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29 de março de 2019

Estampa de fogo na Moda (Fire Flame Print)

A estampa de fogo virou moda mesmo! O seu retorno tem sido de, no mínimo, uns sete anos. Foi vindo aos poucos, em acessórios, roupas, num desfile ou outro até que pegou força de vez e hoje encontra-se em tudo, inclusive em produtos de beleza. Essa estampa possui uma história que une a moda mainstream e alternativa, o que é perfeito para o resgate de memória que a gente adora fazer aqui no blog.

Violet Chachki 

David Bowie, na segunda fase do alienígena Ziggy Stardust, criou em parceria com o estilista japonês Kansai Yamamoto o figurino com estampa de fogo que ficou consagrado na gravação ao vivo da apresentação "1980 Floor Show", de 1973. Esse modelo acabou se tornando um dos inúmeros looks icônicos de Bowie, sempre presente em exposições. A criação veio antes do também conhecido cabelo cor de fogo do artista, mostrando que sua influência continua firme na elaboração de tendências contemporâneas.



Na virada de 70 para década de 1980, a guitarrista Poison Ivy fazia o palco pegar fogo com as chamas estampadas em seu short curtíssimo. Nesse mesmo tempo só que do outro lado, Thierry Mugler incendiava as passarelas de Alta Costura com suas criações no desfile 'Les Infernales' de 1988. Em 1992, a estampa retorna no famoso motorcycle corset vestido pela modelo Emma Sjorberg no clipe 'Too Funky" de George Michael.

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Poison Ivy

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Corset fogo da coleção 'Les Infernales' e a versão motorcycle no clipe 'Too Funky'.

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A chama da Harley Davidson pela Made My Bunny.

O 'motorcycle corset' é inspirado nas motos da Harley Davidson. A companhia, que tem as chamas em seu logotipo, lançou motos e acessórios com a estampa. Por isso nos anos 1990 não se via só em roupas. O 'fogo' havia se espalhado em todo o tipo de produto, e ganhou força ainda mais com a revista Thrasher que também tem desenhado em sua logo chamas de fogo. O skate era um movimento em ascensão, e a revista junto com a Harley Davidson propagaram a estampa no underground e conseqüentemente, na moda alternativa.

Anthony Kieds no VMA de 1995.

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A bateria de Igor Cavalera no Sepultura.

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Marilyn Manson trouxe a maquiagem que tem sido muito copiada atualmente!

Nos anos 2000 a estampa permanece acesa pelas marcas alternativas, o mais interessante é que não foi muito na moda feminina e sim na masculina. O retorno mesmo ao mainstream veio com as famosas sandálias de chama da coleção Primavera\Verão 2012 da grife Prada. Isso já faz sete anos, mas como esses acessórios fizeram - e continuam fazendo - muito sucesso entre as celebridades, então volta e meia alguém aparece usando o calçado fazendo com que outras marcas apostassem de vez no desenho que está perdurando até hoje!

Coleção Primavera\Verão 2012 da Prada.

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Bota da marca Vetements e da brasileira Louloux.

As plataformas gigantes da Space Island e YRU.

Tênis Converse e Vans.

Os saltos altíssimos da Pleaser Shoes e Heels Bangers.

A perfomance de Katy Perry no Super Bowl de 2015 lembrou os figurinos de show do Elton John.

Nas passarelas: desfile Moschino e Asger Juel Larsen.

Roupa de látex em Kim Kardashian e Rita Ora de Meat Clothing.

No streetwear da Tokyo Fashion.

Blusão da parceria Kill Star + Rob Zombie e Vestido da Kreesville 666.

A estampa de fogo também é neon e colorida! Jaquetas Sugar Pills CLTH.

Gorros Cyber Space Shop.
O Verão nas peças de moda praia da Jade Clark.
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Óculos escuros com glitter da Opening Ceremony.
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Óculos 'Meteor' da marca Jillian Zhong.

No Brasil, encontra-se peças na loja @Reversa.

