Destaques

28 de abril de 2012

Picnic Vitoriano SP Promove Passeio Fotográfico na Virada Cultural

O grupo Picnic Vitoriano São Paulo está promovendo um Passeio Fotográfico na Virada Cultural. Acontecerá no dia 06 de maio, à 1hr da madrugada (na passagem de sábado para domingo). O ponto de encontro é no Hall da Estação da Luz CPTM (onde se encontra o piano). O trajeto do evento será um passeio noturno pelas ruas da cidade em direção ao stand do evento steampunk.

O passeio é um evento público (gratuito) e todos podem participar, porém devem obrigatóriamente seguir o dresscode que é bem amplo: vai da Idade Média (400 d.C.) à Primeira Guerra Mundial (1914). Lolita, Ouji, Romantic Goth, SteamPunk, Releituras e Inspirações também são aceitas.
 
Se tiverem dúvidas, contatem o grupo:
No blog/site do grupo vocês encontram tutoriais e dicas de como se vestir:
E aqui no Moda de Subculturas você pode pegar informações sobre História da Moda.

21 de abril de 2012

Moda Mainstream Influenciando a Moda Alternativa

Uma das maiores provas da hibridização de estilos entre a moda dominante e a moda alternativa são as cópias/versões alternativas de criações de grandes grifes mainstream. Desde meados da década de 2000 a relação entre moda dominante e moda alternativa/subcultural estão mais estreitas.
Recentemente vi uma vaga de emprego para designer de moda em uma conhecida loja alternativa americana. Entre todas as habilidades técnicas exigidas de um estilista, o anúncio também priorizava que o candidato teria de estar informado sobre as tendências da moda atual.

Porque isto está ocorrendo?
Um dos motivos é o fato de vivermos em uma sociedade capitalista de consumo e cada vez mais as pessoas "não podem viver sem tal produto!". Esse pensamento se expandiu para os alternativos. Os consumidores alternativos do século XXI estão criando hábitos de consumo como o das pessoas "normais".

E então você olha para os exemplos abaixo e pensa: 
Por que essas criações surgiram primeiro na moda dominante e foram copiadas pela moda subcultural? Por que as lojas alternativas não criaram estes produtos antes?

Os motivos são vários, desde as marcas mainstream terem dinheiro pra investir em profissionais de moda que criam peças independente de seus gostos pessoais e que estão de olho na moda de rua, trabalham com um marketing persuasivo e com a amenização de temas/estéticas polêmicas para as massas.

Muitas das lojas alternativas até meados da década passada não tinham pessoas formadas em moda em suas equipes. Era comum (e limitativo) donos de marcas alternativas criarem apenas peças que eles usariam, a famosa criação baseada em gosto pessoal e não necessáriamente no gosto do público alvo. Na escolha entre moda underground x moda alternativa, a moda alternativa se destacou, já que moda é consumo e consumo é lucro. Permancecer undergound é vender pra um público muito específico e nem sempre ter grana pra investir em novidades.

A diminuição do preconceito com a palavra "Moda" no meio underground/alternativo fez surgir uma maior aceitação de pessoas formadas em moda neste tipo de empresa. Moda, além de comércio é expressão pessoal, identidade, individualidade e é isto que o consumidor alternativo do século XXI busca. Ter alguém formado na área tem se revelado uma prioridade como vimos no anúncio de emprego que citei acima. 

Abaixo, destaquei apenas as influências mais famosas da moda dominante na moda alternativa mas existes outros exemplos que ficarão para outra ocasião. Links recomendados em roxo.

Studded Shoes:
Em 1993 Vivienne Westwood lançou um sapato com spikes. Naquela época, a moda não pegou entre os alternativos. Com a forte tendência do black/heavy metal na moda dominate em 2009, diversas marcas mainstream lançaram sapatos com studs (Louboutin, Balmain, Gareth Pugh, Prada, Rodarte). No mesmo ano, o mercado asiático fez as cópias e só recentemente marcas alternativas e começaram a fazer suas versões.
Outros exemplos da relação "mainstream x cópia alternativa" se tratando de calçados de marcas nacionais:
Mais alguns links sobre a tendência Black/Heavy Metal na moda dominante:

