Destaques

13 de novembro de 2011

Anos 50 - Parte 2: Moda Masculina

Leituras Complementares à este texto:
Anos 50 - Parte 4:Jovens e Rebeldes


A moda masculina dos anos 50 era mais simples do que as da década de 1940. A vitória dos Aliados afirma em toda a Europa do pós guerra, a predominância do estilo americano. Todos queriam parecer bons cidadãos, o que significava que todos os homens pareciam extremamente iguais.
As cores do guarda roupa eram sóbrias, girando em torno do cinza escuro, azul, azul escuro, marrom (a cor preta não era popular), em tecidos como algodão, lã, flanela, xadrez e tweed.
 

Camisas de estampa listrada, terno escuro, calças estreitas e curtas embora ainda com tecido “sobrando” nas pernas. A gravata tinha nó mais fino que a dos anos 40. Em vez de colete, o peito era aquecido com cardigans e blusas de lã. Casacos em veludo, smoking e camisas pólo tornaram-se populares e eram usadas com uma jaqueta esporte, geralmente xadrez ou outro padrão escuro. No verão, camisas com cores espalhafatosas eram usadas para fora das calças. As bermudas na maioria das vezes eram usadas com meias.

Cardigans, calças, cores espalhafatosas no verão e bermudas:
O conservadorismo masculino se reflete nas roupas dos jovens, na escola os alunos usavam ternos, jaquetas, calças,  gravatas, paletós ou suéter. Atletas da usavam jaquetas. As camisetas (t-shirts) eram peças de underwear.
Com a generalização do aquecimento nos ambientes, os tecidos ganharam leveza e lentamente há a inserção dos sintéticos. O vestuário clássico foi influenciado pelo gênero esportivo em paletós que seguiam a linhas dos terno. Era permitido trabalhar com calças mais esportivas como calças de flanela com camisas confortáveis e calças coloridas em ocasiões casuais.
Nos dias de praia, shorts xadrezes ou cáqui e camisa havaiana. O traje de banho era a sunga boxer lisa ou estampada. 

Camisetas eram peças de baixo; nos dias de praia estampas e sunga boxer:
Jeans

Jeans só eram usados esportivamente, mas os  jovens o adotaram como peça de rebeldia, assim como calças mais ajustadas, jaquetas de couro e camisetas T-Shirt brancas que eram usadas como peça externa, representadas nas telas de cinema do mundo inteiro em James Dean e Marlon Brando.

Este look dos “bad boys de hollywood” acabou ficando conhecido como “Rocker”, afinal, o ano de 1951 tinha dado os primeiros indícios do surgimento do Rock n Roll e em 1954, o Rockabilly de Elvis Presley era a trilha sonora da juventude. Em Londres, os jovens nostálgicos reproduzem trajes com elegância eduardiana, defensores da tradição, essa moda destinada aos filhos de boas famílias dá origem aos  teddy-boys (próxima postagem).

Jovens rebeldes usam camiseta como peça externa e tornam o jeans e o couro símbolos da rebeldia do recém nascido rock n roll.

 

Com roupas conservadoras, os homens usavam sapatos conservadores: mocassins, oxfords, tênis converse preto e branco. Os Teddy Boys usavam sapatos de camurça com sola grossa chamada "creepers", usados com meias coloridas.

Mocassim, oxford e creepers:
 
Os homens não saiam de casa sem chapéu, a menos que ele fosse um rebelde como James Dean. Ao final da década, o acessório não era mais imposto e gradativamente, assim como para as mulheres, o uso do chapéu foi desaparecendo até a década de 70.

O cabelo masculino tinha cortes militares, o que era fácil de ser mantido com a comercialização de barbeadores elétricos. O corte escovinha e o "flat-top" (curto na lateral, maior e reto no topo da cabeça) poderia ser mantido com pomadas ou  penteado para trás. Não deveriam tocar as orelhas, o que era ilegal em algumas partes os EUA. Os homens mais jovens como James Dean e Elvis Presley tinham um topete ao estilo pompadour. Os rebeldes também usavam o “rabo de pato” (ducktail) onde o cabelo era penteado pra trás e no topo da cabeça era feito um rolo que formava um grande topete, porém, era um penteado desaprovado pelas pessoas mais tradicionais da sociedade. 

