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20 de outubro de 2017

Killstar, Iron Fist, Sourpuss, Hot Topic, Dolls Kill e etc: como grandes lojas influenciam negativamente e positivamente a moda alternativa?

 

Qual a influência de grandes lojas alternativas como Killstar ou Dolls Kill na moda alternativa? Qual a relação da moda dominante com o mercado alternativo? Neste post levando algumas análises sobre a influência de grandes marcas na Cultura Alternativa Mundial.

 

Estilo Witchy + Harness = modas alternativas. (Foto: Killstar)

Um ponto levantado no blog com certa frequência é que nos anos 1990, tudo que restava de ideologia nas subculturas foi cooptado até o último suspiro pelo mainstream, isso associado à popularização da internet, provocou um esvaziamento ideológico e comportamental das subculturas musicais. Esse buraco do esvaziamento foi preenchido pela Moda, pela estética. Se as subculturas foram engolidas pelo mercado, nada é tão ligado ao mercado quanto a área de Moda.


Por que a Moda tem se destacado na Cultura Alternativa?
O contexto cultural que vivemos hoje, de individualismo e consumo, favorece a moda.
A Moda surge no fim da Idade Média ligada à burguesia, ao comércio e ao status social. A roupa que usamos é uma mensagem não verbal, normalmente a mensagem é:
expressão individual, diferenciação, status e/ou poder de consumo dentro de uma sociedade/grupo. Uma das coisas primordiais da Moda é ser um mercado, mexe com o desejo de ter algo para se tornar o que deseja ser.


A Moda está se sobrepondo à cultura das subculturas?
Pode ser, os indícios estão fortes. Uma amostra disso é que quem chega do nada pode pensar que ser gótico, por exemplo, é só estética. Jovens podem chegar nas subculturas primeiramente pela estética que lhes atrai visualmente, dando-lhes status e diferenciação no ambiente em que vivem. Quando alguns deles descobrem que cada subcultura tem uma cultura própria e não fazem questão de segui-la, se afastam mantendo apenas a estética pelo poder social que o visual fornece. Esse comportamento vem sendo identificado há pelo menos 20 anos, não é novidade, mas se intensificou na última década na medida que o individualismo e a "sociedade liquida" (Bauman) se impõem.

Algumas estéticas de subculturas tem fundamento e explicação para o uso de determinada peça ou maquiagem. Mas não é regra geral. Alguns visuais foram adotados meramente para chamar a atenção dentro de determinada cena ou um desafio sobre quem criava um visual mais diferenciado - a "estética como discurso", como auto afirmação, mas sem necessariamente um significado profundo por trás. A estética quando usada como diferenciação resulta em status.


Killstar, Iron Fist, Sourpuss, Hot Topic, Dolls Kill e etc: como grandes lojas influenciam negativamente e positivamente a moda alternativa?

Assim como ocorreu o esvaziamento ideológico e cooptação das subculturas pela cultura dominante de forma muito forte nos anos 1990 (embora o fenômeno seja anterior à isso), o crescimento de algumas lojas alternativas como Killstar, Iron Fist, Hot Topic, Sourpuss, Dolls Kill (por exemplo) fez com que elas passassem a produzir peças em grande escala para alimentar o mercado mundial de moda alternativa

Ter peças destas marcas dá status e diferenciação. É uma "diferenciação" entre aspas mesmo, já que se vestindo igual,
une-se os semelhantes, criando uma legião de fãs de determinadas grifes. Fãs de x marca/que só vestem x marcas - comportamento semelhante à cultura dominante onde determinadas pessoas só vestem grifes (Chanel, Gucci, Versace etc). Essas lojas alternativas não diferem muito de uma loja mainstream no sentido de que massificam determinadas estéticas e determinam tendências e modismos aos consumidores alternativos.


Pentagrama é Moda (Foto: Killstar)



Quando grandes lojas alternativas tem o mesmo tipo de processo produtivo que as lojas mainstream, elas ainda podem ser consideradas alternativas?

Enquanto lojas crescem e dominam o mercado, lojas menores, mais artesanais enfrentam dificuldade de se manter. Devido ao poder das grandes lojas que praticamente definem os modismos, as marcas menores sentem a "obrigação" de acompanhar as tendências para se manter no mercado. Sobrevive quem consegue atingir essa massa de alternativos ávidos por estar na moda. Algumas marcas menores que já possuem uma identidade bem definida se mantém, mas sempre competindo de forma desigual. As pequenas marcas precisam criar um padrão de qualidade e um diferencial ao cliente, quando o cliente se torna fã e a consumirá independente dos modismos.


