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2 de outubro de 2019

Conheça um pouco mais sobre a Revista dos 10 anos do Moda de Subculturas

Tá chegandoooo!! A primeira revista brasileira dedicada à moda das subculturas! E tem @thequeenofhurts na capa!! Fotografada por @carol_sakuma.
Clica aqui pra conhecer a Vakinha


📍 Escolher a capa de uma revista não é tarefa fácil! São tantas pessoas incríveis, tantos assuntos fascinantes!

Quis na capa uma pessoa que fosse ligada à esse universo, queria colocar uma modelo alternativa! A Sarah produz ensaios super diversificados e muitas vezes surpreendentes, mostrando-se multifacetada e que moda é genuína expressão do self.

A contracapa, tem a Marie Devilreux, @dressedtokillyou! 😍
Agradeço muitíssimo à #glamourghoul brasileira por encontrar tempo entre ensaios e shows ao redor do mundo pra responder minhas vinte perguntas da entrevista 😅

Ao longo destes dez anos, o blog teve o compromisso de tratar moda alternativa com seriedade, tentando afastar ao máximo a ideia de que usar visual é futilidade, mostrando subculturas e como seus estilos foram construídos visando a auto-expressão. Confere alguns spoilers das páginas:





A revista Moda de Subculturas e os zines são sobre pôr a mão na massa e produzir conteúdo de forma independente. Isso é o que nos une: manter viva a essência da cultura alternativa apesar de todas as adversidades do caminho!

Algumas das matérias que você vai encontrar:
- O legado contracultural dos Hippies;
- As origens das culturas vintage e retrô,
- Breve história da Moda Fetichista;
- Modern Primitives;
- A influência da Cultura Pop nas subculturas;
- Mulheres Trans nas Subculturas;
- Pin-ups negras;
- Medievalismo;
- Anarcofeminismo;
+ História da Moda;
+ Dança;
+ Arte...

📍Terá entrevistas com a Sarah Amethyst (capa), Marie Devilreux, Kemp von Sellessen, Mothmouth (blogueira do Through the Looking Glass), Henrique Kipper, Carol Sakuma, Liisa Ladouceur...

Espero que vocês gostem do material e principalmente que continuem conosco pelos próximos anos!! São 10 anos (r)existindo como um dos poucos sites/blogs brasileiros sobre moda e cultura alternativa. Chegamos até aqui e TUDO é possível graças à vocês!

Tenho postado as atualizações sobre o projeto dos 10 anos do blog no nosso Instagram, especialmente nos Stories, não deixem de nos seguir!


Faltam menos de 15 dias pra acabar nossa Vakinha, você já garantiu seu material?
Já estou preparando brindes a todos que estão contribuindo! 💖 




Acompanhe nossas mídias sociais: 

Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos. 

2 de setembro de 2019

Sarah Amethyst é capa da revista Moda de Subculturas, dedicada à moda e cultura alternativa

Este ano o blog comemora 10 anos em outubro e pra celebrar tem 1 revista e 3 zines em conteúdo digital disponíveis para todos que apoiarem nossa Vakinha!! Com no mínimo R$25,00 você já garante suas edições!


Corre que o prazo pra garantir suas edições está acabando!


É com muito entusiasmo que apresento a CAPA OFICIAL da 
primeira revista brasileira dedicada à moda alternativa:



Quando surgiu a ideia de celebrar os 10 anos do blog logo veio a ideia de lançar uma revista comemorativa, esse é um desejo muito antigo e finalmente chegou a hora de realizar!! Sou daquelas que anos atrás fazia leitura de revistas alternativas estrangeiras buscando novidades porque não tínhamos uma revista de moda alternativa aqui. E agora teremos!! Fico extremamente feliz de dar mais esse passo tão importante para a mídia alternativa do Brasil com o apoio dos leitores do Moda de Subculturas.


Sobre a capa

Escolher a capa de uma revista não é tarefa fácil! 
São tantas pessoas incríveis, tantos assuntos fascinantes! 

Mas sendo essa uma revista de MODA ALTERNATIVA, eu quis colocar na capa principal uma pessoa que fosse ligada à esse universo, queria colocar uma modelo alternativa

E quando pensei em "modelo alternativa" e tudo que esse termo envolve, a Sarah Amethyst foi a primeira pessoa que me veio à mente.

