Destaques

30 de abril de 2010

Cultura de Moda nas Subculturas

Como vimos na postagem anterior, exibir uma roupa é mostrar o pertencimento a um grupo, mostrar significados através delas, e ninguém faz isso de forma mais explicita do que os membros de subculturas.
As tribos urbanas surgiram oficialmente com o início da aceitação da existência da adolescência, nessa época haviam jovens e adolescentes em sua maioria, que faziam questão de ser vestir diferente de seus pais.

Na Alemanha pós primeira guerra mundial, os jovens, ao verem o país devastado,  enxergavam-se sem futuro e sem esperança, o que refletia no cinema da época, o Cinema Expressionista Alemão, que nos deu filmes como Nosferatu e  O Gabinete do Doutor Caligari, entre outros. O cinema era trágico, preto e branco e amedrontador. Refletia a vida de uma juventude traumatizada. Jovens desiludidos e depressivos.

Também podemos notar o surgimento do rock nos anos 1950, com os garotos usando couro e coturnos (peça vinda dos campos de batalha), os jovens se rebelando nos anos 1960 fazendo com que surgissem a moda jovem, nos anos 1970 vemos surgir punks, góticos e headbangers que acabaram dando origem à outras subculturas nos anos seguintes.

As tribos urbanas surgiram de falhas sociais, “quando as morais vigentes desmoronam, as idéias não avançam ... essa é a forma ideal de renovação da arte de viver”, diz Patrice Bollon autor do livro A Moral da Máscara. E então essas tribos, pra se diferenciarem e até mesmo chocarem a sociedade que os exclui ou que eles não se identificam, criam suas próprias regras de vestimentas e símbologias.

Punks, góticos, emos, hippies, hard-rockers, são algumas das subculturas que aceitam e usam a moda sem preconceito, expressam-se pelos símbolos de cada peça. Reconhecem a moda como objeto importante de suas identificações.

Os roqueiros e os ouvintes de Heavy Metal são os que mais tem preconceito com a palavra “moda”, exceto pelas meninas que, em grande maioria, gostam de roupas e aderem ao visual.

Por mais montado que um black metaller esteja, em calças de couro, pulseiras com spikes e maquiagem, ele raramente vai dizer que a moda é importante para ele. Ele vai dizer que moda é futilidade e ele não tem tempo pra isso. O mesmo vale para um roqueiro vestido em bermudas cargo e cabelos desgrenhados que diz que não se importa como está vestido. Não é que eles não se importem, isso é um sinal claro da falta de cultura de moda entre adeptos das subculturas que não sabem de onde veio aquele visual, não sabem a simbologia e nem porque estão usando.

Não os culpo por não assumirem que roupas são importantes e que elas os identificam no grupo. Isso é parte da mentalidade em que às vezes, a própria subcultura, uma subcultura mais fechada, preconceituosa e machista ou mesmo a sociedade em que vivem, impõe.

No exterior muitos roqueiros e headbangers já aceitam e assumem que gostam de moda. Inclusive há músicos do black metal que tem suas próprias marcas de roupas e marcas voltadas ao público black metal!
E aí vem a pergunta: o mercado brasileiro de moda alternativa masculina é pequeno porque os garotos realmente não dão importância à moda ou porque eles não tem cultura de moda?


Quando uma pessoa se identifica com uma subcultura, é inegável que algo na vestimenta o atraiu, mesmo que inconsciente e muitos, não se interessam em descobrir o porquê de aquela tal roupa ou acessório ser usada por tal subcultura.

Sabemos que toda subcultura tem sua cultura de moda e que essa moda é importante pra identificação dos grupos. Esta moda das subculturas surgiu por conta de contextos históricos e sociais.
Quanto mais os adeptos das subculturas valorizarem a moda de seus grupos, souberem as origens, mais o mercado cresce e, como subculturas sempre questionam a sociedade, também refletem em suas vestimentas o período histórico em que vivem.

Cultura de Moda

Tenho ouvido muito por aí que brasileiro não tem cultura de moda. Eu concordo que uma boa parcela da população não tem mesmo.