Caveiras: 
Andar com um acessório de caveira até os anos 2000 era ter estampado na sua testa que você era um jovem muito rebelde. As caveiras eram masculinas e agressivas, botavam medo no observador, embora marcas como a Alchemy Gothic já começassem a fazer algumas caveiras mais femininas. Encontrar facilmente uma caveira delicada num anel ou colar era algo raro, mas aí vem Dior com sua joalheiria de luxo, Delfina Fendi com seus esqueletos que abraçam e o estilista McQueen se populariza pro grande público trazendo junto suas caveiras de aparência fashion e diversificadas. Hoje, até mesmo as patricinhas tem caveiras em seus closets.
Recentemente as clutches com anéis de caveira criadas por McQueen viraram febre entre os consumidores de moda luxo. Essa assinatura do designer ganhou cópias feitas na Ásia para a classe média e são vendidas em sites nacionais.

    Camiseta com as costas de esqueleto:
    A criação original é de uma coleção da DSquared e inspirou customizações navalhadas aos que não tinham grana pra uma original. Comercialmente demorou um pouco, mas marcas alternativas já fizeram as cópias. A Rodarte também tem sua versão, lançada ao mesmo tempo que a Dsquared.


    Salto de esqueleto da DSquered2:
    Outro calçado que foi uma febre entre os consumidores de moda luxo e é amado pelas garotas alternativas são os skeleton heels da DSquered2.
    Uma marca alternativa americana fez sua versão. É menos glamuroso e mais divertido, mas ainda assim, com a idéia vinda do mainstream.

    Sapatos fetichistas sem salto:
    Popularizados mundialmente por Lady Gaga e usados quase que diáriamente pela musa Daphne Guinness, estes calçados tem uma história curiosa: surgiram primeiro no underground relacionados à subcultura fetiche e às pony boots. Essas versões extremas (sem salto e muito altos) podem ter sido criadas pelas marcas KronierPhylea
    Em 2009, o estilista Oliver Theyskens desenhou botas sem salto para Nina Ricci e aí a febre começou no mainstream entre os fashionistas. Ao mesmo tempo, Lady Gaga pegava muitas de suas referências estéticas na subcultura fetiche, como já comentado aqui. Assim que a cantora vestiu seus imensos calçados sem salto do japonês Noritaka Tatehana, o designer ganhou uma grande fama que o tirou da obscuridade do mundo da moda.
    Quando os sapatos sem salto eram underground, nenhuma marca alternativa não-fetichista se interessou em fazer suas versões. Mas assim que popularizado no mainstream já é possível encontrar suas versões alternativas em lojas inglesas e americanas.

    Já falei sobre a influência da estética retrô de Dita von Teese aqui. A recente inserção de tantos elementos retrôs na moda alternativa se deu pela estética estar forte na moda dominante.

    Estes são apenas alguns exemplos da hibridização de estilos. Como podem notar, é uma série de posts sobre o comércio e o comportamento das subculturas no século XXI.

    Leia também: Subculturas Alternativas: elas ainda existem?
                        Subculturas Alternativas: Monocultura
                        Subculturas Alternativas: Consumo, imagem e moda


    15 de abril de 2012

    100 Anos de Titanic: A Moda de 1912

    Abrindo um espaço para relembrarmos a moda feminina usada há exatamente 100 anos, no dia do naufrágio do Titanic em 1912.
    As referências de moda sempre são da elite, no caso do Titanic haviam muitos milionários entre os passageiros e a primeira classe do navio recriava, por exemplo, ambientes dos lugares mais chiques da França da Belle Époque.

    A partir de 1910, a estética do oriente médio inspirada nos figurinos da peça Schéhérazade provocou uma revolução na moda européia: os corsets foram banidos, as saias adquiriram drapeados suaves e ficaram estreitas na barra. Nas imagens abaixo são óbvias as influências do oriente mesmo nos delicados vestidos da Belle Époque com suas cores claras e detalhes de rendas e tules. Clique nas imagens para ampliá-las.

     
     

    • Mais postagens sobre História da Moda, AQUI.

