Destaques

31 de janeiro de 2017

GOTHIC STATION a primeira revista brasileira dedicada inteiramente à Subcultura Gótica

Venho convidar todos os leitores a conhecer e apoiar um projeto de Henrique Kipper. Trata-se da GOTHIC STATION a primeira revista feita por góticos brasileiros e dedicada inteiramente a falar da subcultura gótica no Brasil e no mundo de uma forma que interessa a nós.

Para que ela vire realidade é necessário apoiar a causa,
acessando [este link]

https://www.catarse.me/gothic_station

Quem contribuir recebe a revista em casa, sem custo adicional, o que você precisa fazer é escolher qual pacote de recompensas quer (CDs, Camisetas, Quadrinhos, etc) dentre as 27 opções. É possível pagar por boleto, cartão e parcelamento em alguns casos. 

Sobre o criador 
Henrique Kipper é autoridade quando se trata de subcultura gótica no Brasil. Na cena há mais de duas décadas, o ilustrador e quadrinista do Mondo Muerto divide seus conhecimentos no site Gothic Station (alguns textos daqui já foram disponibilizados no site, como "Cultura de Moda nas Subculturas".

Se lamentamos pela falta de cultura alternativa disponível no país, chegou a hora de apoiar quem está dando um passo à frente e ampliando as opções de lazer e conhecimento sobre as subculturas. Vamos fazer esse projeto virar realidade? Compartilhe esse post pra que o projeto se torne conhecido e chegue aos adeptos da subcultura! ;)

Trevócitos ©Henrique Kipper


Acompanhe nossas mídias sociais: 

30 de janeiro de 2017

Como é ser Alternativo na Suécia?

Geralmente ter um estilo alternativo chama a atenção de muitas pessoas e, muitas vezes, por causa do visual, surgem as clássicas frases de familiares e amigos: “Você não arrumará emprego assim!”, “Ninguém te levará a sério com esse cabelo verde!”; E a melhor: “Quando você ficar velho, como ficarão essas tatuagens?”. Essas são algumas das perguntas mais ouvidas pelas pessoas que têm um estilo diferente daquele que é ditado pela grande indústria da moda, ao menos essas eram as reações que eu recebia quando morava no Brasil. Atualmente, depois de muitos anos morando fora, já nem ligo se encontro alguém que tem esse tipo de reação quanto às aparências, porque isso acontece raramente na Suécia, país onde moro.

 A modelo sueca Adora Batbrat
Copyright @adora_batbrat

Aqui na Suécia as coisas são um pouco diferentes, claro que está longe de ser um lugar perfeito, mas, comparando com o Brasil, nota-se uma grande diferença no modo como as pessoas são tratadas por causa de suas aparências. Não posso afirmar que não exista certo preconceito e alguns olhares curiosos ao longo do caminho, mas, de forma geral, ser alternativo aqui não é motivo para tanto espanto, pois você pode trabalhar com o que quiser e onde quiser com um visual alternativo. Percebi isso quando a minha filha entrou para a primeira série. Como meu marido trabalhava na escola, era ele quem a levava, assim, não conhecia a professora da minha filha. Ao questioná-lo sobre como ela era, ele respondeu-me: “Ah! É uma baixinha, magrinha e com um diabão tatuado no peito!”, fazendo gestos e apontando para o colo. Eu comecei a rir da maneira como ele a descreveu. Claro que isso seria motivo de espanto para muitos e, provavelmente, motivo para protestos para que ela cobrisse as tatuagens ou fosse demitida do emprego, afinal “Onde já se viu uma professora de crianças tatuada? Isso é má influência!”. Reação típica de muitas pessoas no Brasil.

Bom, depois de um tempo, eu a conheci. Não era um diabão, mas muitas tatuagens em áreas visíveis do corpo, como colo, braços, mãos etc., e ela não usava roupas que as cobrissem para trabalhar. Ao ver outras professoras do local, notei que ela não era a única a adotar um estilo alternativo, pois outra professora do primeiro ano também tinha um estilo mais Rockabilly, e fui notando que não apenas as professoras, mas as pessoas que trabalham nos mercados, nos bancos e até mesmo nos hospitais; e aí vem a melhor das revelações: ser diferente na Suécia não é lá tão diferente, porque as pessoas te avaliam para empregos pelas suas qualificações profissionais, não pela sua aparência. Minha filha tem o cabelo com mechas coloridas e várias de suas amigas também. Todas são tratadas da mesma forma, são ensinadas a respeitar a individualidade de cada um desde pequenas. É muito bacana você ir a uma reunião de pais e ver que não é a única de cabelo colorido e que as pessoas não ficam te olhando com cara feia, como se a sua aparência fosse mudar algo nas suas responsabilidades como pai/mãe etc.


