Destaques

31 de dezembro de 2009

Degenerotika

Degenerotika Clothing é uma marca de moda alternativa da designer eslovena Tea Bauer.
Eu estou fascinada pelo trabalho dela!
São peças góticas, glam-industrial, não-óbvias e com um trabalho sensacional de modelagem: angulosas, cheias de texturas, detalhes.
Parecem roupas feitas pra garotas perigosas ou bad girls do cinema. Sem dúvida, tem que ter muita personalidade pra usar as roupas dela.
Selecionei algumas peças maravilhosas pra vocês:



 
 
 

30 de dezembro de 2009

Não sou mais tão estranha...

Tenho pensado sobre essa espécie de "moda" atual de ser alternativa.
Quando eu era adolescente na década de 1990, no interior do Estado de SP,  eu era considerada muito estranha pelos meus colegas de escola e vizinhos. Tão estranha a ponto de alguns colegas de sala me olharem de lado e nunca, em anos estudando juntos, sequer terem falado comigo, tinha poucos amigos na sala de aula, apenas aqueles os que ninguém mais queria ser amigo, era difícil cair na mesma sala de alguém "alternativo", era raro encontrar os rebeldes. Eu era "estranha" ao ponto de as pessoas cochicharem, me apontarem na praça principal da cidade e até mesmo me pararem e perguntarem como eu ousava andar daquele jeito.

O que havia de errado comigo? Segundo eles: roupas escuras, chamativas ou que eu costurava ou customizava, cabelos tingidos, unhas com cores diferentes que eu mesma fazia em casa pois não havia esmaltes ultra coloridos à venda, maquiagem - que nem era pesada perto das que se usam hoje - no máximo um lápis/sombra escura e um batom.

Mas, do fim dos anos 1990 pra cá, algo mudou. E foi a Moda, foi o modo como ela fez as pessoas enxergarem as subculturas.

Hoje, se eu sair na rua igualzinha ao jeito que eu saía no final dos anos 90 em minha adolescência, vão dizer que minha roupa é básica e "nada de mais, é só um estilo". Hoje, muitas pessoas me param na rua perguntando que marca é tal coisa que estou usando porque elas querem uma igual. As pessoas não me consideram mais "estranha", mas sim "diferente", só que num sentido positivo.

Ser estranho, ser diferente, não choca mais em lugar nenhum, nem na cidade do interior onde cresci e nem nas escolas! Hoje, ninguém deixa de ser amigo, de conversar com o outro na sala de aula porque ele se veste diferente, ao contrário é muito cool ter um amigo diferente na escola. É cool se gótica, é aceitável ser headbanger. Há grupinhos de pessoas "diferentes" nas escolas que se juntam e se fortalecem. Na minha época não tinha isso, era você se juntar aos excluídos e bizarros da sala ou ficar sozinha.

Os tempos mudaram, e eu vejo toda essa mudança passar na frente dos meus olhos, relembro o que vivi e tudo que briguei pelo direto de ser como eu sou, insistindo no meu jeito, provando a todos que não era uma fase e nem que eu era um caso perdido. Provando que posso ir vestida do jeito que eu quiser em todos os lugares porque o que me destacará não serão minhas roupas e sim a personalidade, educação e cultura. Educação essa que aprendi insistindo em ser uma "lady" mantendo a compostura mesmo ouvindo coisas desagradáveis.

Eu amo a Moda. Amo a influência e as mudanças que ela provocou na minha personalidade e na minha vida. Mas eu nunca gostei da futilidade da moda, do efêmero. Sempre fui contra isso. Contra as pessoas comprarem roupas apenas por estar na moda e sairem todas iguais na rua, com o mesmo tipo de sapato, com o mesmo tipo de vestido, o mesmo tipo de bata, sem um mínimo de personalidade.
E agora eu vejo a moda alternativa influenciando a moda efêmera, peças que antes eram bizarras, horríveis, estranhas, hoje são objetos de desejo de todo tipo de gente comum que quer parecer descolada, que quer parecer alternativa, que quer se destacar na multidão, pessoas que tem ânsia de serem chamadas de "diferentes" e "originais", porque hoje em dia ser "diferente" e "original" é ser popular e ter muitos amigos nas redes sociais.

Aceito e acredito na democratização da moda, mas tenho receio da banalização da moda alternativa, de sugar a moda alternativa pra ter lucro, já que a moda efêmera está esgotada de ideias. Mas por outro lado, um tanto quanto contraditório, admito, adoro poder entrar em qualquer loja, da mais cara à mais barata e poder encontrar peças e acessórios do estilo que eu gosto, inspiradas em subculturas. Dá um gosto de liberdade, de democracia na moda.