Sarah demonstra dedicação e criatividade ao produzir seus ensaios super diversificados e muitas vezes surpreendentes, mostrando-se multifacetada e com capacidade de realizar os mais diversos tipos de trabalho. Sempre compartilhando o conceito por trás da temática das fotos, demonstrando seu repertório e interesse em cultura de moda. Além disso, consegue comunicar que moda - seja ela alternativa ou não - vai muito além superficialidade. A moda é expressão do self. 

E ao longo destes dez longos anos, este blog teve o compromisso de tratar moda alternativa com seriedade, tentando afastar ao máximo a ideia de que usar visual é futilidade, vide tantas matérias sobre subculturas e como seus estilos foram construídos visando a auto-expressão.

Na entrevista, Sarah falou muito sobre a importância do DIY, do "faça você mesmo" afinal, essa é a base da cultura alternativa. E talvez isso seja seu diferencial: mostrar que todos nós podemos colocar a mão na massa e realizar o que desejamos. 

A revista Moda de Subculturas e os zines são sobre pôr a mão na massa e produzir conteúdo de forma independente. Isso é o que nos une: manter viva a essência da cultura alternativa apesar de todas as adversidades do caminho!

Sobre o ensaio, Sarah contou em seu Instagram,  estar muito orgulhosa desse trabalho feito em parceria com pessoas super talentosas e  que a principal referência para o ensaio foi o trabalho da estilista Vivienne Westwood. Eu não poderia imaginar temática mais perfeita!! :D 



Sobre o processo de escolha de matérias

Infelizmente houveram algumas mudanças no percurso. Criar uma matéria de revista não é como escrever uma matéria de blog onde eu mesma corro atrás de produzir o conteúdo. Na revista, dependo muito mais de quem está comprometido a escrever e ceder fotos. E algumas vezes não houve compromisso, o que resultou em alteração de pautas. Talvez vocês sintam falta de um conteúdo x ou y, mas com certeza haverão outras oportunidades destas pautas aparecerem ou aqui no blog ou em outra publicação.

Talvez até mesmo por não termos ainda uma cultura de revistas alternativas, nem todos entendem que uma revista também é um veículo de divulgação de pessoas e marcas que estarão em suas páginas, é algo que com o tempo espero contribuir para que haja mais compreensão para que todos os que contribuem com a cultura alternativa possam ter mais um veículo de comunicação.

Revista Moda de Subculturas trará matérias que não estarão aqui no blog como, por exemplo:

- O legado contracultural dos Hippies;
- As origens das culturas vintage e retrô,
- Breve história da Moda Fetichista;
- A influência da Cultura Pop nas subculturas;
- Mulheres Trans nas Subculturas;
- Pin-ups negras;
- Medievalismo;
- Anarcofeminismo;
+ História da Moda;
+ Dança;
+ Arte.


Terá entrevistas com a Sarah Amethyst (capa), Marie Devilreux, Kemp von Sellessen, Mothmouth (blogueira do Through the Looking Glass), Henrique Kipper, Carol Sakuma.

E também ensaio de moda e a participação dos leitores no "Look do Leitor" (clique aqui pra saber como participar)! 


Zines: 





Zine Riot Grrrl - vamos homenagear aquela que é considerada a primeira subcultura criada por mulheres e para mulheres. Neste zine, contaremos a história do movimento com imagens dos próprios zines da época. Vamos enaltecer as meninas criadoras do Girl Power

Zine Dark Pin-ups - resultado de uma pesquisa iniciada em 2017 sobre um estilo que ficou conhecido no Brasil como "Dark Pin-up". Esse será um material exclusivíssimo, autoral e com uma abordagem ainda inédita no Brasil, trazendo história, descrição e análise.

Zine Subculturas e Estilo - O zine de 10 anos prestará uma homenagem à comunidade 'Subculturas e Estilo', do Orkut, criada em 2006 e que deu origem ao blog. Seu conteúdo será do jeitinho que tudo começou: pequenos textos sobre o estilo de algumas subculturas. Este zine trará bonecas de vestir criadas por nossas ilustradoras. E por quê bonecas de vestir? Porque esse foi meu primeiro contato, quando criança, de brincar com a moda, mas não tive a opção de ter bonecas em estilos alternativos/subculturais, hoje tornarei isso possível com a ajuda das ilustradoras @lacroc, @ilustra.annah@estranhadupla <3

Eu espero que vocês gostem do material e principalmente que continuem conosco pelos próximos anos!! São 10 anos (r)existindo como um dos poucos sites/blogs brasileiros sobre moda e cultura alternativa. E quero que saibam que chegamos até aqui e TUDO é possível graças à vocês! <3





* As capas poderão sofrer leves alterações no design até o dia de lançamento, mas o conteúdo não mudará.

