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18 de fevereiro de 2021

6º edição impressa da revista Gothic Station está disponível para encomenda. Minha matéria é sobre Cybergoth!

A Gothic Station é uma revista de cultura gótica em que sou colunista de História da Moda (Alternativa) desde sua primeira edição em 2017. Para adquirir a versão física (impressa) de qualquer uma das edições, é preciso entrar em contato com o Instagram @gothicstation ou através dos contatos presentes neste link.

Para essa edição meu texto é sobre a história da moda Cybergoth. Lembrando que os textos que escrevo para a revista não são publicados no blog :)



É bastante importante que vocês apoiem projetos de conteúdo textual alternativo que visam informar e difundir a história das subculturas, tribos e moda alternativa. Sejam eles blogs, perfis, revistas, zines... Nós somos um nicho pequeno e só temos vocês. São vocês que nos orientam se vale a pena seguir esse trabalho ou não. Se há interesse, se há curiosidade... 

Não se iludam pensando que o mainstream vai abrir espaço pra nós, não vai. Só temos a nós mesmos. Por isso é que todo apoio à projetos alternativos e financiamentos coletivos são necessários.



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Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o texto do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.

Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site.  

29 de dezembro de 2020

5º edição da revista Gothic Station- Moda Fetichista, Arqueologia do Pós-Punk, Monica Richards, Two Witches, Simon Reynolds, Clássicos Góticos Literários, teorias e pesquisas subculturais

Após uma pausa de dois anos, a revista GOTHIC STATION retornou em sua edição de número 5. Para quem não conhece, a revista foi fundada por Henrique Kipper em 2017. Kipper é um dos mais antigos produtores de conteúdo sobre a subcultura gótica no país, publicando artigos no site Gothic Station. Ele é autor também de dois livros sobre a subcultura, ambos disponíveis no site. 



Se você se interessa por adquirir a revista, entre em contato por uma destas formas.


Desde dezembro de 2018, a GOTHIC STATION estava pausada, dentre os vários motivos podemos citar esse que escrevi no post "Projetos alternativos de financiamento, porquê não recebem tanto engajamento quanto deveriam?", é realmente difícil o apoio do público alternativo à projetos de financiamento também alternativos. 


Não foi apenas a cultura da internet que diminuiu o interesse das pessoas por material físico de leitura, quando Amazon criou o Kindle e os e-books a coisa veio toda abaixo. Hoje encontramos todo tipo de publicação para download, o que orientou muitas mentes a pensarem que o que está na internet deve ser 'de graça', sem considerar que existem pessoas por trás dedicando horas de trabalho - muitas vezes não remunerado ou mal remunerado - para comunicar aqueles conhecimentos. É um reflexo de uma sociedade alienada sobre os processos produtivos de trabalho, orientada ao imediato, efêmero e individual. 


Certos tipos de conteúdo ficam bem melhores em impressos e o motivo não é apenas porque é melhor ler no papel do que olhando para uma tela, mas também porque na internet não temos segurança de nada, tudo pode ser perdido se um provedor ou uma grande empresa sofrer uma pane tecnológica ou um ataque hacker. Algo que faço a analogia com a queima de livros que ainda hoje acontecem: os conhecimentos presentes apenas na web se perderiam para sempre. 


Dada a reflexão, apresento uma breve resenha da edição 5 da GOTHIC STATION em que desta vez eu trouxe uma matéria sobre a moda fetichista. Eu não quero soar arrogante mas sim, sincera: essa é a mais completa matéria sobre o tema - relacionada à moda alternativa - que vocês vão encontrar. O fetichismo na moda é um tema muito complexo, de difícil abordagem e polêmico. Mas acho que consegui fazer uma boa síntese embora muita coisa tenha ficado de fora. Busquei focar na questão 'moda' e acho que tive sucesso, as informações que vocês encontrarão no quadro da página 11 são difíceis e encontrar em português. E sim, é beeeem mais completa que a matéria de moda fetichista que saiu na revista Moda de Subculturas. Na verdade são matérias diferentes embora com pontos históricos em comum.