Tem lado bom nestas grandes lojas?
Claro que tem! Elas empregam. Empregam pessoas alternativas. É uma oportunidade para estilistas, ilustradores, vendedores, fotógrafos, modelos, fornecedores e toda uma equipe que trabalha digitalmente.
Quem fez faculdade de moda e um dia sonhou trabalhar com moda alternativa pode um dia ser funcionário destas grandes marcas. Quantos alternativos se formam em moda anualmente e não encontram emprego? Grandes lojas podem ser a porta de entrada. Além de que, um bom departamento criativo é possível porque elas tem o dinheiro em caixa para desenvolver coleções incríveis. Estas lojas alternativas cresceram e se desenvolveram porque se adaptaram ao grande mercado, sabem que para se manter é preciso entrar no sistema da moda de vender status (seja qual nível que for), diferenciação (estilo) e um senso de comunidade (fãs da marca se identificando entre si).



A roupa como diferenciação, a marca como status. (Foto: Iron Fist)


Devo parar de consumir estas marcas? 
Você deve consumir o que gosta e se identifica. 
Este post é apenas para mostrar uma evolução mercadológica que ocorreu na história da moda alternativa. Mostrar que as lojas alternativas se adaptaram ao mercado (análise de 2013). Eu adoro as peças que estas lojas produzem, adoro a criatividade sem limite e ao mesmo tempo adoro peças de lojas menores, lojas artesanais, sou consumidora de ambas. Acredito que o importante é consumir de forma consciente, de acordo com o que você acredita.


O sistema de Imitação
Esse sistema da Moda adotado pelas grandes lojas encontrou nas redes sociais o local perfeito para espalhar o desejo de consumo de um determinado estilo de vida baseado na diferenciação: o Instagram.
Ao utilizar garotas populares no Instagram para divulgar os produtos mais "tops" do mercado de moda alternativa, a estética que as "influencers" divulgam se torna desejos de consumo para seus seguidores. Alimentando aí uma outra característica da Moda: a imitação
E caímos aqui exatamente no mesmo ciclo de moda da cultura dominante: Diferenciação (que dá) status (no grupo), consumo (o poder de consumir algo diferente) que resulta em (imitadores) que adotam o visual por status (voltamos ao começo do ciclo).

Para finalizar, vale lembrar que nada é tão preto no branco, existem centenas de nuances nesse processo todo. Gosto de olhar o lado positivo e refletir sobre os pontos negativos. Acredito que estas análises possam ser úteis aos que estão envolvidos com o estudo de moda, da história da moda alternativa e seu futuro. Como profissional de Moda, adoraria que houvesse mais mercado de trabalho para nós em marcas alternativas, no entanto isso não ocorrerá sem uma adaptação ao sistema de mercado dominante, isso é um fato e está fazendo parte do desenvolvimento da moda alternativa.



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12 de setembro de 2017

Pinup Girl Clothing: loja lança coleção de roupas da personagem Elvira

Depois do sucesso da coleção em homenagem à Wanda Woodward que tem apresentado peças novas a cada temporada, a loja americana Pinup Girl Clothing tem lançado desde o dia 26 de agosto a coleção criada em parceria com a atriz Cassandra Peterson em homenagem à personagem Elvira!

Chegou a hora de colocar o lado Mistress of the Dark para fora! 
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Em 1981 ao apresentar o programa "Movie Macabre", Elvira se tornou uma personagem cômica de extremo sucesso, uma figura icônica para os fãs de terror. Junto com isso diversos produtos com sua figura foram lançados. Agora chegou a hora da marca Pinup Girl Clothing trabalhar em parceria com a atriz Cassandra Peterson, criando mais um capítulo do conceito "Couture for  Every Body", onde as peças apresentadas vão do tamanho XS ao 4X abrangendo aí uma gama imensa de tamanhos corporais, desde o petit ao plus size. A parte triste de tudo isso? A Pinup Girl Clothing não entrega no Brasil, então no momento ficamos na dependência de visitar a loja pessoalmente ou encomendar com alguém que more nos EUA. :(

Cassandra Peterson trabalhou em parceria com Laura Byrnes,
estilista e proprietária da Pinup Girl Clothing.
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Cassandra Peterson e Laura Byrnes / Instagram Pinup girl Clothing

Não é de hoje que Elvira é um ícone da cultura alternativa, mas com a popularidade das Dark Pinups, já tinha até passado da hora de uma marca estrangeira apresentar peças em homenagem e que não caíssem no estereótipo. A marca conseguiu transformar o visual ultra sexy de Elvira em algo mais discreto e confortável mas ainda assim com forte pegada Vamp!


