Destaques

8 de fevereiro de 2013

Uma breve história dos corsets, seus mitos e controvérsias

Neste post, abordarei uma breve história do corset, nos mitos e controvérsias em torno da peça e no que acredita-se ser sua real função na história.
Embora hoje digamos "corset renascentista", "corset rococó", "corset vitoriano", a peça nem sempre foi chamada assim. No texto vou chamá-los como eram chamados em suas épocas pra ficar mais fácil de entender as mudanças ao longo dos tempos.

*Artigo originalmente postado em meu outro blog, o História da Moda, por isso o logo/endereço nas fotos. 
 
Basicamente os nomes desta peça era: bodies/pair of bodies/whalebone bodies até o século XVIII. No século XVIII até começo do século XIX eram denominados "stays" e só a partir de 1850, "corsets".

Controvérsias:
O corset (também chamado em português de espartilho) é a peça mais apaixonante e controversa dos últimos tempos. Quem ama a peça diz que é o ícone feminino da sensualidade; quem odeia, que é uma ferramenta da dominância e opressão masculina e que as mulheres eram "obrigadas" a usá-la. Os debates entre seus fãs e seus haters provocam furor há mais de um século. O corset também é responsável pela versão mega simplificada de que "libertou" as mulheres, como se as mulheres do passado fossem fashion victms sem cérebro e sem poder sobre suas ações... não era bem assim como vou mostrar a seguir.


Breve história da peça
Peças semelhantes à corsets podem ser vistas em iconografias da grécia antiga, creta e até mesmo no começo da Idade Média, mas não há registros de que tais peças tinham a mesma estrutura e que foram usadas com frequência pelas mulheres, então, considera-se que os primeiros corsets, na verdade chamados de bodies (whalebones bodies ou pair of bodies), foram desenvolvidos entre 1500–1550, feitos de barbatana de baleia e muito rígidos; davam ao corpo uma forma cônica. Havia tiras nos ombros prar sustentá-los e terminavam logo acima do osso pélvico.
Existem imagens na internet de corset de ferro do século XVI, estes corsets realmente existiram mas não eram de uso fashion, eram ortopédicos para pessoas com problemas na coluna.
O pair of bodies à esquerda pertenceu à rainha Elizabeth I

A forma cônica dos bodies/stays permaneceu em voga até o século XVIII. O que variava era a altura, algumas vezes mais curta e com ou sem alças.

Stays

A peça enfraquece na revolução francesa e em 1810 reaparece na França num formato que separava os seios. Em 1840, após a invenção dos ilhóses, o formato dos stays vai se aproximando do da ampulheta, mas a peça ainda era longa até os quadris. A partir de 1850, como vão ler no texto mais abaixo, a peça ganha o nome de corset, enfatizando ainda mais a cintura - e perde as alças.

1810 - 1840

Entre 1880 e 1890 a peça ganha novo formato, com cintura mais baixa e busto cheio. Em 1900, surge o modelo de frente reta e curvas na parte de trás dando uma forma de "S" à silhueta feminina.Entre 1902 e 1908 a peça desce até os quadris com ligas para meias acopladas. Entre 1908–1914 vai até quase o meio das pernas e já é usado com uma espécie de sutiã. Com a primeira guerra em 1917, a peça desaparece aos poucos. E só é reintroduzido por Christian Dior em fins de 1940, porém, a peça se assemelhava mais a um corselet. Os corsets/stays em sua forma e modelagem historicamente originais só ressurgem na década de 1980.
1900, 1908, 1917


Quem os usava?
Os bodies (whalebones bodies ou pair of bodies) foram primeiro usados nos anos de 1500 por aristocratas e nobres da Espanha e Itália. Rapidamente se espalharam pela França, Inglarerra e pela Europa ocidental em geral. Depois passaram a ser usados pela classe alta, a seguir pela classe média e a partir dos anos 1800, com o advento da revolução industrial e a produção em massa de roupas, também pela classe trabalhadora.


Qual a função dos bodies, stays e corsets?

1. Postura: Quando surgiu o propósito era criar uma silhueta altiva e artificial para a aristocracia, já que auto apresentação era algo muito importante para os nobres. Especialmente na Renascença, a postura altiva que os rígidos whalebone bodies provocavam era admirada.

Por 400 anos, médicos acreditaram que o corpo era fraco e precisava de um suporte pra crescer forte, daí o motivo de crianças serem vestidas desde os 3 anos com a peça. Os meninos paravam de usar com 6 ou 7 anos e as meninas - consideradas com corpo mais fraco e que não se sustentaria sem apoio - usariam a peça por toda vida.

