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2 de outubro de 2019

Conheça um pouco mais sobre os zines dos 10 anos do Moda de Subculturas

Tenho postado as atualizações sobre o projeto dos 10 anos do blog no nosso Instagram, especialmente nos Stories, mas como nem todo mundo tem aquela rede social, hoje vou compartilhar aqui os mais recentes posts, onde fiz breves comentários sobre os três zines comemorativos.

Antes, clica aqui pra conhecer a Vakinha!

Zine Dark Pin-ups

A capa do zine Dark Pin-up é uma ilustração de Aline Lacroc!
Devo confessar que esse é o zine que estou mais apegada e o que estou mais envolvida, tanto que o deixei pra montar por último! Eu já sabia que demoraria mais nele que nos outros materiais pois eu teria que trabalhar muito em cima da pesquisa que foi bem extensa e tentar ao máximo deixar sucinta e adaptada ao formato de zine.

Pra esse zine, conto com participação de várias meninas que adotaram o estilo, como @murderqueen e @bettiefromhell, entre outras. A Bettie é uma entusiasta que vira e mexe a gente tem umas conversas sobre o assunto! E ela me ajudou muito a entender o que o estilo se tornou ou hoje!
Pra esse material, busquei ao máximo realizar uma pesquisa investigativa e acho que cheguei a bons resultados. Mas isso são vocês que deverão dizer após lerem o zine!

Será composto de basicamente:
- análise do resultado do questionário realizado em 2017; 
- possível histórico do estilo; 
- adeptas no Brasil e no exterior; 
- porque escolhi chamar de "dark pin-ups"; 
- como se espalha um estilo pela web; 
- subcultura ou estilo?; 
- do que se compõe o visual; 
- possíveis subdivisões do estilo; 
- quais as referências; cooptação comercial; 
- abordagem na internet; 
- o que se tornou o estilo hoje.

E ainda trás uma Dark Pin-up de vestir criada pela Aline Lacroc que já postei spoiler nos stories do IG.

dark-pinup-style
capa, ainda provisória, do zine Dark Pin-up


Zine  Moda de Subculturas

No inicio o conteúdo deste zine estava muito claro pra mim. Se chamaria "Subculturas e Estilo" e seria como a comunidade do Orkut que deu origem ao blog: traria pequenos textos sobre as estéticas alternativas e ao fim traria bonequinhas de vestir criadas pelas ilustradoras... Mas infelizmente, não consegui com que algumas pessoas me cedessem fotos (ah se eu fosse a rede Globo isso seria diferente!? 😂), e isso miou a ideia toda, pois havia um nexo em apresentar especificamente aqueles estilos.
E acho importante compartilhar que o processo de criação não tem só coisa boa, tem muitos imprevistos também!

Então tive que mudar o zine e, ao ver a ilustração oficial criada pela @estranhadupla e @violet.coffin, vi a oportunidade de tornar esse zine algo divertido! Aquele tipo de material que a gente pode oferecer pras crianças!
Sempre foi um desejo meu apresentar a cultura alternativa aos pequenos, pois eles não tem preconceitos e limitações que os adultos se auto-impõem!
Mas este não é considerado por mim um zine infantil, e sim um zine pra todas as idades!
Trará breve textos facinhos de ler e as bonecas fofíssimas de Aline Lacroc e @ilustra.annah!
A bonequinha Dark Pin-up entraria aqui também, mas agora foi lá pro zine homônimo, faz mais sentido e ficou bem mais interessante também! ❤

Capa do zine Moda de Subculturas



Zine Riot Grrrl


Você deve ter notado que a capa da revista e do zine Riot Grrrl estão cheias de tons de rosa, seja bem clarinho, seja mais forte. A escolha não foi à toa. Nos últimos anos, não há cor mais subversiva que o rosa. É o momento perfeito pra questionar os clichés de que a cor é apenas um símbolo de feminilidade.

Parafraseando Valentino: Pink é punk!

🌹 É a sociedade que define os sentidos das cores.
Foi nesse ponto que busquei na história o pink de Schiaparelli na década de 1920, que já nasce alternativo e pink do tailler de Claude Montana nos anos 80, que reconhecia a autoridade social das mulheres.

