Um dos principais motivos que inserem uma pessoa na subcultura gótica é apreciar a cena musical.
- Elementos que são parte da subcultura gótica, mas não são exclusividade dela (uma pessoa não precisa ser gótica para gostar):
- Elementos que são parte da subcultura gótica, mas não são exclusividade dela (uma pessoa não precisa ser gótica para gostar):
Gótico (período) Histórico (Arquitetura e Artes da Baixa Idade Media - século XI ao XV);
Artes e Arquitetura da Baixa Idade Média |
Literatura Gótica - surgida no fim do século XVIII (com temas medievais, de terror ou sobrenatural);
Literatura Fantástica ou de Terror |
Revival Arquitetônico da Era Medieval no Século XIX (na Era Romântica houve um revival da Baixa Idade Média);
Castelo do século XIX em estilo Românico |
Moda do Século XIX inspira-se na Era Medieval |
O Hard Rock macabro de Alice Cooper |
Celtic Frost misturou música erudita e letras sombrias no Metal Extremo |
Manson trouxe o terror grotesco para o Rock moderno |
Esses elementos históricos/literários/artísticos qualquer um pode apreciar - minha mãe, meu professor de história, uma vovó, um nerd, uma patricinha, Tim Burton... mas que não faz deles pertencentes à subcultura gótica, apenas admiradores de arte obscura e arquitetura histórica.
Já os góticos, são apreciadores de música gótica somado à todos os temas (histórico/literário) citados acima. O que eles fazem é adequar e contextualizar os elementos acima encaixando-os nas "regras" da subcultura.
Algumas subculturas tem elementos em comum, como temas medievais, obscuros, macabros ou tristeza presente em letras de música, como por exemplo, o Gothic Metal, que é um estilo musical pertencente à cena Metal. O Gothic Metal aborda exatamente do que eu citei acima: gótico histórico, literatura, temas medivais ou depressivos nas letras. O estilo de se vestir das mulheres do Gothic Metal remonta à referências estéticas da Idade Média e do século XIX.
Como
vimos na postagem sobre a Moda Império, o estilo Dândi era baseado na
simplicidade, em cores lisas e no uso limitado de acessórios. Os dândis do século
XIX queriam que essa moda fosse permanente, um traje moderno e urbano, onde o
tecido e o corte fossem mais importantes que os enfeites e acessórios. A maior herança dândi é a roupa masculina atual, que não
muda há 200 anos.
O estilo dândi também marcou a história como vestuário de revolta, dissidência,
contracultura. Jovens rebeldes que usaram o estilo como protesto. Através
dos dândis, iniciou-se o uso de roupas pretas no traje masculino festivo. A cor preta era dos malvados, dos heróis literários, do luto; agora, era símbolo da
rebeldia anti-burguesa. E é nesse momento que o preto se torna a cor da revolta. Começa
aí a ligação do estilo com as subculturas.
Você vai encontrar facilmente o estilo dândi em duas
subculturas: na gótica e na moda alternativa japonesa. E a explicação é simples: a estética de ambas se baseia no século XIX.
Uma das características da releitura do estilo dândi
nas subculturas, é que além da simplicidade
e roupas bem cortadas, eles incluem toques de excentricidade e
desconstrução do estilo. E a cor preta está sempre lá, simbolizando a eterna rebeldia
juvenil.
Na moda alternativa Japonesa:
O
estilo Ouji é inspirado nos jovens vitorianos, nos Teddy Boys ingleses (que se inspiravam nos dandis e na Era Eduardiana) e iniciou-se
separado da subcultura Lolita, mas é constantemente ligado à essa estética por
possuir fãs do estilo. Ouji, que significa “Principe”, também é chamado
de “Aristocrat” no Japão. No ocidente, o estilo é conhecido como “Kodona”, que é
a junção de kodomo + otona = criança + adulto, mas esse termo não existe no
Japão.
Na subcultura gótica:
A
base da estética gótica tradicional é o século XIX, e como os góticos são
apaixonados por moda e pela reinterpretação de vestimentas históricas, é nessa
subcultura que podemos encontrar a maior variedade e criatividade do estilo
dândi, desde o clássico, passando pelo romântico, o vitoriano e chegando até o steampunk.
Impossível falar de dândis e não falar do roqueiro Marilyn Manson. Manson adotou o estilo no final dos anos 1990 e não largou mais. O contraste da estética impecável dândi com o visual “grotesco" é o diferencial.
Veja também:
Estilo Império na moda Alternativa Feminina
O Século XVIII e XIX: Diretório, Império e Regência
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