E os acessórios da marca @SarahRottenStore.

Em tempos de modismos, a estampa de fogo resolveu bater o pé e manter sua firmeza. Pelo visto permaneceu na hora certa, se observarmos a situação no mundo, principalmente política. E assim, até o bordão cearense vem ganhando a notoriedade que merece: "Pega fogo cabaré!"



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Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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4 de maio de 2017

Os Movimentos Krautrock, Glam, Proto-Punk e o Beat

O que exatamente foram os movimentos Krautrock, o Glam, o Proto-Punk e o Beat e o que eles significaram? Conheci um pouco mais sobre estes movimentos ao ler o livro "Mate-me, Por Favor - A história sem censura do punk" de Legs Mcneil e Gillian Mccain, que conta a história do punk.

Movimento Krautrock
O movimento Krautrock, também conhecido como Krautwave, é um movimento musical das bandas experimentais da Alemanha, do fim da década de 1960 e início da década de 1970. Inicialmente o nome "Krautrock" tinha significado pejorativo, uma vez que seu significado literal une as palavras "pessoa alemã" com "repolho azedo". Mais tarde, com o evidente sucesso das bandas, ganhou um significado positivo, atualmente sendo visto como reconhecimento. São bandas que fazem parte deste movimento: Tangerine Dream, Faust, Amon Düül II e Can, dentre muitas outras. Fica então, a deixa para pesquisar e conhecer bandas novas! Essas bandas manifestavam em suas músicas uma rejeição à cultura anglo-americana dominante nos períodos de pós Segunda Guerra, em prol de uma definição própria, mais radical e experimental, que seria a nova cultura alemã.

Além disso, o Krautrock pode ser considerado uma síntese de influências que vão desde a psicodelia da fase inicial do Pink Floyd, Velvet Underground e La Monte Young até as vanguardas eruditas do século 20. Sem esquecer-se das características minimalistas, atonalistas e do free jazz também. Na prática, caracteriza uma obsessão por dissonâncias, ruídos, colagens sonoras, improvisações e uma maior preocupação com o timbre do que com a melodia. Dentre os gêneros pós punk, eletrônico e alternativo existem muitas bandas que reconhecem a inspiração Krautrock, como Joy Division, Sonic Youth, Gary Numan, Throbbing Gristle e Cabaret Voltaire, dentre outras... Obviamente, não se podem denominar todas as bandas alemãs do período como tal.

Kraftwerk / Foto: reprodução

Glam Rock
Aqui entramos em terras conhecidas, pois quem nunca ouviu falar de David Bowie e Kiss, por exemplo? O Glam Rock é um gênero musical nascido no final dos anos sessenta, na Inglaterra. Esse gênero é marcado pelos trajes cheios de purpurinas, saltos altos, glitter, batons, lantejoulas e paetês, sendo usados, principalmente, por bandas masculinas ou figuras que aludiam à androginia, como David Bowie em sua fase Ziggy Stardust. Uma das bandas mais marcantes desse gênero para mim é Twisted Sister, que adoro! Vale lembrar que o Glam Rock se diferencia do Glam Metal por ter um som menos pesado, o estilo teve influencia na subcultura gótica, basta analisar várias bandas e artistas que exageram em seus trajes andróginos e maquiagem pesada, por exemplo.

David Bowie / Foto: reprodução


Proto Punk
O Proto-Punk na realidade não é considerado um gênero musical distinto. Este nome é usado apenas para designar os elementos percursores do punk rock, que vieram de uma grande variedade de origens, estilos e influências. Para designar uma série de artistas da música que foram importantes para a consolidação do punk rock do final dos anos 1960 até meados dos anos 1970. Dentre os grupos e artistas notáveis estão: Ramones, The Who, The Stooges, The Kinks, The Runaways, David Bowie, T. Rex, The Velvet Underground, MC5, New York Dolls, Lou Reed, Television, Patti Smith, Roxy Music, dentre muitos outros. Alguns artistas como Roxy Music e
David Bowie teriam estendido sua influência até movimentos posteriores, como new wave e post punk. Esse é o movimento que mais tenho afinidade, talvez pela leitura que fiz do livro que citei no início desta publicação, que serviu para que eu conhecesse melhor o universo punk pelos artistas e suas histórias.

