Destaques

7 de novembro de 2015

Loja Reversa: Coleção All Black

Acredito que a Reversa já seja conhecida por parte dos leitores. Esta, sempre foi uma loja de moda alternativa que abrangia vários estilos e trabalhava com produtos importados e alguns fornecedores nacionais.
Mas ser uma loja de produtos muito abrangentes não era interessante tanto por questões de logística quanto de marketing. Falar para muitos públicos é difícil, e a mensagem se perde.


Nosso cupom na loja é MODASUB5

Assim, com o interesse de ser uma marca e não somente uma loja, houve a necessidade de se reinventar, e essa reinvenção se inicia com o lançamento da coleção de estreia dessa nova fase da marca: a coleção de camisetas All Black.

Regata Long Abracadabra

Inspirada pela temática gótica, ao qual os fundadores se identificam, e na observação da carência de produtos de qualidade que levem a estética do gótico para o dia-a-dia num estilo mais street e menos teatral, surgiram 11 modelos de estampas exclusivas criados por artistas brasileiros, divididas entre blusas de manga curta e regatas com shape mais soltinho e longo.

"A inspiração para a coleção All Black surgiu nas camisetas pretas que são o uniforme do alternativo, a peça mais básica de todo guarda roupa, vitrine de mensagens. Nas estampas, temas de inspiração trevosa, como Edgar Allan Poe, ocultismo e caveiras. Com essas ideias, a Reversa faz seu debut como marca alternativa brasileira, produzindo peças que traduzem de forma completa a nossa mensagem, a atitude e a transgressão, que falam diretamente com o nosso público. E que forma melhor de fazer isso do que produtos exclusivos, com a nossa cara?"

 Coleção de camisetas pretas "All Black". Clique pra aumentar.

Sobre a temática desta primeira coleção, não tinha melhor momento. Estamos vivendo um interesse por temas góticos e ocultistas e a marca veio suprir este desejo consumidor no mercado nacional. As estampas e as peças foram produzidas aqui mesmo, no Brasil, isso é positivo pois gera/mantém empregos aqui e valoriza os criadores nacionais. 
Para conhecer a coleção e dar um opinião sobre ela, a marca me enviou os modelos abaixo: 


Vesti as duas pra mostrar pra vocês: 
Camiseta Memento Mori - Vida. Morte. Tempo. Eternidade.
Todos os modelos de manga curta tem essa gola redonda bem grande (perfeita pra mostrar chokers e colares né? rsrs). Como sugere a coleção, a peça é realmente longa, como podem ver, chega até o quadril e soltinha nas laterais. Como a estampa fica bem localizada, dá pra usar a blusa pra dentro de saia/calça/short também, assim como por cima de legging.
Foto postada no Instagram do blog


Detalhes da Estampa:




Regata Long Besouro e Lua 
- Ilustração que mistura formas geométricas e orgânicas, como o besouro em pontilhismo e a lua crescente.
Essa eu amei amei amei amei. Há muuuito tempo eu não amava tanto uma regata kkkk Até fiz umas poses mais tortas e animadinhas com ela. Achei que a localização da estampa assim como seu comprimento ficaram perfeitos e harmônicos na visão geral do look.
Foto postada no Instagram do blog.



Detalhe da Estampa:


O que eu achei de ambas as peças?
Foi uma grata surpresa. Eu sou chata pra caramba com camiseta, não gosto de peça grossa, pesada e nem de estampa muito grosseira que altera o caimento das peças.
A primeira coisa que notei foi a qualidade da malha, é muito boa, fina e macia, isso quer dizer que  em termos de clima brasileiro, é certeza de usar o ano todo. Por ser macia (100% algodão fio 30.1 penteado), é confortável e até esquece que tá usando!
Sobre a estamparia: eu já deixei de adquirir blusas onde a estampa branca no tecido preto ficava muito grossa. Não é o caso das camisetas da Reversa. A estampa  no método silk screen com toque zero faz o desenho estar presente na malha de forma tão suave que não altera em nada o conforto e o caimento.