    14 de abril de 2012

    Alternativo x Mainstream: A Hibridização de Estilos

    Pouco mais de dez anos atrás, era possível identificar qual subcultura alguém pertencia apenas ao olhar suas roupas. Roqueiros, punks, headbangers, rockabillies, deathrockers e góticos tinham estilos muito característicos, chegavam até a serem estereótipos ambulantes, uma aderência quase fascista à subcultura em que se fazia parte. Seus estilos praticamente não se misturavam exceto por algumas peças e acessórios em comum. Também era raro ver uma loja alternativa trabalhando com criações semelhantes à do mainstream.
    No entanto na última década (diz-se que com grande ajuda da globalização e da internet), as subculturas começaram a adotar roupas e acessórios de outras subculturas e da própria moda dominante numa tentativa de criar variações estéticas que vão além dos estereótipos, criando estilos mais "individualizados". Quem evita essa mistura, acaba se mantendo no conceito de "underground":
    No fim da década de 90 nos EUA, a Moda Lolita e o Visual Kei (estilos originários do Japão) começaram a influenciar criações na moda alternativa americana. A cantora/banda Emily Autumn incorporou uma moda japonesa americanizada, estilo "boneca quebrada"; mas as maiores divulgadoras da estética japonesa versão americana foram Amy Lee, cuja estética que mistura rock, gótico e marcas alternativas japonesas e Gwen Stefani que mostrou ao mundo pop referências à moda de harajuko em seus clips e figurinos de palco.

    Na moda dominante, tirando Vivienne Westwood que sempre flertou com o punk, Alexander McQueen, Gareth Pugh, Rick Owens, Yohji Yamamoto, as marcas Zac Posen, DSquared2 e Balmain, incorporaram elementos alternativos (góticos/heavy metal) em suas criações. Assim como em anos recentes, estilistas e lojas alternativas, adotaram estéticas da alta moda em seus trabalhos.

    Em 2008, uma exposição sobre a influência (e poder!) da moda gótica na moda dominante foi feita no museu de moda de Nova York:
    Já dei o exemplo neste post da influência da ex-garota fetichista underground Dita von Teese e como sua estética e seu gosto retrô influenciaram a moda dominante (e a moda alternativa) a partir do momento em que ela virou musa de designers que criam tendências mundiais.

    Os cabelos coloridos, antes simbolo de rebeldia, hoje estampam capas e editoriais da W, Vogue, Marie Claire, Glamour e até as cabeças de artistas pop como Kate Perry, que ajudam a disseminar a "tendência" entre as pessoas "normais".
    Até o látex e vinil, materiais tão underground e relacionados à fechada subcultura fetiche, dominaram a mídia em artistas como Pussycat Dolls, Lady Gaga, Rihanna, Christina Aguilera...
    No exterior, em anos recentes, houve uma busca desenfreada por modelos com características físicas diferentes como cicatrizes, dentes separados, tatuagens, obesos, tudo sob o título de "seja origianal, seja você. A moda te ama como você é!"
    Mas observem, o contrário também está acontecendo: a moda mainstream está invadindo a moda alternativa! É cada vez mais comum tendências da moda dominante inseridas na moda das subculturas.

    Hoje em dia, se você ver uma pessoa alternativa na rua, você saberia adivinhar com 100% de certeza qual subcultura ela é parte ou se identifica? Ou o visual da pessoa é tão híbrido com o de outras subculturas e com moda mainstream que fica difícil fazer um palpite certeiro?

    A moda/cultura alternativa híbrida com a moda mainstream é um tema tão vasto (esse blog é a prova disto!) que alguns posts que estão por vir serão análises específicas sobre essa mistura, inclusive num dos posts haverá um questionamento que anda comum em livros publicados recentemente sobre subculturas. Quero fazer vocês refletirem um pouco, ao invés de só absorverem informação. Fiquem ligados! 

    Abbey Dawn by Avril Lavigne

    Você pode não ser um grande fã da música de Avril Lavigne, mas a moça se revelou um talento para negócios no momento em que percebeu um nicho de mercado inexplorado. Quando seu estilo garota skatista começou a ficar mais maduro e feminino e ela não encontrava roupas à seu gosto, não deu outra: ela criou a marca Abbey Dawn para as garotas que como ela, tem um gosto streetwear mas ao mesmo tempo super feminino. Seus consumidores também acabam por serem suas fãs, adolescentes ligados ao pop punk, emos e alternativos com gosto por coisas pinks e fofas. Mas não pense que há preconceito com a marca, as maiores lojas alternativas estrangeiras estão revendendo roupas da Abbey Dawn. Clique nas imagens para aumentar.