2. Suporte: Outro grande propósito da peça era o suporte do busto. Vemos essa função de suporte dos seios especialmente nos stays do período império, época em que a cintura subiu para logo abaixo do busto. É aqui que entra o mito de as mulheres terem sido "obrigadas" a usar a peça, na verdade, havia sim uma exigência social, mas precisamos imaginar que os stays/corset funcionavam também como sutiãs.


stay de 1800


Quem vê corsets vitorianos sobreviventes percebe que alguns tinham ganchinhos externos. Essa era mais uma função da peça: juntar ou segurar a parte de cima (corpetes) com a da baixo (saias).


Afinar a cintura?

O fato de a cintura ser levemente afinada era parte do efeito de usá-lo desde muito cedo. Por vários séculos, ter cintura fina não era o destaque na silhueta. Se observarem a silhueta elisabetana, a barroca, a rococó e a império nenhuma delas tem foco na cintura, o foco só começa a partir da era romântica.

 
Revolução Francesa:
Os stays do século XVIII tinham a forma de cone como ilustrado acima. Já naquela época alguns médicos achavam que provocava doenças e as mulheres seriam mais saudáveis se não os usassem. Em 1790, com a Revolução Francesa e início da moda Diretório e Império, muitas mulheres cortavam a parte de baixo dos stays e os usavam como brassiere (uma espécie de ancestral do sutiã, peça que sustentava os seios) com os vestidos Império. Essa foi a primeira vez em 300 anos que as mulheres abandonaram os stays. Na foto abaixo, uma brassiere - ancestral do sutiã - que pertenceu à imperatriz Joséphine.






Qual a relação entre a rejeição da peça na revolução francesa e a aristocracia?
Quando a revolução francesa explodiu, tudo que fosse relacionado à aristocracia devia ser simbolicamente destruído. Os stays eram uma peça que veio da aristocracia. Assim como saltos altos. Na revolução todos queriam e precisavam respirar liberdade. Assim, stays e saltos altos foram substituídos por corpos livres e sapatilhas.


O retorno como "corset":
Roxey Ann Caplin, escritora e inventora britânica é apontada como a criadora do corset vitoriano. Em 1848 ela apresentou um "corset higiênico" com um busk em metal eletromagnético patenteado por ela (Joseph Cooper já havia inventado o busk de encaixe) que permitia o corset ser retirado sem ser totalmente desamarrado.
Em 1851 ela foi premiada pela invenção de seu novo modelo com fechamento de encaixe por busk de metal. O corset original inventado por Caplin está no Museu de Londres. É uma peça que aparentemente nunca foi usada e é na cor azul. Naquela época não eram usados corset coloridos, apenas em tons de branco, bege, cinza, o corset azul foi feito exclusivamente para ser apresentado ao público como nova invenção. Em 1851, Roxey Ann Caplin era a única fabricante deste tipo de modelo. Até então, as mulheres usavam os modelos estilo stays. Foi a partir daí que o design criado por ela influenciou os designs de corset do século XIX, os chamados "corsets vitorianos", que agora não tinham alças, exibiam o formato de ampulheta e não de cone como nos séculos anteriores.

Corset com busk de metal, barbatanas de baleia e na cor azul, nunca usado, feito pra exibição de 1851 de Roxey Ann Caplin

O corset mantinha o prestigio aristocrático, mas com o advento da produção em massa, eles foram levados à classe trabalhadora. As mulheres da classe trabalhadora vitoriana também usavam corsets, comprados prontos, no que chamaríamos hoje de tamanhos "P/M/G". Devido à esta "popularização" dos corsets, boa parte da fama elitista da peça cai por terra. O motivo de as mulheres vitorianas usavam corset é porque queriam estar (ou parecer) na moda. Mulheres flácidas e de peles caídas não eram consideradas belas, apenas mulheres "firmes" e a peça dava essa firmeza corporal, por isso era respeitável. Todas as classes sociais viam o corset como uma peça de embelezamento que criava "uma boa figura".


Tight Lacing
Há muitos mitos sobre a cintura finíssima dos vitorianos. Muito dos relatos sobre estas cinturas eram marketing de venda de uma beleza idealizada e ficções fetichistas.
Ao contrário do que se pensa, apesar de todo o puritanismo, os vitorianos não eram anti-sexuais. Os corsets eram vistos como belos e erotizantes, MAS davam respeitabilidade às mulheres, uma mulher sem corset não era vista respeitosamente.

Praticantes de tight lacing na era vitoriana eram extremamente raros. Os periódicos para mulheres do final da década de 1860 e 1870 e depois, no final dos anos 1880, traziam artigos fantasiosos de bondage e sadomasoquismo. Havia um fetichismo masculino sobre corsets e tight lacing de garotas e garotos enlaçados ou em crossdressing.
Esse tipo de informação deve ser visto como fantasias sexuais masculinas e não como comportamento habitual das mulheres vitorianas. Fetichismo sempre foi hábito de uma minoria populacional (até hoje) e predominantemente por homens (mulheres fetichistas são raras*) obcecados por tight lacing que fantasiavam ser enlaçados por prostitutas em bordéis. Esse fascínio underground pelo tigh lacing continua até hoje.