A seguir a revista trás seis páginas de destaques musicais, trazendo breves resenhas de Helalyn Flowers, Clan of Xymox, Sopor Aeternus, Glória de Oliveira, Corlix, Faun, Dandelion Wine, Rain Children entre outros.


Os lançamentos musicais nacionais também ganham quatro páginas só deles, com foco nos newcomers, ou seja, os novatos com lançamentos de ótima qualidade, como Misfortune Deep de Manaus, os cearenses Maldigo, Dark Hertz Transmission e Anum Preto. Também incluem-se na matéria Lunar Dream, Quântico Romance, Tomb of Love... e outros. Aliás que ótimo ler e saber de bandas que vem de fora do eixo Rio-SP, e mesmo as que são desta região, pois mostra que há de se conhecer a valorizar as produções nacionais.


Uma matéria sobre os selos Deeepland Records, Wave Records, Paranoia Music e Plainsong, relata a importância destas gravadoras para as bandas nacionais, seja via streaming ou por mídias físicas. A área musical se estente por mais algumas páginas através de resenhas de lançamentos sob a crítica de Bruno Rocha, editor-chefe do blog The Atmosphere.


E chegamos à matéria de capa, a entrevista com Monica Richards, conhecida através do Faith and The Muse. A fada cantora conta suas histórias desde a década de 1980 e sua conexão com os ciclos da natureza, apontando a importância da conexão com a terra num período de desequilíbrio. Richards fala numa das questões sobre sua experiência como mulher  daquele 'elo perdido' entre o punk e o gótico inicial, boas informações pra quem pesquisa estes temas.


A seguir temos a entrevista com Two Witches. Jyrki Witch, Miss Blueberry e Marko Hautamäki contam sobre o rock gótico 'puro e desavergonhado' que produzem. Os fãs vão gostar das oito páginas cheias de informações. Num dado momento, Jyrki diz "sempre fui um gótico de verão. Eu realmente odeio o inverno finlandês." - acho ótimo ler isso de um artistas influente já que vários de nós, alternativos, romantizamos muito o clima europeu.




Uma das sessões que mais gosto, a de literatura, chega na página 42. Luciana Fatima nos comunica sobre a editora Clepsidra, que vem publicando os clássicos da literatura gótica em território nacional. E busca resgatar os que ainda não foram publicados aqui. Aquelas preciosidades clássicas que sofríamos pra encontrar até mesmo em sebos, podem agora estar ao alcance de nossas mãos. Segura esses títuolos: Coleção Lord Byron, Coleção Imaginário Gótico com "O Aparicionista", "O Necromante" e "O Vampiro". A matéria é empolgante se você é uma das pessoas que ama literatura gótica, porque a vontade é logo adquirir todos os títulos.


Uma outra entrevista que, pra quem gosta de estudar subculturas e cenas musicais, vale a muito a pena ler é com Simon Reynolds, jornalista e crítico musical inglês. Reynolds tem sua própria teoria crítica publicada em livros sobre a historia dos movimentos musicais. "Hoje em dia 'underground' realmente significa 'nicho de mercado' - é mais como uma boutique", diz ele. Tema bom pra debate, hein? E que tal essa: "é bem provável que Sioux e Severin nunca tivessem feito música sem o punk [... ] o punk abriu espaço para todos os tipos de pessoas se inspiraram para tentar fazer música [...] você tinha todos os tipos de vozes estranhas".


Ainda pra quem gosta de historia, critica, teoria e pesquisa de subculturas, um ensaio de Henrique Kipper sobre o livro Goth Culture da pesquisadora de estudos culturais, a alemã Dunja Brill, que trás questionamentos interessantes sobre sexualidade e estilo. Fiz uma resenha deste livro anos atrás, e que vocês podem conferir neste link. Porém, como estudiosa do feminismo, eu questionaria o pontos deste ensaio a respeito do termo contemporâneo de empoderamento. Já que não existe empoderamento se uma mulher continua sendo objetificada (ou se objetificando), ela neste caso, continua servindo ao patriarcado. Se uma mulher ou parte da sociedade enxerga isso como empoderamento está tendo uma visão liberal do feminismo, que não muda estruturas de opressão e serve ao capitalismo. E aí Kipper, será que um dia escrevo sobre feminismo para a GOTHIC STATION? #queria Sinceramente amei o Kipper trazer esse livro à tona, acho ele super válido de ser lido especialmente pelas góticas que se interessam por estudos feministas! 


