitura. 
  • Na época também era comum um visual espécie de "broken doll" (boneca quebrada), que lembrava lolita na silhueta mas a maquiagem e atitude era mais "melancólica", meio circense. 
  • Outra questão é que Liisa retratou no vídeo um visual old school de Gothic Lolita. 

Da primeira à terceira fotos: peças vendidas em 2007/09 em lojas alternativas inspiradas em estéticas Lolitas (releituras subversivas). Quarta foto: um toque de Aristocrat e última imagem, Victoria Lovelace em foto recente.



Steampunk (meio dos anos 2000) 

  • Novamente uma subcultura cuja estética  foi adotada por alguns góticos. No vídeo, a roupa tem menos marrom que a da subcultura Steampunk e mais tom preto, se adaptando ao conceito "dark". 
  • Há muitas imagens de meninas góticas usando Steampunk no WGT, é fácil achar na web. 



Steampunk no WGT 2016
by TottiTorsche


Pin-up (fim da década de 2000) 

  • Existem góticas que usam retrô/pin-up clássico, acompanho inclusive algumas blogueiras. Bettie Page é forte referência e depois do fenômeno Dita von Teese muita coisa mudou. Tem gótica fazendo burlesco, usando cores... várias góticas hoje usam Kreepsville666, Hell Bunny, Pin-up Girl Clothing... não ficam mais presas na "obrigação de usar só preto".
  • Numa entrevista que fiz com Adora BatBrat, ela comentou sobre (Adora havia feito um vídeo fazendo piada com góticas de estilo pin-up): "aqui na Suécia isso aconteceu meio que de uma noite pra outra, muitas e muitas garotas de visual gótico foram transformadas em garotas rockabilly e começaram fazer sessões de fotos ao estilo pin-up. O estilo retrô é sempre um estilo bonito, e todo mundo que usa-o parece ótimo, mas perder aquelas meninas góticas de estilos individuais e excepcionais para um look não-tão-original pareceu um imenso retrocesso para a comunidade gótica



Retrô/Pin-up foi adotado por góticas.




Pastel goth (começo de 2010)

  •  achei um dos looks mais corretos. E atentem à data, 2010. É a data que o estilo surgiu no Tumblr.
  • Como Steampunk, Pin-up e Pastel Goth AINDA são usados por góticas algumas pessoas se confundiram, dizendo que a linha do tempo estava "bagunçada". Tem que prestar atenção que a linha do tempo é a data que os estilos foram adotados na sub gótica, mas nada impede que os estilos ainda estejam em uso.


Nu-goth

  • Na questão de MODA, o nu-goth é a moda contemporânea adotada pelos góticos. O nu-goth de 2005 podia ter traços de Emo, por exemplo. Ou algo meio "Emily Autumn". Então precisamos ter em mente que o nu-goth é uma moda que muda com o passar dos anos, influenciada pelas tendências do momento, podendo ou não se fixar como um estilo (isso só o tempo diz).
  • O nu-goth também é um estilo que surge na última década como um estilo minimalista, de peças mais soltas com elementos de misticismo e ocultismo. Ela colocou a data de 2016, mas eu jogaria 2014, que foi quando o ocultismo pegou (que aliás é uma trend que veio da Moda Metal) e a witchy logo em seguida.


Góticas usando a moda alternativa do momento, com estilo witchy e ocultista. 


Há quem prefira usar visual tradicional/clássico das subculturas, mas não há como negar que tenha havido influência externa na moda gótica. Que góticas se sentiram livres pra experimentar e adaptar modas de outras subculturas. Nós que acompanhamos as mudanças percebemos que foi isso mesmo que ocorreu: os alternativos num geral não se ligam mais tanto em regras, e isso acontece há pelo menos 20 anos exatamente como as datas do vídeo registram!
Eu conversei com Liisa e ela me contou duas novidades que lançará em breve, divulgarei com certeza! :)



Acompanhe nossas mídias sociais:
Instagram Facebook Tumblr Pinterest  Google +  



Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. É permitido usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, para isso precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Compartilhar e linkar é permitido, sendo formas justas de reconhecer  nosso trabalho. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É proibido também a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, porém, a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.

