Destaques

5 de setembro de 2016

O Estilo de Freddie Mercury

Freddie Mercury completaria hoje 70 anos! Muita gente solicitou um post dedicado ao músico, então a hora é mais do que propícia, pois além dessa data, no dia 24 de Novembro, será completado os 25 anos de seu falecimento devido a complicações da Aids. Freddie nos deixou ainda jovem, com apenas 45 anos, mas teve uma vida tão intensa, com um legado tão rico e vanguardista que parece ter vivido o dobro.


O início
É sempre bom repetir a importância que a moda tem na construção de um ícone do rock, seja ela usada de forma proposital ou não. Freddie é um grande exemplo de artista que soube alinhar moda e música estrategicamente, tornando-se emblemático tanto pela sua arte, quanto pelo seu visual. Desde o início, já falava da necessidade de uma banda "conseguir fazer a simbiose entre o som e imagem". Mercury queria ser uma lenda, e conseguiu o objetivo não só pelo fato de ser talentoso, mas desenvolvendo a habilidade que possuía por meio de muito estudo.

O interesse pela Arte surgiu na infância em Zanzibar, local de seu nascimento, quando atendia pelo nome real de Farrokh Bulsara. Ali, apreciaria durante horas como ouvinte música clássica e canto lírico. Dos sete ao quinze anos, viveria na Índia para estudar na tradicional escola St. Peter, onde enfim pode se aprofundar em desenho, teatro e música. Nesse período ouviria também rock e blues e chegaria até a montar uma banda: a The Hectics. Teria um olhar ampliado pelo cinema de Hollywood e Bollywood. Mas a estadia que começara com êxito se tornaria um pesadelo na adolescência por causa da sua homossexualidade. Denominado de Freddie, porém ainda Bulsara, retornaria aos 16 anos para casa e ficaria apenas dois devido a guerra que invadiu o país. Seu pai trabalhava para a colônia britânica, que na época dominava a ilha da costa africana, e assim conseguiu visto para se refugiar na Inglaterra. 


Freddie aportava com a família em 1964, em plena eferverscência cultural de Londres. O rapaz se adaptaria logo ao clima da cidade e se matricularia na Isleworth Polytechinic School, que oferecia cursos de artes do espetáculo, design e dança. O estilo se transformaria, conforme trecho da biografia: "trocou as calças de tecido por jeans apertados; usava blusões de couro ou paletós agarrados, camisas brancas, echarpes, botinas de couro. Deixou o cabelo crescer, como todos os amigos, contrariando a vontade da mãe, que achava aquilo horroroso, e mesmo duvidoso: ele poderia passar a impressão de ser um arruaceiro ou mesmo um drogado". Sua visão pelas artes plásticas cresceria, visitaria museus, clubes e galerias alternativas. Conseguiria passar nos exames finais de Isleworth e em 1966, ingressaria na escola Ealing College of Art, da qual nos quatro anos seguintes mudaria sua vida por completo ao iniciar o Queen.

A ligação com a Moda
Freddie teria forte contato com a moda antes mesmo de formar a banda. Ele era desenhista e com a habilidade criou suas próprias roupas no começo de carreira. Trabalharia como vendedor e chegaria a montar um brechó com Roger Taylor no árduo período financeiro que teve pré-Queen. A loja ficava localizada no Kensington Market e permaneceria até 1974, ao alcançar sucesso definitivo com o grupo. Há documentários que dizem ter sido ali que conheceria Brian May, mas na biografia de Selim Rauer o fato ocorreria antes. O certo é que através de Brian, Freddie conheceria a jovem Mary Austin, seu eterno amor e inspiração da música "Love of my Life". Até começarem o relacionamento, Mary era vendedora na famosa loja Biba (já falamos sobre o point londrino aqui) e vários encontros dos dois ocorriam no local. Daí tem se uma ideia de como a moda foi um fator recorrente e importante em sua vida.

O casal Freddie Mercury e Mary Austin

A estética
Conforme a banda evoluía, seu estilo ia modificando. Antes de cada concerto Freddie dedicava cerca de duas a três horas a si mesmo e o cuidado da imagem obtinha uma atenção específica. Gostava de arrumar sua roupa e retocar a maquiagem que era bem excessiva. No lançamento do primeiro álbum homônimo, Queen, o músico e os integrantes possuíam um visual que misturava o resquício do hippie e começo do glam rock. Repare que eles tinham um ar dark, um espírito boho goth que havia na época e era adotado também por nomes como Fleetwood Mac e até Black Sabbath. Chegamos a falar mais sobre aqui



No mesmo ano, em 1973, Freddie entraria em contato com a estilista Zandra Rhodes pedindo que fizesse as roupas da banda para a turnê seguinte, que seria do álbum Queen II. Eles queriam um figurino extravagante, e a jovem designer criaria a icônica blusa branca que formava uma asa quando o cantor abria os braços. A parceria se transformaria depois numa grande amizade. 