Em entrevista para o jornal LA Week, Cassandra Peterson falou sobre a personagem:


"Adorava a família Addams. Quando criança era meu show favorito. Elvira era uma espécie de versão dos anos 1980 de Morticia e Vampira. Nós queríamos a tornar um pouco mais punk, um pouco mais heavy metal... com o cabelo inspirado em Ronnie Spector".
"Sempre fui super fã de música. Eu adorava a cena do punk e new wave e as coisas que eu usava normalmente naquela época eram alfinetes de segurança e peças no estilo rock and roll".

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Cassandra Peterson / Créditos: LA Week

Nós que acompanhamos a loja Pinup Girl Clothing, sabemos que além das peças retrôs super clássicas, a marca sempre apresenta também umas criações mais darks, mais góticas e isso se explica porque a proprietária, a estilista Laura Byrnes, também cresceu na década de 1980 sendo fã da banda Bauhaus. Isso se reflete na mistura vintage, retrô, pinup, gótico e ícones oitentistas que encontramos na loja.


Sobre a coleção, Byrnes diz que os vestidos mesmo sendo justos foram idealizados um pouco mais soltos, pois não queria ser literal no traje de Elvira mas também se inspirando em Cassandra. Vamos dar uma olhada na coleção:


As peças referenciam o traje da personagem: decote profundo em vestidos justos.




Os acessórios de flores foram criados pela loja artesanal LaCasaDeFlores.

Elvira teve um impacto imenso sobre as meninas que cresceram nos anos 1980, sendo inspiração para as outsiders da época. Mas o sucesso e o estilo da Mistress of the Dark se revelam atemporais, influenciando até hoje as novas gerações alternativas. Vida longa à Elvira!

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Laura Byrnes, Traci Lords, Cassandra Peterson e Doris Mayday na festa de lançamento da coleção.


Dica: A loja Dresshead possui vários vestidos femininos que lembram a coleção da Pinup Girl, clica aqui pra conferir!



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23 de julho de 2017

KILLSTAR x MARILYN MANSON: Coleção Nova e Cupom de Desconto / Killstar discount Code

A Killstar acabou de lançar a segunda coleção em parceria com o cantor Marilyn Manson. E nós, como parceiros da marca não podemos deixar de divulgar! Todos os leitores do blog tem direito a cupom de desconto pra usar em qualquer compra na loja:

-> Cupom de Desconto/ Discount Code: SUBCULTURAS <-




A primeira coleção da marca com o cantor foi um pouco decepcionante para quem esperava algo mais "weird", afinal, Manson é conhecido por ter um visual único que utiliza elementos do grotesco. Ele literalmente assustava pessoas na rua quando apareceu na década de 1990! Parece que mesmo simplinha, focando mais nos logos da banda, a coleção agradou e abriu caminho para esta segunda colaboração, desta vez achei as peças bem mais interessantes.




Logos e capas de álbum continuam sendo estampas, camisetas de bandas sempre foram o básico do visual roqueiro, com valores acessíveis, mas na Killstar elas ganham um status de grife focando no público fã da marca e fã do cantor. Além de que, com o tempo estas peças virarão item de coleção.


A Killstar já pode ser considerada uma marca com turma fiel de seguidores, fãs do conceito e do estilo de criação. 

E justamente por causa do dólar alto é que fazemos questão de oferecer um cupom desconto aos leitores, é uma forma também de agradecimento por nos acompanharem <3

E vocês, gostaram dessa coleção?