17 de maio de 2019

1 Revista Alternativa + 3 Zines - Conheça a campanha de financiamento dos 10 anos do Moda de Subculturas

E lá se foram 10 anos produzindo conteúdo e distribuindo gratuitamente à todos que aqui visitam! <3

E como nunca te pedi nada, chegou a hora de pedir!
Criei uma campanha de financiamento coletivo, já que um aniversário assim não pode passar batido e sem registro!

Preciso da sua ajuda para criar um material comemorativo composto de uma revista alternativa e três zines temáticos que você vai e guardar como um material único e muito especial. O material estará disponível em outubro.



Você gosta da ideia de ter o material comemorativo?
Então vem apoiar!
É só clicar nesse link:





Se você não tem grana pra apoiar, tudo bem! Te convido a compartilhar esta postagem (ou os posts no Instagram ou Facebook) em suas redes sociais para quem sabe alguém se interessar.

Quem somos?


Moda de Subculturas nasceu da comunidade "Subculturas e Estilo", criada em 2006 no Orkut. Em outubro de 2009, o blog é criado com o intuito de tratar a Moda Alternativa com seriedade, sendo o primeiro blog alternativo brasileiro a mostrar a relação da moda alternativa com a moda dominante (mainstream) através de editoriais e desfiles de moda com referências à temas alternativos, mostrando também como as subculturas buscam suas referências em períodos históricos, abordando a história das subculturas e de estilos de moda alternativo. Também é um dos primeiros blogs alternativos nacionais a fazer parcerias com lojas alternativas, algumas delas estando presentes desde o primeiro ano. 

Com o tempo, acabamos por abraçar o universo e o mercado alternativo como um todo para maior abrangência de público, fazendo um trabalho único em nível mundial.

No Moda de Subculturas levamos a frase Riot Grrrl, "girls to the front" de forma literal! Somos um blog completamente desenvolvido e escrito por mulheres! São mulheres que se especializaram na moda das subculturas.

O que será produzido:



- Revista Moda de Subculturas - comemorativa dos 10 anos do blog! Terá: Matérias exclusivas sobre subculturas e moda alternativa, entrevistas, ensaios com modelos alternativas, história da moda etc. O conteúdo completo (capa e índice) será divulgado em breve. Tem muita gente legal envolvida (MUITO obrigada por toparem participar!!), colunistas profissionais com textos exclusivos e diversidade!! 

- Zine Riot Grrrl - não tem como um blog feito 100% por mulheres não homenagear aquela que é considerada a primeira subcultura criada por mulheres e para mulheres. Neste zine, contaremos a história do movimento com ilustrações dos próprios zines da época. Vamos enaltecer as meninas criadoras do Girl Power

- Zine Dark Pin-ups - resultado de uma pesquisa iniciada em 2017 sobre um estilo que ficou conhecido como "Dark Pin-up". Esse será um material exclusivíssimo, autoral e com uma abordagem ainda inédita no Brasil, trazendo história, descrição e análise.

- Zine Subculturas e Estilo - O zine de 10 anos, prestará uma homenagem à comunidade 'Subculturas e Estilo', do Orkut, criada em 2006 e que deu origem ao blog. Seu conteúdo será do jeitinho que tudo começou: pequenos textos sobre o estilo de algumas subculturas. Este zine trará bonequinhas de vestir criadas por nossas ilustradoras.


Todo esse material será disponibilizado em primeira mão aos que apoiarem.


Apoiando a campanha, você também apoia artistas mulheres que são as responsáveis por ilustrar todo o conteúdo relativo às comemorações dos 10 anos do blog!

IMPORTANTE: 
Quem apoiou vai receber o material, independente de bater a meta!!



Como será o material?