The Velvet Underground / Foto: reprodução


Geração Beat
Este é um dos meus movimentos favoritos, e acredito, um dos mais importantes. Beat é um termo usado para descrever principalmente escritores e poetas que se tornaram conhecidos no final da década de 1950 e começo da década de 1960, quanto ao fenômeno cultural que inspiraram - posteriormente chamados de beatniks. Esses artistas levavam vida nômade, ou fundavam comunidades, consistindo desta forma, no embrião do que viria a ser conhecido como movimento hippie. Uma curiosidade é que John Lennon se inspirou nessa palavra para batizar seu grupo musical, The Beatles. Na verdade, a coisa se tornou ainda maior, pois, a Beat Generation, o movimento hippie e antes de todos, o Existencialismo, contribuíram para um movimento maior, hoje conhecido como contracultura. Os ecos da geração beat podem ser vistos em muitas outras subculturas, além da cultura hippie, como na dos punks, por exemplo. Cara, isso tudo me fascina tanto!
Para mim, é impossível pensar em "geração beat" sem lembrar-se do The Doors, que foi uma das minhas bandas favoritas na adolescência. Um dos ícones desta geração é o livro "On The Road", de Jack Kerouac, que é referenciado em diversos filmes e ícones culturais, até mesmo na série em Sobrenatural, que alude à Sal e Dean (personagens do livro). Assisti recentemente ao filme sobre
"On The Road", "Na Estrada" (2012), inclusive com Sam Riley, o mesmo ator que interpreta o Ian Curtis, no filme "Control"! 


The Doors / Foto: reprodução

Espero que tenham gostado dessas breves definições, apenas uma pincelada para quem sabe um futuro aprofundamento e caso queiram aprofundar, recomendo muito, pois há muito que ser conhecido ainda. Quero voltar em breve com mais artigos sobre música e subcultura pra vocês! 

E vocês, conheciam os movimentos?
Qual seu preferido ou que tem mais afinidade?




 
Autora:
Jaqueline Campos é discente de Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo, e produz conteúdo no blog 4sphyxi4. Mora em São Paulo, é amante da cybercultura e eternamente apaixonada por ficção científica.
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Artigo deJaqueline Campos em colaboração com o blog Moda de Subculturas. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia do autor. É permitido citar o texto e linkar a postagem. É proibido a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, porém, a seleção e as montagens das mesmas foram feitas por nós baseadas na ideia e contexto dos textos.

5 de setembro de 2016

O Estilo de Freddie Mercury

Freddie Mercury completaria hoje 70 anos! Muita gente solicitou um post dedicado ao músico, então a hora é mais do que propícia, pois além dessa data, no dia 24 de Novembro, será completado os 25 anos de seu falecimento devido a complicações da Aids. Freddie nos deixou ainda jovem, com apenas 45 anos, mas teve uma vida tão intensa, com um legado tão rico e vanguardista que parece ter vivido o dobro.


O início
É sempre bom repetir a importância que a moda tem na construção de um ícone do rock, seja ela usada de forma proposital ou não. Freddie é um grande exemplo de artista que soube alinhar moda e música estrategicamente, tornando-se emblemático tanto pela sua arte, quanto pelo seu visual. Desde o início, já falava da necessidade de uma banda "conseguir fazer a simbiose entre o som e imagem". Mercury queria ser uma lenda, e conseguiu o objetivo não só pelo fato de ser talentoso, mas desenvolvendo a habilidade que possuía por meio de muito estudo.

