Destaques

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8 de novembro de 2012

Lino Villaventura no SPFW

Um dos melhores desfiles do SPFW por motivos óbvios. Coleção dark, dramática, modelos saindo do meio de uma fumaça, com maquiagem que lembra black metal. Ao contrário de muitos estilistas brasileiros, Lino não segue tendências, faz o que tem vontade. Apreciem!

 

6 de fevereiro de 2012

Minas Trend Preview: Samuel Cirnansk

Se no desfile de Samuel Cirnansk desta última SPFW foi impossível não lembrar de uma das últimas coleções de Alexander McQueen e ter a sensação de ver um filme repetido, eu resgatei o desfile dele no Minas Trend Preview que aconteceu em outrubro 2011. 
O desfile, perfeito para as fãs dos anos 20, apresentou versões modernas, femininas e super adequadas aos tempos (e clima!) atuais. É tão lindo quando se consegue fazer releituras sem cair na repetição, no cliché a ainda por cima mantendo seu estilo (Samuel usa renda e tecidos fluidos em todas as suas coleções). 

 

5 de fevereiro de 2012

SPFW - Inverno 2012

Achei edição de inverno 2012 do SPFW bem tediosa (normal pra quem gosta de moda alternativa), me chateia a insistência em copiar a moda da Europa ao invés de criar uma moda genuínamente brasileira. Faz inverno no Brasil sim (mesmo que por pouco tempo), porque tanta roupa de verão? Vi muitos tons terrosos (tendência na Europa mas um perigo pra tonalidade de pele das brasileiras!), tecidos metalizados e bilhosos (incluindo vinil), silhuetas arredondadas, pele, veludo, brilho plastificado e... black total - chega a ser óbvio fazer tudo preto no inverno. Difícil é fazer esse "todo preto" ser de fato interessante.

Cavalera: A marca fez uma intervenção burlesca sob a direção da corsetmaker Madame Sher para recepcionar os convidados e atrair a atenção da mídia. Até aí ok, tudo lindo! E eu esperava ansiosamente um desfile inspirado no burlesco e veio... o streetwear despojado e urbano de sempre da Cavalera! Alguém entendeu a ligação entre os temas tão diferentes? Eu não, mas enfim... eu adoraria ter todas as peças femininas abaixo no meu guarda roupas.

Lino Villaventura se inspirou nas imagens sombrias do pintor Francis Bacon, algumas peças tinham "pregas palito", um mini drapeado artesanal do tamanho de um palito de dente. Bordados e detalhes feitos à mão dão riqueza de detalhes às peças. A tTrilha sonora de filme de terror deu o ar sombrio ao desfile.

João Pimenta: Segundo o estilista, o desfile tinha tema Steampunk. Eu ousaria dizer que o desfile na verdade foi uma mistura de Steampunk (gênero de ficção científica ambientado no século XIX) com Medieval. De steampunk vemos as cores (tons terrosos e cobre), de século XIX vemos a sobriedade no corte e nas cores, os culotes dândis e de medieval a silhueta esguia de alguns looks, as saias longas e o uso das máscaras dos “plague doctors” (médicos da peste negra da Idade Média), que colocavam ervas aromáticas no bico para disfarçar o cheiro dos doentes. A alfaiataria aparece criativa em ternos de 3 peças literalmente sobrepostas de acabamentos arredondados. A riqueza de texturas é agradável ao olhar. Finalmente um desfile original no SPFW.


Fause Haten:  Que mistura de silhuetas tão diferentes! A inpiração foi os filmes do Elvis dos anos 60 (?). As peças são bonitas mas não senti a conexão. Uma hora shape justa contornando o corpo como nos 40s e de repente vestidos super armados estilo New Look 50s, num comprimento que somente as super altas ficariam bem...

Ellus:  Se inspirou nos países nórdicos e no heavy metal. A marca sempre foi baseada em temas rock n roll e se dá melhor nas coleções de inverno.

Reinaldo Lourenço: Normalmente gosto das coleções dele. O tema era Notre Dame, luz e sombra, “novas bruxas urbanas”, e a estética gótica. Veludo, vinil e couro em silhuetas alongadas.


Samuel Cirnansk: Sempre fui uma elogiadora do trabalho do estilista, mas desta vez me decepcionei um pouquinho. Já vi esse desfile antes (alô, Alexander McQueen?). Sabe quando você murcha? Então... odeio desfile repetido. Tudo lindo e bem feito como sempre, mas ver  cisnes brancos e pretos similares aos já feitos por outro estilista é tão chato! Ok, vamos manter na memória o maravilhoso desfile anterior de Samuel.


Amapô: o que me chamou a atenção foi a silhueta masculina justa e a bota pesada usada por cima das calças. Dandismo no shape justinho ao corpo.


Fashion Rio - Inverno 2012

Como já é habitual, ao final de cada temporada de moda brasileira, separo os looks que mais me chamaram a atenção em cada desfile e que de alguma forma podem ser usados pelo pessoal mais alternativo (endinheirado) ou servem para se inspirar na hora de montar seus visus.
No Fashion Rio edição inverno 2012, que aconteceu de 10 a 14 de janeiro, se viu muito branco, tranparência, estampas étnicas, conjuntinhos e orientalismo. Enfim, tudo muito tééédio pro meu gosto e tudo muito... verão! 
Mas consegui selecionar algumas peças que podem fazer parte do nosso guarda roupas do lado negro da força:


Alexandre Herchcovitch:


Bianca Marques:

Maria Bonita Extra: É belamente colorido - e vejam que modelagem linda (e de verão O.o) e eu sei que é metalizado (mas tá tão fofo e bem feitinho!). Adotaria os dois pra dar uma cor no meu armário.
 

23 de junho de 2011

A Costura do Invisível

A Costura do Invisível é o nome do livro e DVD do desfile que o estilista e artista plástico brasilero Jum Nakao fez 2004 no São Paulo Fashion Week.
O desfile era composto de modelos com cabeça de playmobil e vestidos  românticos e vitorianos na cor branca, em papel vegetal com recortes à laser que formavam rendas. Ao final, todas as modelos na passarela começam a destruir os festidos com fúria. As pessoas presentes choravam ou ficaram chocadas. No camarim, antes do desfile, as modelos também choraram ao saberem que teriam de rasgar as peças.
O desfile foi o acontecimento do ano no mundo da moda. Entrou pra história da moda brasileira e fez o artista rodar o mundo com o projeto. 
O que Jum queria? Queria mostrar como a moda é efêmera, nas palavras dele:
"O ciclo continua. Não se deve ater ao que é estético, mas estar sensível ao que se transforma. Repetir, repetir, até ficar diferente, desnudar a nossa alma.Transformando o invisível em visível". "Toda a engrenagem da moda precisa ser repensada. Ainda não privilegiamos o ato de pensar a moda e isso precisa mudar".
Jum não trabalha mais com moda, só com arte, embora tenha feito o figurino da série da TV Globo "Hoje é dia de Maria".

Essa é uma postagem que queria fazer faz tempo, lembrei de fazê-la agora porque vi o desfile da canadense Breeyn McCarney que achei muito semelhante ao trabalho que Jum Nakao fez.
É claro que fazer desfiles de roupas de papel não é novidade nenhuma, mas gostaria de todos soubessem que um estilista brasileiro fez isso - e fez história - antes da estilista canadense. Ela estará na próxima postagem do blog e vocês poderão comparar os trabalhos.

 
 


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