A famosa peça era feita de cetim branco plissado.


Mick Rock eternizaria a banda com a clássica pose inspirada em Marlene Dietrich.

Zandra seria conhecida depois por sua moda punk e, vejam só, um movimento da qual batia de frente com tudo o que simbolizava o Queen.


O reconhecimento do público viria de imediato, principalmente depois da apresentação no programa Top of the Pops. A fama internacional se concretizaria com a música "Killer Queen" do álbum "Sheer Heart Attack". As apresentações passam a ter proporções monumentais, digno de uma Rainha. O visual exagerado, cheio de brilho, bijuterias e unhas pintadas de preto acompanharia a banda também no cultuado "A Night at the Opera", de 1975.


Bohemian Rhapsody seria revolucionário no tempo de música e na estética de clipe. Eles aperfeiçoariam a técnica e a partir desse vídeo seria dado a importância definitiva de se lançar músicas associado ao clipe. "Esse procedimento deu origem a canais de tevê como a MTV", trecho da biografia de Selim Rauer. 


Na tour "A day at the races" e "News of the world" de 1977, Freddie estaria com o cabelo um pouco mais curto e usaria vários modelos do famoso macacão de malha com imenso decote frontal, às vezes acompanhado de uma jaqueta de couro por cima. Esse look tinha como inspiração a mesma peça utilizada por bailarinos. A dança era uma grande paixão de Mercury, em especial o ballet, da qual lhe renderia a admiração pelo bailarino russo Rudolf Nureyev. 


Óculos em formato de estrela usado no clipe "We will rock you". 
Que estilo, hein?

A influência japonesa surgiria no kimono.

Em "The Game" ocorreria uma mudança radical. O glam rock saía em definitivo e nasceria um novo Freddie Mercury, digamos mais polido. Como destacado em sua biografia, "o look era mais viril, um jeito mais severo, menos fantasioso: blusão de couro, jeans ou calça de couro, sapatilhas de boxeador ou de lutador, camiseta ou regata". O corpo do músico estaria bem mais tonificado e a famoso bigode que viraria marca apareceria no clipe "Play the game". 


Em cima de Darth Vader

Look fetichista, muito comum nessa fase.

Durante o estudo na Índia, sofreria bullying na escola, sendo chamado de "bucky" (algo como dente de coelho) e apanhava por ser franzino. O bigode serviria como um disfarce dos 36 dentes que possuía e que jamais quis mexer por medo de alterar sua voz. 


A turnê trouxe pela primeira vez o grupo ao Brasil, em 1981. O show foi um marco em diversos aspectos, não havia vindo bandas de rock dessa proporção ao país até então. Em recompensa, o público ovacionou a apresentação que ficaria na memória da banda para sempre, sendo citada inclusive em livros.

Foto: Milton Alves
Nas turnês seguintes como Hot Space, The Works e Magic Tour o visual teria poucas alterações. A maquiagem era apenas um contorno preto nos olhos. A roupa variava entre calças, tênis, às vezes usava camisetas de desenho, regata e a tradicional jaqueta em diversas cores. O que era mais frequente era o roupão amarelo que usava nos bastidores do show. 


Na capa de The Works, o cantor usa um par de converse chuck taylor.

Clipe "It's a hard life" com figurino surrealista

O êxito da música "I want to break free" iria muito além do que esperavam: seria cantada nas manifestações dos negros sul africanos pelo fim do Apartheid.

The Works Tour é a turnê com as apresentações mais emblemáticas. Entre elas está o retorno ao país no primeiro Rock in Rio de 1985 e o show no Live Aid que daria ânimo ao retorno da banda.
Show que o imortalizou: Live Aid 

No ano seguinte seria lançado A Kind of Magic e o sucesso continuaria percorrendo diversos países, incluindo a apresentação histórica em Budapeste, na Hungria. 