23 de junho de 2016

Vídeo: 40 anos do estilo Gótico (Feminino)

Liisa Ladouceur tem um belo currículo: é autora de vários livros, entre eles os conhecidos Encyclopedia Gothica e How to Kill a Vampire, além de escrever sobre cultura não-popular para revistas e jornais, também escreve sobre filmes e livros de terror. Ela reside em Toronto, no Canadá, e dentre seus trabalhos, deu consultoria de pesquisa para alguns documentários que conhecemos bem, como o Global Metal e a série do VH1 Metal Evolution.

Ela é gótica na vida real e recentemente fez um pequeno documentário sobre os "40 anos do estilo gótico". Sim, conta 40 anos porque ela começa com os punks de 1976 e vem até os nu-goths dos dias de hoje! O vídeo foi lançado há algumas horas e já está sendo divulgado em alguns dos sites mais legais da web!



mini video documentary

A inspiração para o mini-documentário foi o vídeo "100 anos de Moda". Como ela cresceu nas subculturas punk e gótica, ficou com vontade de fazer um vídeo sobre tais estéticas alternativas. A filmagem mostra 10 estilos diferentes, do "batcave look" dos anos 1980, passando pelos veludos e brocados da década de 1990 assim como a influência Rave, e chegando aos dias de hoje com ocultismo e boho-goth.

Uma coisa que ela fez no vídeo foi colocar a trilha sonora de bandas independentes da área de Toronto, todas as bandas tem mulheres entre os integrantes. Achei uma atitude super legal ela apoiar as bandas e as musicistas locais ao invés de ir pro óbvio colocando as bandas mais famosas da cena!
 

Ela disse ao site Noisey que para ela, a estética gótica está super atrelada à música. "É uma estética que veio de uma cena musical e a definição de "gótica" foi por muito tempo a pessoa que escutava música gótica. Hoje, ser "gótica" é mais sobre moda, como (Gothic) Lolita e Steampunk - que nunca escutaram Joy Division.
Nunca saí do gótico, desde os anos 1970, mas de vez em quando a estética pipoca em shoppings e agora o nu-goth está em todo o Instagram. É animador ver essa nova geração de estilistas, modelos e artistas aproveitando antes que o estilo volte de novo ao underground".

Minha opinião: Gostei que ela começou do começo, dos punks! Algumas pessoas esquecem a importância dos punks não apenas para os góticos mas para várias outras subculturas. Outra coisa que curti foi que ela mostrou estilos "reais", umas das coisas que fico confusa nos quadrinhos "Goth Stereo Types" da Trellia, por exemplo, é que nem todos são estilos, mas estéticas. E achei curioso ela ter colocado "Pin-up" e não ter colocado Gothabilly, que seria, talvez, bem mais adequado, a meu ver. E sobre o Pastel Goth, controverso (adoro polêmicas), pois nem todos os góticos consideram o Pastel um estilo de moda dentro da subcultura gótica. Mas é como ela mesma disse: o gótico hoje é muito mais "moda" do que uma pessoa que aprecia música e se veste de acordo com as bandas que curte. Culturas (e subculturas) mudam com o tempo e super justo mostrar tudo que envolve essa mudança!
 

Estilos mostrados: Punk * Batcave * Death Rock * Romantic *  Cyber * (Gothic) Lolita * Steampunk * Pin-up * Pastel Goth * Nu Goth

>> Confira AQUI o post de análise comentada dos looks <<

Fiquem agora com o mini documentário e 
não esqueçam de dizer o que acharam.



Acompanhe nossas mídias sociais:
Instagram Facebook Tumblr Pinterest  Google +      

© .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa. – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in