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26 de abril de 2017

Plágios: como estão afetando o Moda de Subculturas (e como vocês poderiam nos ajudar?)

Hoje, 26 de abril, comemora-se o dia da propriedade intelectual. É um dia para se debater, entre outros temas envolvidos, o direito autoral. Neste mês acompanhei dois casos de plágio que foram bastante comentados no Facebook, o da artista Nath Araújo e o da pesquisadora Palmira Margarida, além do caso de Ash Costello.


© Valfré https://valfre.com

Adoraria que este dia passasse batido, mas as duas mulheres acima nos encorajaram e chegou a hora de trazer à tona o fato de que artigos do Moda de Subculturas tem sido plagiados em outros blogs, academia e sites há um bom tempo. Pessoas que trabalham com mídia, jornalismo e produção de conteúdo, copiaram ideias de artigos, o formato e os publicam inclusive em grandes veículos de mídia, sem nos citar nem pedir autorização de reprodução dos trechos de artigos. 

Pesquisamos e formamos nossas opiniões e análises sobre subculturas, moda alternativa e sua relação com o mainstream. Em nossos posts, há informações de domínio público junto com resultado de nossas pesquisas. Nós sabemos quando uma informação é nossa e quando é de domínio público. Quando vemos nossa informação autoral é que confirmamos o plágio, pois a pessoa só pode ter tirado a informação de um local: o local de origem, a fonte: o blog. Sempre deixamos claro ao fim de um texto, a declaração de direito autoral, não é por falta de aviso que o desrespeito acontece.

Optamos por publicar nosso conteúdo de graça para que todos tenham acesso, pois acreditamos que somente com informação e conhecimento, os alternativos se tornarão mais conscientes de suas historias, origens, importância social e até de seus legados. Pegamos informações restritas e colocamos pra todo mundo ler. Assim, esperávamos que em retribuição nos citassem e linkassem quando usassem nosso material. Mas ocorre o contrário, nos silenciam, se apoderam de nossas opiniões, pesquisas e/ou pior: levam nossos artigos pro trabalho e ganham dinheiro. Além de estarem fazendo uso indevido, estão matando a ideologia deste blog. 

Isso nos faz repensar o que publicamos aqui, pensamos até em criar um site fechado só pra assinantes, mas temos consciência que nem todo leitor poderia bancar uma assinatura privada de conteúdo, além de que, na cultura da cena alternativa nacional já existe tão pouca informação disponível, porque excluir pessoas e restringir ainda mais as informações se não somos nós que estamos erradas?

Publicar de graça pra nós, não era um problema, faz com que todo mundo venha nos visitar, comentar, somar e fiz dezenas de amizades que eu nunca faria se esse blog não existisse. Conseguimos colaboradoras maravilhosas que mantém viva a chama alternativa e leitores que sei o nome de cor, de tanto que comentam! Dizem que quanto “maior” um blog, mais distante ele fica. Pra nós, isso não é real, nós nunca crescemos ao ponto de chegar ao mainstream, continuamos pequenas comparados a outros blogs de moda, continuamos produzindo conteúdo sozinhas - inclusive conteúdos de forma mais completas do que no começo do blog! Colocamos nosso padrão de qualidade lá em cima e queremos manter. Nosso intuito sempre foi espalhar informações, crescer, plantar sementes, por que então estas pessoas vem com uma tesoura afiada e nos podam dessa forma? Por que elas tem medo de indicar o link de onde eles pegaram a informação autoral*?

 
como-saber-se-voce-esta-plagiando
Muito legal esse infográfico sobre plágios! Fonte.

Lidamos com a barreira de, em certos meios da Moda, não levarem a sério pesquisa sobre subculturas. Mas desde o primeiro post, nós unimos moda mainstream e moda alternativa de uma forma que nenhum blog/site havia feito no Brasil até então, provando o contrário, que Moda e Subculturas andam muito juntas, tem uma história juntas e estão cada dia mais interligadas! Agora estas pessoas querem beber da nossa fonte sem creditar? Não podemos deixar que os copiadores usem o Moda de Subculturas como um “berço” de pautas que eles não são capazes de criar por si mesmos. Que criadores de conteúdo/jornalistas são estes?