E o Krautrock? Bom, ele também tem espaço nesta edição através das palavras de Alex Antunes da banda Akira e as Garotas que Erraram, fazendo parte dos textos sobre a 'arqueologia do post-punk'.


E a edição finaliza com as já tradicionais tirinhas de Kipper sobre a cena gótica. 


Se tenho algo a resumir sobre essa edição é que ela vai agradar muito que gosta de estudar subcultura gótica e moda. Embora seja uma publicação de linguagem acessível, sempre trás conteúdo embasado ou referenciado de acordo com as pesquisas dessa área. 


Não hesite em apoiar esta publicação alternativa nacional, vale muito a pena!




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11 de setembro de 2020

O retorno da revista GOTHIC STATION! Saiba como adquirir sua 5° edição + a revista Moda de Subculturas #1

Depois de dois anos em pausa, chegou a hora de celebrarmos o retorno da revista GOTHIC STATION!




A GOTHIC STATION chega à sua 5° edição! Desta vez, a forma de adquiri-la, assim como seus pacotes, é diferente: você deve ESCREVER para algum dos contatos abaixo indicando seu pacote. Estas são as únicas formas de adquirir a(s) revista(s).

ou envie e-mail para:  henrique_kipper@yahoo.com


Estes são os pacotes disponíveis:



Na 5° edição vai ter lançamentos musicais nos estilos Gothic, Darkwave e vertentes. Matéria escrita por mim (Sana) sobre a história da moda fetichista especificamente na Subcultura Gótica desde os anos 1970 até hoje. Terá literatura gótica lançada no Brasil pelo selo Clepsidra, vamos conhecer casos raros desta literatura em nosso país. Tem entrevistas exclusivas  com as bandas Two Witches, precursores da cena gótica na Finlândia; com Monica Richards da banda Faith and the Muse (Celtic-Folk, Gothic Rock, Darkwave), Eden House (Darkwave, Gothic Rock); com Simon Reynolds, autor de Rip it off and start again e mais...

Outra grande novidade desta campanha tem a ver com o blog! 

A primeira revista MODA de SUBCULTURAS poderá ser adquirida na versão impressa!! A revista tem 52 páginas e matérias exclusivas (que não estão no blog)!
(Mais detalhes sobre ela no post a seguir!)


Você deve fazer sua encomenda de qualquer pacote até 20/10/2020. A formas de pagamento são: à vista por depósito, transferência ou boleto; no cartão de crédito, à vista ou parcelado em até 12x. O envio dos pacotes pelo correio será a partir de 10/11/2020.

Confira TODOS os detalhes sobre os pacotes, CDs e camisetas NESTE link.

Sobre as edições anteriores da revista GOTHIC STATION, você pode adquiri-las também através do Henrique Kipper pelos links acima, se você quer conhecer o conteúdo de cada uma, confira abaixo as resenhas que fizemos:

Resenha GOTHIC STATION #1

Resenha GOTHIC STATION #2

Resenha GOTHIC STATION #3 (tem entrevista sobre o Moda de Subculturas!)

Resenha GOTHIC STATION #4



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7 de abril de 2019

Projetos alternativos de financiamento, porquê não recebem tanto engajamento quanto deveriam?

Ao longo de aproximadamente um ano e meio, participei de um projeto alternativo que para se tornar real precisou de financiamento coletivo. Tratava-se de uma revista que teve quatro lindas edições. Mas por que será que ela entrou em "pausa" por tempo indefinido? 