Uma boa comparação, pra melhor entendimento do fato é comparar corsets com saltos altos e tight lacing com saltos altíssimos: hoje, muitas mulheres usam saltos altos em seu dia a dia, mas sapatos de saltos altíssimos são menos/raramente usados. Se a mulher for numa festa, obviamente ela colocará um salto mais alto que o habitual. O mesmo podia acontecer na Era Vitoriana, ao ir numa festa, a mulher apertar um pouco mais o laço, o que não fazia dela uma praticante do tight lacing.
Então, imaginar que todas as mulheres vitorianas praticavam tight lacing e tinham cinturas minúsculas é como dizer que nós, atualmente, usamos salto de dominatrix no cotidiano. É preciso ter cuidado pra não confundir fantasia fetichista com comportamento habitual das mulheres do século XIX.


O corset e as doenças:
Para os médicos da época, uma cintura perigosa era do tamanho de 38cm. Corsets vitorianos remanescentes em museus mostram que muitas cinturas da época equivalem ao tamanho atual de uma cintura P (algo em torno dos 65cm). Não eram dramaticamente pequenas como as ficções fetichistas e os médicos da época diziam que era. Vale lembrar que as mulheres usavam corset desde pelo menos 3 anos de idade então, obviamente, a peça moldava e acinturava o corpo desde então.
Os médicos vitorianos que eram contra a peça, diziam que a mesma provocava escoliose, ataque do coração, câncer de mama e deformação de bebês. A historiadora de moda Valerie Steele entrevistou médicos e enfermeiras pra descobrir quais doenças poderiam ser causadas pelo uso do corset mas não há nenhuma evidencia concreta sobre a peça ser responsável por alguma doença. Há relatos risíveis de médicos que acreditavam que o corset fazia o sangue esquentar e subir para o cérebro, o que provocaria efeitos lascivos e até mesmo tornaria mulheres estéreis. A maternidade era algo muito valorizado no século XIX.


Corsets hoje
Assim como lemos no post sobre a exposição La Mécanique des Dessous, o corset hoje se tornou internalizado por plásticas e lipos. Mas a peça em si reapareceu com os punks no fim dos anos 1970 com status subversivo.

A peça, historicamente uma underwear, era usada pelos punks como peça externa, de estilo. Então, se hoje usamos corsets como uma peça de estilo, exteriorizada, devemos parte à subcultura punk. A peça também foi usada por góticos e reinventada nos anos 1980 por estilistas como Christian Lacroix, Vivienne Westwood, Thierry Mugler, Jean Paul Gaultier. Club Kids, garotas roqueiras e mais recentemente a cena heavy metal feminina e as cenas retrô e burlesca mantém a fama alternativa que a peça ganhou no fim do século XX.

Não podemos deixar de citar a importância de Madonna na percepção popular/mainstream do corset a partir dos anos 1980. Madonna foi a responsável por tirar do corset a fama de peça opressiva da sexualidade feminina (o que já era um mito) e dar à peça uma imagem de sexualidade feminina agressiva. Se hoje as mulheres usam o corset externamente como peça de sensualização, de "poder" feminino, muito se deve à ousadia de Madonna e à nova imagem - menos underground e mais poderosa - que ela deu à peça para a cultura de massa nos anos 80.

O corset vive seu momento de revival desde meados da década passada, graças à outra artista: Dita von Teese. Embora Dita tenha um passado underground alternativo-fetichista, ela mudou seu estilo pessoal quando foi abraçada pela cultura mainstream. Seus corsets mudaram de "sexualidade agressiva" para um status de feminilidade extrema, sensualidade e delicadeza. Essa nova imagem mais suavizada e feminina do corset atrai atualmente muitas mulheres e garotas que se identificam com o ideal feminino clássico de cintura fina, quadris largos, fragilidade e sensualidade.
_______________________
O texto é inspirado no conteúdo do livro Corset: A Cultural History da historiadora de moda Valerie Steele.
*O livro Fetiche - Moda Sexo e Poder da mesma autora, fala sobre o fato do fetichismo ser uma característica sexual majoritariamente masculina, a questão do homem castrado. Uma minoria absoluta da população feminina é fetichista, muitas começaram a praticar tigh lacing por causa dos homens/maridos.

Artigo das autoras do Moda de Subculturas. É proibida a reprodução total ou parcial/plágios do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, linke o artigo do blog como respeito ao direito autoral do nosso trabalho. Compartilhar, divulgar, é permitido, nós agradecemos!


