Concurso Lady e Lord Vitorianos: Vencedores!

O Concurso Lady e Lord Vitorianos já tem seus vencedores! 

Este foi o primeiro Concurso realizado pelo blog e de cara já foi um concurso desafiador pela sua originalidade e ousadia, o que fez com que o número de participantes fosse reduzido, mas com genuíno interesse, iniciativa e criatividade ao criarem seus looks!

O Concurso foi realizado em parceria com o blog Poesia Retrô e apoio dos blogs Stamos Kilts! e Diários Anacrônicos. As lojas patrocinadoras Belladonna, Dark Angell, Dark Fashion, Dark Front, Devas Acessórios, Pulchra e Tia Turva, darão os prêmios aos vencedores.

Baseado em conhecimento sobre Literatura e Moda da Era Vitoriana, o concurso teve mais concorrentes homens do que mulheres (o visual masculino da época é bastante atual!). As perguntas História da Literatura estavam difíceis pois foram elaboradas a partir de textos do Poesia Retrô. Trata-se de um conteúdo que inexiste na internet e foi baseado em livros de Teoria Literária, daí a complexidade. 
Já as perguntas sobre Moda poderiam ser facilmente encontradas aqui no blog e transcrevidas com as palavras dos participantes.

Em nome de todos os que apoiaram esse concurso, agradeço aos participantes que se inscreveram, foram criativos e se esforçaram pra criar ótimos looks! Peço que não fiquem tristes se não ganharam, haverão muitas outras possibilidades de serem premiados pelo blog e seus parceitos em futuros eventos!

Vamos aos vencedores e justificativas:

 

LORD: Guilherme “Freon Heart” 

Respostas de Literatura sob a análise de Rommel Werneck, do blog Poesia Retrô: "Chamou-me a atenção a paráfrase. Disse a mesma coisa, porém com suas palavras".

Look segundo o candidato: 
"Praticamente todas as peças foram garimpadas em brechós, com exceção dos sapatos, da bengala e da cartola. O fraque foi descoberto em um arquivo de peças abandonadas do grupo de teatro da igreja frequentada por minha mãe. A idéia era montar um dândi em traje noturno.
O dândi moderno do editorial de moda “The Ultimate Dandies” foi uma das inspirações – procurei, inclusive, reproduzir a ideia das costeletas desse mesmo editorial (ainda que não tenha crescido como eu gostaria, aproximando o zoom  tem-se uma noção).  Além disso, os figurinos do filme “O Retrato de Dorian Gray” (2009) sempre foram admirados e estímulos para novas ideias"

Nome do fotógrafo: Roberto Mello e Marina Mello (pai e mãe)
Local: Palácio das Indústrias – São Paulo / SP

Minha opinião sobre o traje:
Me chamou a atenção o candidato ter encontrado as peças de seu traje em brechós e como ele conseguiu deixar tão próximo do traje masculino da época. O cabelo moicano dá o toque alternativo e anacrônico ao look. As respostas sobre história da Moda foram assertivas.

LADY: Priscilla Fernandes

Respostas de Literatura sob a análise de Rommel Werneck do blog Poesia Retrô: "Mesmo caso do Lord, chamou-me a atenção a paráfrase. Explicou com suas próprias palavras".

Look segundo a candidata:  

"Minha inspiração foram os trajes de montaria das mulheres da Era Vitoriana. A saia de tule embaixo veio de um brechó, a saia por cima eu que fiz, uma camisa branca simples por baixo e por cima uma blusa mais longa (ambas eu já tinha), a cartola eu comprei e amarrei o véu, o que era pra ser o chicote que eu não consegui achar, usei para subistitui-lo uma bengala bem fina, a luva eu comprei em uma feira de antiguidades."
Nome do Fotografo: Ariahdnie

Local: Parque Burle Marx no Morumbi

Minha opinião sobre o traje: 

Gostei que ela saiu do óbvio, evitou as roupas sociais da mulher da elite vitoriana e optou por um traje esportivo da época. Vejam que interessante algumas das imagens que ela me enviou e que utilizou como referência: link 1, link 2, link 3, link 4. As respostas sobre história da Moda foram completas, com suas próprias palavras e detalhando cores, estampas e mudanças de silhuetas.

 

  

Espero que tenham apreciado os vencedores tanto quanto nós!

Clique nos links para rever o regulamento, dicas sobre moda masculina e feminina e as dúvidas da moda feminina.

Picnic Vitoriano Poa: Dicas e Molde da Moda Império Feminina

Como alguns de vocês já devem saber, o grupo Picnic Vitoriano de Porto Alegre vai realizar seu 1º Chá das Cinco dia 25 de março. O dresscode tem foco na Moda Império e Regência, mas também são aceitos trajes da Era Medieval, Renascença, Barroco, Rococó, Vitoriano, Eduardiano, Steampunk e Lolita.