Adora Batbrat e seus filhos. 
Leia a entrevista que o blog fez com ela [neste link].

Pastelbat reside na mesma cidade que eu 
e anda com seus cabelos coloridos e roupas fofas.
Copyright @pastelbat

O estilo predominante por aqui é rockabilly. O pessoal faz festas e não são exatamente temáticas, as bandas locais tocam esse tipo de música, pois realmente gostam e vivem essa cultura. Nas quartas-feiras, eles se encontram em um clube de dança para dançar buggy. No verão, há um desfile de carros antigos, eles andam pelas ruas exibindo seus lindos carros com som alto e última tecnologia. Eu não sou a melhor pessoa para identificar marcas e modelos de veículos, mas é possível ver desde o Ford Tudor e Simca Chambord até aqueles famosos Mustangs antigos. Além disso, em um festival chamado Midsummer, eles fizeram um desfile só com esses carros antigos, tudo muito legal. 

©Cha Trinsi
©Cha Trinsi

Portanto, como disse antes, nem tudo é perfeito na Suécia e pode ser que a qualquer hora alguém sofra algum tipo de preconceito por isso, afinal, estamos lidando com humanos, e ninguém é perfeito neste mundo. No entanto, de forma geral, os suecos são pessoas super mente aberta e ensinam isso aos seus filhos desde a infância, o que torna cada geração menos preconceituosa e mais evoluída.



Revisão textual: Valéria O´Fern [biografia aqui] 



Autora: Cha Trinsi - Mãe, Fotógrafa, fã do bom e velho Rock N'Roll e do estilo Rockabilly. Não resisto a acessórios kawaii, apaixonada por artes, procuro reunir meus conhecimentos para passar uma mensagem de empoderamento feminino e materno nas mídias sociais. Site: www.chatrinsi.com



Acompanhe nossas mídias sociais: 
Instagram ☠ Facebook ☠ Twitter  Tumblr ☠ Pinterest  ☠ Google +  ☠ Bloglovin´

27 de janeiro de 2017

Curso Rewind - História e Referências de Moda (+ Cupom de Desconto)

Hoje o post é um pouco diferente e mais direcionado aos leitores que querem estudar, estudam ou são profissionais de moda que querem aprender um pouco mais sobre a importância da História da Moda para a compreensão da moda contemporânea: consegui uma parceria com o Portal Use Fashion pra oferecer a todos os leitores dos meus blogs um cupom de desconto para o curso "Rewind - História e Referências de Moda"! O que tem de interessante neste curso? Sim, As subculturas são citadas por sua devida importância estética na sociedade

https://store.usefashion.com/curso/Default.aspx?IDProduto=62


O cupom de desconto é AmoHistóriaDaModa e deve ser preenchido no ato da inscrição como exemplificado na imagem abaixo. Pra fazer a inscrição, basta acessar ESTE LINK e clicar em "Comprar".

https://store.usefashion.com/Segmentado/Carrinho.aspx?IDProduto=34


Pra quem não conhece, o Portal Use Fashion é uma empresa de pesquisa de tendências de moda e comportamento de consumo que analisa profundamente os mercados globais promovendo inteligência criativa, cursos, workshops, consultorias, relatórios de tendência e uma revista mensal para os profissionais de moda.

Sobre o curso:
Ministrado por Renata Spiller, com 20hrs de carga horária e 3 módulos que são compostos por apostilas, vídeos, matérias do site e exercícios, sendo um curso 100% online que você pode começar imediatamente após a inscrição. E tem o certificado ao concluí-lo.

Aprender sobre História da Moda é fundamental pra entender e criar a moda de hoje pois te dá um repertório de conhecimento e referências que possibilita uma maior liberdade criativa para desenvolver tanto coleções quanto outros tipos de trabalhos, como figurino e consultorias.
Assim como nós, cada vez mais os profissionais de moda compreendem a importância da estética das subculturas e seu impacto social, por isso ao mesmo tempo em que elas estão sendo cada vez mais cooptadas pelo mainstream, aos poucos elas estão recebendo a devida menção nos cursos de moda por sua significância comportamental e estética.

curso rewind historia e referencias de moda use fashion


Aqui neste vídeo vocês tem uma ideia do que vão aprender:




Apostila. Copyright: Use Fashion


Conteúdo:
Módulo 1 // Entendendo a moda e sua evolução histórica

1. Moda: história e evolução
2. A moda contemporânea
3. Os clássicos da moda
4. Entendendo a roupa, a indumentária, a moda e o estilo
5. Moda x estilo

Neste primeiro módulo é dado uma geral de história da moda do século XV ao século XX, este, ilustrado década a década e abordando a revolução industrial, a alta costura, o surgimento do prêt-à-porter e chegando à pluralidade da moda contemporânea e finalizando com a diferença de conceitos de moda x estilo e individualidade.



curso rewind historia e referencias de moda use fashion
bullet bra cone bra
Leia aqui a história do Bullet Bra

Módulo 2 // Moda: um fator social
6. A sociedade e a moda
7. A difusão da moda
8. O street style
9. Moda conceitual x moda comercial


Neste módulo a história fica um pouco de lado e adentramos na questão sociológica e antropológica da moda, onde é mostrado questões como as diferentes funções do vestir e seus símbolos sociais. Aprende-se sobre as teorias de difusão da moda, o surgimento do street style, da fotografia da moda de rua e as diferenças entre as criações comerciais e conceituais.

 moda punk das ruas para as passarelaspunk street style


Módulo 3 // A moda que inspira e renasce

10. O passado como fonte inspiradora contemporânea
11. As releituras na moda
12. Vintage x retrô
13. O recurso da desconstrução
14. Na prática: cases e inspirações


Já no módulo 3, retornamos ao que aprendeu-se sobre história da moda e como o passado é usado por estilistas contemporâneos como fonte de inspiração e releituras. Nisto entra em cena o vintage, o retrô e a desconstrução de tudo que já foi feito.

moda anos 1980 1990 bottons e patches
sid vicious vivienne westwood punk style


Quando a moda se alimenta constantemente da própria história para criações contemporâneas é fundamental entender de onde ela veio. Afinal, se não conhecermos a história da moda, como vamos saber para onde ela vai? No curso “Rewind – Histórias e referências de moda” faremos juntos uma análise completa da história da moda. Entendendo como este forte influenciador para as criações também serve de suporte para a pesquisa no processo criativo de TODOS os setores da moda.

Então fica aqui minha dica e aproveitem o cupom AmoHistóriaDaModa (o banner está ali na lateral direita do blog, no topo) pra se especializarem ainda mais na área! ;D


Acompanhe nossas mídias sociais: 




25 de janeiro de 2017

Música Gótica de qualidade: The Birthday Massacre

Pense numa banda que mistura darkwave, rock industrial, gótico, eletrônico, terror e letras tão profundas que são capazes de tocar a alma... O resultado disso é a The Birthday Massacre. A banda vai agradar até mesmo aos que se intitulam "Góticos Suaves".

Também conhecida pelos fãs pela sigla TBM, é uma banda canadense de darkwave (em poucas palavras consiste na mistura de new wave com o gótico) fundada em 1999. Sua formação atual conta com Chibi no vocal, Rainbow na guitarra base e backing vocal, Falcore na guitarra solo, Rhim na bateria, Owen no teclado e Nate Manor no baixo.

A julgar pelos nomes artísticos, visual dos integrantes e pelo vídeo da música “Looking Glass” percebe-se que há muita influência da cultura anime no grupo.

Fonte:metalexiles.com


Com um total de sete álbuns lançados - Nothing & Nowhere (2002), Violet (2005), Walking with Strangers (2007), Looking Glass EP (2008), Pins and Needles (2010), Hide and Seek (2012) e Superstition (2014) - uma das coisas que me chamaram bastante atenção foi o fato de que a banda permaneceu fiel ao seu estilo musical em todos os seus trabalhos. É possível observar a evolução na qualidade das composições, o que muitas vezes não vemos no cenário musical, especialmente no rock, pois as bandas geralmente lançam um ótimo álbum de estreia, mas depois não conseguem “manter o ritmo” por assim dizer.

Além disso, embora seja uma banda relativamente atual, as músicas possuem fortes características dos anos 1980 que adicionam certa nostalgia ao seu som, além de letras reflexivas que são capazes de fazer você chorar... Sério, se você ouvir a faixa “To Die For” sem rolar uma lagrimazinha você não tem coração!

Sobre o estilo visual dos integrantes, conforme citado antes, percebe-se influências da cultura anime com fortes elementos do visual kei (movimento japonês surgido na década de 1980). No que se refere à aparência, é caracterizado pela extravagância misturada com a androginia) do scene e do punk.