Entender o que é cultura de moda é simples.
Quem não tem cultura de moda não consegue ver a moda além da futilidade. Não consegue ver a moda em aspecto mais amplo,sociológico, simbológico e cultural. É aquele tipo de pessoa que não entende que a moda é história, característica de um povo, religião, identificação de grupos e que se modela e se adequa à época em que se vive.

Há uma falsa idéia disseminada, que a moda é sinônimo de futilidade. Essas pessoas enxergam a roupa apenas como aparência, não percebem que a roupa é um reflexo do que acontece ao nosso redor.

A moda faz parte da cultura de um povo assim como a cultura também se mostra através da moda. Observem a cultura indiana e seus milhares de adereços, o uso da burca e véus nos países árabes, os índios que usam peles, penas ou pinturas corporais como forma de vestimenta e identificação de suas tribo, os kimonos japoneses e tantas outras vestimentas características mundo afora.

Lembram quando as mulheres usavam corsets? Uma peça rígida que fazia as mulheres terem poucos e deliberados movimentos fazendo-as ser um espelho da riqueza de seus maridos. Afinal, não precisavam se locomover pra lá e pra cá, não trabalhavam, não cuidavam de seus filhos... Com as grandes guerras levando os homens para os campos de batalha as mulheres se viram obrigadas a trabalhar para sobreviver e os trajes tiveram que se adaptar. A partir do momento que a mulher passou a trabalhar, a se livrar da dependência de seus homens o corset foi abandonado, as mulheres passaram a usar calças e saias calças para ir de bicicleta até o trabalho.

Observem o vestuário pós guerra: anos 1910 (a primeira guerra foi em 1914), reparem como as roupas da segunda metade dessa década tinha menos tecidos, comparado há alguns anos antes. Com o fim da guerra, os anos 1920 trouxeram revoluções modernistas, mulheres encurtando vestidos e cortando cabelos curtíssimos, tudo era muito alegre e revolucionário.
Nos anos 1940, a guerra volta, os homens partem para o campo de batalha novamente e as mulheres vão para as fábricas. Enquanto as guerras acontecem, as fábricas quase não fazem tecidos, que se tornam caros e raros, as roupas se tornam mais simples e de cores sombrias e pesadas, cinza, pretos, azul marinho, são cores que predominam. Quando guerras acabam, as fábricas voltam a fazer tecidos, as roupas ficam alegres, coloridas , volumosas e de formas confortáveis e a mulher, deveria voltar ao lar, cuidar dos filhos e maridos, comportamento típico de 1950!
Quando da entrada feminina no mercado de trabalho os traços andróginos foram muito valorizados. A mulher usou tailler nos anos 1930 e 1940, e observem a mulher dos anos 1980 com seus ternos e ombreiras imensas.

Nas épocas de escassez de comida as mulheres gordinhas eram as mais admiradas pois significava não serem miseráveis. Hoje em dia, com a abundância e desperdício de comida, as mais magras são o ideal de beleza, indicação de que, ao invés de ficar comendo sem parar, ela se cuida, vai a academia, clínicas de estética, come comida light, faz coisas que são mais caras e que quem é pobre não pode fazer.
O mesmo com o bronzeado. Antigamente relacionado à pobres, pessoas que precisavam trabalhar para sobreviver. Atualmente, como todo mundo trabalha, o bronzeado virou símbolo de lazer, significando que a pessoa tem tempo para se divertir.

Voltando ao tema das guerras, logo após o 11 de setembro de 2001, houve um revival da moda gótica – romântica - vitoriana, o que refletia o momento de tristeza e apreensão de como estava o mundo pós-terror.
Quando a situação melhorou um pouco e os anos de ouro (1940 e 1950) foram resgatados, buscando o romantismo e a suavidade de tempos passados.
Com a igualdade de sexos e o fim do cavalheirismo, as mulheres inconscientemente retornam à estas épocas onde a mulher era tratada com mais gentileza e delicadeza, vide como o revival dos anos 1950 rendeu pa moda nestes últimos anos, a mulher está muito mais feminina do que 8 anos atrás!

Tá vendo? Saber tudo isso é ter cultura de moda!
Não apenas cultura, são signos da moda, mostram como a moda reflete nossa cultura. E é através de mudanças na moda que percebemos as mudanças do tempo, na história.
Assim, como a cultura, a moda é viva e está em constante mudança e desenvolvimento, não é fútil e nem supérflua, é apenas o espelho de como vivemos.