Os cabelos do homem tradicional não deveria tocar as orelhas; já os rebeldes usavam topete pompadour ou rabo de pato:
 


O texto foi escrito pela autora do blog de acordo pesquisas em livros de Moda lançados no Brasil e no exterior. Se forem usar para trabalhos ou sites, citem o blog como fonte. Leiam livros de Moda para mais informações e detalhes.

Look do Leitor: Luh Black

Quer mostrar seu estilo aqui no blog? Basta participar da sessão Look do Leitor!
Leia as regras AQUI e entre em contato: modadesubculturas@gmail.com

O Look do Leitor de hoje é da Eluara, também conhecida como Luh Black Goddess (adorei!). Ela tem 21 anos, mora em Itanhaém (SP) e está se formando em Web Designer.
Seus links: Facebook e Blog.

Ao ver o cabelo vermelhão, eu pensei de cara: "Rock n Rooooll!", pois é exatamente isso que o estilo da Luh transmite num simples olhar. Cabelo colorido e maquiagem pesada nos olhos sempre dá certo e sou fã do estilo meia calça trabalhada + shortinho + coturno + blusa de banda + jaqueta de couro! A padronagem xadrez também sempre dá um toque alternativo num visual e o colete de pêlos dá destaque à um look mais básico.

 

Quer ver quem já participou? Clique no link abaixo:

7 de novembro de 2011

Concurso de Trajes: Lady e Lord Era Vitoriana

O Moda de Subculturas e os blogs: Poesia Retrô, ´Stamos Kilts e Diários Anacrônicos estão lançando o

Concurso de Trajes : Lady e Lord Era Vitoriana


REGULAMENTO

1-    Este concurso é promovido pelos blogs: Moda de SubCulturas, Poesia Retro, ‘Stamos Kilts!, Diários Anacrônicos e tem os seguintes objetivos:
a-  promover a beleza da moda vitoriana;
b-  incentivar  os eventos alternativos revivalistas no Brasil;
c-  movimerntar o cenário da moda alternativa;

2 – O concurso está aberto para brasileiros, brasileiras, estrangeiros e estrangeiras residentes no Brasil.  Não há limite de idade.  Brasileiros no exterior e modelos profissionais não podem concorrer.

3 – O concurso é divido em duas categorias
a-  Lord
b-  Lady

4- O concurso é destinado para pessoas alternativas e revivalistas, sendo assim, o padrão de beleza considerado no júri será alternativo.

5- Os interessados devem ser leitores dos blogs promotores do concurso.

6- Para se candidatar, os interessados deverão enviar fotografias do look mostrando o corpo todo em ângulos diferentes. Não há necessidade de as fotografias serem profissionais, mas esperam-se fotografias visíveis e sem grandes efeitos de edição.

7- Os trajes usados, maquiagem, cabelo e acessórios deverão ter inspiração na Era Vitoriana (1837-1901).

8- As inscrições deverão ser feitas pelo e-mail modadesubculturas@gmail.com enviando as fotografias com as seguintes informações:
a-  Nome do candidato (a);
b-  Informações sobre a roupa e inspiração;
c-  Nome do fotógrafo (a);
d- Lugar onde foi feita. No caso de fotografia feita em algum revivalista, mencionar o nome do evento.

9- A segunda etapa do concurso consiste em responder às seguintes perguntas que, junto com as fotografias, deverão ser enviadas para o seguinte email modadesubculturas@gmail.com

• Perguntas de Literatura promovidas pelo blog Poesia Retrô (a Lady e o Lord devem responder):
1. Cite e explique com suas próprias palavras as características do Romantismo enquanto escola literária.
2. Quais foram as primeiras reações anti-românticas na década de 1870?
3. Cite um poema do Parnasianismo.

Links para consulta:
http://poesiaretro.blogspot.com/2011/01/historia-da-literatura.html
http://poesiaretro.blogspot.com/2011/04/poesia-da-belle-epoque.html

• Perguntas de História da Moda promovidas pelo blog Moda de Subculturas:
Perguntas apenas para a Lady:
1. Como era a estética do Early Victorian?
2. Como era  estética do Mid-to-Late Victorian?

