"Todo mundo acha que crente tem que ser feio, pobre e morar longe. Eu estou dizendo que cristão pode ter cabelo roxo, roupa muito louca, unhas coloridas e o coração cheio de Deus, cheio do bem".
O Moda de Subculturas amplia seus horizontes sobre a abordagem dos alternativos. Hoje, decidimos falar sobre o estilo da cantora Baby do Brasil. Ela não pertence à uma subcultura específica, mas tem um estilo pessoal nada padrão e super autêntico. Baby se tornou evangélica no fim da década de 1990, criou a própria igreja e virou "popstora". Muitos achavam que ela ia abandonar o estilo e usar roupas conservadoras, o que não ocorreu.
Cabelos
O sonho de criança de Baby era ter o cabelo azul. Tudo porque ela cresceu vendo o desenho da Branca de Neve e seu cabelo preto azulado.
Um dia, quando estava nos Estado Unidos, ficou fascinada pelo cabelo roxo de uma moça, abordou a mulher e perguntou onde ela tinha comprado a tinta. Não deu outra! No fim dos anos 1970 Baby já havia tingido os cabelos de roxo, rosa, azul...
Cabelos
O sonho de criança de Baby era ter o cabelo azul. Tudo porque ela cresceu vendo o desenho da Branca de Neve e seu cabelo preto azulado.
Um dia, quando estava nos Estado Unidos, ficou fascinada pelo cabelo roxo de uma moça, abordou a mulher e perguntou onde ela tinha comprado a tinta. Não deu outra! No fim dos anos 1970 Baby já havia tingido os cabelos de roxo, rosa, azul...
Barrada na Disney
Ainda no começo dos anos 80, a cantora e Pepeu Gomes foram impedidos de entrar na Disneylândia porque os cabelos coloridos chamavam atenção demais, o que deu origem à canção "Barrados na Disneylandia:
“Eu estava grávida de sete meses do meu quinto filho e fui com o Pepeu toda colorida, do cabelo até os pés, para a Disney. E, quando estávamos para entrar, vi um carrinho tipo uma prisão, era tão bonitinho que eu pensei ser um carrinho qualquer do parque. O cara começou a falar inglês comigo e eu não entendia nada. Uma pessoa traduziu para mim e disse que estávamos sendo barrados por chamar mais atenção do que os brinquedos do lugar. Adorei! Me acabei de rir!"
Naquela época, o cabelo estava metade verde e metade rosa, suponho que algo parecido com o que vemos na capa do álbum "Cósmica" de 1984.
Baby era à frente de seu tempo.
Numa entrevista para o site da Lilian Pacce, Baby diz:
“Fui eu quem trouxe a cor (roxa) para o Brasil entre a década de 70 e 80”. Depois, Baby tingiu apenas as pontas do cabelo de azul bebê, mantendo a antiga cor na parte de cima. Segundo ela, a mistura representava uma fase importante da sua vida, mix de experiências e sentimentos: “A alegria da gravidez com a satisfação do sucesso profissional”. Em seguida, a cantora optou por deixar as madeixas completamente azuis, dessa vez em um tom diferente. Pra ela, isso transmitia a imagem de uma personalidade quase séria. Por último, Baby pintou os fios de violeta, cor que ela diz ter sido um aviso divino: “Ouvi que devia ser assim”. Descobriu na sequência que essa é a cor dos antigos sacerdotes e já mantém por 5 anos.
“Fui eu quem trouxe a cor (roxa) para o Brasil entre a década de 70 e 80”. Depois, Baby tingiu apenas as pontas do cabelo de azul bebê, mantendo a antiga cor na parte de cima. Segundo ela, a mistura representava uma fase importante da sua vida, mix de experiências e sentimentos: “A alegria da gravidez com a satisfação do sucesso profissional”. Em seguida, a cantora optou por deixar as madeixas completamente azuis, dessa vez em um tom diferente. Pra ela, isso transmitia a imagem de uma personalidade quase séria. Por último, Baby pintou os fios de violeta, cor que ela diz ter sido um aviso divino: “Ouvi que devia ser assim”. Descobriu na sequência que essa é a cor dos antigos sacerdotes e já mantém por 5 anos.
E por que cabelo colorido?
Ela diz que é porque gosta, cores lhe dão inspiração. Baby tinge o cabelo com frequência, pois o pigmento desbota e mancha, fazendo com que ela só use travesseiro na cor violeta: "...sei que em um mês terei várias tonalidades, porque vai tingindo a cadeira, a casa, tudo…(risos). Como gosto da cor mais escura, passo o pigmento de 15 em 15 dias. Mas não tenho uma vaidade de terceira dimensão em cima disso. Esqueço de raspar a perna, de fazer a unha..."
Roupas
Roupas
E não foi apenas os cabelos coloridos que Baby manteve com o passar dos anos, o estilo também. Baby deixou o estilo hippie e tropicalista que tinha bem no início de sua carreira de lado e passou a usar roupas ecléticas, muitas com elementos alternativos, do punk e do rock. No começo dos anos 2000, Baby vestiu um macacão de vinil numa homenagem à Cazuza. Isso bem antes de o vinil se popularizar no mainstream (na época, ele estava restrito à cena alternativa) e Ivete Sangalo usar um.
Ao olhar as fotos abaixo, com as roupas que Baby usa atualmente, caímos naquela questão abordada no post "Adultos e Moda Alternativa": existe roupa "pra jovem"? Existe limite de idade para se usar o que gosta? Ou quem impõe esse limite são os outros?
Baby tem 61 anos, claro que por ser uma artista é BEM mais fácil manter a alternatividade, mas acredito que ela possa inspirar muitos de nós a não perder nossa autenticidade por mais que os anos passem.
Ao olhar as fotos abaixo, com as roupas que Baby usa atualmente, caímos naquela questão abordada no post "Adultos e Moda Alternativa": existe roupa "pra jovem"? Existe limite de idade para se usar o que gosta? Ou quem impõe esse limite são os outros?
Baby tem 61 anos, claro que por ser uma artista é BEM mais fácil manter a alternatividade, mas acredito que ela possa inspirar muitos de nós a não perder nossa autenticidade por mais que os anos passem.
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Artigo das autoras do Moda de Subculturas.
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