O interesse pela Arte surgiu na infância em Zanzibar, local de seu nascimento, quando atendia pelo nome real de Farrokh Bulsara. Ali, apreciaria durante horas como ouvinte música clássica e canto lírico. Dos sete ao quinze anos, viveria na Índia para estudar na tradicional escola St. Peter, onde enfim pode se aprofundar em desenho, teatro e música. Nesse período ouviria também rock e blues e chegaria até a montar uma banda: a The Hectics. Teria um olhar ampliado pelo cinema de Hollywood e Bollywood. Mas a estadia que começara com êxito se tornaria um pesadelo na adolescência por causa da sua homossexualidade. Denominado de Freddie, porém ainda Bulsara, retornaria aos 16 anos para casa e ficaria apenas dois devido a guerra que invadiu o país. Seu pai trabalhava para a colônia britânica, que na época dominava a ilha da costa africana, e assim conseguiu visto para se refugiar na Inglaterra. 


Freddie aportava com a família em 1964, em plena eferverscência cultural de Londres. O rapaz se adaptaria logo ao clima da cidade e se matricularia na Isleworth Polytechinic School, que oferecia cursos de artes do espetáculo, design e dança. O estilo se transformaria, conforme trecho da biografia: "trocou as calças de tecido por jeans apertados; usava blusões de couro ou paletós agarrados, camisas brancas, echarpes, botinas de couro. Deixou o cabelo crescer, como todos os amigos, contrariando a vontade da mãe, que achava aquilo horroroso, e mesmo duvidoso: ele poderia passar a impressão de ser um arruaceiro ou mesmo um drogado". Sua visão pelas artes plásticas cresceria, visitaria museus, clubes e galerias alternativas. Conseguiria passar nos exames finais de Isleworth e em 1966, ingressaria na escola Ealing College of Art, da qual nos quatro anos seguintes mudaria sua vida por completo ao iniciar o Queen.

A ligação com a Moda
Freddie teria forte contato com a moda antes mesmo de formar a banda. Ele era desenhista e com a habilidade criou suas próprias roupas no começo de carreira. Trabalharia como vendedor e chegaria a montar um brechó com Roger Taylor no árduo período financeiro que teve pré-Queen. A loja ficava localizada no Kensington Market e permaneceria até 1974, ao alcançar sucesso definitivo com o grupo. Há documentários que dizem ter sido ali que conheceria Brian May, mas na biografia de Selim Rauer o fato ocorreria antes. O certo é que através de Brian, Freddie conheceria a jovem Mary Austin, seu eterno amor e inspiração da música "Love of my Life". Até começarem o relacionamento, Mary era vendedora na famosa loja Biba (já falamos sobre o point londrino aqui) e vários encontros dos dois ocorriam no local. Daí tem se uma ideia de como a moda foi um fator recorrente e importante em sua vida.

O casal Freddie Mercury e Mary Austin

A estética
Conforme a banda evoluía, seu estilo ia modificando. Antes de cada concerto Freddie dedicava cerca de duas a três horas a si mesmo e o cuidado da imagem obtinha uma atenção específica. Gostava de arrumar sua roupa e retocar a maquiagem que era bem excessiva. No lançamento do primeiro álbum homônimo, Queen, o músico e os integrantes possuíam um visual que misturava o resquício do hippie e começo do glam rock. Repare que eles tinham um ar dark, um espírito boho goth que havia na época e era adotado também por nomes como Fleetwood Mac e até Black Sabbath. Chegamos a falar mais sobre aqui



No mesmo ano, em 1973, Freddie entraria em contato com a estilista Zandra Rhodes pedindo que fizesse as roupas da banda para a turnê seguinte, que seria do álbum Queen II. Eles queriam um figurino extravagante, e a jovem designer criaria a icônica blusa branca que formava uma asa quando o cantor abria os braços. A parceria se transformaria depois numa grande amizade. 

A famosa peça era feita de cetim branco plissado.


Mick Rock eternizaria a banda com a clássica pose inspirada em Marlene Dietrich.

Zandra seria conhecida depois por sua moda punk e, vejam só, um movimento da qual batia de frente com tudo o que simbolizava o Queen.