Perguntas apenas para o Lord:
1. Quem influênciou a moda masculina vitoriana?
2. Como era estética masculina vitoriana?
A pergunta de História promovida pelo blog Diários Anacrônicos será enviada para o email do participante.

10- Os prêmios consistem em produtos de moda alternativa oferecidos pelas seguintes lojas: Belladonna, Dark Angell, Dark Fashion, Dark Front, Devas Acessórios, Pulchra e Tia Turva.

11- Os candidatos e candidatas serão avaliados pelos diretores dos blogs promotores.

12- É vedada a participação de parentes ou cônjuges dos idealizadores bem como das lojas patrocinadoras.

13- Entraremos em contato por email com os vencedores e estes serão contatados pelos patrocinadores para receberem seus devidos prêmios.



1 de novembro de 2011

Anos 50 – Parte 1: A Era de Ouro da Costura (1947-1957)

Leituras Complementares à esta postagem:

O pós guerra trouxe uma era de otimismo econômico onde o consumismo era valorizado. A mais profunda transformação que a história da Moda já sofreu acontece nos anos 50. 
A “Era de Ouro da Costura” transformou as grifes da alta costura francesa e inglesa em marcas conhecidas mundialmente até os dias de hoje. Como as roupas prêt-à-porter haviam sido testadas com sucesso nos Estados Unidos e passam a dominar o mercado, a alta-costura, para se manter viva, começa a permitir que as massas tenham pela primeira vez acesso às suas criações. Criam-se contratos que permitem às maisons de alta costura fabricar prét-á-porter de acessórios, colocar seus nomes grifados em sapatos, óculos, jóias, relógios, perfumes etc de forma a sobreviver às novas regras consumidoras.

A Era de Ouro começou em 1947 com o “New Look” de Christian Dior. De estética super feminina inspirada na moda de 1860 (Early Victorian), o estilo foi a tendência que mais deu certo na história da Moda.
 

O espanhol Cristobal Balenciaga dominava o corte perfeito das roupas e atraía mulheres da sociedade e atrizes famosas. 


Hubert de Givenchy  faz sucesso com suas peças "separáveis", que podiam ser combinadas à vontade. Ele se dedica a fazer roupas para a elite. Você certamente sabe qual é sua mais famosa criação: o vestidinho preto usado por Audrey Hepbum em Breakfast at Tiffany's (Bonequinha de Luxo).


Pierre Balmain cria trajes elegantes, requintados e luxuosos inspirados no New Look.



Roger Vivier colocava aerodinâmica em seus calçados, tanto que foi o escolhido para fazer os sapatos da rainha Elizabeth II. A alta sociedade era fiel ao bottier, tanta qualidade o fez criar calçados para a Maison Dior, Pierre Balmain, Guy Laroche, Nina Ricci e ao jovem Yves Saint Laurent. 


Gabrielle Chanel retorna à ativa em 1954, ela estava com mais de setenta anos. Seus perfumes são fonte de grande lucro. Chanel então inventa peças que se tornariam seus clássicos: o tailleur com guarnições trançadas, correntes de ouro, blusas combinadas com o forro do casaco, botões com suas iniciais, tweeds macios, jóias-fantasias, lenço de seda preta no pescoço, o broche camélia de tecido branco, chapéu canolier (de abas lisas e estreitas), prendedor ou fita para rabos-de-cavalo, bolsa a tiracolo em matelassè, escarpim bege com ponta escura que faz com que os pés pareçam menores. Nos anos 50, Chanel produziu vestidos de noite fascinantes por sua simplicidade. Ela criticou os corpetes promovidos pela Dior, pois ela era suficientemente esperta para perceber que a alta costura tinha um futuro limitado, o ideal agora era a venda de produtos de luxo para o mercado de massa. 


Outras maisons da década: Lanvin, Madame Grès, Norman Norell e John Cavanagh (imagens respectivas):


Charles James, Nina Ricci, Jacques Fath e Elsa Schiaparelli:

 


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