A moda feminina da Era Império é super adequada ao nosso clima e os vestidos são uns dos mais simples de serem feitos dentre todos os períodos históricos. Eles eram finos e transparentes, as mulheres usavam uma malha cor de pele por baixo pra disfarçar a tranparência. Cores claras para as solteiras, cores escuras para as matronas. Nos pés: sapatilha ao estilo bailarina. Sombrinhas, longas luvas, leques e bonnets como acessórios.

Dicas:

• Tutorial de como fazer um bonnet
• Estilo Império na Moda Alternativa

 

Eu adoro modelagem, sempre estou fazendo cursos e tenho alguns livros com moldes históricos. Dentre todos, selecionei a scan de uma página que mostra o molde de um vestido da época. Podem observar que é muito simples. Se vocês levarem a imagem pra uma modelista ou uma boa costureira, ela vai saber reproduzir no tamanho certo. As medidas estão em inches, tudo o que vocês precisam fazer é converter inches para centímetro. Cada inche equivale a 2,54cm. Assim, onde diz 6"(inches): 6x2,54= 15,24cm - em modelagem, os milimetros precisam ser todos riscados nos moldes, evite arredondar, senão dá errado! =)

Mas caso vocês não encontrem quem saiba reproduzir o molde, dou uma dica um tanto quanto bizarra (e um pouco trabalhosa): vocês podem pegar a imagem e colocá-las no corel draw ou photoshop e recortá-la de modo que cada recorte fique do seu tamanho real adequado ao tamanho de uma folha de sulfite (a mesma técnica que se usa para imprimir moldes online). Aí basta imprimir o molde e depois colcar no chão ou numa mesa e colar. Pronto: você terá o molde do seu tamanho! Basta pequenos ajustes, tranferência para um papel vegetal (depois pra um papel kraft se desejarem), colocar em cima do tecido, cortar e costurar! 

Sim! Eu tenho muitos truques na manga!

Quanto à moda masculina da época, esta é um pouco mais complicada, pois exige uma habilidade mais avançada com modelagem, alfaiataria e costura. Foi uma época de transição, havia uma grande variedade de trajes e pequenas mudanças ocorreram ao longo dos anos. Mas não há motivo para os rapazes se preocuparem. Bordados e babados em excesso devem ser evitados. O traje masculino que surgiu na Era Império, é precursor do estilo dândi do começo do século XIX, um traje mais simples e mais fácil de ser adaptado ou de ser feita uma releitura.

Traje masculino da Era Império que sofreu várias alterações ao longo dos anos e traje masculino da Era Império que deu início ao estilo dândi:

 Vocês podem consultar estes links para buscarem inspiração na estética dândi:

• The Ultimate Dandies (editorial by Karl Lagerfeld) 
• Homem Vitoriano Moderno by McQueen
• Dândis nas Subculturas
• Moda Império e Regência (ler a parte sobre Moda Masculina)

Zombie Boy na Elegy

O Zombie Boy Rick Genest, está na capa da revista francesa de cultura e música Elegy.

Mais Zombie:

• Mugler e zombie Boy
• Hard to be Passive
• Rick Genest na Fashion Magazine
• Rick Genest na GQ Itália

Jean Paul Gaultier x Amy Winehouse

Em seu último desfile de alta costura, Jean Paul Gaultier ofereceu um tributo à Amy Winehouse. Os beehives e o olho delineado, marcas registradas da cantora estavam lá. Quanto às roupas, os característicos corsets de Gaultier não faltaram. Porém, a família de Amy Winehouse não foi consultada se permitia ou não essa homenagem e o pai de Amy disse estar muito chateado porque sentiu que estava havendo uma tentativa de a marca lucrar com a imagem da filha dele.

Gaultier nunca conheceu Amy pessoalmente mas afirmou que seu tributo é sincero. "Para mim, o verdadeiro escândalo é que nenhuma revista de moda tenha colocado Amy Winehouse na capa. Ela era tão exepcional em seu estilo, na forma como segurava o corpo, no jeito que se vestia, misturando peças de décadas diferentes", diz Gaultier.
 

O pai de Amy disse que "Nós somos orgulhosos de sua influência na moda, mas ver véus negros nas modelos, fumando cigarros com um quarteto cantando uma musica de mal gosto, retrata uma visão de Amy de quando ela estava em um dos momentos mais perturbadores de sua vida. Isso magoa a família."