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18 de maio de 2017

KILLSTAR: Cupom de Desconto // KILLSTAR discount Code

Imaginem a minha felicidade quando a KILLSTAR oferece um CUPOM DE DESCONTO pros leitores do Moda de Subculturas? ♥

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É ótimo poder retribuir de alguma forma todo o respeito e consideração que vocês tem com o blog! Sei que muitos não compram em lojas estrangeiras pelo preço, então por isso mesmo um descontinho é sempre bem vindo, é um presente! É uma forma de tentar tornar as marcas alternativas mais incríveis da atualidade mais perto do alcance de todos.


cupom-de-desconto-killstar

 Cupom de Desconto / Discount Coupon:
SUBCULTURAS 


KILLSTAR é uma marca britânica, mais especificamente de Glasgow, Escócia (isso mesmo!) relativamente nova, fundada em 2010, inicialmente com o nome de "To KIll a Star" sendo uma das pioneiras a trazer a temática do ocultismo para a moda alternativa atual.


A marca surge para suprir um nicho que até então era inexplorado: as fãs de bruxaria, misticismo e ocultismo. Tanto que até hoje, a lua, a tábua ouija e símbolos do oculto não saem de catálogo devido ao sucesso. Peças de destaque são os vestidos inspirados na personagem Wandinha Addams (que se fosse um pessoa real, com certeza usaria a marca). No último Halloween, teve até parceria com Marilyn Manson! E como recentemente anunciamos no nosso Instagram, agora a loja tem peças em tamanho plus size.


A KILLSTAR foi uma das que fizeram parte de toda uma mudança estética ocorrida nos últimos anos em relação à moda gótica. Liisa Ladouceur mostra isso em seu vídeo sobre os 40 anos do estilo gótico, dizendo que ser gótica hoje é usar roupas confortáveis: sem corsets, sem peças que apertam, e sim roupas que são urbanas, permitem movimentos sem deixar de lado a obscuridade.

As bolsas conceituais da marca.

Como várias outras marcas alternativas, a inspiração vai além de uma só subcultura, Punk, Heavy Metal e rebeldia estão entre os temas que inspiram os designers. E pensar que a marca nasceu fazendo somente camisetas e suéteres e hoje já vende calçados, diversos acessórios e até velas, afinal, ocultista que é ocultista não fica sem velas, né? Haha :D


Então sempre que fizerem compras na KILLSTAR, usem o cupom! E se você tem amigo/as que curte a marca compartilhe a novidade!


 

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21 de abril de 2017

Ash Costello processa Iron Fist pela autoria de sua coleção "Bat Royalty"

Em outubro de 2015 foi lançada pela Iron Fist, a coleção Bat Royalty, criada pela cantora Ash Costello. A coleção, cheia de elementos darks, contrastava com o perfil comercial da marca super colorida e irreverente. Essas parcerias não são incomuns na moda mainstream, e na cena alternativa pode ser uma boa ideia pois junta criadores (que podem não ter estrutura para se lançar sozinhos) com empresas conhecidas que estão dispostas a vender produtos destes criadores. 


A coleção Bat Royalty trazia como carro chefe uma botinha com asas de morcego que foi de extremo sucesso mundial! Outras peças da coleção também formavam asas de morcego em detalhes, como nas golas e estampas, como podemos ver no anúncio abaixo, que recebi por email na época de lançamento.


Logo depois diversas marcas alternativas também começaram a vender calçados com asinhas de morcego e outras peças inspiradas na coleção criada por Ash. Sendo um sucesso mundial que rendeu cópias e até plágios, é de supor que Ash Costello foi super bem remunerada, não é? Parece que não. Para a cantora, isso se tornou um pesadelo. Ontem (20/04), a vocalista da banda New Years Day, indicou a leitura de um artigo que conta o que está acontecendo. O artigo é da Alternative Press e tomei a liberdade de traduzi-lo abaixo.


Tradução (com edições):
"Hoje, Costello entrou com um processo contra a empresa [Iron Fist] citando 14 ofensas. Alega que a Iron Fist pegou desenhos que Costello lançou e usou-os para outras linhas, pagou Costello apenas um pequeno número de vendas [da coleção] Bat Royalty, divulgou imagens que Costello nunca foi informada sobre e removeu o logotipo "Bat Royalty" dos projetos Bat Royalty vendendo-os como outros produtos marca Iron Fist."
"Em 2014, Costello começou a trabalhar com os réus para produzir a marca Bat Royalty", diz a queixa. "Depois de uma fase de lua de mel com os réus, os pedidos de contabilidade de Costello em relação à marca foram repetidamente ignorados, seus projetos foram rotineiramente roubados para outras roupas e acessórios da Iron Fist, o nome e semelhança de Costello foram indevidamente explorados ou indevidamente excluídos de materiais de marketing da marca."