O reconhecimento do público viria de imediato, principalmente depois da apresentação no programa Top of the Pops. A fama internacional se concretizaria com a música "Killer Queen" do álbum "Sheer Heart Attack". As apresentações passam a ter proporções monumentais, digno de uma Rainha. O visual exagerado, cheio de brilho, bijuterias e unhas pintadas de preto acompanharia a banda também no cultuado "A Night at the Opera", de 1975.


Bohemian Rhapsody seria revolucionário no tempo de música e na estética de clipe. Eles aperfeiçoariam a técnica e a partir desse vídeo seria dado a importância definitiva de se lançar músicas associado ao clipe. "Esse procedimento deu origem a canais de tevê como a MTV", trecho da biografia de Selim Rauer. 


Na tour "A day at the races" e "News of the world" de 1977, Freddie estaria com o cabelo um pouco mais curto e usaria vários modelos do famoso macacão de malha com imenso decote frontal, às vezes acompanhado de uma jaqueta de couro por cima. Esse look tinha como inspiração a mesma peça utilizada por bailarinos. A dança era uma grande paixão de Mercury, em especial o ballet, da qual lhe renderia a admiração pelo bailarino russo Rudolf Nureyev. 


Óculos em formato de estrela usado no clipe "We will rock you". 
Que estilo, hein?

A influência japonesa surgiria no kimono.

Em "The Game" ocorreria uma mudança radical. O glam rock saía em definitivo e nasceria um novo Freddie Mercury, digamos mais polido. Como destacado em sua biografia, "o look era mais viril, um jeito mais severo, menos fantasioso: blusão de couro, jeans ou calça de couro, sapatilhas de boxeador ou de lutador, camiseta ou regata". O corpo do músico estaria bem mais tonificado e a famoso bigode que viraria marca apareceria no clipe "Play the game". 


Em cima de Darth Vader

Look fetichista, muito comum nessa fase.

Durante o estudo na Índia, sofreria bullying na escola, sendo chamado de "bucky" (algo como dente de coelho) e apanhava por ser franzino. O bigode serviria como um disfarce dos 36 dentes que possuía e que jamais quis mexer por medo de alterar sua voz. 


A turnê trouxe pela primeira vez o grupo ao Brasil, em 1981. O show foi um marco em diversos aspectos, não havia vindo bandas de rock dessa proporção ao país até então. Em recompensa, o público ovacionou a apresentação que ficaria na memória da banda para sempre, sendo citada inclusive em livros.

Foto: Milton Alves
Nas turnês seguintes como Hot Space, The Works e Magic Tour o visual teria poucas alterações. A maquiagem era apenas um contorno preto nos olhos. A roupa variava entre calças, tênis, às vezes usava camisetas de desenho, regata e a tradicional jaqueta em diversas cores. O que era mais frequente era o roupão amarelo que usava nos bastidores do show. 


Na capa de The Works, o cantor usa um par de converse chuck taylor.

Clipe "It's a hard life" com figurino surrealista

O êxito da música "I want to break free" iria muito além do que esperavam: seria cantada nas manifestações dos negros sul africanos pelo fim do Apartheid.

The Works Tour é a turnê com as apresentações mais emblemáticas. Entre elas está o retorno ao país no primeiro Rock in Rio de 1985 e o show no Live Aid que daria ânimo ao retorno da banda.
Show que o imortalizou: Live Aid 

No ano seguinte seria lançado A Kind of Magic e o sucesso continuaria percorrendo diversos países, incluindo a apresentação histórica em Budapeste, na Hungria. 


