Destaques

29 de outubro de 2010

Mistério à Luz do Luar

Editorial ao estilo dos filmes de terror antigos!
Mystery in the Moonlight, revista Harper´s Bazaar UK.

 
 

Corpse Bride

A modelo basileira Adriana Lima fantasiada de Corpse Bride. Inspiradora!


Halloween: Fantasias

O hábito de se fantasiar no Halloween pode ter nascido na França da Idade Média, era época da Peste Negra e Peste Bubônica, que juntas, mataram metade da população Européia. 
Nessa época houve um grande temor e preocupação com a morte e haviam representações artísticas e burlescas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade. Esses "memento mori" eram conhecidos como danças da morte ou danças macabras.

Acho o Halloween incrível porque é o dia que a gente pode se fantasiar de monstro, vampiro ou de um personagem malvado, sacanear os outros com travessuras e  não ser mal visto por isso. Ao contrário, é bem divertido.

Atualmente tem se tornado comum fantasias não tão mostruosas, mais no estilo gótico, roqueiro ou de personagens como Alice. Acho legal, mas a gente pode se fantasiar disso qualquer época do ano, como no Carnaval ou festas à fantasia. Então, ainda acho mais válido exagerar no terror e se vestir de mulher-caveira, zumbi ou monstrenga e aproveitar a festa, de preferência ao som de Rock bem pesado.

 

 Dica: Tutorial Maquiagem de Caveira!

Halloween: Decoração

Ah! Nada como a época de Halloween pra dar a desculpa de decorar a casa com enfeitnhos macabros.

Os festejos do Halloween tem origem  nos Festejos Celtas do Samhain,  que começavam no dia 31 de outubro e acabavam dia 2 de novembro (você pode ler a história completa aqui). Nós, que somos latinos não celebramos culturalmente o Halloween, apenas o dia 2, o Dia de Finados ou Dia dos Mortos (leia mais aqui). No Brasil, um país de herança fortemente católica, a data é conhecida como "Dia das Buxas" por herança da perseguição religiosa da Inquisição da Idade Média, onde aproveitava-se a data para caçar e queimar mulheres e pagãos.

Para os celtas, assim como para alguns povos da américa latina (especialmente os Mexicanos), o Mundo dos Mortos é um lugar feliz, sem fome nem dor. Entre o dia 31/10 e dia 02/11, o portal do mundo dos mortos está aberto e eles vagam pela terra para visitar seus antigos lares ou serem visitados por seus familiares e amigos. 
Para não perder os fiéis simpatizantes do paganismo, na Idade Média as Igrejas acabaram por incorporar essas datas à seus calendários oficiais. A data recebeu o nome de "Dia de Todos os Santos", em inglês "All Hallow´s Eve", que deu origem à palavra "Halloween".

Embora muitos pensem que sim, não há nenhuma ligação dessa festa com o mal, apenas a lembrança de que devemos aproveitar a vida ao máximo e lembrar de nossos mortos com carinho.



28 de outubro de 2010

A década de 1940 e as Moda Alternativa: Fetichismo e Retrô

Paralelo ao mundo “normal”, o cenário alternativo dos anos 1940, deu origem aos primeiros traços de um mercado fetichista. É de 1946 o lançamento da Bizarre Magazine. Esse revista Bizarre não é a mesma que existe hoje (esta).

A Bizarre lançada em 1946, foi criada pelo americano John Willie, um fotógrafo e artista bondage pioneiro. Desde meados dos anos 1930, Willie trabalhava com fetiche em um clube na Austrália. De volta aos EUA, ele publica de forma irregular, entre 1946 e 1959 a revista Bizarre. A revista tinha muitas fotos fetichistas, desenhos e dicas de vestuário. Havia também um espaço grande para cartas de leitores que se mostravam muito interessados em saltos altos, sadomasoquismo, corsets e modificação corporal.

 

Entre os fotógrafos da revista, estava Irving Klaw, outro pioneiro do fetichismo, que percebeu que esse mercado estava em crescimento. Suas fotos traziam famosas strippers e dançarinas burlescas da época, substituindo nudez por cenários fetichistas para escapar das leis contra obcenidade. Irving revelou ao mundo a primeira “Fetish Star”: Bettie Page, uma modelo referência na moda alternativa atual. Após apenas 20 edições, em 1959, a revista saiu de circulação.


Os anos 40 na moda alternativa: Psycobilly, Rockabilly, Gothabilly e Pin-ups

Os anos 1940 nos deixaram, assim como nos anos 1920 e 1930, a estética Vintage/Retrô e as figuras das pin-ups. Temos referências dos 40s nas subculturas, mesmo nas subculturas que exploram a estética retrô/pin-up como o rockabilly, o psychobilly e o gothabilly disputando referência mais forte com os anos 1950.

O termo Pin-up foi documentado pela primeira vez em 1941, mas já era usado, ao que se sabe, pelo menos desde 1890. O termo se refere a desenhos, pinturas e ilustrações que são imitações de fotos. Essas imagens eram moças em poses sensuais ou eróticas reproduzidas em revistas, jornais, cartões postais, calendários etc, que visavam serem “penduradas” (em inglês “pin-up”) em paredes. Modelos e atrizes reais também podiam ser consideradas pin-ups.


Quais as maiores referências atuais dos anos 40 nas subculturas? 
  • Saia-lápis:
A saia lápis surgiu no final dos anos 40 mas só ganhou este nome na década de 50. É símbolo de elegância, com corte afunilado e comprimento terminando no joelho, permite looks sofisticados e descontraídos.  
Esse tipo de saia é parte do guarda roupa das Rockabilly e Pscychobillys há tempos. De poucos anos pra cá tem atraído a atenção de Góticas e das garotas do Horror Punk
É uma ótima peça para ser usada alternativamente no trabalho ou em eventos mais formais. As garotas subculturais perceberam isso e é cada vez mais frequente a presença de saias lápis em coleções de marcas alternativas.

 

  • Estilo Militar:
Estilo mais comum entre as góticas (os), o militar da década de 40 é referente à 2º Guerra Mundial, com o uso de quepes e cortes que lembram uniforme. Na Alemanha é bastante comum o militarismo na música eletrônica.

 
  
  • Cabelos Ondulados:
Outra referência dos anos 1940 nas subculturas são os cabelos ondulados e topetes em formato de "rolo" (rolls e victory rolls). 


  • Meias Calças: 
Meias calças atuais que imitam a costura na parte de trás das meias da década de 40.


  • Outras referências dos 40s nas subculturas:
Ombros e a cintura marcada, vestidos na altura dos joelhos, maiôs comportados, uso de cores clássicas, lenços e echarpes, chapéus pequenos.

Não posso deixar de citar a onda de estampas de filmes de terror  dos anos 30/40 que estão muito na moda atualmente. Especialmente estampas dos monstros dos estúdios Hammer e do Universal.

 

Sem esquecer das plataformas, a herança do estilo de Carmem Miranda para as subculturas. Quem diria que uma luso-brasileira teria tanta influência na moda alternativa, nas subculturas fetichista e gótica, afinal, hoje em dia é impossível imaginar calçados fetichistas e góticos sem plataforma.


Mais sobre os anos 40:

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