Costello diz que enquanto no exterior a linha de vestuário foi um sucesso, a realidade era totalmente diferente. "Estou chateada porque minha primeira linha de roupas foi tão bem sucedida no exterior e tão abraçada por meus fãs, enquanto eu estava sendo roubada de minhas ideias, meu dinheiro e, mais importante, de respeito nos bastidores", disse Costello em uma declaração à Alternative Press. "Estou ainda mais chateada que meus fãs, que eu amo e que significam tanto para mim, eu não era nada além de um dia de pagamento e a pessoa a explorar a Iron Fist."

De acordo com Ash Costello, a Iron Fist também divulgou itens da Bat Royalty juntamente com mercadoria não-Bat Royalty, criando assim confusão e fazendo os fãs comprarem outras marcas da Iron Fist que não eram a de Costello.

 A cantora modelando suas criações para Bat Royalty.

"Não muito tempo depois de sua relação de negócios, a Iron Fist começou a anunciar produtos da sua linha Night Walker ao lado dos produtos Bat Royalty, sem distinção entre os dois, o que levou à confusão real entre os leais fãs de Costello (...)", afirma a denúncia. "Além disso, em várias ocasiões, Iron Fist iria vender vários produtos da marca para o varejo e comercializar os itens como sendo Bat Royalty usando o nome de Costello. Ela nunca foi compensada por essas vendas ou por este uso de seu nome, o nome Bat Royalty, ou sua semelhança. Infelizmente, os fãs de Costello foram intencionalmente enganados pela Iron Fist e foram induzidos a comprar produtos que Costello não tinha nada a ver e não recebeu nenhum benefício." Costello diz que muitos dos projetos Night Walker ou Iron Fist foram ideias que ela lançou para Iron Fist como produtos Bat Royalty, e  que a Iron Fist rejeitou na época.


Iron Fist deu a Costello um espaço no armazém onde ela trabalharia em seus projetos Bat Royalty onde foi alegadamente "insultada e condescendida pelos funcionários da Iron First, incluindo a esposa do proprietário, que ridicularizaria Costello observando que ela era "quase como uma verdadeira estilista" ou referindo-se a ela como "Bat Von D", como a denúncia determina. Quando ela e sua banda New Years Day saíram em turnê, a Iron Fist limpou o espaço de trabalho e demorou a retornar seus projetos e materiais mesmo depois de múltiplos pedidos, afirma Costello.

A denúncia também afirma que Costello tinha uma estreita relação com Hot Topic por causa de sua banda, New Years Day. Para crescer a marca [Bat Royalty], Costello estabeleceu reuniões entre Hot Topic, Iron Fist e ela mesma. "Não muito tempo depois, os funcionários da Iron Fist começaram a agendar reuniões com o Hot Topic sobre a marca [Bat Royalty] sem incluir Costello, ou atualizando-a sobre quaisquer novos desenvolvimentos que surgiram dessas reuniões", diz a denúncia.

Vídeo da Hot Topic divulgando a coleção de Ash Costello


Costello também diz que Iron Fist não conseguiu fornecer-lhe informações financeiras precisas sobre a Bat Royalty. A queixa diz que as declarações que ela recebeu excluíram as vendas externas e omitiram alguns produtos (incluindo algumas variedades da "Bat Wing Boot", que o documento diz que é um dos mais bem sucedidos produtos Bat Royalty) e lojas de varejo inteiramente. "A situação tornou-se tão impossível que Costello foi forçada a ir a varejistas individuais diretamente para saber como os produtos Bat Royalty estavam vendendo", afirma o documento. "Costello também começou a acompanhar de perto plataformas de mídia social para uma vaga ideia de se certos produtos [Bat Royalty] estavam vendendo bem."

"Os fatos apresentados em nossa denúncia falam por si mesmos", diz a advogada de Costello, Katrina Bleckley. "Este é apenas mais um exemplo de uma empresa tirando proveito de um artista brilhante para seu próprio ganho. É lamentável que tenha chegado ao litígio, mas Ash E sua equipe estão preparados para lutar por seus direitos, seus fãs e sua marca ".