    A marca surgiu em 2008 como varejista nos EUA, no mesmo ano uma loja exclusiva foi aberta em Harajuku, o bairro mais alternativo de Tóquio, afinal, a moda alternativa japonesa foi uma das maiores influências na estética das roupas da marca. Atualmente a marca continua varejista mas já tem loja online e entrega internacionalmente.
    Loja em Harajuku:

    Confesso que há uns tempos atrás eu tinha dúvida quanto ao real talento da moça, um belo dia, assisti uma entrevista dela no Canal E! apresentando uma de suas coleções, falando sobre a empresa, montando looks... a segurança com que ela falava e o conhecimento sobre como as coisas funcionavam me impressionou. Eu tinha todo aquele preconceito por ela ser uma cantora pop. A partir daí eu passei a enxergar Avril como empresária da moda também, como muitos de nós, ela escolheu trabalhar com moda alternativa e não com moda dominante (como Gwen Stefani fez).

    Desfile de S/S 1012 de março: Tokio Girl Collection: 
     

    Algumas peças da recente coleção:

    Me apaixonei pelos calçados da marca, porque é tãããooo difícil achar calçados legais assim em marcas nacionais?? (seja em marca alternativa ou mainstream)

    Rick Owens Batwing x Fantasia Vitoriana de Halloween

    Essa imagem muito fofa de uma moça da Era Vitoriana em fantasia de morcego roda a internet há algum tempo. 
    Eu estava vendo uma exposição nos EUA com peças icônicas de alguns designers e dei de cara com a Batwing Jacket and Skirt do inverno de 2008 de Rick Owens e não pude deixar de fazer a associação. Não encontrei nada falando se Owens se inspirou na imagem, mas eu ousaria apostar que sim, pois Rick, como podem ler aqui, foi gótico em sua juventude. Taí um belo exemplo de inspiração/referência/releitura de algo antigo tranformado em atual.

    7 de abril de 2012

    Dita von Teese e o Fenômeno da Moda Retrô

    De onde veio esse fenômeno da moda retrô que já perdura alguns anos tanto na moda dominante quanto na moda alternativa? Para entender, é preciso voltar um pouco no tempo, praticamente uma década.



    É preciso ter em mente que a moda também reflete a época em que vivemos. Em 2002 se iniciou a guerra ao terror no Oriente Médio e a crise financeira iniciada em 2008 nos EUA se espalhou pra zona do Euro recentemente. Em épocas assim, a Moda costuma buscar referências estéticas de eras inocentes, felizes, pacíficas e nostálgicas como forma de escapismo. Esse escapismo Retrô na Moda teve a ajuda de uma moça que chamou a atenção da mídia mainstream na hora certa (em 2001): Dita Von Teese.



    Dita se interessa pela estética dos anos 1930 aos 1950 e costuma usar roupas vintage de brechós. Ela também é fã de Bettie Page e fazia fotos sensuais inspiradas na modelo pin-up dos anos 50. Pratica tight lacing, o que a levou a ter uma estreita relação com a subcultura fetichista e estampar a capa das mais variadas revistas do gênero, trajando constantemente roupas de látex. Além disso, desde 1992 apresenta algo que era praticamente desconhecido do grande público: um show de striptease neo-burlesco. Mas a garota alternativa ativa no underground tinha um fã: o dândi Marilyn Manson já acompanhava seu trabalho há algum tempo...

    Capas de revistas fetichistas em fotografias sensuais e eróticas:
      
     

    Em 2001, Dita e Manson começam a namorar. Formavam um casal único: um grotesco roqueiro + uma dançarina burlesca-fetichista. Em companhia do roqueiro, Dita atraiu a atenção da grande mídia americana por sua profissão incomum, suas roupas de látex, mini cintura afinada com ajuda de corsets e estilo retrô. Em pouco tempo virou musa de importantes estilistas, alguns deles responsáveis pelo lançamento das tendências mundiais. Passou a ser comum ver o casal na primeira fila dos desfiles de moda. Vestida pelos grandes nomes, surgia constantemente em publicações sob o título de "a mais bem vestida".


    No começo do namoro com Manson, Dita usava roupas fetichistas, depois, quando teve contato com estilistas famosos, suas roupas ganham um ar mais glamuroso.