Infelizmente calhou do aniversário de 10 anos de ser na época da pior crise econômica do Brasil. Pra enxugar de forma super enxugada os valores, a revista será oferecida em formato virtual para os que apoiarem.

Oferecer uma revista impressa seria o ideal, mas sairia MUITO caro. Estamos numa realidade econômica ruim, tenho conhecimento que muitos dos leitores não tem condições de financiar uma revista impressa e optei por um enxugamento de custos oferecendo o material no formato virtual.


Pra onde vai o dinheiro?

O dinheiro será direcionado para:

1. Taxa da Vakinha.

2. Criação do conteúdo do material:


- pagamento do trabalho das artistas mulheres que são as responsáveis por ilustrar todo o conteúdo relativo às comemorações dos 10 anos do blog. 

- Colaboradores (autores dos textos). 

- Apoio ao desenvolvimento das matérias (ensaios fotográficos, reportagens, entrevistas).



3. O valor excedente será contabilizado e analisada sua utilização para impressão de zine aos que apoiaram. O apoiador vai poder escolher qual zine quer impresso.




E SE?
E se valor exceder BASTANTE?
Se o valor do financiamento exceder um tantão, consigo fazer impressão de ao menos uma parte do material!


"É virtual? Mas eu queria físico..."
Caso algum de vocês se interesse APENAS pelo material de forma física, é claro que é possível realizar, porém o preço unitário não será tão acessível, mas se fizer questão, posso após o lançamento fazer uma impressão pra você com o valor da impressão + o frete. 


Além disso...

Além disso tudo acima, até o fim do ano vai rolar umas coisas muito incríveis com as lojas parceiras!! Taí muitos motivos pra ficar de olho no blog e também nas redes sociais para saber de tudo em primeira mão! 
Siga nosso Insta porque é lá que tudo está sendo divulgado:
https://instagram.com/modadesubculturas/


Dúvidas: 
Utilize os comentários, será um prazer esclarecer!


+ 


No próximo post tem mais informações sobre as comemorações dos 10 anos que contará com a participação de VOCÊS!!

Ficou interessado em conhecer meu trabalho em revistas e zines pra ter uma ideia do tipo de material que produzo e sua qualidade?

Confira meu trabalho no Zine Última Quimera. Link 1 e Link 2.

Fui colunista das quatro edições da revista Gothic Station que você pode conhecer neste link: https://www.gothicstation.com.br/loja e pode ver a resenha da edição 1, resenha da edição 2, resenha da edição 3 e a resenha da edição 4.


Entrevista comigo na Gothic Station número 3:


Um pouco do meu portifólio em projetos de zine e revistas virtuais em parceria, mostrando minha experiência a respeito:


Zine Desviante: Consultoria; Revistas Kvlt Vision e Dark Cvul: matérias.

Revista World Wild - edição número 2


Conto com vocês nesta celebração! 



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Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas. 
É permitido compartilhar a postagem. Ao usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos precisa obrigatoriamente linkar o artigo do blog como fonte. Não é permitida a reprodução total do conteúdo aqui presente sem autorização prévia. É vedada a cópia da ideia, contexto e formato de artigo. Plágios serão notificados a serem retirados do ar (lei nº 9.610). As fotos pertencem à seus respectivos donos, não fazemos uso comercial das mesmas, porém a seleção e as montagens de imagens foram feitas por nós baseadas no contexto dos textos. 



25 de julho de 2016

Mulheres no Rock/Metal: Análise da edição da revista Roadie Crew

É difícil as mulheres do rock/metal terem devido espaço na mídia. Para terem ideia, é tão raro oferecerem um espaço grande à elas em páginas de revista que quando isso acontece, chega-se ao ponto de parabenizar a publicação. 

A edição 209 da Roadie Crew trouxe uma matéria especial sobre as mulheres do rock/metal. A edição foi supercomentada, e é aí que percebemos como "mulheres e rock" ainda é um tema que chama a atenção como se fosse algo incomum. Houve quem disse que a revista “saiu na frente” e veja bem: mulheres estão no rock desde o começo do mesmo... e o rock existe há quase 70 anos...
Existe algo na forma como as enxergamos neste meio... O que tem de mudar, nosso olhar? Ou na verdade precisa-se aceitar que elas sempre estiveram no rock e que agora não aceitam mais ficar em segundo plano? Ou que não faz mais sentido invisibilizá-las? Por que ainda nos surpreendemos e parabenizamos quem "ousa" trazê-las em suas páginas?