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4 de fevereiro de 2013

Moda de Subculturas no Facebook

Queridos leitores, o blog tem uma página no Facebook. Nos dias que eu não atualizo o blog, eu costumo deixar lá links de postagens antigas pra relembrar - ou pra quem é seguidor novo ler pela primeira vez -, postar flyers de eventos que o blog apóia, uma ou outra foto de editoriais ou levantando imagens ou questionamentos para ler a opinião dos leitores. Todas as publicações são públicas, ou seja, você não precisa ter facebook para lê-las, basta favoritar a página, que é esta:

Se você tem facebook, ao "curtir" a página do blog, é importante ler este post: Aos que curtem MdS no Facebook 

Então, peço que de vez em quando deem uma passadinha lá porque estou sempre atualizando com algum panfleto de evento, como o do bloco de carnaval Pin-up, o do baile de máscaras do Madame Freak ou com minha mini pesquisa com alternativos com mais de 30 anos.




30 de janeiro de 2013

Livro The Disciples: fãs imitando o estilo de seus ídolos

Você alguma vez já tentou se vestir como seu ídolo, sua banda preferida ou algum músico que você admira?
O fotografo musical James Mollison lançou em 2008 uma coleção de fotos chamada "The Disciples", resultado de fotografias de fãs dos shows em que ele trabalhou. 
E diz que é fascinado por pessoas que vão à shows e como os fãs absorvem a identidade do ídolo através das roupas.

Eu admito que tive meus momentos de me vestir inspirada pela minha ídola Doro Pesch: calças pretas justas de lycra cirrê, corselet de vinil, muitos acessórios de spike... E você, alguma vez já se vestiu ou tentou se vestir como seu ídolo musical?

Fãs de Marilyn Manson



Fãs do Sex Pistols


Fãs variados de Punk


Fãs do Iron Maiden


Fãs do The Cure
 


Fãs do Kiss
 


Fãs de Rod Stewart


Capa do livro (muito legal!!)

Creepers invadem o Mainstream

Eles sempre foram a cara do underground! No Rockabilly, Pschychobilly, no Punk, nos Teddy Boys, os creepers nunca saíram de moda sendo mantidos atualizados por marcas alternativas como Demonia e New Rock.
Há um tempo atrás invadiram páginas e páginas do Tumblr nos pés de meninas hipsters/alternativas/fashionistas. A peça sempre sendo usada como algo cool e diferente, um destaque no look. Como a moda mainstream está sempre de olho no que rola nas ruas, nas subculturas e nas redes sociais focadas em imagens, não demorou pra marcas como Chanel colocarem os creepers nas passarelas da alta costura.

Os creepers surgiram logo após a II Guera Mundial em soldados do norte da África. A sola grossa protegia os pés do clima da região. Muitos destes soldados foram pra Londres e assim os calçados se tornaram conhecidos e conquistaram os pés dos Teddy Boys na década de 1950. Em 1970 eles retornam com Malcolm McLaren e Vivienne Westwood nos pés dos Punks. 

Desde então, remodelado já passou por subculturas como o ska, psychobilly, Visual Kei entre outras. Nos anos 1980, começam a dar as caras no mainstream em marcas como Thierry Mugler, e agora, com o recente revival da estética retrô/vintage, desde 2011 eles retornaram numa estética mais fashionista inclusive misturados com a tendência grunge/anos 1990. Portanto, não estranhe se em pouco tempo o calçado estiver nas vistrines de grandes lojas, no interior ou nos pés de patricinhas descoladas. Como tudo marginal que se torna fashion, o jeito é esperar a moda passar para o estilo pessoal permanecer.

Veja também: Tendências Alternativas - Moda Masculina

Creepers nos Teddy Boys (década de 1950):

  
Creepers mantido vivos, modernizados e variados por lojas alternativas:



Creepers no desfile Alta Costura da grife Chanel:

Cabelos Coloridos na Plastic Dreams

Cabelos coloridos ... rainbow hair... se tornaram um fenômeno nos últimos dois anos na cena alternativa e fashionista. No mainstream, dão as caras desde 2009/2010 em editoriais e desfiles mais conceituais. No Brasil, revistas como Elle e Vogue já publicaram fotos de modelos com perucas coloridas. A agora é a vez da Plastic Dreams, revista da marca de sandálias Melissa. 
A Melissa é uma marca voltada à adolescentes, jovens e mulheres modernas. Colocar cabelos coloridos na capa de uma revista pra esse público menos fashionista (como da Elle e da Vogue) é trazer à um publico mais classe média, a popularização de ter cores fantasia nos cabelos.



28 de janeiro de 2013

O Floral na Moda Gótica

Na postagem anterior, onde postei o editorial alternativo "Haunting Florals" contando como as flores invadiram a moda alternativa devido à influência da tendência retrô e pin-up, uma das leitoras comentou que odeia florais nela mas que gosta em outras pessoas. E como no post eu escrevi que essa tendência atingiu até a moda gótica, ela me pediu exemplos de peças florais voltadas à este público e é isso que eu vou fazer agora. Mostrar alguns exemplos de peças vendidas em lojas góticas e com estampa floral!