Revista Gothic Station #4

Minha experiência trouxe algumas revelações:

1. O pioneirismo nem sempre é compreendido em seu tempo.
A revista foi a primeira do gênero no Brasil (focando no Brasil e não no exterior) e se tornou uma espécie de cobaia. Um verdadeiro experimento. 

2. Um possível desinteresse das pessoas por informações geradas em modo físico (papel).
Eu não pesquisei cientificamente o assunto, mas acho os alternativos brasileiros não têm o hábito de consumo de publicações alternativas em papel.

3. "Por que pagar por informações que você pode conseguir "de graça" na internet?"
Na verdade, nada que se pega na internet é de graça. Paga-se pra ter acesso a internet (e não é barato) e as coisas tem dono sim. A questão seria mais sobre aonde o dinheiro merece ser investido, e me pareceu que não era numa publicação alternativa.

O cenário alternativo ao longo de sua história arranjou meios de se manter ativo em paralelo com o que acontece na cultura dominante (crises, problemas políticos). E um desses meios é uma rede de circulação de produtos que se desenvolve no nicho. Foi assim que as subculturas e estilos alternativos do passado chegaram até os dias de hoje!

Percebi que no período em que a revista esteve em circulação, foi muito bem recebida, vi muito apoio. Vi pessoas muito felizes com relação ao projeto. No entanto, essa boa receptividade não se refletia no financiamento online. Foi bastante complicado fazer os financiamentos fecharem. Nunca compreendi porque tão pouca gente financiava sendo que havia um público imenso interessado nos temas propostos. 

Mas o que me intrigou ao longo de todo o período foi porquê projetos independentes que visam fazer com que informação circule, não são tão divulgados/compartilhados quanto poderiam ser? 

Vejo pessoas alternativas inteligentes compartilharem tretas no Face ou no Instagram que geram centenas de opiniões; vejo várias situações pequenas que são compartilhadas como se fossem grandiosas (a famosa tempestade no copo d´água); vejo mulheres denunciando outras mulheres numa guerra pra dizer quem é mais oprimida que quem (somos TODAS oprimidas em algum nível. A rivalidade feminina é justamente uma reprodução dessa opressão! É perigoso cair no conto da luta individual. Para se exigir empatia primeiro precisa-se ter empatia. Dê as mãos à mulher que tem um sofrimento diferente do seu, isso é sororidade). 

Não vejo projetos que espalham cultura gerarem engajamento no mesmo nível que as tretas de redes sociais! Um projeto feito com tanto carinho, dedicação, envolvendo várias pessoas, que nos custava meses de trabalho... acabar por falta de financiamento foi bem triste... No meu ponto de vista, a história e cultura das subculturas deveriam ser tratadas como um legado a ser passado adiante! 

Com uma ideia na cabeça, resolvi fazer uma pesquisa nos stories do InstagramObservem as perguntas e respostas:



A maioria dos que votaram apoiavam a existência da Gothic Station em formato físico, mas infelizmente quando o financiamento estava ativo não houve apoio suficiente. Eu não tenho resposta para essa discrepância (para além dos "boicotes" que a revista sofreu) e nem sei se um dia terei. Lógico que uma pesquisa no Insta não é reflexo da situação em geral, mas dá uma ideia do que os seguidores do blog pensam.

E sobre a existência de uma revista virtual (pdf) e um apoio financeiro dela:



A julgar pelas respostas, uma revista alternativa virtual é bem vinda. E mais interessante ainda: seria apoiada financeiramente para se tornar realidade! Confesso que fiquei surpresa com o resultado. Adoraria investir num projeto assim, seria mais uma vez, experimental. O Instagram é legal, mas não envolve todos os leitores do blog, portanto a sua resposta para a pergunta abaixo é bem vinda. 

Você financiaria uma revista alternativa num formato virtual?


Buscando sempre várias formas de comunicar cultura alternativa!





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19 de dezembro de 2018

Resenha: 4º edição da revista Gothic Station- do Trad Goth ao Tribal Fusion

A revista Gothic Station chegou a sua quarta edição trazendo como capa o Tribal Fusion!  