Considerando que vocês são as pessoas mais importantes pra nós, as que apoiam e fazem esse blog existir, decidimos perguntar à vocês: o que acham que devemos fazer? Postagens pagas, financiadas pelos leitores? O que vocês pensam sobre isso? Pelo que observei, não é comum patrocínio de conteúdo escrito, mas muitos financiam projetos de trabalhos independentes, e talvez seja esta a forma de desenvolvemos juntos um trabalho legal sobre subculturas de forma que nós sejamos beneficiadas e não as pessoas que plagiam. Somente o autor pode lucrar com sua obra. Acham que seria justo? Caso discordem, sugiro que deixem alguma outra sugestão nos comentários, e-mail ou em nossas redes sociais. Vamos analisar com carinho. 

Somos um blog independe escrito por mulheres, somos Girl Power, temos veia punk, somos outsiders, roqueiras, rebeldes com muitas causas e esse blog é nosso espaço de voz! É nosso portifólio de trabalho pra quem nos contrata como criadoras de conteúdo! Há diversas matérias engatilhadas, e ainda temos as maravilhosas colaboradoras! Podemos mudar nossa abordagem de artigos mas não vamos parar! Continuamos porque escrevemos sobre o que amamos!


DICAS:
Se você se deparar com conteúdo semelhante ao de algum post do Moda de Subculturas, o que fazer?
Primeiro nos contate mandando o link do site e vamos analisar. Não denuncie o site/perfil, pois no caso de ser realmente um plágio, precisamos que o material esteja online para poder comparar e pegar as provas.
Nosso e-mail: modadesubculturas@gmail.com 

Como usar corretamente nossos artigos?
Você pode: Compartilhar livremente os link em todas suas redes sociais. 
Linkar nossos artigos em trabalhos acadêmicos.
Como nos linkar no seu site/blog? Usando o(s) link(s) que você consultou.
Como nos citar no seu site/blog? Usar aspas nas frases que você pegar do blog e deixar o link usado como referência.

Não é correto:
Usar um artigo como referencia e linkar assim: http://www.modadesubculturas.com.br/
O correto é linkar o(s) artigo(s) que você usou, por exemplo:  http://www.modadesubculturas.com.br/2016/09/a-origem-e-moda-de-elvira-rainha-das.html

O que você não pode:
Usar o conteúdo de uma forma que pareça que foi você quem escreveu, isso seria plágio. 
Se você quer usar nossos artigos em algum zine ou revista: precisa pedir autorização antes. 
Se você quer usar nosso conteúdo pra algo que você vai ser remunerado: precisa pedir autorização antes pois provavelmente vai ter que nos remunerar também (direito autoral). 

Tudo certinho?

Então seguimos em frente porque ao contrário dos plagiadores, 
ideias não nos faltam, o que nos falta é tempo
para desenvolvê-las! Até o próximo artigo!



* Pode parecer difícil diferenciar informação de domínio público de informação autoral, estamos vendo um meio de sinalizar isso nos artigos, mas  citar e linkar o post ainda é o caminho certo. Resumidamente, se você viu uma informação x somente aqui, aqui é a fonte. Se esta informação está em dezenas de sites ao redor do mundo, é domínio público.

P.S.:
Muitos estudantes me contatam perguntando sobre livros, autores que usamos, pesquisas. Vai rolar um post comentando isso. ;)


Acompanhe nossas mídias sociais: 
Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o texto do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.
Clique aqui e leia o tópico "Sobre o Conteúdo" nos Termos de Uso do blog para ficar ciente do uso correto deste site. 

18 de agosto de 2015

Uma reflexão sobre plágios, preços e criações


Este é um assunto muito delicado, porém necessita ser abordado. Outro dia encontrei o vídeo da Dhy, da marca Dhy Ngetal, onde ela fala das cópias que vem enfrentando sobre suas criações artesanais. O depoimento sensibiliza pelo desabafo da artesã e chama a atenção para o fato de que a atitude ainda é muito frequente por aqui.