Confissão: durante boa parte da minha vida odiei florais. Só passei a apreciar este tipo de estampa com o recente revival do rococó e do retrô (épocas que aprecio a estética). Quando páro pra refletir sobre os florais que haviam no mercado antes da atual tendencia (anos 90, 2000) chego à conclusão que eles eram feios mesmo e não havia como gostar deles rsrsrss!! Este é um bom momento pra comprar tecidos florais e guardar pra um vestido rococó, romântico ou pra quando as flores feias voltarem...





22 de janeiro de 2013

Moda Alternativa para os Scene Kids

Pra quem trabalha com moda, uma das coisas mais fascinantes dos Scene Kids é a capacidade criativa destes jovens de usar a moda como expressão individual e do grupo. Adeptos do faça-você-mesmo e das customizações quando não tem os recursos disponíveis em suas cidades, conseguem transformar roupas baratas em super produções originais. E isso é uma atitude super alternativa! Por conta disso, a maioria deles acaba trabalhando em áreas artísticas devido à suas habilidades.
Lembram do post "Estamos Massificados?". A colaboradora Lauren Scheffel comentou comigo que a Uila (Scene Queen brasileira entrevistada aqui) consegue usar um anel de bigode sem que isso a torne igual aos outros, ou seja, os verdadeiros alternativos sempre irão se destacar com suas roupas e pelo envolvimento com o contexto.

Leia também: Scene Kids.

A moda alternativa dos Scene Kids é muito colorida, divertida, rocker e por vezes até infantil e fofa. As cores tendem aos tons vibrantes e flúor, típicos dos anos 1980, estampas de onças, zebras, listras, Hello Kitty, unicórnios, ursinhos..., shorts curtos, tops de biquini, saias curtas de tule ou com babados, calça skinny colorida e nos pés, all star, coturnos ou saltos. Os scene kids, querendo ou não, ajudaram a disseminar o hábito da nova geração pintar os cabelos de cores fantasias e fazer mechas coloridas. 

No Brasil, não conheço uma marca específica que trabalhe focado neste público, os adeptos tem de garimpar em lojas "normais" ou customizar suas peças de acordo com o gosto pessoal. Em compensação, no exterior, marcas alternativas que surgiram na mesma época que os scene kids investiram neste estilo e com o tempo evoluiram e até variaram  a estética.  
Exemplos de algumas marcas estrangeiras que investem neste segmento de moda alternativa:
 
Audrey Kitching: a maior scene queen do mundo chegou a lançar um estilo chamado "Trashy Life" junto com Zui Suicide (Link). Era uma tiração de sarro do reality show “The Simple Life” de Paris Hilton e Nicole Richie. Elas gravaram vídeos chocando as pessoas nas ruas com seus visuais loucos. Desde então, Audrey tem trabalhado com moda e estilo, e chegou a lançar uma coleção chamada TokyoLux. Atualmente, ela está com o Audrey's Closet e fazendo campanhas publicitárias para algumas lojas.

Audrey e Zui em 2008 com o Trashy Style chocavam as pessoas nas ruas com um visual incomum para a época:


Coleção TokyoLux, linha de roupas lançada por Audrey Kitching junto com a Coco de Coeur: 



Audrey fala de seu estilo a MariMoon, no programa Acesso MTV:




Jessica Louise: Uma das marcas mais populares entre as Scene Queen. Listras,  zebras, fofuras... uma moda divertida e colorida. Audrey Kitching já modelou para a loja. Algumas peças da Jessica podem ser encontradas na loja Hot Topic. Clique na imagem pra acessar um post do blog sobre a marca.


New York Couture: Assim como Jessica Louise, a marca New York Couture de Cassie Kogler também oferece muitas opções de peças às Scene Queens e candidatas ao título. Audrey Kitching também já foi modelo da loja. Clique na imagem pra ver o post do blog sobre a marca.


Sugar Pill e Shrinkle Clothing: Não são marcas scene, ambas tem influência da cultura Fruits, do Japão. Mas são peças e maquiagem super aproveitáveis pras Scene Kids. Amy Doan é proprietária da marca de cosméticos e algumas roupas de sua segunda marca, a Shrinkle, podem ser aproveitadas pra compor looks bem coloridos. Clique na imagem pra acessar  o post:


Betsey Johnson: As peças da Betsey não são específica para os scene, são moda alternativa no geral mas muitas das peças se adequam aos scenesters. Já postei algumas vezes sobre as coleções da marca, vocês podem ver todos os posts na TAG específica. Cique na imagem para acessar a TAG.