    No contato com o mainstream, o visual da cantora
     aos poucos foi se tornando mais glamouroso.
     

    No ano de 2004, Dita rompeu com Manson e a partir daí nota-se uma mudança brusca em seu estilo.
    Querendo ou não, o roqueiro ajudou a apresentá-la ao mainstream. O cantor sempre gostou de desfilar com mulheres diferentes do padrão como parte de sua imagem excêntrica. As roupas de Dita costumavam ser de marcas alternativas fetichistas, hoje são de grifes como Dior e Louboutin. Antes, a dançarina estampava capa de revistas fetichistas underground obscuras, hoje estampa editoriais da Vogue. 

    A Dita fetichista deu lugar à Dita glamourosa que veste Dior, Louboutin, é musa de Jean-Paul Gaultier e ajudou a popularizar a moda retrô para as massas e dar um novo fôlego nesta cena alternativa.


     


    Em algumas ocasiões, Dita foi convidada a palpitar em coleções que estavam sendo criadas, começava então uma forte influência de seu gosto pessoal na moda dominante, onde passou-se a ver nas passarelas coleções cheias de corsets, referências fetichistas, retrôs e burlescas. Isso aconteceu quando Dita se adaptou ao mundo mainstream, praticamente abandonando sua associação com o fetichismo underground e focando no neo-burlesco.

    Esse abandono se deu porque o termo "Burlesque" na América pós-pornô, remete à algo doce, leve, ingênuo. É um termo aceitável ao grande publico. Enquanto que a palavra fetiche - subcultura da qual Dita fez parte por anos - na América, costuma ser associada a pessoas com alguma forma de doença mental, culto ao diabo, sendo um estilo de vida completamente rejeitado pelo grande mercado e pelo público de massa.

    Então, houve uma adaptação de Dita ao mercado para que seu trabalho juntamente com sua nova estética (mais retrô e menos fetichista) tivesse a aceitação do grande público. O fetichismo que ela vende agora não é mais o fetichismo underground, é um fetiche light massificado, ultra-glamouroso, sensual e feminino, pois a cultura de massa, especialmente a norte-americana, vende o imaginário underground sem seu lado mais obscuro. Seu fetiche é ultra-glamouroso, sensual, cheio de corsets e poses elegantes.


    O fetiche underground envolto em couro e vinil, deu lugar à um fetiche light, com corsets, cintas ligas e muito preto: ideal para ser vendido para as massas:
     


    A popularização da estética antiguinha na moda dominante ajudou também a nascer uma grande confusão: o termo "pin-up" é  errôneamente divulgado como um sinônimo para "moda retrô". A mídia vende ao grande público que a moda que a Dita usa é "moda pin-up", mas Pin-up é trabalho de modelos em fotos sensuais e uma estética que perpassa subculturas englobando não uma moda em si, mas vários estilos. Falei sobre isso no post Pin-ups e as Subculturas.


    No meio alternativo, onde ela já era conhecida, sua fama e referências estéticas aumentaram. A moda alternativa redescobriu os anos 1950, antes reduzido à subculturas como a rockabilly. A febre cinquentinha trouxe cor às subculturas que antes vestiam praticamente só preto. Também trouxe de volta a feminilidade dos saltos altos, saias e vestidos inspirados no new look Dior.


    Modelos alternativas em ensaios fotográficos ao estilo “pin-up” apareceram aos montes na última década.

     


    E claro, a provocação sensual de donas de casa versão alternativa dão as caras em editoriais. 

    O glamour de Dita versus modelo alternativa:



    Quando pensar sobre corsets de volta à moda, fetichismo light para as massas, shows burlescos se espalhando pelo país, garotas usando roupas inspiradas nos anos 1950, batons vermelhos, francesinha inversa, sobrancelhas marcadas, pele pálida, franjinha à la Bettie Page, concursos “miss pin-up”, estéticas alternativas sendo aceitáveis no mainstream... Dita Von Teese tem uma parcela de responsabilidade junto com os grandes estilistas.  E isso é algo que entra pra história da moda alternativa!


    Finalizo com um conselho de Dita: 


    "Ignore as críticas...só a mediocridade está  a salvo do ridículo. OUSE SER DIFERENTE!" 


    Como um dia Dita ousou ser, hoje ser retrô não é mais tão diferente assim. 




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    Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
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