A Gothic Station nº 4 seguiu com a proposta de abranger a diversidade da cena gótica, desta vez, logo após duas páginas iniciais com os lançamentos musicais, vem uma matéria de  grande valor sócio-histórico para cena brasileira: uma pesquisa que Henrique Kipper fez, nos moldes de um censo, sobre qual religião os góticos são adeptos. Os participantes - voluntários que responderam a um post no Facebook do Kipper - contaram suas experiências de conciliação entre religião e a subcultura, tema envolto em mitos na subcultura e preconceitos na sociedade, que muitas vezes tende a colocar góticos como "servos do mal" sem considerar que umbanda, espiritismo, catolicismo e religiões orientais são parte das expressões religiosas individuais. Um ponto interessante é que o resultado do censo gótico possui uma grande diferença quando comparado ao censo brasileiro oficial. Há depoimentos tanto relacionados a seguir uma religião diferente do resto da família quanto com relação a preconceitos sofridos dentro da própria cena.

Após as oito páginas dedicadas à religiosidade chegamos na entrevista com Amanda Palmer, um feito e tanto para uma pequena revista brasileira. Os fãs e admiradores da cantora e compositora podem ler suas opiniões pessoais sobre música, arte, sua relação com o feminismo e com seu marido Neil Gaiman.



A seguir vem a matéria que escrevi para esta edição. A história da subcultura gótica é um dos temas mais pedidos, então foi muito bom poder escrever sobre a temática de uma forma muito palpável: nas páginas da revista! O texto é sobre a estética Trad Goth. Conto sobre a origem da subcultura gótica no clube Batcave e a estética surgida naquele período assim como alguns exemplos de artistas que influenciaram (e influenciam até hoje) a moda gótica. Eu não contarei os detalhes aqui, espero que vocês adquiram a revista para ver o trabalho lindo que ficou (bem melhor que um post no blog!).


Após quatro páginas de entrevistas com a banda Back Long Arch, de Brasília, que faz um som darkwave e alternativo, chegamos na matéria de Turismo escrita por Iluá Hauck, intitulada "Os Sete Magníficos", os sete grandes cemitérios-jardins de Londres construídos na primeira metade do século 19. Iluá além de artista visual em ascensão em Londres, é uma das primeiras modelos alternativas brasileiras (se não a primeira) a modelar na Europa para famosas marcas alternativas, sendo também pioneira num estilo que está muito em voga hoje: a mistura de estética vintage com a gótica. Ela já esteve aqui no blog em uma entrevista exclusiva (veja aqui) num post suuuper antigo. Esta foi uma das matérias mais legais que li na revista, a arte tumular é algo que me desperta interesse assim como a história e cultura do da Era Vitoriana.



As páginas 30 e 31 trazem um resumo do Deepland Festival II, ocorrido em 13 de outubro de 2018, com bandas de toda a América Latina ligadas ao Gothic Rock e Darkwave. Ao folhear para a página seguinte, nos deparamos com a matéria de capa: "Tribal Fusion - Histórico e Tendências". Essa matéria teve origem aqui no blog (sim!), quando foi escrita pela colaboradora Melissa Souza, mas na Gothic Station atinge um patamar mais elevado, um lindo registro de um estilo de dança que fascina cada vez mais as mulheres alternativas. 


Das Ich, uma das bandas essenciais dentro do movimento Neue Deutshe Todeskunst, ligado à formação do WGT, ganha quatro páginas em uma entrevista em que conta um pouco de sua trajetória.

Uma das coisas que mais gosto da Gothic Station são as matérias sobre cinema. A sétima arte tem grande influência na formação da subcultura gótica e é sempre bom conhecer um pouco mais as referências. Nesta edição, creio que muitos vão apreciar a matéria que trás as obras de Poe por três cineastas europeus através do longa "Histórias Extraordinárias".



