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30 de agosto de 2015

Rebels Without A Pause: Idosos que ainda vivem suas subculturas

Estes dias esta matéria caiu sobre minhas vistas e estou tomando a liberdade de traduzi-la aqui pois tem tudo a ver com o blog! Para ver todos os participantes, clique aqui.

O fotógrafo britânico Muir Vidler decidiu fazer uma série de fotos chamadas Rebels Without A Pause, com renegados de "uma certa idade". A ideia veio quando estava trabalhando para uma revista e conheceu Adrian Delgoffe, um homem na faixa dos 60 anos que estava usando calças de couro e dançando sozinho em um clube, ao invés de estar em casa, em frente à TV como muitos de sua idade estariam. Vidler percebeu que poderia haver mais pessoas cuja idade não define quem eles são, como eles se vestem e nem como agem, desafiam os conceitos sociais. O fotógrafo passou a frequentar bares e clubes em torno de Londres procurando encontrar candidatos para as fotos.


Isobel Varley
Isobel está no Guinness World Record registrada como a mulher mais tatuada até sua morte, em maio deste ano aos 77 anos.
Eu tive minha primeira tatuagem aos 48 anos. Eu adorei e continuei fazendo. Eu também tenho piercings nas orelhas, nariz, mamilos, umbigo, clitóris e em todo lugar. Fiz algumas coisas loucas na minha vida mas não tenho arrependimentos. Amo minhas tattoos e sou feliz por tê-las feito.



Sid Ellis:No meu tempo livre eu vou pra clubes de fetiche ou fazer tapeçaria. Eu gosto de tapeçarias medievais".



Adrian Delgoffe: este é o senhor que o fotógrafo viu dançando no clube em roupas de fetiche que o inspirou a criar as fotos. Ao encontrá-lo para tirar suas fotos em casa, Delgoffe, que também é skatista, o levou para uma pista de skate. 
Pra mim, é fantástico estar na companhia de pessoas mais novas. Acho meus contemporâneos terrivelmente chatos. Às vezes gritam comigo dizendo pra eu crescer, mas eu acho que eles tem é inveja.” 





Steve ‘Bell Boy’ Bell – The Odd Mod Squad:Todos os anos eles falam de um revival Mod. Isso não significa nada para nós. Nós nunca desaparecemos."
 



Frankie ‘Knuckles’ Lacy:Sou Ted desde 1958. O Rock and Roll entra nas suas veias e você não consegue simplesmente se livrar dele.



John G. Byrne:Sou um skinhead original de 1969, no entanto como a maioria dos skins gays eu ainda me vejo como jovem. Eu gosto de andar com pessoas jovens e me acostumar com as coisas novas."



Ray Cook e Steve Howard, Steve: “Eles me chamam de Mod Jurássico porque eu sou o mais velho do clube agora.”
  


Mick and Peggy Warner,  Mick: “Nós temos nosso cabelo e nosso visual mas nós estamos muito velhos pro bop (dança) agora, faz minhas costas doerem." 


Só senti falta de ver mais mulheres na matéria, mas não tenho dúvida que existem muitas.

E vocês, também serão "rebeldes sem pausa"?



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Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
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30 de janeiro de 2013

Creepers invadem o Mainstream

Eles sempre foram a cara do underground! No Rockabilly, Pschychobilly, no Punk, nos Teddy Boys, os creepers nunca saíram de moda sendo mantidos atualizados por marcas alternativas como Demonia e New Rock.
Há um tempo atrás invadiram páginas e páginas do Tumblr nos pés de meninas hipsters/alternativas/fashionistas. A peça sempre sendo usada como algo cool e diferente, um destaque no look. Como a moda mainstream está sempre de olho no que rola nas ruas, nas subculturas e nas redes sociais focadas em imagens, não demorou pra marcas como Chanel colocarem os creepers nas passarelas da alta costura.

Os creepers surgiram logo após a II Guera Mundial em soldados do norte da África. A sola grossa protegia os pés do clima da região. Muitos destes soldados foram pra Londres e assim os calçados se tornaram conhecidos e conquistaram os pés dos Teddy Boys na década de 1950. Em 1970 eles retornam com Malcolm McLaren e Vivienne Westwood nos pés dos Punks. 