A queixa acrescenta que Costello tentou resolver as questões durante semanas. "A Iron Fist respondeu com outras promessas quebradas e, em seguida, uma oferta de assentamento que exigiu que Costello permanecesse nesta relação abusiva, promovendo os produtos Iron Fist e cedendo pelo menos metade da marca que ela concebeu, construiu e garante propriedade da Licença"

Após a publicação deste artigo, a Iron Fist mandou o seguinte resposta à Alternative Press: "Esta é uma questão legal que será respondida em conformidade, e a Iron Fist nega as alegações na denúncia e na história publicada pela Alternative Press. "

- Fim da Tradução-


Recentemente ocorreram vários casos de empresas de moda desrespeitando a propriedade intelectual seja de artistas, seja de outros designers, historiadores e escritores. Há algum tempo observo que algumas marcas alternativas viraram verdadeiras corporações. E não é por fazerem "moda alternativa" que estão isentas de ganância e desrespeito. Tivemos casos polêmicos com Lime Crime,  Dolls Kill  e agora a Iron Fist. Difícil esta situação, pois ao mesmo tempo que gostamos do que estas marcas vendem, tem outra questão importante: a ética. Será que Ash se exporia ao mundo dessa forma se algo não fosse verdade? Pois coloca em risco a carreira e imagem dela (sabemos como as mulheres são silenciadas nesse mundo).

O modelo da bota com asinhas de morcego foi criado pela Ash, mas é anunciado como patenteado pela Iron Fist, então quem copia, precisa tomar cuidado pra não ganhar um processo ou ter que pagar a empresa... Mas não sei dizer pra vocês se a patente está só no nome da Iron Fist ou no da Ash. Se não estiver no nome da Ash, a criadora, é uma baita sacanagem corroborando as alegações da cantora. 

Temos a mentalidade que criações de moda "não tem dono",
mas criações autorais e artísticas tem sim
! Estamos de olho! 



Link do Artigo Original.



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"Ash Costello processa a Iron Fist pela autoria de sua coleção Bat Royalty" apareceu primeiro em Moda de Subculturas.
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25 de fevereiro de 2017

Punk e Fetichismo: Conheça a história da estilista Pam Hogg

Gosta de usar estética fetichista sem ser fetichista de verdade? Agradeça à Pam Hogg por ter aberto esse espaço ao mundo da moda. A estilista começou a carreira ao fazer para si mesma peças extravagantes para ser aceita nas festas dos clubes londrinos do final dos anos 1970, onde várias subculturas circulavam. Sempre ligada a música, arte e moda, hoje possui status "cult" tamanha a importância de seu trabalho.



Pam Hogg: rockstar e estilista rebelde
Nascida na Escócia, tudo começou quando Hogg ganhou uma bolsa de estudos numa renomada instituição de ensino em Londres para dar continuidade ao aprendizado em Belas Artes. Suas criações seriam influenciadas pelos movimentos punk e clubber que tomaram a capital inglesa em meados da década de 1970. Autodidata, começou a vender suas peças para amigos fazendo toda a produção sozinha.

"Eu não tinha intenção de ser designer de moda. Eu estava fazendo minhas próprias roupas desde tenra idade, então foi apenas algo que veio naturalmente para mim."


No início de 1980, Hogg lançou sua primeira coleção, que logo permitiu a criação de sua primeira butique com apoio de amigos próximos, e assim começou a produzir pequenas coleções vendendo-as para Harrolds, Bloomingdales e lojas independentes de Paris à Tóquio. Devido à seu posicionamento e método de trabalho independente, manteve-se afastada da indústria da moda mainstream e vem mantendo esse mesmo foco até os dias de hoje. A confecção das roupas é toda artesanal, sem seguir modismos, com reaproveitamento de tecidos e recebendo ajuda na costura de até três estudantes quando próximo à data da apresentação nas passarelas, sendo uma das poucas estilistas do mundo que produz ela mesma todas as roupas. Seu primeiro desfile solo só ocorre em 1985, "And God Created Woman", onde ganhou atenção da imprensa.