Como uma voraz leitora, nem preciso dizer que a sessão de literatura me agradou muitíssimo e tem tudo para agradar você, admirador das obras de Edgar A. Poe. Em cinco páginas dedicadas ao mestre, "O que faz dele um escritor extraordinário?" pergunta a autora da matéria, Luciana Fátima. O texto tenta buscar as respostas desta pergunta, abordando tanto a admiração de outros escritores sobre ele, quanto desenvolvendo uma ligação entre suas obras e personagens com sua vida pessoal.



A Gothic Station nº 4 é, assim como as edições anteriores, um respiro de arte e cultura alternativa. Tocá-la e folhear suas páginas é ter um material gráfico caprichado e principalmente ver que PESSOAS se dedicaram a escrever para oferecer um conteúdo que tomou tempo e dedicação de cada um. Mostrando que existem pessoas neste Brasil que são responsáveis pela criação de conteúdo e difusão de conhecimento sobre cultura alternativa. Só tenho a agradecer a todos que nestas quatro edições criaram um material que daqui há muitos anos ainda serão úteis a quem quiser se informar sobre moda e cultura alternativa.  

Neste momento, a revista precisa do SEU apoio! Precisa muito que as edições esgotem na loja para que a edição número 5 seja produzida, já que não há mais financiamento coletivo para a publicação. Por isso vou deixar abaixo o link da resenha de cada uma das edições e o link da loja.

Pra finalizar, preciso da ajuda de vocês com relação a revistas alternativas! Vou lançar algumas questões aqui e vocês respondem nos comentários com "sim" ou "não".
1. Você prefere uma revista alternativa no formato virtual?
2. Você apoiaria financeiramente uma revista alternativa virtual?
3. Você se interessa que a Gothic Station continue existindo de forma física?


Link da loja:



Link das resenhas:
Gothic Station #1
Gothic Station #2


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17 de junho de 2018

GOTHIC STATION: a primeira revista gótica brasileira chega a 4º edição! Saiba como apoiar!

É com muita alegria e satisfação que afirmamos que a revista GOTHIC STATION nº 4 vai se tornar realidade graças à vocês que apoiaram a publicação! Quem ainda não apoiou mas quer apoiar, ainda dá tempo! Vamos explicar tudo pra vocês nesta postagem!



É muito bom saber que o financiamento coletivo de projetos alternativos está ganhando adesão aqui no Brasil. É muito importante que nós espalhemos a conscientização de que esta é a forma mais viável de tornar realidade grandes ideias de cultura alternativa que seriam inviáveis se ficassem na dependência da grande mídia ou de grandes empresas patrocinadoras.

Quando apoiamos coletivamente um projeto alternativo estamos apoiando ideias, apoiando o conceito de "faça você mesmo" ampliado, baseado no fato de que os que tem interesse e admiração por determinada cultura alternativa se unem e se esforçam para que tudo se torne realidade.

Esta postagem vem para agradecer à todes que acreditam no nosso trabalho: o trabalho dos criadores de conteúdo alternativo, os que acreditam que informação mantém viva a cultura e a proliferação de informações ao mesmo tempo em que conscientiza, une os interessados, criando uma comunidade de pessoas que tem algo em comum; pessoas que dividem e compartilham um estilo de vida e que tiram um tempo de seu dia para dar apoio à manutenção da memória da cultura alternativa!


Conteúdo:
A edição número quatro da GOTHIC STATION vai trazer um artigo que muitos leitores me pedem: a história dos primórdios da subcultura gótica e o estilo Trad Goth

Além disso, sob convite do editor Henrique Kipper, a maravilhosa matéria de Melissa Souza aqui para o blog  sobre Tribal Style, vai ganhar uma versão para a revista! Tem também matéria sobre diversidade religiosa entre os góticos e nada mais nada menos do que páginas dedicadas à Edgar Allan Poe (tivemos Nosferatu e Frankenstein na edição passada, lembram?) e ainda tem uma entrevista maravilhosa com Amanda Palmer! <3
É mais uma daquelas edições para ser passada de mão em mão, pra que muitos possam ler!