Sugestão: A grade é P, M, G, não tem a opção de tamanhos menores ou maiores (plus size) nem sob encomenda. Eu sou uma pessoa pequena e uso um tamanho entre PP e P, as blusas ficaram um pouquinho maiores em mim em termos de largura, mas ok, isso não chega a ser um problema, é apenas uma observação. Acho que esse é um tamanho P que abraça as várias nuances dos corpos pequenos. Mas a Lauren, outra autora o blog, é Plus Size e ela amou a coleção, mas as medidas do tamanho G não servem nela caso ela desejasse comprar. :(
Então minha sugestão é: quando possível oferecer uma grade maior de tamanhos nem que seja sob encomenda, tem bastante alternativas plus size e elas ficam tristes quando não podem ter peças de marcas legais.

Adesivos fofos (ou trevosos?) demaaais que vieram junto! E esse gatinho morcego?? ♥


E pra finalizar quero dar os parabéns pra Reversa por reduzir a importação e por criar sua primeira coleção autoral com tanta qualidade valorizando a produção e criação nacional. As camisetas são ótimas, recomendadíssimas e se continuar assim a marca vai longe e continuar ganhando admiradores!


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31 de outubro de 2015

Moda Witchy e Boho Goth no Rock dos anos 60 e 70

A Moda é cíclica e sabendo desse fator, damos uma volta ao passado com o atual modismo witchy e boho goth pra mostrar que a estética já se constrói há muito tempo. Os anos 60 foram marcados pela contracultura, o que influenciou diversos movimentos da época. Apesar do conservadorismo existente, os jovens não se intimidaram e bateram de frente com paradigmas, ampliando suas mentes para além do que lhes eram impostos e assim expandindo seus interesses por temas que até então eram tabus.

Libertando-se de regras, o Rock era a perfeita escapatória. E com sua constante mutação, o estilo musical foi agregando diferentes valores. 
É bem provável que a precursora da estética witchy na cena tenha sido a banda americana Coven. Nascida no final da década, o grupo surgiu se autoafirmando um verdadeiro coven, com imagens dos músicos em rituais e fazendo o famoso sinal do chifre com as mãos (seriam eles os pioneiros antes de Ronnie James Dio). Usavam roupas pretas com modelagens de acordo com o período, no caso, o auge eram batas, vestidos e calças boca de sino iguais aos hippies.


Um detalhe interessante é a vocalista Jinx Dawson. A cantora sobressaía por ser uma das poucas frontwoman, o que refletia a época que estava vivendo: a segunda onda do feminismo e consequentemente o resgate das mulheres pelo autoconhecimento, o que as interligou com os ensinamentos da bruxaria. Mas Jinx não estava sozinha!


Compartilhando o mesmo interesse pelo misticismo, o Fleetwood Mac se inicia junto ao Coven, porém só em 1974, entra no grupo Stevie Nicks com seu visual emblemático, um "hippie dark" (hoje denominamos de boho goth). A estética da cantora era composta por veludos negros ou vermelhos, rendas, modelagens esvoaçantes com muitas camadas, manga sino, chapéus e colares e anéis de pedra. Igual ao que se tem visto atualmente, e não à toa Nicks fez participação especial em American Horror Story: Coven.


Anos depois, na década de 80, talvez o estilo de Nicks tenha servido de inspiração para Kate Bush. É observado com facilidade pontos de semelhanças entre as duas, como por exemplo o gosto por trajes de ballet. A inglesa usou muitas roupas esvoaçantes para dar efeito a suas coreografias, como visto na primeira versão do clipe Wuthering Heights. Mas diferente de Nicks, Bush mostra seu "lado pagão" usando branco.


Seguindo os passos da América, no Brasil, a contracultura também causava ebulição na classe artística e os baby boomers fizeram muito barulho criando movimentos contestadores como o Tropicalismo. Entre os presentes estavam os Mutantes, que em 1968 aparecem vestidos de bruxos! Imagina o que deve ter sido em plena ditadura aparecer com tal visual?


Indo mais além, a estética não ficou presa só a música. A Montanha Sagrada (Holy Montain em inglês) do diretor Alejandro Jodorowsky é lançada em 1973 refletindo a pós-contracultura e o psicodelismo no cinema. O chileno que é conhecido pelo seu notório conhecimento em assuntos advindos do ocultismo, surge no filme como um alquimista.