Texto de divulgação da edição: "A matéria de capa da edição de número 209 da revista Roadie Crew, que estará nas bancas até o dia 10 de junho, é dedicada às estrelas que iluminam e embelezam o cenário da música pesada. A extensa reportagem mostra o trabalho e a arte de mulheres que se aventuraram e engrandeceram um mundo que alguns acusam de ser povoado por machistas truculentos." 

A beleza, atributos físicos, costumam ser notados e verbalizados no caso das mulheres. Isso está tão enraizado culturalmente que é capaz de muitos nem terem percebido este trecho, nem mesmo o autor. Esse é o tipo de situação que está naturalizada em nossa cultura e apontar pode ser uma forma de refletir sobre velhos hábitos.

O especial sobre a história das mulheres no rock/metal é bom, não aprofunda porque óbvio, não haveriam páginas suficientes, pois as revistas precisam manter seus editoriais. São 14 páginas com alguns quadros de curiosidades, contando inclusive com um espaço pra falar sobre as mulhers do rock no Brasil, citando Ozone, Volkana, Flammea, Shadowside, Ocultan, Losna, Panndora, Hellarise, Melyra, Nervosa, Hatefulmurder (já entrevistamos Angélica aqui) entre outras várias incluindo um depoimento muito legal da Mayara Puertas da Torture Squad. 



Em certo trecho senti leve desdém por mulheres de apelo mais pop como Pitty e Amy Lee. Elas podem não ser o perfil da publicação, mas é inegável que ambas levaram muitas garotas ao rock. Mesmo que a gente não curta um artista, é necessário entender que podem ter sido referência à milhares de meninas que depois, por si mesmas, descobririam outras bandas e até mudariam seus gostos para estilos mais pesados. Também achei que – mas daí talvez seja porque o perfil da revista é mais heavy metal – foi pouco falado sobre as mulheres do punk rock mais atual e do metalcore (que tem várias!). E foi curioso uma modelo de clipe (Bobbie Brown) ganhar um longo parágrafo de informações dispensáveis enquanto que algumas cantoras receberam apenas citação e nenhum desenvolvimento de texto sobre elas.


A quantidade de mulheres no rock é tão grande que não tinha como colocar todas na revista e nem as falas de todas as entrevistadas,
isso mostra como falta espaço nas páginas para que estas mulheres se expressem!

Numa edição que celebra mulheres no rock me surpreendeu encontrar na página 18, num quadro intitulado "Brotherhood", o autor dizendo "não consigo achar motivos pra enaltecer a atual presença de mulheres na música pesada". Segundo ele, bandas de Symphonic Metal e outras como Lacuna Coil, Tristania, Nighwish, Halestorm, Within Temptation e Evanescence parecem trilha sonora para princesas da Disney. O autor prefere bandas como Doro, Wolkana, Pitty, Rita Lee, Leela e Mercenárias por não serem um "produto de prateleira".
E salienta "não adianta achar machismo no texto", pois diz que não se importa com gênero e orientação sexual contanto que o som seja decente. Achei essa fala um pouco contraditória, afinal, ele já começa o texto dizendo que não acha motivos para celebrar 'mulheres' no som pesado, então ele já separou por gênero, querendo ou não. E finaliza "as próprias garotas criam clichés de uma certa inadequação em forma de paródias" e a seguir indica algumas bandas all-female que fazem covers (!) de outras bandas famosas (masculinas)!! O.o


Ninguém é obrigado a gostar de determinados estilos. Não mesmo! Mas colocar esse editorial numa edição dedicada às mulheres no metal me soou bastante "deselegante" e um contrassenso. Afinal, se vamos falar de clichés, isso se encaixa também em bandas "all male" (nem usam esse termo né?)! Pois como ele mesmo diz no texto, não é o gênero que importa se a musica é boa (gosto é relativo, então melhor dizer "se a música é do seu gosto").