Quando falamos sobre subculturas musicais, é quase uma regra que as bandas influenciem os ouvintes no modo de vestir. Góticos, punks ou headbangers em algum momento (ou em todos) criam seus visuais baseado no que artistas destas subculturas vestem. Vamos analisar agora, o visual dos integrantes da The Birthday Massacre.


Chibi 
A vocalista Chibi possui um estilo bem feminino com uma pegada "Lolita Rocker". A cantora é versátil, usa desde peças estilo retrô e franja pinup e é possível notar diversos elementos da estética punk em seu visual, como o look saia xadrez, gravata e camisa branco (também usado pelas riot grrrls) e de gótico vitoriano. Particularmente gosto bastante, pois acrescenta presença de palco e esse é um fator super importante para qualquer banda de rock.



Rainbow
O estilo do guitarrista base é bem marcante e andrógino com muita maquiagem ao redor dos olhos, lentes de contato e batons avermelhados. Seu visual tem clara influência do cantor Marilyn Manson de quem recebe várias comparações. Seu visual se alterna entre peças de moda gótica e peças clássicas masculinas como camisa, calça social e colete.



Falcore
O guitarrista solo tinha um estilo mais punk no início do TBM com um cabelo loiro espetado à la Sid Vicious. Depois adotou um cabelo mais escuro e comprido, complementando seu visual com peças masculinas clássicas aliadas com acessórios como correntes, chapéus e cartolas.



Rhim
O estilo do baterista Rhim é bem mais contido se comparado ao restante da banda. O contorno forte nos olhos e o look total black são sua marca registrada.





Owen
O tecladista Owen possui vários elementos scene em seu estilo, como cabelos coloridos e maquiagens temáticas. Considero ele como o panda da banda por causa do grande círculo rosa maquiado em torno dos olhos...[risos].



Nate Manor
Assim como o batera, o estilo do baixista Nate é mais discreto. Diferente dos seus companheiros de banda ele usa pouca maquiagem e tem um visual mais metaleiro por conta dos looks total black e das jaquetas de couro.




Curiosidades:  

☠ O logo de coelho começou como uma tela de carregamento no site da banda. No entanto, fãs começaram a usar orelhas de coelho nos shows, fazendo com que a banda adotasse o logotipo como sua marca. 

☠ Há um cover da música "I Think We're Alone Now" da cantora Americana Tiffany no EP Looking Glass.

☠ Eles estiveram no Brasil em 2015 fazendo shows nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. 


Pra quem quer conhecer um pouco mais sobre o The Birthday Massacre, a melhor forma é escutar suas músicas:




Espero que tenham curtido! ;)


Autora:

Sammy Vieira - Coffee lover, Cat Lady & Geek Rocker. Cursa Produção Multimídia, mas é formada em Gestão de Recursos Humanos e especialista em Docência e Educação Corporativa. Apaixonada por design, música, fotografia, moda e cultura alternativa. É noiva, professora de RH, vocalista de uma banda de Pop Rock e inquieta por natureza: está sempre fazendo malabarismos para conciliar o relacionamento, a profissão, os estudos e os hobbies.




Acompanhe nossas mídias sociais: 

19 de janeiro de 2017

Documentário Janis Joplin: Little Girl Blue

Após anos de especulação sobre um filme dedicado a sua biografia, em 2016, saiu o documentário Janis Joplin: Little Girl Blue, que conta a trajetória pessoal e musical de uma das mais importantes vozes do Blues e do Rock.


Nascida em 19 de Janeiro de 1943 - “just like the capricorn I am” - nos deixaria ainda muito jovem, entrando para o fatídico Clube dos 27. Esse é um fato que marcaria sua história, e ainda em vida notaria as transformações dessa data. Parece que a tal idade não é mesmo fácil para ninguém, mesmo para os que sobreviveram. Em entrevista à MTV na década de 1990, Axl Rose revelaria que numa conversa com o Prince, o músico havia lhe dito que os 27 anos são os piores. 


Ao longo do documentário, observamos várias questões típicas de uma grande rock star: sentia-se completamente deslocada das pessoas de sua cidade, Port Arthur, Texas. Um local pequeno e de mentalidade conservadora que odiaria para sempre, pois seria lá que destruiriam sua autoestima da qual nunca recuperaria. Sendo uma garota que não seguia as regras de comportamento das meninas de sua época, sofreu consequências por ser considerada diferente. ápice da humilhação tornaria forma quando num concurso de uma fraternidade, a elegeram “O Homem Mais Feio”, algo que a magoaria demais e a faria sentir os efeitos do machismo na sociedade. Mesmo com a belíssima voz, composições e interpretações marcantes, o adjetivo “feia” lhe perseguiria com frequência em artigos na mídia.