🌹 O rosa foi o tom dos protestos políticos de jovens rebeldes nos anos 1960 e 70.

🌹 A banda The Clash declarou que o rosa é "a melhor cor do rock 'n' roll"..

🌹 Um triângulo rosa era utilizado para identificar homossexuais em campos de concentração e tornou-se um símbolo do ativismo gay.

🌹 O famoso rosa Millennium é a cor dos questionamentos de estereótipos da geração jovem.

🌹 Rosa é a cor que as feministas (liberais?) começaram a se apropriar tornando um símbolo de força e não de frivolidade.

🌹 Cada vez mais o tom desafia as ideias tradicionais da sociedade! Assim como no século 18, o rosa volta a ser uma cor sem gênero definido.

🌹 Subverter o rosa, é subverter os papeis socialmente criados em relação às mulheres!

🌹 Desta forma, especialmente a capa do nosso zine sobre o Movimento Riot Grrrl ganha esse tom anacrônico, que une punk noventista com pink feminista 2019!

Como um blog feito 100% por mulheres falando de subculturas (um tema que é dominado por homens) e de moda (sendo acusadas de frivolidade), nada melhor do que subverter e declarar: Pink é Punk! E podemos provar isso!! .

🌹 E você, o que acha da nossa escolha de cor??

Capa do Zine Riot Grrrls


Faltam menos de 15 dias pra acabar nossa Vakinha, você já garantiu seu material?
Já estou preparando brindes a todos que estão contribuindo! 💖 










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8 de setembro de 2019

#10 anos de Moda de Subculturas: Pink é Punk!!

Você deve ter notado que a capa da revista e do zines Riot Grrrl (assim como suas páginas) estão cheias de tons de rosa, seja bem clarinho, seja mais forte. A escolha não foi à toa. 

Nos últimos anos, não há cor mais subversiva que o rosa. É o momento perfeito pra questionar os clichés de que a cor é apenas um símbolo de feminilidade. 

Parafraseando Valentino: Pink é punk. 

É a sociedade que define os sentidos das cores. 

E é nesse ponto que busco na história, o pink de Schiaparelli na década de 1920, que já nasce alternativo e pink do terno de Claude Montana nos anos 80, que reconhecia a autoridade social das mulheres.

O rosa foi o tom dos protestos políticos de jovens rebeldes nos anos 1960 e 70. 

A banda The Clash declarou que o rosa é "a melhor cor do rock 'n' roll".

Um triângulo rosa era utilizado para identificar homossexuais em campos de concentração e tornou-se um símbolo do ativismo gay. 

O famoso rosa Millennium é a cor dos questionamentos de estereótipos da geração jovem. 

Rosa é a cor que as  feministas (liberais?) começaram a se apropriar tornando um símbolo de força e não de frivolidade. 

Cada vez mais o tom desafia as ideias tradicionais da sociedade! Assim como no século 18, o rosa volta a ser uma cor sem gênero definido. 

Subverter o rosa, é subverter os papeis socialmente criados em relação às mulheres!

Desta forma especialmente a capa do nosso zine sobre o Movimento Riot Grrrl, ganha esse tom (literalmente) anacrônico, que une punk noventista, com pink feminista 2019!




Como um blog feito 100% por mulheres falando de subculturas (um tema que é dominado por homens) e de moda (sendo acusadas de frivolidade), nada mais ideal do que subverter e declarar: "Pink é Punk!" e podemos provar isso!

E você, o que acha da nossa escolha da cor?


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2 de setembro de 2019

Sarah Amethyst é capa da revista Moda de Subculturas, dedicada à moda e cultura alternativa

Este ano o blog comemora 10 anos em outubro e pra celebrar tem 1 revista e 3 zines em conteúdo digital disponíveis para todos que apoiarem nossa Vakinha!! Com no mínimo R$25,00 você já garante suas edições!


Corre que o prazo pra garantir suas edições está acabando!


