Destaques

27 de junho de 2017

Cena Riot Grrrl brasileira lança campanha de financiamento coletivo para criação de documentário

Faça Você Mesma é um filme dedicado a contar a história da cena Riot Grrrl brasileira. Quem nos acompanha deve imaginar a felicidade que tivemos ao descobrir a produção desse registro histórico de um movimento importante para o punk underground do mundo inteiro.

O filme foi idealizado pela documentarista Leticia Marques e possui uma equipe só de mulheres, formada por Patricia Saltara, Bruna Provazi e Brunella Martina. Há depoimentos de diversas integrantes de bandas como Lava, The Biggs, Pin Ups, Cosmogonia, Kaos Klitoriano, Dominatrix, Kolica, Same, Hitch Lizard, No Class, Bulimia, Hats, Dog School, Hidra, Wee, Santa Claus, The Dealers, Cínica, Miss Junkie, Go Hopey, Biônica, Las Dirces, Siete Armas, Anti-corpos, TPM, Lamina, Baby Scream, entre outras.

Assistam o vídeo das meninas falando como 
Punk e Feminismo mudaram suas vidas ♥


Em 2016, o Riot Grrrl completou 25 anos, data da qual comemoramos contando um pouco de sua história. Pouco porque acontecimentos que ocorrem fora do mainstream tem registros feitos de forma independente, ou seja, são arquivos raros e nem sempre da melhor qualidade, naquela época não se tinha equipamentos tecnológicos como hoje, onde qualquer pessoa sem experiência ou estudo faz uma boa foto ou um filme. Então, se o registro americano já tinha suas dificuldades, imagina por aqui.

Enquanto no exterior era lembrado os 25 anos, no Brasil, acabava de se completar os 20 anos da nossa cena Riot. E assim como muitas meninas não conheciam o movimento de fora, tampouco sabiam de sua história aqui no país. Fica bem claro a importância do Faça Você Mesma, que vem chegando numa fase onde há um crescimento de registros em livros, documentários e filmes sobre as subculturas daqui, mas que ainda pouco contempla a vivência das mulheres nesses meios.

A iniciativa se encontra no Catarse e necessita atingir a meta inicial de 30 mil reais para que o filme seja concluído. Caso você não possa contribuir financeiramente, para um projeto independente, a divulgação do link já é uma grande ajuda! Nesses quase dez anos de blog, perdemos a conta da quantidade de críticas e auês que alternativos fazem por deturparem suas subculturas, mas na hora de apoiarem trabalhos bacanas feitos por pessoas da cena, desaparecem num passe de mágica! Aí fica difícil.

Vale lembrar que as oficinas gratuitas das Hi Hats para ensinar bateria às garotas continuam a todo vapor no Rio de Janeiro e São Paulo. Acompanhe suas mídias para saberem das datas e locais. E claro, assistam e divulguem o documentário sobre as mulheres na cena heavy metal brasileira.

Fiquem ligados que há mais projetos em andamento vindo por aí! 😉


>> Acesse aqui o Catarse, leia sobre o Projeto e divulgue <<
 
Registros históricos da subcultura Riot Grrrl no Brasil


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Pedimos que leiam e fiquem cientes dos direitos autorais abaixo:
Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
É permitido usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, para isso precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Compartilhar e linkar é permitido, sendo formas justas de reconhecer nosso trabalho. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É proibido também a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, porém, a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos.

20 de junho de 2017

O belíssimo trabalho da tatuadora Angelique Houtkamp

Como uma boa viciada em tatuagens e arte, procuro muito por inspirações para tatuar. Foi nestas pesquisas que dei de cara com o trabalho da Angelique Houtkamp, uma tatuadora que trabalha em Amsterdã, Holanda - aqui o estúdio dela: Salon Serpent.

Provavelmente vocês já viram os desenhos da Angelique por aí. Ela desenha Pin-ups estilizadas em old school. Não são pin-ups clássicas*, embora os temas sejam, mas seu estilo único é reconhecível de longe.




A pin-up abaixo é uma representação do personagem principal de “Papillon” (1973), que na história é um homem! Gosto muito dessas mesclas feitas pela artista: embora sejam pin-ups, estão fazendo muitas vezes tarefas que eram consideradas masculinas. 