Seu talento para as Artes começou cedo: primeiro o desenho e depois a música



Sobre sua evolução estética e na performance em shows, ocorreria quando trocaria o Texas por São Francisco, na Califórnia. A efervescência cultural da cidade foi superimportante no desabrochar do comportamento da cantora. Em contato com a liberdade social dos anos 60, e como todo jovem influenciado pelo movimento beatnik, aproveitou ao máximo o lema sexo, drogas e rock n’ roll. Influenciada por músicos como Otis Redding, ficaria famosa no festival pop internacional de Monterey, em 1967, ganhando o título de a primeira estrela feminina do rock. Restavam apenas três anos para usufruir seu meteórico sucesso.


Nesse pouco tempo Janis passou por muita coisa, entre altos e baixos bem fortes. Uma delas seria a sua viagem ao Brasil em pleno Carnaval, onde conheceria aquele que parece ter sido o seu grande amor. Essa é uma das partes mais legais do documentário, com diversas imagens mostrando uma cantora genuinamente feliz, se jogando no samba e nas praias cariocas. Há centenas de estórias dela em sua excursão ao país, incluindo passagens famosas como a expulsão do Copacabana Palace e seu encontro com Serguei. Leia mais sobre aqui e aqui

Janis no Brasil. Abaixo, a canção sobre seu coração partido após conhecer seu grande amor no país.



A frase “tristeza não tem fim, felicidade sim”, da canção “A Felicidade” de Vinícius de Moraes e Tom Jobim poderia embalar a volta de Joplin aos Estados Unidos. Seu novo amor não aguentaria a recaída de drogas e partiria para mais uma viagem pelo mundo. A falta de êxito na troca das bandas Big Brother and the Holding Company para Kozmic Blues ainda lhe dava dor de cabeça. A alegria adquirida no Brasil logo daria retorno a solidão que sentia nos momentos em que as luzes dos palcos se apagavam. No dia 04 de Outubro de 1970, sairia de cena devido a uma overdose de heroína.

Em entrevista a Dick Cavett, Janis fala sobre "Move Over",
 a vinda ao Brasil e o futuro reencontro com os colegas que a debochavam no colégio.

As qualidades e defeitos de Janis não ficavam nos bastidores. Um vozeirão que escondia suas fragilidades, mas que exalava a sensibilidade que possuía. É um documentário que deve ser visto por todos os fãs de rock e para aqueles que não conhecem as predecessoras de Amy Winehouse. 

“Tocar é viver, é a maior diversão que existe. Sentir as coisas e mergulhar nelas. É divertido.”



Acompanhe nossas mídias sociais: 
Instagram ☠ Facebook ☠ Twitter  Tumblr ☠ Pinterest  ☠ Google +  ☠ Bloglovin´

18 de janeiro de 2017

The Vamp Stamp: conheça o carimbo "olho de gatinho" (cat eye makeup)

Nós ficamosempolgadíssimas com o surgimento de um novo produto no mercado de maquiagem, trata-se do VaVaVoon da empresa The Vamp Stamp!


O produto, um carimbo em dois tamanhos, promete acabar com o drama das tentativas erradas (ou tortas) de fazer o cat-eye (olho gatinho). Assistam o vídeo:


 
A empresa de Los Angeles foi criada exatamente para dar vida aos carimbos, sua idealizadora é Veronica Lorenz uma maquiadora de celebridades e vencedora de prêmios de inovação. Segundo a empresa, o produto tem a função de fazer a "asinha" perfeita, já que nem os profissionais de maquiagem escapam de deslizes. E outra questão: meninas como nós não usamos Vamp e Cat-Eye Makeup apenas pra sair à noite, usamos no dia a dia, no trabalho, então imagina você atrasada e ainda tentando fazer o delineado dar certo?
Se o produto funcionar mesmo em todos os formatos de olhos, ele terá sua parcela libertária pois permitirá que as mulheres sem habilidade de fazer este tipo de maquiagem ganhem autonomia e mais tempo livre através da praticidade do produto. 



O carimbo está em pré venda por $25.00 e promete ser lançado ainda neste semestre. 