Aos brasileiros, falta ver a moda como algo importante na nossa sociedade.
Respeitar a moda como profissão séria e não pensamentos do tipo “eu sei costurar então também sou estilista” como se fosse possível uma pessoa apenas por entender de psicologia pudesse abrir seu próprio consultório. Moda não é só fazer um desenho, comprar um tecido, costurar e depois vender. Ser um estilista, um consultor de moda, um produtor de moda etc, é mais do que isso, os profissionais da moda aprendem a conhecer signos, aspectos sociológicos, históricos e assim fazem o seu trabalho. Precisamos estar sempre informados sobre o que acontece no mundo porque sim, tudo ainda vem de lá, dos países que “mandam” no nosso planeta que estão mais avançados que nós.

Mas uma dica que deixo é: precisamos ficar ligados no que acontece lá fora e trabalhar com o que temos aqui. Quando nos aceitarmos, teremos uma moda 100% nacional, completamente adaptadas à nossa cultura. Porque há 510 anos, tudo que fazemos aqui é cópia ou herança dos povos que nos colonizaram. Quando aceitarmos e descobrirmos nossa própria cara, aí, quem sabe, nossa cultura de moda é que seja imitada lá fora e não, nós que imitaremos a deles.

Este texto continua na próxima postagem, que falarei sobre a cultura de moda nas subculturas.

29 de abril de 2010

O que é moda?

Afinal, o que é moda?
Moda, do latim modus, significa “modo”, “maneira" e "comportamento". Em francês: mode, uso, hábito ou estilo. Em inglês a etimologia da palavra fashion remete ao latim factio, que significa fazendo ou fabricando, com caráter industrial.

Moda é a ligação entre o vestuário e o período histórico em que vivemos.

A palavra "moda" começou a ser usada com o nascimento da burguesia na Europa, mais precisamente na França de Maria Antônieta. Mas o primeiro grande ícone de moda francesa foi Luís XIV (o rei sol) no século XVII, devido a sua vaidade excessiva, a França se tornou o centro ditador de moda, que no começo era instituída pelos nobres, os alfaiates apenas obedeciam a seus desejos. A burguesia, em sua maioria comerciantes que passaram a ter dinheiro, copiavam os tecidos, o jeito de se vestir e se portar da nobreza, que não ficou feliz em ver cópias de suas roupas nessa recém criada classe social. A nobreza então, passa a criar códigos internos de vestir que mudavam rapidamente, antes que a burguesia tivesse tempo de copiá-los. Nasceu aí a moda que se modifica freqüentemente.
Nessa mesma época foram criadas as regras de etiqueta, com o objetivo de diferenciar a origem da pessoa, já que ao se vestir, estavam todos praticamente iguais.

O conceito de moda como citei acima, não existia entre os povos primitivos. No Egito, por 3 mil anos o vestuário foi o mesmo. Foi só mesmo no final da Idade Média  que a moda como conhecemos hoje começou a se desenvolver. E as mudanças eram muitos lentas, 40, 50, 100 anos até que se mudasse alguma coisa no vestuário.

Na segunda metade do século XIX, a Alta Costura surgiu através do inglês Charles Frederic Worth, e a partir daí a roupa passou a ser assinada pelo seu criador e ser um "criador de modas" dava status. Depois disso veio o sistema prêt-à-porter (pronto para vestir), onde a roupa não era mais feita sob medida, e sim em grande quantidade, que foi o que deu origem ao surgimento dos grandes magazines e ao barateamento das roupas, sempre atendendo as necessidades da sociedade de acordo com suas modificações.
 
Antes, não havia distinção entre os tecidos usados por homens e os usados por mulheres; é no século XIX que o vestuário desses dois grupos se afasta cada vez mais. Naquele século (em que a máquina de costura foi inventada), a moda mudava em média de 25 em 25 anos (1809: Império; 1830: Romântico 1850: Vitoriano; 1895: Belle Époque) e assim que o século XX se iniciou, essas mudanças passaram a ser mais rápidas ainda, podemos dizer que, de 10 em 10 anos e desde então este tempo tem diminuido.