É com muito entusiasmo que apresento a CAPA OFICIAL da 
primeira revista brasileira dedicada à moda alternativa:



Quando surgiu a ideia de celebrar os 10 anos do blog logo veio a ideia de lançar uma revista comemorativa, esse é um desejo muito antigo e finalmente chegou a hora de realizar!! Sou daquelas que anos atrás fazia leitura de revistas alternativas estrangeiras buscando novidades porque não tínhamos uma revista de moda alternativa aqui. E agora teremos!! Fico extremamente feliz de dar mais esse passo tão importante para a mídia alternativa do Brasil com o apoio dos leitores do Moda de Subculturas.


Sobre a capa

Escolher a capa de uma revista não é tarefa fácil! 
São tantas pessoas incríveis, tantos assuntos fascinantes! 

Mas sendo essa uma revista de MODA ALTERNATIVA, eu quis colocar na capa principal uma pessoa que fosse ligada à esse universo, queria colocar uma modelo alternativa

E quando pensei em "modelo alternativa" e tudo que esse termo envolve, a Sarah Amethyst foi a primeira pessoa que me veio à mente.

Sarah demonstra dedicação e criatividade ao produzir seus ensaios super diversificados e muitas vezes surpreendentes, mostrando-se multifacetada e com capacidade de realizar os mais diversos tipos de trabalho. Sempre compartilhando o conceito por trás da temática das fotos, demonstrando seu repertório e interesse em cultura de moda. Além disso, consegue comunicar que moda - seja ela alternativa ou não - vai muito além superficialidade. A moda é expressão do self. 

E ao longo destes dez longos anos, este blog teve o compromisso de tratar moda alternativa com seriedade, tentando afastar ao máximo a ideia de que usar visual é futilidade, vide tantas matérias sobre subculturas e como seus estilos foram construídos visando a auto-expressão.

Na entrevista, Sarah falou muito sobre a importância do DIY, do "faça você mesmo" afinal, essa é a base da cultura alternativa. E talvez isso seja seu diferencial: mostrar que todos nós podemos colocar a mão na massa e realizar o que desejamos. 

A revista Moda de Subculturas e os zines são sobre pôr a mão na massa e produzir conteúdo de forma independente. Isso é o que nos une: manter viva a essência da cultura alternativa apesar de todas as adversidades do caminho!

Sobre o ensaio, Sarah contou em seu Instagram,  estar muito orgulhosa desse trabalho feito em parceria com pessoas super talentosas e  que a principal referência para o ensaio foi o trabalho da estilista Vivienne Westwood. Eu não poderia imaginar temática mais perfeita!! :D 



Sobre o processo de escolha de matérias

Infelizmente houveram algumas mudanças no percurso. Criar uma matéria de revista não é como escrever uma matéria de blog onde eu mesma corro atrás de produzir o conteúdo. Na revista, dependo muito mais de quem está comprometido a escrever e ceder fotos. E algumas vezes não houve compromisso, o que resultou em alteração de pautas. Talvez vocês sintam falta de um conteúdo x ou y, mas com certeza haverão outras oportunidades destas pautas aparecerem ou aqui no blog ou em outra publicação.

Talvez até mesmo por não termos ainda uma cultura de revistas alternativas, nem todos entendem que uma revista também é um veículo de divulgação de pessoas e marcas que estarão em suas páginas, é algo que com o tempo espero contribuir para que haja mais compreensão para que todos os que contribuem com a cultura alternativa possam ter mais um veículo de comunicação.

Revista Moda de Subculturas trará matérias que não estarão aqui no blog como, por exemplo:

- O legado contracultural dos Hippies;
- As origens das culturas vintage e retrô,
- Breve história da Moda Fetichista;
- A influência da Cultura Pop nas subculturas;
- Mulheres Trans nas Subculturas;
- Pin-ups negras;
- Medievalismo;
- Anarcofeminismo;
+ História da Moda;
+ Dança;
+ Arte.


Terá entrevistas com a Sarah Amethyst (capa), Marie Devilreux, Kemp von Sellessen, Mothmouth (blogueira do Through the Looking Glass), Henrique Kipper, Carol Sakuma.

E também ensaio de moda e a participação dos leitores no "Look do Leitor" (clique aqui pra saber como participar)! 