Um grande diferencial do mercado alternativo é a forma como ele produz: criações próprias que muitas das vezes são feitas de forma artesanal ou pouca escala. São pequenas empresas ou artesãos que trabalham num país de altos impostos e que enfrentam o dilema de oferecer um produto de qualidade com preço acessível. Só que, fabricar algo que se inicia desde a concepção do design até a escolha da embalagem, nem sempre irá resultar num valor barato para os nossos padrões salariais e de despesas. E aí que vem a grande questão: comprar o original e pagar pelo o que é cobrado ou encontrar alguém que reproduza por um preço mais em conta?


Diante desse ponto, levanto a reflexão sobre um problema ocorrente e que vem sendo tratado como se fosse algo bobo, inocente, o intuito é tentar esclarecer o porquê paga-se mais caro por um produto autoral e conscientizar sobre as consequências das cópias para quem cria.


Acreditamos que boas ideias devem ser divulgadas para que cheguem à seu público. Não há nada mais legal do que ver uma peça circulando e seu criador sendo recompensado por isso! Na Moda Alternativa, as marcas costumam ter a personalidade de seus criadores, afinal todo mundo tem uma personalidade, certo?? É por esse motivo que o plágio não faz sentido.



O que é plágio?
Plágio não é uma simples cópia, é apropriação indevida da obra intelectual de outra pessoa.
Você é um designer e imagina algo por muito tempo, investe grana e tempo pra fazer aquilo sair do papel. Consegue realizar sua ideia e colocá-la à venda. O produto é um sucesso! De repente, alguém pega seu produto, descobre como copiá-lo e passa a vendê-lo também. Passa-se a copiar a identidade de sua marca, o que configura plágio. Imagine que passam a vender sob encomenda ou em varejo estes plágios de seus produtos - algo que você sempre manteve exclusivo pra seus clientes, afinal: suas criações.


Por que o plágio é mais barato?

Porque o plágio é uma ideia pronta. Não tem o trabalho intelectual, a arte da criação, possíveis perdas financeiras com os erros até a peça dar certo. Quando você analisar o preço de um produto de uma loja alternativa, nunca se esqueça que por trás dele teve uma pessoa que dedicou um tempo de sua criatividade pra tornar aquilo real. E note também a qualidade do processo artesanal.
Por esses motivos, o plágio é mais barato. Mas baixo preço não pode justificar falta de ética.

"Não tenho grana sobrando então compro o plágio."

Acredito que isso vai da ética de cada um. Todos temos a opção de “pagar mais barato” ou apoiar o criador da ideia pagando o preço pela arte dele. Aliado à falta de cultura de moda, infelizmente nosso sistema consumista de "ter" pelo simples fato de satisfazer uma vaidade, pode nos cegar a respeito de julgar a ética e o consumo consciente.

"Ah é só uma cópia, a loja original já tá faturando mesmo".
Acham que empresário alternativo no Brasil, que cria suas próprias peças, ganha tanto dinheiro assim? Uma breve análise de quantas marcas alts abriram e fecharam as portas nos últimos anos; quantas seus donos ainda tem um emprego tradicional pra se manter; quantas pessoas sentem extrema dificuldade de ganhar mercado com seus produtos próprios mostram o contrário. Arte, trabalho intelectual, artesanal e criatividade não são exatamente valorizados no Br... Conquistar mercado é uma tarefa árdua. Pegar algo que já existe, que faz sucesso e reproduzir, acaba sendo o caminho mais fácil.