Então, sabemos que:
Moda é a tendência de consumo da atualidade. A moda é composta de diversos estilos. Ela acompanha o vestuário e o tempo, num contexto político, social, sociológico.

Estilo é algo pessoal, é uma marca registrada de cada pessoa, é a forma como você se apresenta para o mundo. A maneira como cada um usa ou faz moda, a forma como as tendências são incorporadas no visual ou não. Ter estilo é respeitar sua identidade, a pessoa que tem um estilo próprio pode até se vestir com roupas da moda, mas desde que estejam em harmonia com sua personalidade.

Modismo é aquela tendência de comprar, fazer, falar e ser o que todos são/tem no momento. Modismo é aquilo que está em moda e tem caráter efêmero.

Roupa, também chamada de vestuário ou indumentária, é qualquer objeto usado para cobrir certas partes do corpo. Roupas são usadas por diversos motivos: sociais, culturais, religiosos ou por necessidade.

Há muito preconceito em relação à moda, em parte por seu lado efêmero (muda sempre, e seu meio é a roupa) e porque ela tem a ver com a aparência,  supostamente privilegiando o superficial. Muitas vezes, a moda  também é vista como algo feito para iludir, disfarçar ser alguém que na verdade  não se é. Porém a moda já deixou de ser sinônimo de futilidade e improvisação há muito tempo.
Muitos sentem-se manipulados pela moda. "Estar na moda" parece ser coisa para uma elite (econômica, social e cultural) e mobiliza certa raiva por parte de quem está "de fora" da moda. Esquece-se que há também a moda dos guetos, dos nichos, a moda da contracultura, alternativa, anticonformista, de protesto. Todos tem seu lugar na moda.

Curiosidade: As mudanças da moda no Brasil do século XX:
1910 - Brasil República: referências e roupas francesas tomaram conta do país.
1920 - Anos loucos. Após 1ª Guerra Mundial, as roupas ficaram mais leves, fluidas e alegres.
1930 - A crise. Depois da queda da bolsa de 1929, a moda ficou mais sóbria, adulta e sofisticada.
1940 - Brasil em foco. Carmen Miranda e seu “Miranda Look” marcaram a época na qual as importações foram bloqueadas por conta da 2ª Guerra Mundial, fato que promoveu a indústria têxtil no país.
1950 - Volta da feminilidade. Romance, glamour, sofisticação em vestidos de cintura marcada feitos com muito tecido.
Anos 60 - A partir dessa década a moda passa a ser um indicador da mudança de atitudes e de comportamentos das grandes massas, já que foi nessa época que aconteceu a revolução feminista, muitas revoluções musicais, os jovens se rebelaram e passaram a ter uma moda própria. Foi nos anos 60 que a moda jovem foi criada.
A partir dos anos 80, é notável a mudança da moda de 5 em 5 anos. No século XXI, aparentemente esse tempo diminuiu, só poderemos ter certeza ao olhar pra trás no futuro. Atualmente a moda pode ser copiada, criada, customizada ou resgatada (vide tantos revivals de anos 80, 50 e agora anos 90). 

A moda nunca esteve tão livre e democrática. Não há mais regras rígidas de vestimentas. Ser original e ter estilo próprio, individualizado é o que está sendo mais valorizado.


Fontes consultadas: http://www.portaldasjoias.com.br, http://www.vivaitabira.com.br, http://manequim.abril.com.br/moda/historia-da-moda/50-anos-da-moda-no-brasil e acervo pessoal

28 de abril de 2010

Vampire

Encontrei essas imagens de um editorial chamado Vampire de uma revista japonesa dedicada à arte, a Yaso Magazine

Achei maravilhoso pois os "vampiros" em questão são crianças, na verdade são bonecas tão perfeitas que parecem crianças reais, por conta disso, as fotos  - de cor ocre, como fotos envelhecidas - são densas, pois as meninas (bonecas)  tem a pele pálida da morte e expressão de desalento. Achei as fotos de uma delicadeza e beleza impressionante, sendo quase que possível se tranferir ao mundo delas. É isso que a arte faz com a gente, ela emociona e passamos a fazer parte da obra também. Se eu conseguir scans ou fotos com melhor qualidade reposto aqui.