 Jodorowsky no longa e no casamento de Dita von Teese e Marilyn Manson

Desfile Inverno 2014 de Gareth Pugh trouxe o visual a passarela

Fãs de Jodorowsky, Yoko Ono e John Lennon também tiveram seus momentos witchy. No final dos Beatles, ambos costumavam se vestir com looks total preto sendo algumas vezes acompanhadas de enormes capas da mesma tonalidade e também de chapéus (Ono usou muito o modelo floppy). No clipe Something podemos notar bem esta fase.



Yoko com o filho Sean no Grammy 2014

O paganismo, misticismo e as artes obscuras possuem uma abertura e espaço no rock pois o estilo oferece mais liberdade estética e de expressão aos artistas. Deve ser por isso que muitos de nós nos identificamos com ele e suas vertentes!



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Artigo das autoras do Moda de Subculturas. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, linke o artigo do blog devido ao direito autoral do nosso trabalho. Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.

30 de outubro de 2015

Breve história da franja Pinup e como cortá-la! (Franja Bettie Page)

Mais de sessenta anos depois de começar a carreira como modelo profissional, Bettie Page adentrou o século 21 com grande força, influenciando desde o submundo alternativo até grandes nomes da Moda.

Ícone do fetiche, a americana transcendeu os limites de sua época posando para ensaios em clima de bondage (prática sexual com o intuito de proporcionar prazer através da imobilização) pelas lentes de Irving Klaw. 

Pagando um preço alto por esse tipo de exposição, chegando até ser investigada pela Comissão do Senado americano, Page caiu no esquecimento ao passar dos anos por vontade própria. Relatos contam que ela queria ser lembrada por sua beleza da qual havia perdido ao envelhecer.

O corte acompanhou a modelo até o fim de sua vida

Mesmo com a atitude e suas milhares de fotos quase sendo destruídas a pedido das audições parlamentares, a rainha das Pin Ups ressurge na década de 1980 conquistando a cada dia que passa mais fãs. O estilo atrevido e incomum de Bettie Page fez com que se tornasse um exemplo de beleza, sendo copiado por famosas e desconhecidas em todo o planeta. 

O corte de sua franjinha (marca registrada) foi sugerido pelo o fotógrafo que a descobriu, Jerry Tibbs, pois ele achava sua testa alta e proeminente. Desde então Page adotou o novo visual, o que tomava seu tempo à noite para enrolar e depois escová-lo excessivamente antes de cada sessão, muitas vezes causando atraso.



Mais em alta do que nunca, a franja tornou-se objeto de desejo, já que volta e meia algum renomado da Moda a utiliza em desfiles, campanhas publicitárias ou editoriais. Mostraremos então como obter o visual desta diva, falecida em dezembro de 2008, porém venerada até hoje!

História: A franja curtinha foi usada na Era Vitoriana entre meados de 1870 até aproximadamente 1890. Era mais comum em crianças e meninas jovens. 


O revival nos últimos anos foi por dado uma de suas fiéis seguidoras, Dita von Teese. No início da carreira, ainda underground, a dançarina burlesca possuía forte influencia de Page no visual.


Assim que Dita explodiu no mainstream, houve uma profusão de artistas que replicaram a estética da Pin up levando a milhares de versões da famosa franja.


Gwen Stefani nos anos 90.


Madonna e Katy Perry: o cabelo agora é pop!

Nina Hagen fetichista e Grog Rox na mesma vibe

O ultra colorido (half and half) e repicado de Hayley Williams

Platinado de Adora e Amy Doan

Estilo afro de Dolly Vicious

 Um leve oriental de Viktoria Modesta, o ruivo de Tess Holliday e o cinza de Miss Mosh

E os clássicos: Nina Kate, Obsidian Kerttu, Wednesday Mourning


Góticas e rockabilly: diferentes subculturas, mesma referência.

Temos várias brasileiras adeptas das Bettie Bangs! Sana, autora do Moda de Subcultureas cortou em 2011. Já usou bem curtinha, mais longa, mais arredondada, mais reta... No quadro, em sentido horário, Sana, as divas Bruna Santos, Rubia (Nosferótika), Sandila (Nox et Lux), Ludmila Houben e Loretta Vergen. 