“Não peçam a cópia idêntica da peça de um designer para outra pessoa.
Por ética profissional, não se copia! Não há lado bom em cópia.
Estas foram as palavras da Dhy, que é artesã e vem passando por um processo de cópias de seus produtos. Gostaria que vocês assistissem o vídeo onde explica como ela lida com esta situação e como é seu processo de criação artesanal:



Plagiar é um ato muito sério, pode dar processo. Tanto com os desenhos registrados pelo designer quanto o logo na imagem do produto na loja já é possível processar o plagiador.
O plágio desmerece o trabalho de quem criou, acarreta problemas psicológicos em quem inventou aquela peça e viu ali a sua ideia roubada. Hoje, com o poder da internet, mais cedo ou mais tarde as pessoas vão descobrir quem são os plagiadores. Existe realização pessoal no ato do plágio? É satisfatório sugar a visão de alguém criativo? Fazendo mal uso do jeitinho brasileiro, fica difícil ir pra rua exigindo um país melhor, com mais ética se na vida real não a praticamos... A concorrência de mercado precisa existir sim, mas de forma honesta.

Se você plagia: pare e comece a criar suas próprias ideias! Eu acredito que você tem uma personalidade, você tem capacidade de transformá-la em arte e criações próprias! Confiem mais em si mesmos! Confiem em suas capacidades.


Espero que os clientes encontrem a fonte real das criações, que são muito dignas de serem usadas e desfrutadas
. Se elas custam o preço que custam, é porque existe todo um trabalho sério e dedicado por trás. Sendo eu, também, uma designer alternativa por hobbie, acho que precisamos ajudar uns aos outros, pois o espaço existe pra todo mundo que ousa se auto expressar honestamente.

Na moda alternativa você tem a liberdade de criar o que quiser, sem precisar se basear em estilos ou peças já existentes. É onde pode exercer sua criatividade plenamente! 


*P.S: Não confundir peças básicas com cópia ou plágio de peças de estilo, ex: legging preta - peça básica que qualquer loja pode fazer.


Gosta do Moda de Subculturas?
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Gostou deste artigo ou de alguma outra postagem do blog? Pode divulgar!
Nos dedicamos a oferecer conteúdo autoral. Sua ajuda na divulgação de artigos que gostou pode fortalecer a moda alternativa, já que informação acaba com a ignorância e nós queremos que ela seja levada à sério e tratada com o devido respeito! 

26 de julho de 2012

Iron Fist x Pink Connection

Essa é mais uma sessão "Inspiração ou Cópia" ou "Alternativo x Mainstream".
Certo dia deparei com os sapatos abaixo em um site e num shopping e choquei com a semelhança com os sapatos da marca alternativa Iron Fist. Visitei o site de marca Pink Connection em busca de informaçãos sobre se o sapato é nacional ou fabricado na ásia e até o presente momento não descobri.
Sobre o sapato
Meu susto? A estampa é IGUAL à da Iron Fist. É uma estampa da primeira coleção da Iron Fist: caveiras + rosas + uma caveirinha de moicano. (clique na imagem para aumentar)

Acho que está mais pra "cópia" do que pra "inspiração/referência". 
Então, leitoras: se forem comprar (o preço está em torno de R$100,00), saibam que estão consumindo um sapato com a cópia de uma estampa criada pela Iron Fist. Tão importante quanto consumir de forma consciente é saber valorizar a criatividade dos estilistas alternativos.
E aí, o que acham da semelhança? 
Comprariam um?

31 de maio de 2012

T.U.K x Charlotte Olympia x Melissa

Zapeando em alguns blogs e sites de moda, eu percebi como o sapato de gatinho da Charlotte Olympia está provocando desejo de consumo até nas garotas alternativas. Mas ao bater o olho nele eu percebi que ele pode ter sido inspirado num sapato da marca alternativa T.U.K

Então, esse é mais um post da sessão "Inspiração ou Cópia: Alternativo x Mainstream", que já teve as seguintes postagens relacionadas:

Charlotte Olympia x T.U.K

O Charlotte Olympia é feminino com um gato de ar sério e de olhos puxados bordados. Já o "original" da marca T.U.K em suas variáveis versões tem solado creeper, forma arredondada e gatinho simpático de olhos curiosos bem redondos. A marca lançou também uma sapatilha mais delicada com o gato aplicado em metal.


Impossível não comparar os T.U.K com a Mini Melissa Ultragirl Gatinho. Também suspeito ter sido inspirada nos T.U.K. Juro que se a marca tivesse feito em tamanhos adultos eu teria comprado uma pretinha hehe! (adorei que o buraquinho na ponta da sandália se transforma na boquinha aberta do gato).