Com camiseta da Betty Boop

A famosa jaqueta amarela

Para o concerto de Paris, foi pedido a figurinista Diana Moseley que providenciasse uma coroa e um manto de arminho que pesava mais de dez quilos. A coroa era autêntica pois Mercury não queria uma imitação barata do ornamento. E como era de se esperar, levaria o público e o mundo a loucura por essa aparição.                                                                                                                                                             

A mágica turnê seria a sua última. Em 1987, descobriu que estava com HIV. Naquela época não havia o tratamento que existe atualmente, pelo contrário, o tabu e o preconceito em torno do vírus era enorme. Ele só revelaria a doença na véspera da sua morte. Restava ao Freddie retardar o máximo que pudesse a manifestação da aids, que acabou o levando ao falecimento em 1991.

Nos últimos cinco anos, o músico conseguiu ser bastante produtivo lançando trabalhos em parceria com a cantora lírica Montserrat Caballé - que surpreenderia a todos e principalmente a si mesmo - e mais dois discos com o Queen: The Miracle e Innuendo.

"The Great Pretender" do The Platters é uma versão lançada em produção solo.


Notificada por sua admiração, Montserrat entra em contato com Freddie para que se juntasse a ela num grande projeto. Ela o queria como cantor e compositor para o hino oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona. O fascínio que um tem pelo outro toma conta e os dois acabam fazendo um aclamado álbum juntos. O encontro das divas foi realmente um acalento ao período de dor que enfrentaria. 

A partir de Montserrat faria uma mudança drástica no visual: retiraria o bigode, sua marca registrada, e ficaria assim até o final. As calças e regatas dariam vez ao terno. Dali para frente seria usado cada vez mais roupa para tentar disfarçar a magreza excessiva causado pela doença.  


Não tendo mais condições de sair em turnê, a banda investe na gravação de clipes para divulgar The Miracle e Innuendo. O último seria a canção "These are the days of our lives" gravado em Junho de 1991. O estado de saúde estava bem fragilizado e é perceptível no vídeo. Em apenas cinco meses estaria se despedindo de vez da gente. 

Em 2011, houve em Londres a exibição "Stormtrooper in Stilettos" da qual comemorava os 40 anos do Queen. A mostra focava nos cinco primeiros álbuns da banda. Entre os objetos expostos, estavam as roupas dos integrantes, mostrando como a moda foi um fator importantíssimo na composição teatral do grupo. Em vida, Freddie falava da intenção que tinha de entreter e sabia que tinha que investir muito além da música.
"Poderíamos interpretar as canções sentados, no palco, mas o efeito não seria o mesmo. Se as pessoas vão a um concerto, é para se divertir, é porque querem assistir algo extraordinário e diferente, que a simples escuta de um de nossos álbuns não lhes proporciona. Isso pode parecer um lugar-comum: mas eu gosto de pensar que quando os espectadores vêm assistir a um concerto do Queen, nós seremos capazes, durantes duas horas, de fazê-los esquecer a própria vida, suas preocupações e seu cotidiano, e de permitir que vivam um momento de intensidade único. Depois, é claro, eles voltarão para o que tinham deixado, mas ao menos durante essas duas horas nós teremos conseguido." Entrevista dada a Rudi Dolezal e Hannes Rossacher durante a turnê Magic Tour, em 1986. 

Curiosidade: uma leitora (Tânia) havia nos perguntado se o clipe "I'm going slightly mad" teria sido referência de Tim Burton para o filme Edward Mãos de Tesoura (leia mais aqui). De fato a estética do vídeo lembra muito, mas se houve alguma influência, só pode ter sido do Queen pois esse penúltimo clipe gravado por Freddie ocorreu em 1991, enquanto o longa de Burton é do ano anterior. Poucos devem conhecer essa gravação, vale a pena conferir. A figurinista foi Diana Moseley que trabalhou com eles no Magic Tour.


O post teve como base a biografia "Freddie Mercury" do escritor Selim Rauer, da editora Planeta. Certas informações e trechos destacados ao longo do texto foram retirados desse livro concedido em parceria com a Ideal Shop tempos atrás. Não encontramos a publicação disponível em vendas online, não sabemos se ainda está sendo vendido, porém existem outros no mercado aos que queiram se aprofundar na vida dessa fascinante lenda do rock.


Espero que tenham gostado! :D 


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4 de setembro de 2016

Queen of the Angels │Resenha da Saia Queen + Cupom de Desconto

Como vocês já devem ter lido [neste post], a Queen of the Angels lançou recentemente a coleção MoonNine, cuja inspiração foi o Rock n Roll.
A loja é parceira aqui do blog, o banner dela tá sempre ali na lateral direita e vocês podem clicar à vontade e como a gente sempre divulga no nosso Instagram vocês tem:

 10% de desconto com o cupom
SUBCULTURAS

nas compras na loja!