Tudo isso porque embora as lojas alternativas nacionais sejam boas, elas ainda são distantes de seu público: não estão fisicamente em todas as cidades, algumas ainda caem no estereótipo adolescente, vendem roupas importadas ao invés de produzirem novidades, não estão com roupas de todos os segmentos e somos obrigadas a buscar o que falta em outras lojas. Então, quando a moda alternativa nacional falha, nos obriga a consumir nas lojas "normais".
Viver de moda alternativa é difícil nesse país, eu sei. E com a popularização da moda de subculturas, imagino que dever ser mais difícil ainda pros lojistas alternativos porque a concorrência agora não é apenas das lojas alternativas, mas das lojas mainstream também.

Essa nova geração de jovens alternativos, que não sofreram o estigma de serem "estranhos" e sofrerem abusos por isso, hoje tem a facilidade de encontrar tudo à mão, tudo fácil, e assim podem montar seus visuais sem limitações. Claro que ainda hoje há preconceito mas vejo que a atitude do observador é diferente daquela época. É bom quem está descobrindo a própria personalidade poder ver uma peça alternativa e pensar: "eu gosto disso" e acabar buscando as origens daquilo e se descobrir parte de uma subcultura.

A moda é poderosa, dizem ser a indústria mais poderosa do mundo, pois ela molda o comportamento de milhões de pessoas no mundo todo. A moda é libertadora, mas ela também pode destruir a significação de uma peça, banalizar, tornar uma estética ordinária, corriqueira, sem sentido nenhum. E é isso que eu receio: o esvaziamento de significados.

Acompanho essa influência da estética alternativa na moda efêmera avidamente, como vocês podem ver nas postagens do blog, porque eu quero fazer parte disso e quero ver onde isso tudo vai parar e no fim, poder dizer que sobrevivi e que vi a moda alternativa se readaptando, se inovando e novamente se diferenciado e se distanciando cada vez mais da moda fútil.
E eu continuarei lutando pelo meu direito de ser novamente uma estranha na multidão.

R.I.P. Jimmy - The Rev

Foi com muita surpresa que descobri hoje, que Jimmy Owen Sullivan (The Reverend), baterista da banda Avenged Sevenfold/A7X  faleceu ontem, segunda, dia 28.
Fiquei muito chocada porque ainda ontem eu estava escutando um cd da banda, que gosto muito, e Jimmy era um ótimo baterista, um dos melhores da atualidade!
Estou realmente chocada, pois ele era tão novo! O que está acontecendo que tantas pessoas jovens estão morrendo?
Fica aqui minha homenagem à ele, desejando melhoras pra banda. Mais um a pessoa super talentosa que se foi cedo demais.


R.I.P. Jimmy, The Rev 10/02/1981 - 28/12/2009

29 de dezembro de 2009

Corset Popularizado, quase banalizado

Acho que não há mulher que não goste de corset e corselets! São peças super femininas e que valorizam nossas curvas.
Não gosto da forma que o corset (espartilho) era usado antigamente: pra fazer a mulher ficar sem poder se mexer; madame; com falta de ar; deformada; ilustrando as riquezas dos maridos como um bibelô e moldando o corpo como o macho gostava.

Mas eu gosto muito da forma sensata que estão sendo usados hoje, como peça de estilo ou pra dar uma leve afinada na cintura sem exageros.

Eu sempre gostei da peça, desde criança já desenhava looks com corsets. Nunca estiveram muito presente na moda desde a liberação das amarras do corpo feminino no começo do século XX, o que se via em editoriais até então eram corselets (peças com mesmo formato do corset, mas sem a finalidade de afinar a cintura, apenas usada como peça de estilo). O único lugar que os corset e corselets nunca saíram da moda, foi na Moda Underground.
Se vocês forem pesquisar livros sobre subculturas do século XX, eles estarão sempre lá, com os góticos, os fetichistas, punks... No Brasil, eu sempre vi corselets na Galeria do Rock, antes apenas nas lojas góticas, hoje, acho que toda loja da Galeria vende um corseletinho por mais simples que seja.

Já os corsets (espartilhos), a primeira vez que ouvi falar da confecção deles por aqui, foi em 2005, quando peguei um flyer - na verdade um cartão- da Madame Sher na Galeria do Rock. Fui pesquisar e foi nessa época que conheci o trabalho dela e pesquisando acabei conhecendo outras marcas como Madame Rouse, Black Cat, e etc. Hoje em dia há muitas outras marcas e pretendo fazer uma postagem mais completa sobre o assunto em breve.

Eu tenho notado que a busca por corset e corselets está intensa da parte feminina. Popularizou mesmo! Uma peça que antes era apenas restrita  e interessada ao público underground.