Em um post sobre mulheres no rock/metal aqui do blog, foi escrito que o Symphonic Metal foi um dos responsáveis a mudar a cara do heavy metal na virada do século passado e trazer milhares de garotas ao mundo da música pesada, pois finalmente havia diversas delas como referência!
Mudanças acontecem, às vezes não gostam delas, não se adaptam por preferir o tradicional, mas não podemos negar todo o impacto comportamental ocorrido

Já na página 19, Ricardo Batalha enaltece Wendy O. Williams do Plasmatics, com biografia e discografia. Ele diz que a nova geração não a conhece. Pode ser, mas eu garanto a vocês que muito mais gente conhece Wendy hoje do que há anos atrás quando eu era dona de um grupo do Orkut dedicado à mulheres no heavy metal. Nós inclusive já citamos Wendy várias vezes no blog. Enfim, este sim um belo editorial, coerente com o propósito da edição.


Talvez esta seja das mais completas
matérias sobre mulheres no rock já publicada em revistas no Brasil. Existem algumas faltas (ex: nenhuma artista negra recente é citada), incluindo de conteúdo histórico, mas entendo ser pelo limite de páginas. A revista trás também Heaven´s Guardian, No Way e Lyria. As bandas Nervosa, Lacuna Coil, Doro, Phantom Blue, Lita Ford (com foto dela nova e não atualmente, com 57 anos), Janis Joplin ganharam matérias. Trouxe pôster com Alissa White-Gluz e um depoimento muito bom dado por Iza Rodrigues do blog Menina Headbanger, que diz: “Queremos o direito de gostar do que quisermos sem ter que provar nada pra ninguém".

Calculei que ao menos 30% da revista foi composta de "mulheres". Nunca folheei uma revista de rock com tantas! A impressão que tive é que é completamente possível uma publicação colocar 30 ou 40% de suas páginas com bandas de/com mulheres criando assim uma publicação mista com espaço pra todos de forma mais igualitária! 


É um sinal de mudança?
Eu não saberia dizer!
A mudança só ocorreria se daqui pra frente a Roadie Crew trouxesse todo mês no mínimo 30% de suas páginas com mulheres. Vimos que isso é possível. E creio que seria inovador! Será que ousariam apostar nessa visão de mercado?

E isso vale para outras revistas também.

Mulheres no Rock vistas ainda como bichos raros porque não são divulgadas. Fica-se na dependência do que os editores querem ou não publicar. Fazer uma edição maravilhosa e depois continuar excluindo meninas de suas páginas pode parecer o que sempre foi: marketing, "homenagem" ou caso isolado. É preciso uma mudança real de comportamento. Senão continuaremos sendo tratadas como algo ocasional que "embeleza o mundo do rock". Só que estamos sendo tratadas como bicho raro no rock há mais de 60 anos!! E nunca houve tantas mulheres no rock como hoje. Então é claro que existe um problema. 

Se vocês tem a revista, digam o que acharam!

Keep on Rocking Girls!! \m/



P.S: Essa análise demorou um pouco pra sair porque só encontrei a revista pra vender no fim do junho e só recentemente terminei de ler toda ;)


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15 de maio de 2015

A Edição de Maio da Elle e Diversidade na Moda: Bonito é ser diferente?

Tem se comentado com muito entusiasmo na web sobre a "revolucionária" e "inovadora" capa da revista Elle deste mês de maio. A capa é espelhada e reflete a pessoa que segura a revista.

A capa diz:
"#Você na Capa"
"Assuma seu rosto, corpo e sua idade com orgulho"
"Menos tendência, mais estilo"

Mas a capa não é tão inovadora assim, em 1999, na virada do milênio, a Vogue UK publicou a seguinte edição, capa espelhada com os seguintes dizeres:

O futuro começa aqui.
"O novo corpo"
"As novas roupas"
"A nova você"

E por que falamos disso no Moda de Subculturas?
Por um motivo muito simples: o respeito à diversidade nos interessa!
Nós fomos um dos primeiros sites/blogs nacionais (incluindo mainstream) a fazer post sobre como a terceira idade está sacudindo o mundo e sobre moda plus size alternativa. Nós já falamos de alternativos com deficiência, albinos e sobre moda andrógina. E em 2010, cinco(!) anos atrás, já alertávamos sobre a moda estar em busca da diferença.

Uma moda e uma mídia mais representativa e inclusiva interessa a todas nós. 
Pois, querendo ou não, ser alternativo não é ser totalmente excluído da sociedade, é viver em paralelo à ela. E ser idoso, ser deficiente, ser andrógino não pode ser visto como cidadãos de segunda categoria!