Outras marcas:
Livid Thorn: Investe no "cute" e colorido; Glamour Kills: marca que a scene queen Hanna Beth faz algumas criações; Drop Dead: focada no streetwear com toque fofo misturado com algumas tendências atuais; Hot Topic: uma das maiores lojas alternativas americanas, vende peças com toque rocker e fofo; Cupcake Cult: vendida em diversas lojas alternativas ao redor do mundo, investe no lado mais rocker e mórbido, mas com estampas super coloridas.
Blusas: Cupcake Cult e Drop Dead


Se existem marcas brasileiras voltadas à este público, eu não estou sabendo. Por favor, me avisem nos comentários se há alguma ;)
 

Scene Kids: A História da Subcultura

A postagem de hoje é sobre uma subcultura que costuma ser muito hostilizada, inclusive por outras subculturas, seus adeptos tem um estilo colorido, alegre e exibicionista, que fez surgir celebridades virtuais que conquistaram espaço no meio alternativo: os Scene Kids

Leia também: Moda Alternativa para os Scene Kids 

Scene Kid é um estilo alternativo que surgiu na Grã Bretanha na década de 1990 e se popularizou a partir de 2003 pelo site de relacionamentos MySpace. Com influência estética da década de 1980, o nome “Scene Kids” é derivado de “Scene Queen”, um termo usado nos anos 1970 pelos heterossexuais que fingiam ser gays na cena do rock.  Hoje, “Scene Queen” se refere às garotas que ganharam status na cena , sendo “Scene King” o equivalente masculino.


Os Scene podem ser confundidos com emos, com o visual kei e com o termo “From UK”, que na verdade não está errado e sim, foi uma nomenclatura incorreta/alternativa dada ao estilo aqui no Brasil. Já os estilos de Harajuku (distrito de Tóquio, Japão) conhecidos como Fruits Fashion (Salada de Fruta) por conterem diversas variações de cores, estampas e estilos tem conceitos de estilo comuns aos Scene.

A moda Scene tem como principais características o cabelo repicado curto e armado ao estilo mullet com mechas mais longas tingidas de uma ou várias cores lembrando o Glam Rock oitentista. Há também a opção do uso de extensões de cabelo e o chamado tingimento de listras (stripes) ou o de oncinha (leopard). O estilo aprecia roupas coloridas, cores contrastantes e vibrantes, acessórios diferentes e extravagantes, estampas fofas e estampas de rock, calças skinny e cintos duplos. Mas também acompanha as tendências da moda, adaptando-as à moda da subcultura. Muitas das tendências do estilo surgiram das Scene Queens. A criatividade de criar uma moda, um cabelo próprio ou renovar algo já existente dá destaque e status ao Scene.



Como todas as subculturas alternativas, a música é fator importante na definição do estilo de vida dos scenesters. Hardcore, emocore,  indie, rock clássico, screamo, new metal, eletro-pop e até mesmo o rap são a trilha sonora do grupo. Poesias, textos, maquiagem, direitos civis, direitos dos animais, modificação corporal, entre outros, são interesses em comum. Subculturas como a gótica,  new wave, metalheads, skankers, mods, pop punks, assim como o vintage, a arte e o modernismo também influenciam os scenes.

O auge do estilo se deu paralelamente com o auge do site MySpace, local onde eles costumavam divulgar suas fotos e onde vários deles se tornaram conhecidos internacionalmente. O site de vídeos YouTube, também ajudou na proliferação de vídeos e tutoriais que ensinavam por exemplo, formas de tingir o cabelo e dicas de moda.

É muito comum que os Scene Kids usem seu tempo de lazer para tirar fotos de si mesmo e postar em redes sociais, quanto mais fotos eles divulgam, mais o estilo fica conhecido e ganha  novos adeptos, ao mesmo tempo, essa exibição pública, também gera status aos mais criativos, tornando-os ícones da cena e lhes dando fama através da internet ou mesmo possibilitando que eles participem de campanhas publicitárias, especialmente quem quer/tem loja, deseja trabalhar na cena alternativa, quem quer divulgar seu site/blog ou quer ser modelo. 

Alguns scenes já ditaram moda:

Kiki Kannibal: começou a fazer sucesso em 2006 com 13 anos,  quando fez seu primeiro My Space, onde conseguiu diversos fãs pelo seu estilo diferente das outras meninas da época. Foi tão hostilizada que recebeu até ameaças de morte. Conhecida por criar o cabelo estampado com listras (stripped hair) e pelas fotografias, hoje  é considerada uma Web Personality  e trabalha com criações de jóias e tem uma loja online.

Kiki Kannibal

Dakota Rose: é considerada a pessoa que inseriu o tingimento de estampa leopardo na estética Scene Kids. Atualmente largou o Scene e se tornou mais famosa ainda por ser uma “real doll/Barbie”.

Dakota Rose


Brookelle Bones: Foi a primeira a utilizar o mais famoso penteado Scene: volume em cima e pontas compridas. 


Brookelle Bones

Jac Vanek: ficou famosa por suas fotografias e acessórios alternativos. Hoje  trabalha em cima do diferencial criando acessórios com inspirações em torno da cena musical.  Já trabalhou com All Time Low, Miley Cyrus, Mandy Jiroux, Cobra Starship entre outros.

