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28 de junho de 2023

Loja Vudu lança estampa celebrando lésbicas + Stormé DeLaverie: a revolta de Stonewall + Lésbicas no Brasil

A loja Vudu me convidou para divulgar uma camiseta em homenagem ao amor lésbico neste dia do Orgulho! 🌈

A Edição Limitada da estampa This Could Be Us but you Prayin tem três modelinhos: T-Shirt, Baby Look e moletom!  É uma capetinha seduzindo uma mocinha recatada. 🌈👹

Clica aqui pra acessar na loja




Hoje, 28 de de junho, é o dia do Orgulho.

Você sabia que uma mulher lésbica, negra e butch começou a revolta de Stonewall?

"Foi uma rebelião, foi um levante, foi uma desobediência aos direitos civis

 – não foi um maldito motim." —  Stormé DeLarverie 


Stormé DeLarverie (1920-2014) foi uma mulher lésbica, racializada, butch (lésbica desfeminilizada) e de aparência andrógina. Cantora, também faziaa apresentações como Drag King, uma arte performática da subcultura lésbica. DeLaverie foi uma das lésbicas que estava presente no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque em 1969, num confronto coma polícia que reprimia os homossexuais lá presentes. Ao ser abordada com truculência, sangrando pelos golpes, ela teria gritado: “Por que vocês não fazem alguma coisa?”, resultando num embate de revolta de outras lésbicas e gays contra os policiais. Essa é a origem da data de hoje.
Stormé era Drag King, em sua arte vestia figurinos masculinos e se maquiava. Com sua aparência andrógina inspirou muitas lésbicas a adotar as confortáveis roupas masculinas nas ruas (porque sabemos que roupas femininas não são confortáveis, sendo muitas vezes objetificadoras). Ela trabalhou como segurança em bares lésbicos, tinha porte de arma e fazia patrulha voluntária como "guardiã das lésbicas no Village", agia quando via alguém sendo intolerante, abusando ou intimidando lésbicas. Ela também viveu no famoso Hotel Chelsea de Nova York [Vocês podem ler a história dela no blog Um Outro Olhar]

Stormé no meio de duas fotografias suas: uma feminilizada e outra desfeminilizada.

É muito comum que publicações recentes apaguem lésbicas do protagonismo histórico da luta de Stonewall. Isso é resultado de muita misoginia patriarcal que não reconhece que mulheres lésbicas possuem agência, especialmente as insubmissas e que não respondem aos ideais de feminilidade.

Aqui no Brasil, uma manifestação lésbica no Ferro´s Bar é conhecida como o Stonewall brasileiro.
Em 19 de agosto comemora-se o Dia do Orgulho Lésbico: Em 1983, o Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf) foi proibido de vender o jornal ChanaComChana (1981-87) no Ferro´s Bar em São Paulo. O dono do bar chamou a polícia para reprimir e impedir a reunião das lésbicas e a venda do jornal. Lá era o local que comunistas e lésbicas se reuniam para debates e organização política. Como resposta, Célia Miliauskas, Elisete Ribeiro, Luiza Granado, Míriam Martinho e Vanda Frias acompanhadas da ativista e antropóloga Rosely Roth, que leu um manifesto contra a censura e exigindo respeito, já que elas eram as principais clientes do bar. 

Já o dia 29 de agosto, é o Dia da Visibilidade Lésbica, surgido para homenagear o 1ª Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que ocorreu na data em 1996. O seminário visava discutir organização coletiva, saúde, visibilidade e exclusão lésbica além de projetarem políticas públicas. 

O Brasil é um dos países que têm os piores índices em relação ao assassinato de mulheres lésbicas, como informa o Dossiê sobre o Lesbocídio no Brasil, com dados entre os anos 2014 e 2017. Entre 2000 e 2017 o número de assassinatos de mulheres lésbicas aumentou cerca de 96%. Do total de casos, 83% foram cometidos por homens, expondo a lesbomisoginia  e o lesboódio e o silenciamento da mídia ao falar deste tema. 

É bem legal ver loja Vudu desenvolver essa estampa em referência a lésbicas, uma subcultura tão invisibilizada e silenciada seja pelo mainstream seja pelo próprio discurso da sigla GBT+.  

Não consigo nem lembrar de uma marca alternativa brasileira que tenha pensado em homenageá-las com estampas, ilustrações ou pôsteres. Esse é o tipo de arte que só se vê em marcas especificas ao público lésbico. Nós somos contra o Pink Money e sei que não é o caso da Vudu, marca artesanal que acompanho há anos e se engaja genuinamente na visibilidade. 


Junho é mês do orgulho e agosto é mês das lésbicas, aproveitem pra garantir a estampa antes que saia de produção! Vamos mulherada! 

Clica aqui pra acessar o link da blusinha e compartilha com as amigas L/B!




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