27 de abril de 2010

Modelos na Capa da Gothic & Lolita Bible!

Eu estava pegando a revista Kera de maio e fui ver se já tinha nova edição da Gothic & Lolita Bible e minha surpresa foi ver que a capa da GLB #36 trás duas modelos ao invés de um desenho! 
A GLB só costuma colocar modelos reais nas edições  Boudoir ou na edição Ensemble! Embora eu ache lindos os desenhos das capas, adorei eles terem usado pessoas reais, afinal eles tem um trabalho maravilhoso de produção de moda em todas as edições e porque não usar esse trabalho também na capa?


Vamos dar uma olhada  nas capas anteriores e comparar?

26 de abril de 2010

Suzanne Forbes: Pinturas Tradicionais para Pessoas Alternativas

Assim  é definido o trabalho da artista americana Suzanne Rachel Forbes
Suas pinturas e ilustrações estão em coleções pessoais por todo os Estados Unidos. Seu trabalho é focado no método de pintura tradicional onde ela reproduz cenas e retratos da vida de pessoas alternativas com  toques de fetiche. Comumente seu clientes são adeptos da estética gótica, burlesca ou punk.
Se você se interessou pelo trabalho e quer um retrato seu, basta contatar a atista por um link no site.

25 de abril de 2010

Extreme Ballerina

Extreme Ballerina Heels by Christian Louboutin!


Pearl Lowe - A Rainha da Renda

Pearl Lowe é uma cantora de rock inglesa que virou designer têxtil e de moda. Sua especialidade é a renda. Ela desenvolve estamparias lindas em renda e recentemente começou uma pequena linha de roupas.


Pearl tem 40 anos e em meados dos anos 90 era vocalista de duas bandas independentes, a Powder e a Lodger. Em 2001 ela iniciou sua linha peças em renda para mesas, cortinas e almofadas. Em 2006 passou a criar sua linha de vestidos vendidos exclusivamente na loja Liberty em Londres. Suas peças em renda são um sucesso de vendas e assim ela ganhou o apelido de "Rainha da Renda". 

Pra quem gosta de peças gótico-românticas, os vestidos e as peças de decoração de Pearl são de encher os olhos. Abaixo scans com imagens da casa de Pearl, decorada com seus trabalhos em renda.


Lowe tem uma filha de 21 anos chamada Daisy Lowe, que assim como a mãe, só se veste de preto. Até 2004, Daisy acreditava ser filha do ex-marido de sua mãe, Bronner Lowe, mas num exame de sangue, revelou que o tipo sanguineo dela não era nem o da mãe nem o do pai, Pearl então disse a ela que seu pai biológico era, na verdade Gavin Rossdale da banda Bush, fato que pegou de surpresa o cantor que na época acreditava que iria ser pai pela primeira vez, visto que sua esposa, a cantora Gwen Stefani, estava grávida do primeiro filho. Esse fato provocou uma crise no casamento de Gavin e Gwen, mas Gavin acabou reconhecendo Daisy como sua filha biologica.

Alguns vestidos em renda de Pearl, sendo usados por sua filha Daisy  :


Há dois anos atrás Pearl se casou com o seu namorado de longa data, o baterista da banda Supergrass Danny Goffey, numa cerimônia nem um pouco convencional, afinal a noiva e sua filha, que era madrinha, vestiram negro e  no lugar de bolo, foram servidos cupcakes de dark-chocolate.


Mãe e filha, sempre de preto e muito estilosas:

24 de abril de 2010

Sellyy

Assim como a cantora estoniana Kerli (postagem abaixo), a cantora de pop rock alemã Sellyy, só está presente aqui no blog por conta de seu figurino que explora o estilo dark.
Afinal, como não reparar em seus sapatos brancos com spikes e o look bailarina preto com corpete de tachas e correntes. A música pode não ser nosso estilo, mas o visual é bonitinho e copiável.

Kerli

Eu já havia postado no meu outro blog, o Diva Alternativa sobre o estilo da cantora de pop rock estoniana Kerli. Acho que é válido postar sobre isso aqui também, afinal além do belo figurino de palco ao estilo Fairytale, ela também é modelo alternativa e está presente na trilha sonora do filme Alice in Wonderland de Tim Burton.