Zines: 





Zine Riot Grrrl - vamos homenagear aquela que é considerada a primeira subcultura criada por mulheres e para mulheres. Neste zine, contaremos a história do movimento com imagens dos próprios zines da época. Vamos enaltecer as meninas criadoras do Girl Power

Zine Dark Pin-ups - resultado de uma pesquisa iniciada em 2017 sobre um estilo que ficou conhecido no Brasil como "Dark Pin-up". Esse será um material exclusivíssimo, autoral e com uma abordagem ainda inédita no Brasil, trazendo história, descrição e análise.

Zine Subculturas e Estilo - O zine de 10 anos prestará uma homenagem à comunidade 'Subculturas e Estilo', do Orkut, criada em 2006 e que deu origem ao blog. Seu conteúdo será do jeitinho que tudo começou: pequenos textos sobre o estilo de algumas subculturas. Este zine trará bonecas de vestir criadas por nossas ilustradoras. E por quê bonecas de vestir? Porque esse foi meu primeiro contato, quando criança, de brincar com a moda, mas não tive a opção de ter bonecas em estilos alternativos/subculturais, hoje tornarei isso possível com a ajuda das ilustradoras @lacroc, @ilustra.annah@estranhadupla <3

Eu espero que vocês gostem do material e principalmente que continuem conosco pelos próximos anos!! São 10 anos (r)existindo como um dos poucos sites/blogs brasileiros sobre moda e cultura alternativa. E quero que saibam que chegamos até aqui e TUDO é possível graças à vocês! <3





* As capas poderão sofrer leves alterações no design até o dia de lançamento, mas o conteúdo não mudará.

28 de fevereiro de 2019

Última Quimera: Darks, maquiagem e consumismo na cena gótica compõem as mais recentes edições do zine

Última Quimera é um zine dedicado a informações sobre a subcultura gótica, criado por Freon (Sad). O zine tem a proposta de trazer conteúdo aberto e diverso a todos que se interessem pela subcultura, sendo uma alternativa ao caos de informação que as novas tecnologias e as mídias sociais trouxeram ao dia a dia. 

Fomentar a prática de leitura tem sido algo muito difícil pra quem lida com produção de conteúdo sobre cultura alternativa. Embora muitos acessem a internet para ler textos, projetos impressos ainda enfrentam grande resistência. Muitos esquecem que estes projetos não tem fins lucrativos e que o retorno para que o trabalho prossiga e cresça está no ato de adquirir essas publicações impressas para que elas se autofinanciem. Esse é um hábito/uma cultura que lutamos desesperadamente para criar entre os alternativos brasileiros: sair um pouco da internet, do virtual, e colocar as mãos (literalmente) num material criado pensando em você! Para ter aquele momento único de concentração. Esse 'contato físico' entre criador de conteúdo e leitor alvo, não pode se perder. 



Vou comentar aqui sobre o conteúdo da edição 3 e da 4 e aqui está o link da resenha das edições anteriores. Ao fim do texto tem as informações sobre como conseguir a sua edição.

A edição #3 trás na capa um homem carregando duas pesadas sacolas, uma contendo 'felicidade' e outra 'identidade', essa edição encerra a trilogia inicial sobre o crescimento da subcultura na atualidade e o resgate da memória da história do gótico brasileiro.



Logo na primeira matéria, "Antro - A memória perdida do gótico brasileiro", Freon comenta sobre essa casa noturna quase esquecida que funcionou no bairro da Aclimação em SP.


Mas o foco desta edição é sobre consumismo na cena gótica, e o ótimo texto da Coconut Sioux sob o título "Shadow over Substance - O fantasma do consumismo na subcultura gótica" reflete um tema recorrente nos debates virtuais: a subcultura gótica está perdendo sua identidade original sendo esvaziada e reduzida a um mero estilo ou tendência de moda?  





A seguir, Everton Alves tras o texto "A linguagem profana do corpo" aborda a performance, a linguagem corporal e o culto a Tanatologia.
O último texto do zine é um texto meu, "O esvaziamento ideologico e estético das subculturas", onde trago na verdade uma tradução de texto escrito por Joshua Ellis onde o autor fala sobre como era ser alternativo antes da proliferação da internet e como se desenvolve o processo da apropriação do mainstream das culturas alternativas.


O zine finaliza com a já habitual lista com dicas de bandas, desta vez com a produção gótica japonesa.