Desde então, remodelado já passou por subculturas como o ska, psychobilly, Visual Kei entre outras. Nos anos 1980, começam a dar as caras no mainstream em marcas como Thierry Mugler, e agora, com o recente revival da estética retrô/vintage, desde 2011 eles retornaram numa estética mais fashionista inclusive misturados com a tendência grunge/anos 1990. Portanto, não estranhe se em pouco tempo o calçado estiver nas vistrines de grandes lojas, no interior ou nos pés de patricinhas descoladas. Como tudo marginal que se torna fashion, o jeito é esperar a moda passar para o estilo pessoal permanecer.

Veja também: Tendências Alternativas - Moda Masculina

Creepers nos Teddy Boys (década de 1950):

  
Creepers mantido vivos, modernizados e variados por lojas alternativas:



Creepers no desfile Alta Costura da grife Chanel:

30 de novembro de 2011

Anos 50 - Parte 4: Jovens e Rebeldes (Teddy Boys, Rockers/Bikers e Beatniks)

Na década de 1950, uma categoria social que até aquele momento o comércio não levara em conta passa a fazer toda a diferença: a adolescência. Passa a existir um mercado de moda específico para os jovens da geração baby-boom. Estes jovens tinham suas próprias músicas, suas próprias maneiras e aparências. Solteiros, com dinheiro do trabalho remunerado, tinham mais liberdade de consumo do que os seus pais.

As subculturas como conhecemos hoje, já davam as caras na década de 1950. Filmes como “Rebelde sem Causa” influenciaram a forma como os adolescentes se vestiam. Jack Kerouac e seu livro “On the Road” trouxe a cultura Beatnik. Couro, calças Levi´s, tênis Converse e o cenário do Rock n Roll ajudaram a criar o look rebelde da década.

Houve uma quebra da relação entre pais e filhos; os jovens começam a se afastar da rigidez da década de 1940 para dar início aos movimentos de juventude de 1960. Os adolescentes eram considerados agressivos, usavam de elementos sexuais, atitudes provocativas e fazem surgir conflitos nos pais, afinal, esses jovens tinham uma liberdade que seus pais jamais tiveram, o medo de envelhecer e o culto à juventude começam então a surgir no mundo adulto.
Estas subculturas não tinham uma ideologia, eram "rebeldes sem causa", apenas pelo prazer de serem diferentes de seus pais;  com as subculturas punk e hippie, jovens interessados em direitos civis e política, ideologia e subculturas andavam juntas.


Teddy Boys
Este estilo, usado por jovens ingleses desde o final dos anos 1940, não era uma releitura da Era Eduardiana, era literalmente uma cópia das peças da época. “Teddy” é apelido do nome “Edward”, e esses neo-eduardianos rejeitavam a norma tradicional de vestimenta; rebeldes, bad boys e elegantes, eles se reuniam em cafés e nas esquinas.

Casacos longos até os joelhos com gola e punhos enfeitados com veludo ou cetim e abotoamento simples, coletes de brocado, ombros naturais, corte ajustado, drape jacket, casacos de lã com vários bolsos, camisas brancas com gola alta; calças de cintura alta e estreitas;  lenços e chapéu coco eram o que vestiam. O acréscimo ficou com meias brilhantes e gravatas finas aos estilo cadarço (bootlace ou shoestring); sapatos de camurça ou creepers.
Cabelo penteados com brilhantina em estilo quiff, costeletas longas e “rabo de pato” (ducktail) onde o cabelo era penteado pra trás e no topo da cabeça era feito um rolo que formava um grande topete.
Porém, essa imagem de bad boy elegante era cara, as roupas deveriam ser feitas sob medida pelos alfaiates de Saville Row, que dominam a alfaiataria masculina britânica desde 1806.


As Teddy Girls usavam cabelos curtos, maquiagem, blusas pretas, camisas brancas, saias na panturrilha, calças justas com corte baixo. Estas moças poderiam usar um look mais andrógino ou masculino, mas isto era raro e arriscado, um penteado masculino em uma mulher poderia levá-la presa ou agredida por suposta homossexualidade, que era encarado como uma perversão. O estilo se enfraqueceu em 1956 e praticamente desapareceu em 1958. Ressurgiu na década de 1970 com  o glam rock e depois na década de 1990.