É a moda alternativa dando fôlego de novidades ao mundo da moda efêmera.

6 de agosto de 2011

Ausência de Saltos: do Underground ao Mainstream


O estilista belga Oliver Theyskens é conhecido como "O Principe da Trevas". Embora elementos góticos ou sombrios estejam sempre presentes em suas coleções, ele nega qualquer ligação com as subculturas. Quando vemos o desfile Nina Ricci de outono/inverno 2009 com coleção desenhada por Olivier,  ele apresentou um calçado que ainda está causando alvoroço no meio mainstream. Falo das famosas botas altíssimas (26 cm de altura) e sem saltos.

Sendo Oliver um amante das coisas obscuras, é possível que essas botas tenham sido inspiradas nos calçados de duas marcas alternativas:
Phylea e a Kronier. A Kronier parece ter sido a primeira a lançar um calçado sem salto. 

Marcas alternativas Phylea e Kronier: 


Mas sabemos que constantemente o mainstream copia o que o alternativo tem de melhor, dando uma nova roupagem e amenizando as características para que tal peça possa ser consumida para o público de massa. Prova disso é que Daphne Guinness, aparece constantemente usando pares de diversas cores de Mary Janes sem salto da designer Natacha Marro. 


Lady Gaga espalha pelo mundo a imagem de sua bota sem salto desenhada por Noritaka Tatehana como se houvesse sido ela própria a lançadora destes calçados.  


Diversas marcas estão produzindo estes calçados agora. Pequenos estilistas ou pequenas marcas alternativas criam peças interessantíssimas, que infelizmente, muitas vezes nem o próprio público alternativo fica conhecendo a tempo, mas quando isso cai no mainstream é que se percebe como somos inovadores e muitas vezes falhamos na comunicação/divulgação/publicidade de nosssa criações para o público alernativo. Afinal, quem está na mídia e em editoriais não são as marcas alternativas que os lançaram e sim, suas cópias endinheiradas.

26 de abril de 2011

Iron Fist x Melissa + Inspirações Brasileiras

A nova coleção da marca de calçados alternativos Iron Fist lançou dois modelos super parecidos com duas sandálias da marca nacional Melissa.
Não pude evitar as comparações, desde que sou uma Melisseira de plantão e também fã dos designs da Iron Fist.

Iron Fist X Melissa Cute

Iron Fist X Melissa Zen girl + Vivienne Westwood


Se realmente houve inspiração de uma marca estrangeira em peças de uma marca nacional, não é a primeira vez que acontece, como já postei aqui.

Muitos de nós odiamos o carnaval não é? (ou ao menos odiamos o que ele se tornou, uma indústria milionária), tempos atrás vi um look gótico num evento estrangeiro, completamente sexy, cheio de penas, brilhos e adereços, bastante sugado de nosso carnaval e daptado à estética gótica. 

Tudo da nossa cultura pode ser adaptado ao alternativo, basta ter criatividade. Lembram de uma pesquisa de moda alternativa nacional que fiz ano passado?  (poucos se interessaram em responder). A maior dúvida foi quanto à pergunta de número 35 que era sobre características da cultura nacional que poderiam ser adaptadas à moda alternativa. As respostas foram "não entendi a pergunta", "nada" ou "não sei". O que mostra a falta de visão inovadora/empreendedora do nosso público.

A diferença é que os estrangeiros vêem a moda como um mercado de fazer dinheiro, para tal, quem for mais inovador/diferente cativa mais público ávido por coisas diferentes, vendem mais, por isso adaptam ao alternativo tudo que puderem. Tendemos a não ver nossa cultura como algo adaptável ao lado obscuro da vida.
Se pararmos pra pensar, os estrangeiros se inspiram em aspectos da cultura e história deles e a gente acaba tomando isso pra para nós. Sabemos e admiramos a cultura deles e esquecemos de olhar para a nossa. Se não adaptamos nossa cultura e história ao alternativo, os estrangeiros fazem isso por nós e o dinheiro, claro, vai pro bolso deles.