Passo a passo
Seguindo as dicas do The Fashions Couts, para se obter uma franja a la Bettie Page não é muito complicado. Se você tem o dom divino da habilidade manual, pode até fazer sozinha em casa.

Para começar, é necessário encontrar o formato certo, fazendo uma curva suave, mais ou menos em forma de U. Com o cabelo completamente seco, divida-o em seções. A primeira camada é o fundo, onde deverá ser cortado mais curto e, em seguida, corte a segunda parte ligeiramente mais longa que a primeira. Nesta hora, tome cuidado para não ir além das suas têmporas. Uma dica é começar o corte na base da franja indo para cima em direção a ela. Outra sugestão é cortar o cabelo com uma mini máquina em vez de tesoura. Boa sorte com suas sobrancelhas, caso escolha esta opção. 


Conseguindo o resultado, a segunda coisa a fazer é usar algum alisador, podendo ser escova ou chapinha, fica a critério de cada um. Se quiser deixar um pouco mais arredondada na ponta, conseguirá o perfeito look de pin-up. Finalize com uma boa camada de spray de cabelo, isto irá manter tudo no lugar, bem ao estilo anos 1950. Para finalizar é só colocar um belo batom vermelho, passe bastante delineador preto nos olhos em forma de gatinho, pinte suas unhas no estilo meia lua e...tcharam! És a nova Bettie Page! :D




Se você usa a franja, comente e nos diga quem te inspirou, quais suas referências... E se não usa, nos diga o que acha, se usaria... :)


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Artigo das autoras do Moda de Subculturas. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, linke o artigo do blog devido ao direito autoral do nosso trabalho. Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.

29 de outubro de 2015

Miniminou: Nova Coleção de Vestidos ( Boho / Witchy / Ocultismo)

Como o blog não foi muito atualizado recentemente (na verdade teve só 1 post novo essa semana), vocês devem pensar "pô, de novo post da Miniminou"? Kkkk! Não tiro o espanto de vocês! É, de novo! Mas não teria como não atualizar o blog com esse super lançamento da marca!!
Doze (!!) vestidos novos com estampas autorais! Na verdade, a Miniminou produz muita coisa autoral vocês sabem, né? Muita pesquisa, testes, estudos... e o resultado a gente vê lá no site. Os novos vestidos tem cara de verão e referências boho, witchy além de outros temas que sempre interessaram a loja como sereias, gatos pretos e ocultismo.


Eu já expliquei aqui e aqui um pouco sobre esse lance de criar coisas próprias e o quanto isso influencia no preço e tal, porque se vocês notarem, os preços destas peças estão um pouco mais altos. Mas reparem que a estampa é feita em chiffon, algumas são localizadas e estes modelos usam mais tecido, vários deles são longos, todos com forro. Enfim... o que pesa mesmo é qualidade, e hoje em dia, com o consumo consciente, preferir peças de qualidade pra durarem bastante e serem muito usadas acaba sendo econômico no longo prazo.

Além das peças novas, foi lançado nada menos do que 5 editoriais de moda: Still Life, que me lembrou a Ophelia pré rafaelita; Graphism; Pool Party focando no maiô pentagrama; The Dress que tem um vestido inspirado em Elvira e Occultism.

 
 
 

Outra coisa a ser observada, é a presença de uma mulher negra modelando para a marca. Lembram de nosso post sobre a falta de representação e de diversidade de modelos alternativas? Ponto positivo pra Miniminou por ter fotografado com Thamires Rangel e dado esse passo entre as lojas alts nacionais.



Vamos às peças: Black Velvet Elvira é um vestido longo feito em veludo com decote profundo e fenda na parte da saia. 


E então temos os curtinhos de chiffon e manga flaire, bem esvoaçantes!





E os longos de alcinha pra desfilar no verão: longo Raven e longo Black Cats


longo Occultism e longo Skulls and Chains - este não aparece nos editoriais mas também é novo.


e por fim, longo Wicca e Creepy Mermaid com estampas localizadas na barra do tecido.
 

Não apenas os vestidos, mas também tem vários acessórios novos no site!


Se você curtiu, até o dia 01/11 nosso cupom SUBCULTURAS ainda está valendo 10% off nas compras na loja! ;D


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