A edição #4 trás na capa Dark x Post Punk - Resistência/Existência, em sua introdução, a suposta decadência da cena gótica brasileira em contraponto com as diversas iniciativas recentes das boas coisas que estão por vir, como eventos, projetos, bandas, festas valendo citar o Sebo Clepsidra, um espaço precioso em São Paulo para a produção literária gótica.



A matéria de abertura escrita por Freon, é um tema que me interessa muitíssimo e que adorei a leitura, trata-se do texto "DARK - O protogotico brasileiro", onde o autor explica porque a primeira geração gótica brasileira ficou conhecida sob o nome de "os darks". 


A lista de bandas trás os lançamentos góticos de 2018 e Kei Hrist dá um show na matéria "Muito além dos tutoriais - A importância da maquiagem na subcultura gótica". Fugindo da onda dos tutoriais da internet, a autora aborda o histórico das origens da maquiagem gótica!



O zine termina com um novo espaço dedicado à recomendações de livros, filmes, quadrinhos e discos. Como notaram, essa edição possui apenas duas matérias mas são matérias contendo 5 páginas cada uma com informações preciosíssimas. A edição #4 se tornou um daqueles materiais referência pra guardar e consultar!

A Última Quimera é um zine gratuito e sem fins lucrativos, mantido com recursos pessoais dos editores e colaborações eventuais dos apoiadores. Devido aos tempos difíceis em que vivemos, uma contribuição opcional de R$2,00 ajuda a manter a produção. Para contribuir e adquirir suas edições, basta contatar a equipe. E se você mora fora de SP capital, pode adquirir pagando os custos de envio.
Facebook: Última Quimera Zine




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Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos. 

29 de setembro de 2017

Última Quimera: Conheça o zine dedicado a informações sobre a subcultura gótica

Por que lançar um zine em tempos de informação fácil, rápida e democrática na internet?

Entendemos a importância que as novas tecnologias trouxeram para o compartilhamento de informações para o crescimento das subculturas, mas a internet também tem sido usada inclusive para a disseminação de desinformação e ódio. É verdade que as publicações impressas também não estão livres desse mal, mas em meio à links, tags, publicidade abusiva (e não sinalizada) e desvio de foco, as publicações impressas emergem como uma alternativa à esse caos de informação.


O trecho acima foi uma adaptação do texto que abre a primeira edição do zine Última Quimera, editado por Freon (Sad). Enquanto lia, balançava a cabeça concordando com tudo! Como é dito no texto original, mesmo uma subcultura tão citada como a gótica, ainda tem-se a necessidade de rediscutir e refletir sobre a identidade desta tribo no século 21. O zine nasce com a proposta de trazer conteúdo aberto, diverso, sem rivalidades e vaidades à todos que se interessem pelo tema.

Participei das duas primeiras edições e vou contar mais pra vocês sobre cada uma delas.


Última Quimera #1 - Março de 2017
Além da ótima introdução citada no início do post, o zine trás logo de cara um texto de Everton Alves "Rei Peste", com o seguinte questionamento: "Góticos: Crise de Identidade?" onde é abordado o que se tornou a subcultura gótica atualmente. A seguir, Coconut Sioux vem com o interessantíssimo "O Feminino e o Gótico", abordando o machismo na cena e o feminino no imaginário gótico.


O Programa Memória & Vida do Cemitério da Consolação é a entrevista da edição. Surgido em 2014, o projeto entende os cemitérios como potencial local de atividades artísticas, pedagógicas e turísticas a exemplo do que acontece em outros cemitérios do mundo como o Père-Lachaise em Paris. A edição finaliza com o texto "Um olhar sobre a WGT" do alemão Robert Forst falando sobre as mudanças no festival ao longo dos anos, a superficialidade dos "góticos de ocasião" que frequentam o local visando apenas serem fotografados e sobre como o evento necessita se reinventar.


Durante os anos de blog, sempre fui muito questionada sobre o significado da cor preta nas subculturas. Acabei desenvolvendo uma pesquisa própria, não publicada, é um assunto do qual serei estudante por muito tempo ainda. À convite de Freon escrevi um breve texto sobre o tema! É um artigo que vocês só encontrarão lá! É exclusivíssimo do Última Quimera. 