Tem meninas que não gostam da popularização, de ver o "povão" usando. Acho que todo mundo tem a liberdade de usar o que quer, dentro do seu estilo, sem se trair, seja uma pessoa alternativa, uma artista modista ou uma mulher do "povão". A moda passa, o estilo fica, assim já dizia Chanel na década de 20.

O que temos que ser contra é a banalização da peça. Acho que ainda não chegamos à esse ponto com o corset, mas podemos estar perto. Mas uma coisa que banalizou bem, pra vocês terem uma idéia do que eu quero dizer, foi o estilo Pin up! Puxa vida como banalizou. É estranho uma subcultura banalizada ao ponto que foi banalizado as Pin ups! Um estilo antes tão subcultural e pouco conhecido, agora sendo usado por todo tipo de gente que, de repente "virou" Pin up e que "sempre amaram o estilo, mas não sabiam o nome". Não gosto de banalização da estética das subculturas, acho um desrespeito com quem faz parte da subcultura e a  vive como um estilo de vida, não apenas usa as roupas. Usar as roupas como moda é uma coisa, viver a subcultura é outra.

Pra provar a popularização dos corset e corselets vou postar aqui um link da uol (que também saiu em outros sites), com um texto sem erros, mas bem tosquinho sobre o assunto. Mas reparem que o estilo do "editorial" é bem alternativo, o que me deixou incomodada foram algumas coisas escritas como nessa frase: "maquiagem forte e escura nos olhos, com delineador e cílios postiços são a marca deste estilo". Como assim? A pessoa que escreveu o texto tá ensinado a ser "alternativa"? Como que dizendo que pra usar um corset você precisa parecer alternativa? Peraí, isso é muito ridículo! Como se pra usar as peças você tiver que se montar de estilo alternativo. Ora cada um usa a peça como quiser, "ensinar" uma pessoa a usar corset seguindo um certo estilo de maquiagem e atitude, já é forçar demais! é um passo pra banalizar a estética alternativa.

É isso que não gosto em certas ignorâncias da moda: a mania que certas pessoas têm de fazer um estereótipo de uma subcultura. Normalmente são jornalistas ou pessoas que trabalham na área que nunca estudaram Moda de fato, nunca leram livros. Irritantes!

Para ver a matéria clique aqui ou copie e cole: http://estilo.uol.com.br/moda/album/corset_album.jhtm?abrefoto=26#fotoNav=46

Me diga o que vocês, meninas alternativas pensam sobre banalização.

25 de dezembro de 2009

Meu presente de natal pra vocês

Quando eu era criança, numa era sem internet e num país que vivia uma crise econômica atrás da outra, as Barbies eram extremamente caras e bonecas de pano não tinhas roupas extras,  uma das coisas que eu adorava ganhar sempre que minha mãe saía comigo eram Bonecas de Papel.
Puxa, como eu me divertia trocando sem parar as roupas daquelas bonequinhas frágeis que podiam rasgar a qualquer momento, não podiam ser molhadas e só usavam roupas na parte da frente. Não sei se nasceu aí minha paixão por moda, afinal toda menina gosta de trocar roupas em bonecas, mas é uma bela lembraça de uma bincadeira barata que não se vê mais pra vender nas bancas.

Por isso, meu presente de natal pra vocês são bonecas de papel, pra quem nunca brincou saber o que era e pra quem brincou matar a saudade.

1. Clique na imagem e escolha o botão imprimir
2. Na hora de imprimir ajuste a imagem ao tamanho da página
3. Para imprimir a boneca escolha um papel mais grosso, as roupinhas podem ser em papel sulfite.

Paper Doll da Twiggy, a legendária modelo inglesa que começou o padrão de magreza absoluta na moda.

 
 
 
Esta Paper Doll abaixo é Betsy McCall uma das mais fofas já criadas, que existiu de 1951 a 1995  nas páginas da revista McCall sempre acompanhando as mudanças da moda. De 1951 até 1972  ela foi mais graciosa, mas as bonequinhas da década de 50 são minhas favoritas, pois amo a estética Dior dos anos 50. E as bonequinhas já vinham com anáguas!

 
  
Se vocês gostaram e quiserem que eu poste Paper Dolls com frequencia aqui no blog, avisem nos comentários que eu atenderei pedidos.

24 de dezembro de 2009

O look perfeito

O look perfeito pra festa natalina do dia de hoje escolhido por mim, é o look da cantora japonesa Koda Kumi (visite site nacional aqui), feito pra divulgação de seu cd Taboo.

É de longe o tipo de visual que mais gosto: preto, feminino, diferente, com saia curta e volumosa, lindos acessórios e perfeito pra esse calor brasileiro.  Nos pés, pra ficar moderno e original eu arriscaria algum modelo de sandália Melissa, sendo as opções: Three Straps Elevated, Ashia, Kali ou arriscaria uma Zaha. E tá perfeito.