 

A marinheira e a Sherlock: representações clássicas masculinas que foram feitas pela artista com protagonismo feminino. O traço também é bastante característico e muitos elementos dos desenhos se repetem. 


A inspiração são as pin-ups clássicas e os cortes de cabelo dos anos 1920, atualizadas através das tatuagens.


É provável que a atriz do cinema mudo Louise Brooksesquerda) tenha sido a inspiração principal dos desenhos de Angelique, além de outros ícones da época, como a atriz Gloria Swanson (à direita).

louise-brooks-gloria-swanson


É difícil selecionar os desenhos mais bonitos! Quem gostou pode procurá-los através do nome da artista, são fáceis de encontrar e muitos estão disponíveis!

A artista se tornou tatuadora após os 30 anos de idade, se interligando com o artigo sobre adultos que adentram subculturas.

*Nota da Editora: As pin-ups clássicas remetem às décadas de 1940 e 1950, já as pin-ups de Angelique Houtkamp chamam a atenção por tornar pin-ups a estética da década de 1920, especialmente as garotas consideradas melindrosas.



Autora: 
Nandi Diadorim. Historiadora e professora na rede municipal de ensino no Rio Grande do Sul. Guitarrista em uma banda de punk rock. Cachorreira, gateira, vegetariana, feminista...em suma, a incomodação em pessoa.




Artigo de Nandi Diadorim em colaboração com o blog Moda de Subculturas. É permitido citar o texto e linkar a postagem. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo aqui presente sem autorização prévia do autor. É proibido a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos; a seleção e as montagens das imagens foi feita exclusivamente para o blog baseado na ideia e contexto do texto.


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14 de junho de 2017

We Wear Culture: a ferramenta de Moda do Google e os erros a serem corrigidos

Essa semana a timeline foi cheia de compartilhamentos sobre a mais nova plataforma do Google, a We Wear Culture. Trata-se de um espaço onde história e cultura de moda podem ser acessados por qualquer um interessado em saber mais sobre os temas. No entanto, há um erro pavoroso que tem deixado historiadores de moda muito incomodados e observei também na questão da subcultura punk, a inserção de um vídeo polêmico.



O que é We Wear Culture
Segundo o próprio Google, o We Wear Culture trás informações sobre "3.000 anos de moda" para contar as histórias que estão por trás do que vestimos. Isso foi possível com a digitalização de acervos dos maiores museus do mundo, parte deste acervo não é exposto ao público e agora ganha visibilidade através da internet. Existem artigos ao estilo que fazemos aqui no Moda de Subculturas e no História da Moda, contando a história de itens de moda e possui também vídeos educativos com a intenção de mostrar para o mundo que moda é cultura.



3.000 anos de história da Moda?
Aqui lanço minha crítica e a de historiadores de moda: foi divulgaldo uma informação imensamente errada de que moda existe há 3 mil anos. Acredito no intuito de chamar a atenção, de causar sensação, de mostrar a grandiosidade do projeto, mas é válido ensinar errado as pessoas e os estudantes que usarão o site como referência?

Se você é interessado em moda, já deve ter visto por aí alguns textos ou livros escritos assim "história da indumentária" ou "história da indumentária e da moda". A indumentária é influenciada pela sociedade em que está inserida, já a moda é um fenômeno social surgido no fim da Idade Média ligada ao surgimento da burguesia e da diferenciação de classes sociais. Então queridos leitores, a Moda não tem três mil anos de idade, vamos deixar isso claro.




Punk: confiável ou desconfiável?
Minha segunda observação é um artigo sobre o Punk que lá está disponível. A matéria não tem tanto texto quanto as outras matérias de moda (mas você pode conhecer a história do Punk através de nossos textos clicando aqui) e sim vídeos. É aqui que entra meu questionamento pois os vídeos do Capitain Zip lá indicados como referência  são controversos.
Capitain Zip alega que seus vídeos foram feitos em 1978, no entanto várias pessoas (punks inclusive) apontam discrepâncias entre as roupas vistas nos punks e as lojas presentes no vídeo, contestando a data divulgada. E uma das comprovações disso seria uma cena em que aparece ao fundo a loja World´s End de Vivienne Westwood que só abriu suas portas em 1980.