5 de dezembro de 2010

Versão Nacional: Demonia x Vilela

Ainda sobre botas, encontrei uma versão nacional da bota da Demonia que tem fitas cruzadas na parte de trás.
A versão nacional é da Vilela. E aí, o que acharam da adaptação do modelo às terras tupiniquins?

Demonia X Vilela

Pulo do Gato X Demonia

A grife Pulo do Gato constantemente apresenta em suas coleções algumas botas e sandálias ao estilo rock.
A grife é vendida em lojas de bairros nobres e em algumas lojas alternativas brasileiras.

O modelo de bota com uma plataforma imensa, salto anabela, cano até os joelhos e fechamento lateral com velcro, é produzida há pelo menos 6 anos. Eu sei porque 6 anos foi a primeira vez que vi a bota, fiquei louca por ela e logo comprei a minha.  É um design super original, agressivo, feminino e que se adequa à pés góticos, punks e roqueiros, tanto que, com o sucesso de vendas do modelo, outras marcas nacionais de calçados já fazem versões similares por um valor um pouco menor que a original. A original é essa que tem a placa de metal na traseira da sola com o nome da marca.

Qual não foi minha surpresa, procurando por novidades na moda alternativa que encontro esses botas da Demonia que lembram a da Pulo do Gato. E são botas lançadas nesse ano de 2010. Está tudo lá, o mesmo tipo de recorte no couro, o mesmo tipo de plataforma e salto anabela e o que pra mim comprova a inspiração: o fechamento lateral com velcro. Porque nunca eu havia visto até então em todos esses anos, uma bota gringa com fechamento com velcro.

Não tem jeito, quando um design é criativo e atraente, ele vai ser copiado/servir de inspiração. Se a Pulo do Gato realmente serviu de inpiração para a Demonia, será a primeira vez que vejo uma marca brasileira ser  referência de design à uma marca alternativa estrangeira. Isso é no mínimo, histórico.



6 de setembro de 2010

Louis Vuitton x Demonia

O blog sempre mostra como a moda de subculturas inspira grandes grifes internacionais. Produzindo, muitas vezes peças interessantíssimas, provando que nem sempre grifes só produzem roupas feias.

Mas de vez em quando acontece o oposto: marcas alternativas que se inspiram em grifes.

E esse é o caso do sapato da marca Louis Vuitton com pregas de cetim e um lacinho preto. A cópia foi feita por uma das maiores marcas de sapatos alternativos, a Demonia
No ano que o Louis Vuitton foi lançado (2005/06), estava começando a onda burlesca, e a marca Demonia, esperta, percebeu esse nicho no mercado alternativo e fez logo sua versão do sapato de cetim da Vuitton. E esse é, ainda hoje, um dos sapatos mais vistos em editoriais alternativos. Enquanto que o original Louis Vuitton já saiu de circulação há tempos.

Essa é o que considero outra grande vantagem da moda alternativa: as peças perduram por anos, enquanto que as peças da moda mainstream são trocadas/descartadas a cada 6 meses.

Há muitas roupas e calçados feitos por marcas mainstream que podem ser adaptadas ao mercado alternativo como a Demonia fez. Reparem que o Vuitton tem pregas no tecido enquanto que o Demonia tem franzidos no tecido.
Sempre demora um pouco pra uma marca alternativa apresentar sua versão porque as marcas alternativas precisam "aprender" como tal peça foi feita. Os studded shoes são outro exemplo, estouraram na moda mainstream entre 2008 e 2009, mas só do ano passado pra cá, as marcas alternativas estão aos poucos apresentando seus próprios studdeds. 

Cada vez mais se nota a profissionalização das marcas alternativas estrangeiras, mostrando que elas estão investindo em  profissionais atualizados e que percebem as novas "ondas" da moda. E muitas dessas marcas alternativas estão se tornando mais valorizadas por conta desse profissionalismo.

Louis Vuitton de cetim com pregas e laço: 


Versões da Demonia: em tecido, risca de giz e uma versão mais "agressiva" toda em couro:

 

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