Se você acessar o link de financiamento agora, vai ver que já passou dos 100%, mas peço que não caia na ilusão de pensar que por conta disso a revista não precisa mais de apoio. Precisa sim, é preciso pagar as taxas do financiamento e os correios e quanto mais dinheiro a mais entrar, mais a revista é melhorada, tanto na qualidade do material quanto no número de páginas. Quando você apoia o financiamento, está comprando com desconto. Após o término da campanha, quando a revista for para a loja, você pagará mais caro. Aproveitem agora que o Catarse permite o parcelamento em até 6x! São 53 pacotes diferentes divididos em 4 grupos, 7 opções de camisetas, além de muitos CDs e Livros que você pode escolher!


Clique aqui para escolher seu pacote


Ah e se você tem alguma resenha em suas redes sociais sobre a edição #3 (capa da Sana), manda o link pra gente te divulgar!


Resenhas:



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6 de maio de 2018

Resenha: Gothic Station #3 - como se informar sobre moda e cultura gótica no Brasil

Primeiro, muito obrigada a todos que participaram do financiamento da revista Gothic Station, edição número 3. Dessa vez eu, Lauren, irei fazer a resenha da edição que trouxe na capa a Sana Skull, criadora do blog. A essa altura já devem ter recebido suas recompensas que chegaram um pouco atrasadas devido a imprevistos. No fim deu tudo certo e agora você tem uma edição histórica em suas mãos - sim! - pela primeira vez uma revista nacional trás uma matéria com abordagem profunda da relação entre Moda e Subculturas!


Como muitos já sabem, mas é sempre bom reiterar, esse é um projeto independente, realizado por pessoas do meio alternativo e que possuem o comprometimento de trazer um conteúdo mais profundo e diversificado sobre o tema. Nessa última, o foco foi Moda, Arte e Cultura. Assim que abrem a publicação vão encontrar uma matéria de comportamento, onde o foco é a diversidade de estilos. São depoimentos de góticos de diferentes Estados, ocupações, oferecendo uma visão bem interessante, onde ao mesmo tempo que descobrimos suas particularidades também há muitos pontos em comum. Daria a dica de acompanharem as redes do Henrique Kipper, no futuro seu estilo de vida pode fazer parte dos artigos.


Em seguida a entrevista com Chris Pohl da Blutengel e na sequência texto da Sana sobre os Blitz Kids, quem ler vai entender a ligação deles com o visual gótico. E mais: como essa influência também chegou no Brasil, com depoimentos dos artistas Alisson Gothz e da nova geração, Ivana Wonder. Essa é uma matéria que deixa bem desenhada - e costurada! - àqueles que dentro de uma subcultura tentam diminuir a importância da moda e estética perante a música. Os Blitz Kids são uma prova de que uma subcultura pode ser iniciada através da 'linha e costura' e não necessariamente da música, e que pode ter o mesmo efeito transformador e transgressor!



Não é exagero dizer que quem tem a revista tem uma preciosidade nas mãos, as fotos que ilustram a matéria são icônicas, registros de fotógrafos que participaram da cena e pela primeira vez estão sendo publicadas no Brasil oficialmente num veículo impresso alternativo. Isso é um momento histórico na cena alternativa nacional. Até então estas fotografias só haviam sido publicadas em livros estrangeiros e revistas mainstream. Sana e Kipper fazem um esforço tremendo para que vocês tenham sempre o melhor material possível.



Um adendo: No texto Blitz Kids quando Sana comenta da coleção "Neon Gothic" de Steve Linard, na revisão foi mudada para "Neo Gothic", fato que só viu quando a revista já estava impressa. O nome da coleção de Stephen Linard era "Neon Gothic", uma brincadeira com a sonoridade de "Neo Gothic". A editora do MdS pede desculpas pela alteração.

Nessa bomba já vem a entrevista da Sana com oito páginas. Foi uma grande oportunidade e espaço dado na abordagem sobre o estudo de moda e subculturas, numa entrevista maravilhosa onde Sana pode expôr e esclarecer bastante dúvidas dessa área. Quem dera pudesse ter lido essa entrevista na faculdade, não teria perdido tanto tempo, não me sentiria tão perdida e frustrada.