Veronica Lorenz criou o The Vamp Stamp em 2013 para uma audiência que incluía pessoas com deficiência, sendo o produto direcionado à pessoas com menos habilidade de maquiagem e que elas pudessem ter um cat eye tão sofisticado quanto os dos profissionais. O carimbo acompanha uma tinta, a VINK ™ (vendida separadamente). O motivo pelo qual o produto ainda não estar no mercado pode ser a sua patente, agora oficializada. O produto foi divulgado em outubro de 2016 e logo se tornou viral. 
Assim como diversas maquiadoras, também estamos ansiosas para o lançamento!

O carimbo pode agilizar a vida das mulheres que amam cat-eye
mas nem sempre tem tempo para executá-lo com perfeição!


Acompanhe nossas mídias sociais: 

17 de janeiro de 2017

Resenha Literária | O Universo Paralelo dos Zines

Há uma forma de comunicação que tornou-se popular dentro dos movimentos punk e riot grrrl, permitindo a liberdade de expressão de seus adeptos: os fanzines. São revistas independentes que surgiram no início do século XX, sem restrições de conteúdo ou convenções de concepção, que mostraram-se ser uma válvula de escape à grande mídia. Do mesmo modo que hoje podemos criar um grupo no Facebook para reunir pessoas com interesses em comum e falar sobre certas coisas, os fanzines eram a “rede social” analógica para pessoas da cena underground – era o modo como “postavam” e “compartilhavam” sobre feminismo, bandas independentes, quadrinhos e outros artistas e ideologias –, contribuindo para fortalecê-la.
Norteado pelo mantra do DIY ("do it yourself", faça você mesmo), típico do underground, Márcio Sno resolveu contribuir para a falta de conteúdo nacional sobre o assunto escrevendo ele mesmo este livro. 

marcio sno

O livro usa linguagem simples e fácil de entender e conta com o resultado das pesquisas feitas por Sno, sua própria vivência no meio underground de São Paulo e experiência como zineiro (editor de zines). Se você é um completo leigo no assunto, pode ser introduzido à definição, características e história dos fanzines, assim como ao vocabulário usado pelas pessoas da cena. Sno conta como era o esquema de produção e distribuição de seus tempos de juventude e o impacto que tudo isso sofreu com a chegada da internet e suas redes sociais, além de mencionar zines importantes como Ficção (primeiro zine brasileiro de quadrinhos, lançado em 1965) e Manifesto Punk (primeiro zine punk nacional, dos anos 1970).


Nos EUA da década de 1990, foi através de zines que garotas punks
informavam sobre feminismo. Era o chamado Movimento Riot Grrrl
riot grrrlriot girl fanzine


É interessante também a menção de projetos pedagógicos que incentivam os alunos a produzirem zines em sala de aula, dando voz aos jovens e fazendo com que sejam ouvidos – o autor também promove oficinas de zines e afirma que há a ampliação de horizontes por parte de quem entra em contato com a prática.

A melhor parte são as dez páginas com todas as referências de pesquisa para o livro! Como já dito, o livro foi escrito em resposta à carência de conteúdo nacional sobre o assunto – os poucos livros brasileiros sobre zines estão listados – , o que o fez procurar por fontes em inglês e espanhol para tanto, desde livros e artigos até documentários e sites.

referencias de pesquisa
Alguns dos títulos da pesquisa (clique na imagem para ampliar)

Recomendo para quem for curioso um desses documentários, de autoria do próprio Sno:

Capítulo I:


Capítulo II:


Capítulo III:


O Universo Paralelo dos Zines é uma publicação da editora independente TimoZine, dá para adquiri-lo através do site deles, pra quem mora em São Paulo, ele também é vendido na Banca Tatuí e na Ugra Press.

Imagem do instagram de Sno @marciosno

“Enquanto a grande mídia estimula as pessoas a consumirem, os zines encorajam as pessoas a fazerem parte e produzirem algo por eles mesmos.” – Márcio Sno


Autora: Annah Rodrigues
Estudante de Design e técnica em Multimídia aspirante à ilustradora. Uma colcha de retalhos ambulante: gosta desde rock e cultura alternativa até coisas de época e animes. Usa sua introversão e sentimento de (des)encaixe para refletir sobre coisas aleatórias nas horas vagas e desbrava aos pouquinhos a cena independente de São Paulo. Instagram - Deviantart - Art Blog - Tumblr pessoal - Facebook


Acompanhe nossas mídias sociais:
 Instagram Facebook Twitter Tumblr Pinterest  Google +  Bloglovin´  
 


© .Moda de Subculturas - Moda e Cultura Alternativa. – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in