"Eu trabalho com minhas próprias regras. Não tento ser diferente, eu sou diferente, é apenas como eu sou. É muito difícil de explicar. Venho de uma base de arte e nunca estudei moda, então não tenho o lance de sentir que tenho que fazer isso ou aquilo. Não há "tem que". Sou mais livre porque só penso no que quero criar. Eu apenas mergulho em mim e obtenho a minha inspiração a partir daí."

O estilo punk/fetichista é parte ainda hoje da estética da designer.

Observe no vídeo da coleção Primavera/Verão de 1990: elementos punks como tela, tiras, amarrações e o uso de vinil/PVC e látex. São roupas que estão presentes na estética de subculturas como gótica e heavy metal. Ao desfilar, as modelos não seguem o comportamento padrão. A trilha sonora é "Buffalo Stance" de Neneh Cherry que foi baseada na música "Buffalo Gals" de Malcolm McLaren e segundo a cantora é sobre poder, força e atitudes feminina.



Hogg teve a sorte de ter começado nos anos 1980 pois havia mais liberdade na moda. Durante aquela década, a identidade de sua marca começou a ser formada, produzindo peças clubwear com referência punk, usando materiais como PVC/vinil, borracha, jersey com stretch, couro e lurex. A estilista desenvolveu seu próprio nicho consumidor e manteve sua loja no bairro Soho de 1987 a 1992. O destaque foi tanto que em 1989 sua coleção "Warrior Queen" ganhou a capa da I-D Magazine.

A coleção Warrior Queen trazia inspiração em armaduras do século 15 e spikes da cena punk. Lembrando a estética da subcultura Heavy Metal.

Em 2004, com patrocínio de amigos, retorna para criação de roupas sendo uma das primeiras estilistas a fazer um fashion film, "Accelerator", com Anita Pallenberg, Bobby Gillespie e Patti Palladin. Seus desfiles se tornam acontecimentos dos quais sempre são esperados peças extravagantes, com muitas transparências e provocações por parte dos modelos, onde vemos muito conceito e referências estéticas que vão desde sua essência punk rock, glam rock e fetichista. Sempre abusando de elementos como vinil, látex, plástico, transparência, lycra®, couro, tachas, spikes e muitas cores como dourado, prata e glitter. Fica claro o amor pelos macacões, peça que se tornou marca registrada em suas coleções.
 
Os macacões justos de Pam Hogg são sua marca registrada e exibem precisão de corte.  
Coleção The Emperor´s New Clothes A/W 2013

Autumn Winter 2012
Observem a releitura dos bonnets (bonés) do século 19.

 Autumn Winter 2011

Spring/Summer 2012 (primeira imagem) - Spring/Summer 2003 (o resto)

Em sua coleção de 2014 intitulada "Courage", Hogg fez um desfile de protesto, liberdade e aceitação, em apoio a liberação das integrantes da banda de punk rock feminista Pussy Riot, que foram condenadas em 2012 por seus protestos em favor do estatuto das mulheres e contra a campanha do candidato à presidência da Rússia, Vladimir Putin. Hogg também levantou a bandeira contra a forte onda de homofobia presente na Rússia. Na passarela colocou modelos homossexuais, andróginos e alternativos. O convite partiu da Anistia Internacional, tendo apenas três semanas de preparação e as roupas apresentadas não eram vendáveis. Sem dúvida esse pode ser considerado um de seus melhores desfiles.


Como observamos acima, Hogg adora cores, sobre isso, ela diz:
"Para mim, a cor brilhante é uma celebração da comunidade gay e eu queria prestar meus respeitos e agradecer-lhes pela riqueza que deram a nossa cultura."

Seus maravilhosos macacões de modelagem e corte perfeitos no desfile A/W 2016

Um dos desfiles que amamos: 
borracha, vinil e spikes. S/S 2016

 Admirando frente e costas.

Alice Dellal e Sadie Pinn.

 Peças estilo "glam rock" cheias de studs!

 A anglo-brasileira Alice Dellal no backstage! 
Jaqueta com os dizeres "divine delinquent".

 “Army of Lovers”, seu desfile mais recente (A/W2017) teve inspiração retrô militar e contou com as recorrentes inspirações punk, glam rock em materiais como couro e PVC.