Jac Vanek

Hanna Beth: sempre foi morena e mais “discreta”, mesmo assim se destacou. Hoje, participa da criação de produtos e roupas para a marca Glamour Kills.

Hanna Beth




Vanna Venom: conhecida por seu cabelo de volume super exagerado, já o enfeitou com listras, mechas, leopardo, flores e até mesmo o desenhou como se fosse tatuagem. Atualmente, está numa fase mais sexy e glamurosa e seu cabelo ainda é o destaque.

Vanna e seu cabelo super volumoso e numa fase mais atual

Audrey Kitching:  trabalha como modelo, atriz e escreve para vários blogs e sites. Conhecida por ser a maior Scene Queen do mundo. Junto com Zui Suicide, fazia vídeos chocando as pessoas nas ruas com suas roupas super coloridas. Com a fama, trabalhou com estilistas famosos, foi modelo para a Hot Topic e passou a aparecer em revistas de celebridades e eventos de tapete vermelho. Hoje, possui seus próprios negócios, é estilista e  vende para o mundo todo. Já apareceu no Germany's Next Top Model e no filme Forever Plaid.


Jeffree Star: Modelo andrógino, estilista, maquiador, cantor e compositor de música pop eletrônica alternativa, lançou seu primeiro CD em 2006. Usou sua popularidade no MySpace para promover sua música e sua carreira de estilista também escrevendo sobre motivação e auto-confiança.


Amor Hilton, Dani Gore, Zui Suicide, Vanessa Vandalism, Gaby Saporta,  Amber Mccrackin, Leda Monster Bunny, Raquel Reed, também foram Scene Queens.

Amor Hilton e Zui Suicide

No Brasil, uma das mais famosas Scene Queens foi a blogueira Lindsay Woods!  


Naquela época, uma das participantes mais ativas do estilo era Uila Pazzini, cujo trabalho acadêmico de conclusão de curso de para o curso de Moda da UNIRP foi a base de pesquisa para esta postagem. Uila foi considerada uma das principais Scene Queens do país, pesquisando e promovendo o estilo através de sites e vídeos e agregando  vários seguidores. Em 2011 ela criou junto com a Scene Queen Leêe Müller o grupo de estilo alternativo brasileiro chamado Devilles Oficial que também contava com Ana Insana, Lindsay Woods e Nina Bear Massacre. Em seu TCC, Uila criou uma marca alternativa voltada ao publico scene Lauren Scheffel fez esta entrevista com ela. 
Scene Queen brasileira Uila Pazzini


Há quatros anos, UilaPazzini descobriria o movimento Scene Kids por influência de amigos. De lá para cá, formou o primeiro grupo de scenesters do Brasil, o Deville Girls (que depois virou Devilles Oficial e finalizou em 2011), tornando-se uma das maiores divulgadoras do estilo no país. Hoje, com 20 anos e morando na cidade onde nasceu, São José do Rio Preto, estudou Moda e pretende seguir carreira como estilista. Continua exibindo suas últimas criações – principalmente o cabelo, uma especialidade da cena - em vídeos e fotos no You Tube e Facebook. Nesta entrevista, Uila revela alguns detalhes para quem ainda não conhece este universo:

Quando descobriu o movimento SceneKids? Já era seguidora de alguma outra subcultura alternativa?
Passei por varias etapas, vários segmentos, não sabia o que eu queria, cheguei a não saber o que usar, pois eu já escutava rap, heavy metal e amava ficar nas ruas andando de board. Conheci muitos estilos de música, desde MPB até eletrônico. Em 2008, vi rastros do estilo em alguns amigos, mas só em 2009 conheci realmente a "cena alternativa" (scenekids).

Você é uma das fundadoras do SceneKids no Brasil, correto? Como começou tudo isso, desde a criação do Deville Girls até ocorrer a reunião em São Paulo (o encontro aconteceu no dia 17 de julho de 2011 no Parque Ibirapuera)?
Lembro-me que em 2009 e 2010, eu já via algumas das meninas que pertenceram ao Devilles. Na verdade, eu quis montar aquele grupo com quem realmente gostava do estilo e se esforçava na divulgação, como a Lindsay Woods, a Leeeh Muller e a Nina Bear Massacre. Então,a Leeeh Muller (Letícia Nascimento Costa) e eu criamos o maior grupo alternativo do Brasil, fizemos várias divulgações, vídeos, etc...tudo em torno do estilo scenekids, com pretensão de divulgar e unir a cena. Conseguimos reunir scenesters no Parque Ibirapuera, onde fomos bem recebidos por algumas pessoas, mas também fomos alvos de preconceito por outros estilos. O melhor foi ver o desempenho dos scenekids indo até o local do evento. A Ana Insana, o Yan, Alysson e o Syntetic são de Minas Gerais, já a Stacy e eu somos do interior de São Paulo. Foi preciso da ajuda de todos para realizar o evento e hoje agradeço por conseguir realizá-lo.
Encontro do Devilles no Ibirapuera em 2011

O grupo Deville Girls ainda existe?
Não, mas mesmo assim as pessoas não se esqueceram do grupo. Ainda "rodam" fotografias pelas redes sociais, até mesmo internacionais.