 

Cá entre nós, a influência de Amy na moda recente é inegável! Toda essa onde de retrô e de beehives deu um up quando a cantora estava no auge de sua carreira. E realmente, ela nunca ganhou uma capa de revista de moda que representasse toda sua influência, ao contrário de cantoras de "voz e looks retrô" que vieram em sua cola como Adele, Florence Welch e Lan del Rey, cujos estilos próprios são bem menos marcantes que o de Amy. Foi quando ela estava em seus momentos mais perturbadores que atraía a atenção da mídia e passou a ser conhecida tanto por seus dramas pessoais quanto pela sua música. É inegável que para a família o luto está muito recente e isso, sem súvida, deve ser respeitado. 

E vocês o que acham? É uma homenagem válida ou uma homenagem caça níqueis?

House of Worth (Haute Couture 2011/2012)

Está havendo uma tentativa de que as lendárias marcas Madeleine Vionnet (sob o nome de Vionnet Departure) e House of Worth, voltem à ativa. Particularmente, as coleções da marca Vionnet, não tem me chamado a atenção. Talvez porque Madame Vionnet tenha sido tão revolucionáriamente criativa em seu tempo e a nova versão da marca não seja nada revolucionária...

E o que dizer da House of Worth? 

De volta há alguns anos, percebo que a ressuscitada marca ainda não encontrou sua característica própria: peças de puro luxo. Devo ser uma conservadora mas, acho que as peças apresentadas pela nova marca, ainda estão longe daperfeição e riqueza de detalhes de seu original criador, Charles Frederic.

Claro, os tempos mudaram! Não dá pra axigir que as duas marcas, criadas no final do século XIX e começo do seculo XX façam a mesma moda de antigamente, mas sempre se espera que a essência do criador permaneça, como no caso da Dior e da Chanel, que por mais que mudem os estilistas, mantém suas características originais.

Da coleção mais recente (2012), apenas estes dois corsets me chamaram a atenção, o primeiro porque me lembra o trabalho de Worth na Era Vitoriana e o segundo porque tem traços vitorianos mas é completamente moderno! Tomara que seja um sinal de que a qualidade e exuberância sejam agora, novamente, parte da marca.

Voltando um pouco no tempo, a título de curiosidade, acrescento imagens da coleção de 2011. Os comprimentos mais curtos e armados lembram o New Look Dior. Se os designers atuais continuarem investindo em longos vestidos e peças mais elaboradas, acho que é possível que a House of Worth honre com dignidade o que a marca representou no passado.

Quer saber mais sobre a casa Worth? Clique nos links abaixo:

• O que é Moda?
• O que é Alta Costura?
• A Moda na Era Vitoriana
• Trajes Históricos do Século XIX

Mais Desfiles Outono/Inverno 2012!

O designer Riccardo Tisci, estilista da Givenchy, é conhecido por suas criações que combinam uma estética sinistra com toques de contos de fadas. Na coleção outono-inverno desfilada recentemente, ele apresentou looks com inspiração eqüestre, toques vampíricos em lábios negros e olhos sinistros. Vermelho sangue, peças que lembram camisolas e lenços ou golas altas dramáticas ao redor do pescoço. Tisci sempre tem sucesso quando combina glamour e escuridão.

  

The Blonds:

E aí amigas fãs de heavy metal, futurismo e corridas de carros, o que acharam dos corsets abaixo?

Vivienne Westwood está as voltas com a criação do figurino da peça de teatro "The Man of Mode", uma comédia escrita no ano de 1676. A influência do século XVII e do próprio figurino da peça está obvia nessa coleção, seus já tradicionais corsets e vestidos com saias armadas, estão mais angulosos e com enfeites que dão destaque aos ombros. Suas eternas sandálias de plataforma também estão lá! Aí vai mais uma das frases da Rainha do Punk:

"Olhando para os heróis do passado, eles parecem incríveis em suas roupas. Imagine-os ao vivo em frente de você - você pensaria que está em outro planeta! (...) Nós não podemos repetir (o passado), somos levados pela mudança dos tempos e nossa própria experiência. Quando tentamos imitar, nos encontramo-nos a fazer algo novo. Eu vejo a moda como um propósito, um caminho para as pessoas ficarem maravilhosas."

 

 

Atualização: Postagem sobre a Era Romântica (1820-1840)

Queridos leitores, gostaria de avisá-los que a postagem sobre a moda na Era Romântica (1820-1840) foi atualizada!

Acrescentei novas informações e imagens. Não fiz um post novo por um motivo simples: o próprio blogger e o mecanismo de busca do google preferem postagens completas (onde possam se encontrar o máximo de informações num lugar só) do que postagens pequenas e fracionadas sobre um determinado tema.

Então, tire alguns minutos do seu dia, releia o post e adquira um pouco mais de cultura de moda:

• Século XIX - Parte 1: Os Românticos