Rockers
O Rock n´ Roll, que começou a dar seus primeiros acordes em 1951, era o estilo musical dos adolescentes da década de 1950. Em 1954, o rockabilly de Elvis Presley domina as rádios junto com Bill Hayley, Jerry Lee Lewis, Little Richard, Chuck Berry e Buddy Holly. Estrelas de cinema como James Dean e Marlon Brando - que interpretou um motoqueiro vestido em couro no filme "O Selvagem" (1953), são considerados ícones culturais da juventude rocker. O rock and roll era visto como perigoso, subversivo e até mesmo obsceno já que rebelião e agressividade caracterizavam essa subcultura. Os rockers surgiram na Inglaterra, eram avessos ao uso de drogas, se reuniam em cafés ou na Chelsea Bridge Tea Stall em Londres e depois partiam para correr com suas motos. Essas reuniões em cafés deram origem à um tipo de motocicleta chamada de cafe racer. Os rockers posteriormente influenciaram o movimento punk nos anos 1970.

Rockers usavam camisetas brancas, jaquetas curtas de couro (jaqueta perfecto), jeans Levi´s, calças de couro e botas, como acessório: uma echarpe amarrada sobre a boca e pescoço (inspirados nos aviadores da 1º Guerra Mundial) e uma bela moto. O cabelo dos rockers era o mesmo dos Teddy Boys, pois os Teddies são considerados os antecessores dos rockers: cabelo com brilhantina ao estilo quiff, rabo de pato ou simplesmente bagunçados.

As meninas usavam camiseta e jeans com tênis ou bota ou uma versão mais jovial do new look: saia godê completa ou saias franzidas, apoiadas em anáguas; saias plissadas ou pregueadas também eram populares. Blusas gola colher,  cardigans, lenços amarrados no pescoço, luvas brancas ¾ e sapatilhas ou tênis baixo.  Mas para os passeios de moto, usavam uma versão das roupas masculinas: jaqueta, calças de couro justas e botas.

 
  


Beatniks
O movimento beatnik começou nos EUA entre os estudantes e foi a primeira subcultura a usar roupa preta como símbolo do luto pela sociedade e pelas guerras.
A palavra “beat” significa “beato” mas foi usada como sinônimo de "derrotados", "oprimidos". Românticos, existencialistas, subversivos, protestavam contra a opulência do pós guerra, o consumo, o progresso, bombas atômicas e contra o estilo de vida americano. Na Inglaterra os jovens de classe trabalhadora eram adeptos e em Paris eram cantores, artistas plásticos, intelectuais, filósofos, poetas, romancistas que freqüentavam cafés e casas de Jazz. Jean Cocteau, Jean Paul Sartre e Juliette Gréco estavam entre eles. Os beaniks eram pacifistas ideológicos, contra o controle governamental ao ser humano, às fronteiras geográficas e graças à eles, lutas contra o racismo, o imperialismo e contra a desigualdade, foram colocadas em prática. Foram personagens do livro “On the Road” de Jack Kerouac que foi transformado no filme “Sem Destino”. O estilo beatnik é atualmente vendido para a grande massa sob a estética de boemia intelecual.

O vestuário masculino, peças pretas, calças Levis 501, camisetas, blusas de gola rolê, camisas pra fora das calças. Cabelos bagunçados, barba e bigode, sandálias e uma bolsa para carregar os livros.

Na moda feminina, a silhueta era estreita, Audrey Hepburn era referência, roupas negras, calças justas e curtas, twin sets, blusas largas e longas usadas sobre saia lápis, sapatilhas de balé simbolizando a aversão ao salto alto e fino das burguesas adeptas do New Look e boinas. Pregavam a simplicidade nas vestimentas, numa era em que o desperdício de tecido na moda feminina imperava com o estilo New Look. O cabelo ou era ao estilo Hepburn, à lá Juliette Gréco ou mesmo um beehive.


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