Peças da coleção MoonNine

É muito legal ver o rock n roll inspirando coleções alternativas. Hoje eu vou resenhar pra vocês uma saia que recebi mês passado, a saia Queen
É uma saia em material sintético (PU) que imita couro, no modelo godê e cintura alta decorada com spikes aplicados manualmente. Esse é meu primeiro contato com um produto da marca, então vou fazer uma resenha o mais sincera possível com minhas "primeiras impressões".

Saia Queen: linda e confortável! 
Já é uma de minhas peças preferidas das marcas alternativas nacionais!

Pedi a saia no tamanho P, ou seja, não foi feita sob medida. Me surpreendeu a perfeição no caimento (com fluidez) e no tamanho, pois serviu certinho na cintura (eu sempre tenho problema com cós de saias e calças) e adorei o comprimento: nem curto, nem comprido!

Além da saia veio um cartão da loja e um esmalte 
dentro de um saquinho preto com laço de renda: um mimo!

Junto com a saia, a Juliana (proprietária e estilista) me mandou uma cartinha. Entre outros assuntos, ela me enviou 3 amostras do PU, material que imita couro e que é a base de sua mais recente coleção.   

Ela me explicou que os PUs que ela ela usa tem três texturas diferentes, cada uma direcionada à um tipo de peça. Quer dizer, tem todo um estudo dela por trás das escolhas. Por exemplo, para a saia Queen, ela usa o PU mais fininho para ter um caimento godê bem solto e fluido e com mais elasticidade, pra peça ficar certinha no corpo na região do cós. Ela divide os PUs com texturas e gramaturas adequadas a cada peça, nos tops (peças com mais estrutura) e em calças (peças com mais resistência). Todos os PUs tem um tecido como base, é um material mais caro, mas garante ao cliente mais qualidade e durabilidade.

 Avesso da saia pra vocês verem o acabamento. A base em tecido, segundo Juliana,
torna o produto mais caro, mas garante conforto e qualidade.

Achei importante declarar isso aqui, pois muitos não tem conhecimento sobre o trabalho de um estilista. E com isso a Juliana se mostra super dedicada à estudar o material e qual deles fica melhor em cada peça pra garantir produtos de qualidade. É bom também pra gente avaliar como cada loja alternativa nacional investe em profissionalização. 


Por isso eu sempre digo que peça alternativa custa mais caro sim, pois são feitas em pouca quantidade e por empresas pequenas, mas isso não significa que por ser alternativo, deva ser "mal feito" ou com aparência "tosca". As marcas parceiras aqui do blog dão orgulho porque a gente sabe que tem pessoas por trás se esforçando pra oferecer o melhor que podem. 
Os spikes são aplicados manualmente no cós.

Por isso, é um prazer oferecer o cupom de desconto pra vocês pra que possam por si mesmos conhecer os produtos e avaliar. A Queen of the Angels é uma pequena empresa artesanal e vamos torcer pra que continue crescendo! Super aprovada!!




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28 de agosto de 2016

The Gothic Shoe Company: sapatos góticos feitos à mão

The Gothic Shoe Co é uma marca de sapatos inglesa direcionada em grande parte ao público gótico, mas também possui foco no retrô. A empresa é um negócio familiar que existe desde meados dos anos 1990, com peças feitas artesanalmente na fábrica localizada na região leste de Londres. 


Por serem fabricadas à mão - uma forte característica de empreendimentos alternativos - os calçados possuem alta qualidade de produção. O carro-chefe são as pikes shoes, que atrai músicos e turistas do mundo todo. Os produtos são feitos em couro ou camurça preta e podem ser produzidas em cores mais chamativas. Os pares são baseados nos calçados originais das décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980, com ajustes apenas nas formas para que fiquem mais confortáveis ao uso atual. 


Original Pikes é modelo mais emblemático da marca. As botas remetem as famosas poulaines (leia mais aqui), que eram os sapatos medievais com pontas enormes, podendo chegar até 60 cm. Esse acessório era um clássico utilizado por góticos oitentistas devido a influência do período vitoriano, época da qual fez resgate ao medievalismo. 


Como a produção é artesanal, as peças possuem diversas opções de tamanho, estampas, cores, número de fivelas e diferentes aviamentos.

Fivela em forma de morcego, caixão e pentagrama

Versões de número e tamanho de fivelas

Diferentes estilos de Gibson Shoe

Modelo Chelsea Boot

Um mais lindo do que o outro. Difícil até de escolher qual o favorito!

Visite a marca:


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