Como surgiu o blog e o porquê do nome; o que são subculturas e moda alternativa; qual a importância da estética das subculturas para a formação da individualidade; por que várias pessoas não se interessam em ser parte de grupos alternativos; a moda e a subcultura gótica; o visual alternativo hoje... tudo isso são temas dissecados na entrevista.

Letras sem foco propositalmente. Fotos: Chronos Imagens

A moda no Brasil ainda não dá valor ao estudo de culturas alternativas e algumas destas também não entendem o valor da moda e suas engrenagens. Haja visto que em pleno 2018, recebemos mensagens de estudantes pedindo ajuda com trabalhos e relatando a dificuldade de impôr seus temas. Tentamos ao máximo elucidar as questões, oferecer ideias e abordagens, tudo isso porque sabemos o que é quebrar a cabeça com informação escassa ou inacessível. Portanto a troca de conteúdo torna-se de uma importância absurda, perguntar nessas horas não é ser folgada (como já nos disseram por aí!), é a busca pelo conhecimento e a troca por outros, já que todos nós possuímos alguma informação da qual o outro não deve saber.


Sobre como surgiu o convite da entrevista, Sana me contou:


"Recebi um convite de Henrique Kipper para ser entrevistada e ser a capa da edição #3. Fiquei muitíssimo surpresa pois nestes quase 10 anos de blog e de influência do mesmo na formação das mentes e no cenário da moda alternativa, poucos foram os que me convidaram para algum projeto. Não tenho um perfil badalado na web, não exponho tudo que faço e pensei que estar numa capa de revista fosse um sonho muito distante. É muito gratificante quando alguém reconhece a importância de meu trabalho, que entende que o que eu faço não é para favorecer a mim mesma e sim informar o maior número de pessoas. Num país em que praticamente não há informação sobre história da moda alternativa, meu ideal com o blog não é individual, é coletivo! Pessoas informadas mudam suas vidas e podem mudar o mundo. O convite de Kipper fez valer a pena tudo que fiz até então no blog, todas as horas que dediquei não a mim, mas aos outros, aos leitores, à informação. Sei que alguns podem não ter curtido a escolha de capa, mas lembrei-me que quando o blog surgiu incomodou algumas pessoas. E se este espaço ainda incomoda, é porque tem relevância, não estou fazendo o óbvio, não estou seguindo regras impostas por alguém e é isso mesmo que continuarei fazendo: quebrando conceitos que pareciam estabelecidos, estudando, pesquisando a moda alternativa  e toda a sua importância cultural! Já são quase 10 anos fazendo esse trabalho, as gerações de leitores mudam e o blog continua. Só tenho a agradecer a todos os leitores que fizeram o blog ser o que é hoje, e ao Kipper que sempre manteve seu apoio ao MDS."


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No restante da publicação, ainda tem uma entrevista com Franck Lopes da Opera Multi Steel, uma belíssima reportagem sobre o Butoh, a Dança das Trevas onde conta a história de sua criação no Japão até a chegada no Brasil. Fiquei pensando em como seria lindo uma apresentação do João Butoh no festival "Yes, Nós Temos Burlesco" que se realiza anualmente no Rio de Janeiro. Penso que o público iria amar e prestigiar a interação dessas artes!



Para terminar, as colunas de cinema abordando três leituras de Nosferatu, uma entrevista com a banda brasileira The Knutz e por fim literatura gótica, dessa vez com ênfase Dr. Frankenstein e o vampiro moderno.




Realmente tem sido uma jornada e tanta pela valorização desse tema no Brasil, queria deixar bem claro o quanto essa edição é importante para gente, pois dificilmente encontrará um artigo sobre moda e subcultura com um conteúdo leal a sua história numa revista mainstream, mesmo com os muitos alternativos que trabalham na área, o que é uma pena. 



Ainda tem como adquirir a Revista, é só acessar a loja. Agradecemos também a Nayara Soares da Eccentric Beauty e Thexuga do Calabouço da Thexuga por fazerem resenhas em seus canais do youtube. 
Até a próxima edição!


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