Biker Chic by Roberto Cavalli

Eu adoro o estilo biker chic!
Olha só essa página da Marie Claire de setembro com looks Roberto Cavalli.
Lindas peças né? Gostei imensamente das saias!



22 de dezembro de 2009

Glam Rock na Elle

Já comentei aqui que notei que a moda das subculturas está em voga desde mais ou menos 2005, quando editoriais e muitos designers passaram a fazer roupas inspiradas na moda underground. Antes de 2005 era apenas um ou outro designer que apresentava um ou outro look perdido aqui e ali. Era difícil ver algo super underground em páginas de revistas famosas.
Pra comprovar isso, eu apresento aqui scans da revista Elle América de julho de 2006.
Eu tenho essa revista e na época a adquiri  justamente porque ela tem muita coisa inspirada em subculturas, principalmente rock anos 80 e gótico.
Hoje até passa batido, mas na época lembro que fiquei boquiaberta de ver calças de vinil e visual super 80´s na Elle America! Fora que era um indício de que essa onda da moda Hard-Glam 80 estava voltando. E voltou mesmo como podemos ver hoje em dia, que esse estilo está realmente em alta com os jovens e com o revival de bandas de hard/metal desta década.


 
 

21 de dezembro de 2009

Fetiche Noir - Elle Brasil

Editorial Fetiche Noir publicado na Elle Brasil de dezembro.

Influência rock n roll no make, nas roupas, na atitude, algo de drama gótico, belas peças que servem de inspiração pra um look mais maduro e estiloso. Peças básicas e clássicas  dando idéia de menos é mais sem perder a sensualidade. Nem sempre sensualidade é usar  pouca roupa.

"Decotes, transparências, rendas. Looks fatais em black total escondem e revelam o corpo numa brincadeira sexy." diz o texto da revista.
 
Vou postar apenas as fotos, mas algumas das marcas presentes nesse editorial são: Carlos Miele, Fogal, Wolford, andré Lima, Estúdio TMLS, Lita Mortari, Forum, Schutz, Stella McCartney, Filhas de Gaia, Bianca Ranucci, Iódice, Walério Araújo, Armani, Gucci, Reinaldo Lourenço, Maria Bonita Extra, entre outras.

 
 
 

Brittany, Forever Young

Vou sentir saudade da Brittany, gostava tanto dela.
As Patricinhas de Beverly Hills marcou minha geração, Medo em Cherry Falls, Refém do Silêncio, Garota Interrompida e A Garota Morta  estão entre meus filmes  preferidos. E Deadline que acabou de sair em dvd e não assisti ainda, certamente entrará pra lista dos preferidos também.
Ela era uma bela atriz que não tinha medo nenhum de fazer filme de terror. Provou que podia fazer todo tipo de filme: ser boazinha, engraçada, inocente, sexy, malvada.
Eu adorava ela má, com aquelas olheiras, olhos tristes ou assutados, fantasmagórica, sempre com atuação convincente.
Mais uma para lista das que serão jovens para sempre.
Descanse em paz Brit.

 

19 de dezembro de 2009

Bad Girl na Numéro Coréia

Uma bad girl de olhos tristes e muito elegante no editorial da revista Numéro Coreana de dezembro 2009. A modelo é Snejana Onopka.


 
 

Natal me lembra vermelho

É só falar em natal e a cor vermelha vem a minha cabeça.
Não tem nada de underground nesse editorial da Elle Brasil de março desse ano, mas tem vestidos lindos de conto de fada.

Editorial: Russian Red
Chapéuzinho Vermelho: A capa, tradicional em contos infantis, reaparece com ares de nobreza e faz par com o longo claro. Para adicionar modernidade, legging metalizada.
 
Vestido de musseline de seda e renda, Maria Cereja, R$ 7,5 mil.
Capa de tafetá, FH por Fause Haten, R$ 1 062.
Colar de strass, metal, pérolas fake e veludo, Daslu, R$ 960.
Legging metalizada, Adriana Degreas, R$ 350.

Catarina, a Grande: um imponente longo vermelho é suficiente pra você conquistar o mundo.
Vestido de cetim com tule e renda, Samuel Cirnansck, R$ 12,7 mil.
Anágua de tule, acervo ELLE.
Sapato de camurça, Ausländer, R$ 688.
Brinco banhado de ouro, com pérolas e cristais Swarovski, Marco Apollonio, R$ 475.

Soldadinho de seda: O casaco com inspiração militar deixa o vestido mais moderno.
Vestido de tafetá, Tessuti, R$ 1 820.
Casaco de veludo bordado com linha e canutilhos, Samuel Cirnansck, R$ 2,1 mil.

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