Para aqueles - principalmente estudantes - que buscam fontes confiáveis para seus trabalhos de subculturas, é bom dar uma consulta dos livros de história da moda disponíveis conferindo informações que lhes causarem dúvidas. 


Particularmente adorei as seções sobre moda asiática e afro americana, pois são áreas que praticamente não temos material em português.

Desde o começo do blog gosto de mostrar o outro lado da moda, o lado "com conteúdo", o lado com história, com cultura. Moda pra mim é muito mais do que a roupa em voga momento, por isso ler informações incorretas sobre o tema me incomoda tanto, entendo o poder da comunicação e sei que uma informação errada ferra o trabalho certo de muitos que estão nos bastidores querendo mostrar a importância desta área tão incrível.

Você já deve ter visto em algum lugar - talvez até aqui no blog mesmo - a roupa sendo usado como reflexo de uma época ou de uma situação. Lembra das postagem das Sufragistas? Ou da relação da moda com o feminismo? Quem lembra de nosso post sobre o preconceito com a Melissa Ballet? Você já foi à um Museu e saiu de lá sabendo coisas novas? Com a Moda é assim também, quando você liga moda com cultura, sua bagagem de conhecimento cresce! Só que moda tem seu lado efêmero sim, não à toa tantos modismos, tantas discussões sobre a necessidade de adotar o Slow Fashion. Só não podemos pensar que moda é futilidade, é reducionismo demais. Então,

que venham logo as atualizações do We Wear Culture
com o conteúdo corrigido e ampliado!



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10 de junho de 2017

Breve história do penteado Colmeia (beehive hairstyle)

Margaret Vinci Heldt ficou conhecida mundialmente por ser a "criadora" do cabelo beehive, ou penteado bolo de noiva na nossa tradução. A americana que tinha origem italiana desde cedo mostrou habilidade com os fios. Em 1954, venceria o concurso National Coiffure Championship em Michigan. O prêmio traria renome ao trabalho da cabeleireira e de seu salão, o Margaret Vinci Coiffures, localizado em Chicago.

Com evidência no mercado de beleza, anos depois, surgiria o convite da revista Modern Beauty Shop - hoje, Modern Saloon - pedindo que a hair designer criasse o novo look da década. "Nada aconteceu desde o twist francês, o pageboy e o flip. Eles me disseram: "você precisa vir com algo diferente", revelou ao jornal Chicago Tribune. E assim, em Fevereiro de 1960, estreava na publicação o cabelo beehive.

Ícone contemporâneo, Amy Winehouse ostenta seu famoso beehive. 

A inspiração do penteado veio de um pequeno chapéu preto de veludo, um modelo fez, que tinha uma fita vermelha e duas decorações nas bordas que pareciam abelhas. O cabelo seria criado numa noite enquanto a família dormia. Margaret desceu as escadas de sua casa, colocou uma música e começou a trabalhar no manequim. No dia que apresentou oficialmente para revista, a cabeleireira deu um toque final colocando um broche no cabelo da modelo. Quando um dos repórteres viu o resultado, falou: "Isso simplesmente se parece com uma colmeia (beehive). Você se importa se nós o chamarmos de colmeia?". Pronto, estava batizado o penteado!

Margaret Vinci Heldt segura a foto de sua criação.

O beehive consiste em envolver a cabeça em torno do movimento da coroa, rolando suavemente a "franja" na direção das orelhas. Seu formato é cônico e com uma leve ponta, literalmente uma colmeia, por isso a associação. É necessário muito laquê para segurá-lo firme. Margaret brincava dizendo que avisava as suas clientes que não se importava o que o marido fizesse do pescoço para baixo, contando que não as tocassem do pescoço para cima. O penteado era feito para durar uma semana, um lenço era enrolado em torno ao dormir para não bagunçar os fios.

A modelo Bonnie Strange, fotografada por Johannes Graf na 74 Magazine de 2012:
variação moderna do beehive.

No Brasil, o modelo ficou conhecido como bolo de noiva. Mesmo com o costume de se ver o penteado em festas, na época era usado no dia a dia também. Dizem que quando as mulheres iam ao cinema, sofriam retaliações de espectadores pois o penteado atrapalhava a visão de quem sentava atrás, com pedidos mal educados de que se retirassem do local.