A Rockstar
No fim da década de 1970, Pam Hogg montou sua primeira banda de rock, "Rubbish", aproveitando as amizades na cena pós-punk daquela época. Em 1993, Hogg deu uma pausa em sua carreira de designer para dedicar-se mais a música, e formou a banda "Doll", cinco dias depois estava abrindo para o Blondie e para as punks do The Raincoats. Apesar dos shows e gravações de demos, o grupo não durou muito. Em 2003, forma sua terceira banda "Hoggdoll", onde é a letrista e vocalista e o som fica por conta do músico Jason Buckle. Som esse que é uma mistura de rockabilly e instrumental, influenciado pelos The Cramps. A banda continua em atividade com músicas disponíveis para audição no soundcloud.

Pam Hogg como cantora.

Os elementos fetichistas, punks, o brilho tão característico de sua moda pode ser visto no clipe da banda Hoggdoll, "Opel Eyes", com peças de sua coleção a/w 2005/06.



Aliás, sua relação com a música é intensa. Nas décadas de 1970 e 80 fez muitas amizades na cena pós-punk, como as rainhas do rock Siouxsie Sioux e Debbie Harry, para as quais começou a fazer roupas exclusivas e que mantém uma longa amizade até hoje. Desenhou o figurino de Siouxsie Sioux em suas turnês de 2004 e 2008 e a cantora já desfilou para ela diversas vezes. 

Com a BFF Siouxsie Sioux em vários momentos. Na foto abaixo, à direita, Siouxsie veste um corset-dress branco e é acompanhada de Brian Molko no desfile que foi o retorno de Pam às passarelas no ano 2000. A cantora também esteve presente quando a estilista foi condecorada no Scottish Fashion Awards de 2009.

Hogg e sua grande amiga Debbie Harry em Londres, em 2014; com Courtney Love.  
As cantoras Kylie Minogue e Jessie J. vestem seus macacões.

Lady Gaga usado peças da estilista.

Suas raízes punks: Ari Up, Nina Hagen e Pam Hogg.

Acompanhada de Boy George, seu amigo dos tempos oitentistas.


Aliás, notamos uma semelhança entre Pam e Shirley, o que acham? 

Apesar da origem underground, Pam possui proximidade com a realeza, tendo como modelo Lady Mary Chartaris, da qual criou até o vestido de casamento.

Um de seus mais recentes fashion films é "To Kingdom Come"
Para Hogg não há separação entre moda, música e arte.

 

E pra finalizar, não esquecemos das fotos com outra grande estilista que começou
sua carreira com a moda das subculturas: Vivienne Westwood.

Atualmente Hogg continua cantando e até se arriscando no cinema e expondo suas peças em museus, e claro, desfilando coleções na Semana de Moda de Londres e mantendo a loja online. Pam Hogg sempre será reconhecida por seus projetos inovadores e audaciosos. Um de seus trabalhos mais recentes foi a criação do design das estatuetas para Brit Awards no início de 2016. Também celebrou mais uma conquista que foi seu Doutoramento Honoris Causa dado a ela pela Universidade de Glasgow, em julho de 2016 em Londres. Título esse de prestigio e honra por todo o seu trabalho nas artes.

Pam Hogg e as estatuetas que criou para o Brit Awards 2016. 

Causando com amiga Sadie Pinn na premiação.

Pam Hogg é um exemplo de espírito jovem que não sucumbiu
às burocracias do mercado da moda. Ela diz:
"Tudo o que estou fazendo é ser eu mesma. Eu não tenho nenhum desejo de ser, se vestir ou agir como alguém que não seja eu mesma. Todos nós temos um dom e essa é nossa individualidade, mas parece que todos querem ser outra pessoa. Ao longo do tempo, queremos nos vestir como nossos ídolos, e isso pode unir as pessoas através da identificação, mas esta situação perde o pensamento de si mesmo. Você pode criar um olhar individual com os elementos que você sente atraído, sem comprar uma cópia direta e ainda manter a sua própria identidade."


Artigo colaborativo de autoria de: Fernanda Damasceno, Lauren Sheffel e e Sana Skull.
Fernanda "Fiona" (também atende por Fernanda Damasceno) é estudante de Design de Moda com um grande interesse na área de pesquisa em subculturas e artes. Não passa um dia sequer sem ouvir música, e assim como os felinos, não consegue viver sem garras afiadas e boemia. E-mail: fernanda.cavalcanti@hotmail.com / Instagram

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