É a primeira vez que revelo um pouco do que pesquisei sobre o significado da cor preta nas subculturas.


Última Quimera #2 - Julho de 2017
Eu poderia dizer que essa edição se torna icônica. Quem tiver vai ter que guardar! Ocorre que nela estão duas matérias que considero registros históricos importantíssimos  para a história da subcultura gótica brasileira. Inicia-se com "Soulshadow - O fim de um ciclo" contando a história da lendária loja de música gótica  aberta em 1995 que se tornou a única loja física de discos especializada em gótico e EBM de São Paulo e talvez do Brasil.
 

Segue outro artigo que pra mim é o mais impressionante publicado até então: "Treibhaus - A primeira casa gótica do Brasil". Imensurável o valor desta matéria num país como o nosso onde é dificílimo encontrar informações sobre a história das subculturas nacionais. Um país onde não valorizamos a memória do passado. Com seu nome tirado do livro "Christiane F", Treibhaus foi abrigo para punks e góticos na São Paulo de 1989. 
Imaginem um mundo sem internet, onde você iria para encontrar pessoas que eram como você? E como ficaria sabendo de sua existência? Como eram produzidos os flyers, como eram as pessoas que lá frequentavam, como era o local por dentro, quais famosos deram as caras por lá, quais os nomes importantes da cena na época, tudo isso está na matéria! Minha dica é que poderia ser pensado seriamente no futuro alguém produzir um livro ou documentário sobre este local. 


O zine finaliza com um texto meu "O fim das subculturas", onde é levantando o que são as subculturas hoje, o que elas se tornaram com o advento da internet e uma abertura à reflexão sobre como serão de agora em diante.


Última Quimera é um respiro no meio do mundo virtual em que vivemos. Quem hoje produz conteúdo na internet tem que "concorrer" de forma extremamente desigual com "likes" pouco acrescentam na proliferação e manutenção da cultura alternativa. Um mundo de publicidade disfarçada, não sinalizada, e conteúdo efêmero prolifera. O conteúdo intelectual que propicia conhecimentos duradouros que servirão para a vida toda, ficam em segundo plano ou são desvalorizados.

É importante dizer que a cultura alternativa só se mantém viva se o conhecimento sobre elas for passado à frente. Se cada geração se envolver com esse conhecimento. Senão criamos um imenso espaço vazio propício para que desentendimentos, erros e preconceitos cresçam. Muitos não conhecem o básico do que é subcultura gótica, punk ou qualquer outra, isso acontece porque a informação que deveria ter sido passada adiante não foi. Então todos sabemos pela internet como uma menina gótica se veste, que marcas usa, como se maquia, como se penteia, mas o que sabemos sobre a cultura da subcultura? É neste momento que percebemos como zines e revistas que chegam focados em informações que enriquecem os debates são fundamentais!

Aproveito a ocasião para oferecer meus textos ou escrever artigos exclusivos a quem tenha zine e queira abordar cultura alternativa. Quem tem zine alternativo e quer me enviar uma edição pra conhecer, ou quem está se livrando dos seus (jogando fora mesmo) pode me enviar! É só me contatar que conversamos!

Infelizmente esse post sai um pouco atrasado, moro fora da capital paulista e recebi os exemplares do zine um tempinho atrás. Mas o zine segue ativo, novas edições virão! Fica aqui a dica para encontrá-los no Sebo Clepsidra.

O zine é distribuído gratuitamente. Vale pegar a publicação apenas se tiver real interesse na leitura. Publicações gratuitas às vezes são descartadas logo que a pessoa percebe que pegou algo que não lhe interessa, então é fundamental valorizar o trabalho mantido e apoiado por quem acredita na cena. ;)

Zine Última Quimera
Onde Encontrar:

Sebo Clepsidra
R. Dr. Cesário Mota Júnior, 296
Vila Buarque, São Paulo - SP


[Editado 09/10]: O zine também é enviado pelo correio, basta entrar em contato:
E-mail: ultimaquimerazine@gmail.com


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Pedimos que leiam e fiquem cientes dos direitos autorais abaixo:
Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
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