23 de abril de 2010

Malcolm McLaren: o funeral do criador da estética Punk

Como poderia ser o funeral de uma pessoa que criou a estética Punk, revolucionou um país e influenciou todas as gerações seguintes?
Ao ver as fotos do funeral de Malcolm McLaren, o criador dos Sex Pistols e da estética punk, me impressiono ao ver que não poderia haver homenagem mais bela e adequada do que a que foi feita.
O empresário e criador dos Sex Pistols morreu de câncer aos 64 anos no dia 8 de abril, curiosamente no dia de aniversário de ex-esposa Vivienne Westwood. Malcolm há algum tempo, lutava contra um tipo raro de câncer. Seu funeral aconteceu em Londres, na manhã desta quinta-feira, dia 22.


Em 1971, McLaren e sua namorada, a estilista Vivienne Westwood, abriram uma loja em Londres chamada Let It Rock, na  Kings Road. A loja vendia roupas ao estilo Teddy Boy. Em 1972, McLaren foi para os EUA e conheceu a banda The New York Dolls e acabou sendo o responsável por criar o visual da banda para ajudar promovê-la. E então, Malcolm volta à Londres e o casal renomeia a loja, passam a chama-la de SEX, vendendo roupas sadomasoquistas em couro, vinil e acessórios em metal como tachas e spikes, antes o nome da loja era “Too Fast To Live, Too Young To Die".

Fachada da loja SEX
Vivienne Westwood e Malcolm McLaren
Nesta mesma época ela se torna empresário da banda Sex Pistols (nome que foi dado por ele). Era o casal que criava as roupas revolucionárias e chocantes usadas pela banda e que capturaram a atenção do país e do mundo, mudando a forma como os jovens se vestiam chocando seus pais e a sociedade.
O casal se separou em 1980 e tem um filho, Joseph Ferdinand Corré que, junto com o pai, é co-fundador da marca de lingerie Agent Provocateur.

Malcolm sempre foi vanguardista, nos anos 1980 foi um dos primeiros artistas brancos a apostar no hip hop. Em 1989, lançou o álbum Waltz Darling, inspirado pelo vogue, estilo de dança dos clubes gays de Nova York. Anos depois, Madonna o copia em sua música de mesmo nome, "Vogue".

O Funeral:
Centenas de pessoas, entre curiosos, fãs e punks acompanharam o cortejo nada convencional com o caixão de Malcolm em Londres. O público aplaudia a carruagem puxada a cavalo pelas ruas de Camden, com a frase "Too fast to live, too young to die", slogan de sua loja SEX e uma coroa de flores no formato do símbolo da anarquia. A versão de Sid Vicious para a música "My Way" foi tocada no ônibus de dois andares que exibia o lema de McLaren, "Cash from Chaos", enquanto a procissão seguia para o cemitério Highgate onde ele foi enterrado em uma cerimônia privada.
A ex-esposa e estilista Vivienne Westwood estava presente visivelmente triste, com uma bandana escrita “chaos”. "Estou muito, muito triste. Neste dia cruel eu gostaria de dizer... Arranjem uma vida, façam algo com ela!", disse ela ao jornal britânico "The Guardian".
Seu filho, Joseph Corré, sugeriu que em homenagem ao pai, todos façam "Um minuto de loucura".


Visionário ou oportunista, Malcolm McLaren foi um revolucionário. A idéia de transgredir, de fazer as coisas como quer e fazer por você mesmo, seja para atos ou para roupas, é por parte, uma herança punk.

Se não fosse pelo punk, os góticos, deathrockers e mesmo o heavy metal como conhecemos hoje, poderiam ser diferentes, pois o punk influenciou e mesmo deu origem a muitos estilos seguintes, assim como a moda punk influencia até hoje, ainda que muitos de nós não percebam, todo tipo de moda das subculturas. Se hoje é tão comum em subculturas o uso de couro e vinil, látex, acessórias em metal como spikes, correntes e tachas, corsets, sapatos com plataformas e saltos altíssimos, elementos fetichistas e mesmo a idéia de chocar as pessoas nas ruas pelo visual, e investir no visual de uma banda para ela fazer sucesso, tudo isso devemos à Vivienne, a Malcolm e ao Punk.

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