Apesar de Margaret ser conhecida como a inventora, a verdade é que o estilo já era visto no final dos anos 1950. Com a cabeleireira ele teria ganhado o tamanho e a forma como conhecemos. O status chique foi coroado quando Audrey Hepburn aparece no filme "Breakfast at Tiffany", ou "Bonequinha de Luxo" (1961).


Priscilla Presley também é muito lembrada por seus cabelos naquela década.

Na própria década o cabelo já seria incorporado nas subculturas, provavelmente influenciado pelas bandas de garotas sessentistas:

The Velvelettes
60s-girl-band

Mary Weiss da The Shangri-Las
60s-girl-band

 The Marvelettes e Connie Francis
60s-girl-band-singer

Diana Ross (The Supremes) e  Aretha Franklin  60s-girl-band

e as cantoras Mary Wells,
60s-singer

Dusty Springfield, Dolly Parton e Mari Wilson.
60s-singers 

Conhecido pela maioria com o nome de beehive, alguns também o denominam de B-52, pois o penteado lembra o nariz do jato. Nos anos 1980, seria visto em diversas cores pela cantora Cindy Wilson do grupo homônimo. Na mesma fase, a personagem Elvira mostrava a cara dark do aplique, que tinha como referência as The Ronettes.
Do formato cônico em colmeia, o penteado sofre várias modificações, a mais comum delas é ter o cabelo penteado erguido para cima e para trás, versão simplificada do modelo original.

Quem não lembra dos penteados de Kate Pierson e Cindy Wilson do grupo B52´s?
singers
hairstyle

O beehive dark de Elvira e...
mistress-of-the-dark

... as musas inspiradoras The Ronettes.
1960s-girl-bands

Antes de ser pioneira da cena punk, Debbie Harry usou beehive ainda adolescente e posteriormente como atriz, no filme Hairspray (1988, John Waters). 


O cabelo de Kelly Osbourne se aproxima do colmeia original e
Katy Perry usa uma versão mais quadrada.

A punk Jordan em 1976 e Emily McGregor são exemplos do penteado sendo usado na cena.
jordan-emily-mcgregor

Tão raro quanto no punk é o beehive na estética gótica:
jen-theodora
à direita @jentheodora
 
As subculturas mais comuns de se ver o penteado são nas que possuem
referências ao passado, como na retrô e psychobilly.
@ludmilahouben

Desde a sua existência, o sucesso do penteado permanece ora no alternativo, ora no mainstream. Nos últimos anos, adquiriu status cult devido à Amy Winehouse. Naquele período o beehive aparecia muito no estilo clássico, à la Audrey Hepburn. Quando Amy surge com o visual, a cantora se encontrava numa fase super influenciada pelas girls bands dos anos 1960, citando constantemente as garotas The Shangri-Las, apesar do estilo que usava remeter mais às The Ronettes. Além do cabelo, o olho delineado de gatinho e batom vermelho já vinha de tal década.


O look virou marca registrada e como aquele estilo não era visto há muito tempo pela mídia, ficou no imaginário que o visual dela era único, mas na cena alternativa de Londres o cabelo sempre existiu para as que se identificavam com a moda retrô, a diferença é que não ficaram famosas como a cantora.
Amy revelaria: "Eu sou uma pessoa muito insegura. Sou muito insegura em como pareço. Sabe, eu sou música, não modelo. Quanto mais insegura me sinto, mais bebo. (...) E ao Tracy Trash, que faz meu cabelo, digo: 'Maior, maior!' - quanto mais insegura fico, maior tem que ser meu cabelo".

Quanto mais insegura, maior o beehive.

Sobre seu cabelo e os grupos musicais dos anos 1960

Em entrevista para extinta Fashion TV, a blogueira Tavi Gevinson, ainda adolescente​, descobre que Margaret não gostava nada da versão exagerada que Amy adotou do cabelo. A cabeleireira viveria até os 98 anos num asilo em Chicago, falecendo no dia 10 de Junho de 2016. Quantas estórias um penteado pode contar, não?


E você, gosta do penteado? Conta pra gente!



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Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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