Com camiseta da Betty Boop

A famosa jaqueta amarela

Para o concerto de Paris, foi pedido a figurinista Diana Moseley que providenciasse uma coroa e um manto de arminho que pesava mais de dez quilos. A coroa era autêntica pois Mercury não queria uma imitação barata do ornamento. E como era de se esperar, levaria o público e o mundo a loucura por essa aparição.                                                                                                                                                             

A mágica turnê seria a sua última. Em 1987, descobriu que estava com HIV. Naquela época não havia o tratamento que existe atualmente, pelo contrário, o tabu e o preconceito em torno do vírus era enorme. Ele só revelaria a doença na véspera da sua morte. Restava ao Freddie retardar o máximo que pudesse a manifestação da aids, que acabou o levando ao falecimento em 1991.

Nos últimos cinco anos, o músico conseguiu ser bastante produtivo lançando trabalhos em parceria com a cantora lírica Montserrat Caballé - que surpreenderia a todos e principalmente a si mesmo - e mais dois discos com o Queen: The Miracle e Innuendo.

"The Great Pretender" do The Platters é uma versão lançada em produção solo.


Notificada por sua admiração, Montserrat entra em contato com Freddie para que se juntasse a ela num grande projeto. Ela o queria como cantor e compositor para o hino oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona. O fascínio que um tem pelo outro toma conta e os dois acabam fazendo um aclamado álbum juntos. O encontro das divas foi realmente um acalento ao período de dor que enfrentaria. 

A partir de Montserrat faria uma mudança drástica no visual: retiraria o bigode, sua marca registrada, e ficaria assim até o final. As calças e regatas dariam vez ao terno. Dali para frente seria usado cada vez mais roupa para tentar disfarçar a magreza excessiva causado pela doença.  


Não tendo mais condições de sair em turnê, a banda investe na gravação de clipes para divulgar The Miracle e Innuendo. O último seria a canção "These are the days of our lives" gravado em Junho de 1991. O estado de saúde estava bem fragilizado e é perceptível no vídeo. Em apenas cinco meses estaria se despedindo de vez da gente. 

Em 2011, houve em Londres a exibição "Stormtrooper in Stilettos" da qual comemorava os 40 anos do Queen. A mostra focava nos cinco primeiros álbuns da banda. Entre os objetos expostos, estavam as roupas dos integrantes, mostrando como a moda foi um fator importantíssimo na composição teatral do grupo. Em vida, Freddie falava da intenção que tinha de entreter e sabia que tinha que investir muito além da música.
"Poderíamos interpretar as canções sentados, no palco, mas o efeito não seria o mesmo. Se as pessoas vão a um concerto, é para se divertir, é porque querem assistir algo extraordinário e diferente, que a simples escuta de um de nossos álbuns não lhes proporciona. Isso pode parecer um lugar-comum: mas eu gosto de pensar que quando os espectadores vêm assistir a um concerto do Queen, nós seremos capazes, durantes duas horas, de fazê-los esquecer a própria vida, suas preocupações e seu cotidiano, e de permitir que vivam um momento de intensidade único. Depois, é claro, eles voltarão para o que tinham deixado, mas ao menos durante essas duas horas nós teremos conseguido." Entrevista dada a Rudi Dolezal e Hannes Rossacher durante a turnê Magic Tour, em 1986. 

Curiosidade: uma leitora (Tânia) havia nos perguntado se o clipe "I'm going slightly mad" teria sido referência de Tim Burton para o filme Edward Mãos de Tesoura (leia mais aqui). De fato a estética do vídeo lembra muito, mas se houve alguma influência, só pode ter sido do Queen pois esse penúltimo clipe gravado por Freddie ocorreu em 1991, enquanto o longa de Burton é do ano anterior. Poucos devem conhecer essa gravação, vale a pena conferir. A figurinista foi Diana Moseley que trabalhou com eles no Magic Tour.


O post teve como base a biografia "Freddie Mercury" do escritor Selim Rauer, da editora Planeta. Certas informações e trechos destacados ao longo do texto foram retirados desse livro concedido em parceria com a Ideal Shop tempos atrás. Não encontramos a publicação disponível em vendas online, não sabemos se ainda está sendo vendido, porém existem outros no mercado aos que queiram se aprofundar na vida dessa fascinante lenda do rock.


Espero que tenham gostado! :D 


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