Por que o foco no cabelo? O que faz você reconhecer alguém que segue o estilo?
Acho que o cabelo é para chocar e se destacar dos demais. Muitas pessoas não conhecem, mas veem uma fotografia na internet de um scenekid e acabam copiando o cabelo ou as composições das roupas, acessórios, etc. Mesmo assim, conseguimos nos reconhecer e diferenciar. Geralmente, os scenekids têm mais atitude porque o movimento já faz parte do estilo de vida, você acaba vivendo pelo estilo. Sofre-se preconceito e se você não pode trabalhar em qualquer lugar, escuta diversos nomes estúpidos, além de outras coisas, isso faz com que cresça e aprenda a lidar com esses tipos de situação. Para ser considerado scenekid, é preciso ter esse tipo de atitude/conhecimento.

Geralmente, um estilo alternativo surge de um movimento musical, e nesta parte, o Scene tem várias influências. Você acha que por não ter uma ligação com um só estilo musical a parte visual acaba se sobressaindo mais?
Sim, pertencer a "cena alternativa" é exatamente a composição de gostos e vontades em um único indivíduo. É normal nos dias de hoje os jovens gostarem de mais de um estilo de música e o scenekid expõe exatamente tudo que gostamos no visual. A música é uma das composições do estilo, ou seja, temos acesso a diversos recursos artísticos.

Muitos são autodidatas, a maioria produz e customiza seu próprio visual. Você mesma corta e pinta seu cabelo, faz suas roupas e makes, inclusive há vários vídeos de tutoriais no youtube. Por que usam este recurso? Por não encontrarem o que querem, pelo baixo custo, para tentarem ser o mais original possível...?
Na verdade, nós procuramos por diversos produtos e o que for mais convencional, usamos. Os vídeos são exatamente para mostrar o que sabemos fazer e a partir disso desenvolver novas ideias e projetos. Por exemplo: descobrimos que podemos pintar o cabelo com tinturas (que sairia 30,00 reais), anilina de madeira (2,80 reais) e violeta genciana (3,00 reais). Além dos preços, precisamos ver as condições de cada produto. Já utilizei os três, e cada um e cada cor tem um tempo de duração e efeito. Os vídeos mostram uma prévia de como será o resultado.

Neste vídeo, Uila mostra como tingir o cabelo, fazer mechas e listras. O vídeo, tem aquele ar super amador, underground, típico do faça você mesmo. O link para o canal da Uila está no fim do post.


Tanto aqui quanto lá fora, os scenesters são envolvidos com Moda, muitos trabalham nesta área. Por que este forte interesse e não artes, já que mexem com criação?
Vender produto é mais compensativo do que vender ideias, se o seu intuito for ganhar dinheiro trabalhando com moda, roupas, acessórios, etc. É mais um alvo certeiro. Os scenesters trabalham em diversas áreas, como fotografia, música, teatro, modelo, moda... Geralmente em áreas ligadas à arte, pois é onde existe menos preconceito.

Confunde-se o SceneKids com outros movimentos. Há alguma relação com o TrashyStyle?
Tudo depende da pessoa que cria a cena. Provavelmente trashystyle é uma subcultura como o scenekids, com diversos segmentos de outras subculturas que se entrelaçam por conter características semelhantes. (nota do editor: o Trashy Style foi criado pela Scene Queen Audrey Kitching, abordarei isso na próxima postagem).

Tem algum ídolo? Caso sim, você utiliza como referência na montagem dos seus looks?
Sempre tenho um ponto de apoio, um artista, uma música, filme... Não me prendo apenas em um único conceito, gosto de composição de texturas diferenciadas, de diversas cores, e é isso que o scenekid me oferece.

Imagino que deva sofrer preconceito, ainda mais morando fora da capital. Agora que se formou e pretende trabalhar, vê dificuldade de arranjar emprego por causa do estilo?
O maior problema hoje, tirando o preconceito, são as pessoas que acham que você só pode ter um estilo diferenciado se é adolescente, ou seja, se tem um estilo diferente, eles acabam te tratando como uma adolescente rebelde, mas é preciso se impor e mostrar que o estilo faz parte de si próprio.

Por fim, há algum idealismo político? Levantam bandeira para alguma causa social?
Sou a favor da cultura no Brasil, quero ver crescimento nas cidades em função cultural. Estilos alternativos estão diretamente ligados à arte, só precisamos de apoio governamental e valorizar o que cada cidade tem a oferecer.



Links da Uila:
Videos/Tutoriais no Youtube

Leia também: Moda Alternativa para os Scene Kids   








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