Bonito é ser diferente?
Foi interessane a Elle Brasil ter colocado Ju Romano, uma linda blogueira plus size (numa pose que lembra a de Beth Ditto para NME de 2009), Magá Moura (que nós já entrevistamos) e outras seis mulheres fora do padrão em suas capas para tablet. Mas isso também nos levantou o questionamento: por que na capa para tablet e não na capa que vai pra banca?

Todos sabemos que a versão tablet será acessada por uma porcentagem pequena de leitores. Revistas são pagas por anunciantes e pensamos: será que os anunciantes estão prontos pra colocarem plus sizes, idosas, albinas, andróginas e alternativas como representantes de seus produtos nas capas de revistas de Moda??
Capas precisam ser aprovadas por anunciantes, ser aprovadas por empresas de moda, ser aprovadas por editores, capas que chegarão aos rincões deste país e farão a mulher comum do interior se identificar com o que vê. Numa capa espelhada, ela se refletirá. Vai achar legal e vai querer comprar pra se divertir em casa tirando fotos e fingindo ser ela na revista. Mas sentirá uma mudança real do mercado? Ela entrará numa loja e encontrará roupas pro seu corpo? Ela não enfrentará preconceito por usar uma estética diferente?

 Juliana Romano, Andreza Cavali e Magá Moura nas capas para tablet
Elle Brazil may 2015


De 1999 pra cá, o desejo não foi alcançado.
Será desta vez que o mercado mudará? Ou aceitar a diversidade é apenas mais uma trend? Assim, a Elle nos levanta novamente aquele debate que, se moda faz parte de um sistema capitalista, como saber se o "diferente" é mais uma jogada de marketing ou uma real mudança de mercado? Revistas que sempre castraram mulheres dizendo como elas deveriam ser, o que deveriam usar, que produtos de beleza disfarçarão sua idade, qual maquiagem a deixará com aparência rejuvenescida, agora dizem para elas se libertarem de tudo isso que promoveram?!

No documentário Fabulous Fashionistas que é sobre mulheres idosas com estilo, foi perguntado à um editor de moda sobre a abertura do mercado aos mais velhos e ele disse que essa "aceitação" é passageira. Isso nos deixou intrigadas, pois ele - diante do cargo que ocupa e como inglês, que é mais aberto as diferenças do que nós - mostra que o sistema vai ainda demorar muito para mudar a mentalidade.

A diversidade está na moda, isso é fato. Mas é difícil saber se a indústria da Moda mudou mesmo ou se está apenas curtindo a onda do momento, por isso ainda observamos com cautela. Temos receio de falar que o sistema da Moda tá mudando, porque em se tratando dela, tudo pode ser cíclico, a não ser que a população realmente fique em cima. Preferimos então apontar marcas que já nascem com esse conceito ou citar pessoas que isoladamente ou em grupo estão fazendo a diferença do que dizer que "a Moda" está fazendo tudo isso.
A moda vive do novo... Quando um "novo" surge, o antigo é deixado de lado. Torcemos para que o "bonito é ser diferente" não seja mais uma trend, seja algo palpável, duradouro e de fato, sentido na pele, no dia a dia.


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30 de janeiro de 2013

Cabelos Coloridos na Plastic Dreams

Cabelos coloridos ... rainbow hair... se tornaram um fenômeno nos últimos dois anos na cena alternativa e fashionista. No mainstream, dão as caras desde 2009/2010 em editoriais e desfiles mais conceituais. No Brasil, revistas como Elle e Vogue já publicaram fotos de modelos com perucas coloridas. A agora é a vez da Plastic Dreams, revista da marca de sandálias Melissa. 
A Melissa é uma marca voltada à adolescentes, jovens e mulheres modernas. Colocar cabelos coloridos na capa de uma revista pra esse público menos fashionista (como da Elle e da Vogue) é trazer à um publico mais classe média, a popularização de ter cores fantasia nos cabelos.



2 de setembro de 2011

Madonna Mia!

Finalmente algumas páginas da Vogue Brasil (julho 2011) por aqui. Gosto do cenário ter sido alguma cidade antiga de Minas, mas gostaria que este tivesse sido mais explorado. Gosto da silhueta justa, ao estilo começo dos anos 40 e dos pretinhos básicos.

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