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10 de outubro de 2017

A evolução e influência do estilo "Punk Bailarina" dentro das subculturas até o mainstream

Um estilo superconhecido na moda alternativa foi resgatado por Jeremy Scott para o desfile Verão 2018 da Moschino, o último da marca. Nomeado de biker ballerina pelo estilista, esse é um look usado há muitos anos no meio underground e que hoje também está no mainstream, tornando-se até um clássico. Com os 40 anos do Punk, pretendia abordar novamente o tema e sem querer surgiu o momento perfeito para relembrar a icônica roupa.

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Imagens: Vogue
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O desfile da Moschino não foi a primeira vez que o estilo apareceu nas passarelas. Jean Paul Gaultier no Verão 2007 e Betsey Johnson no Inverno 2014 também já mostraram suas versões.

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Ideias de biker ballerina para o dia a dia.
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Imagens: Google

Moda e ballet sempre possuíram forte ligação, designers sempre tiveram fascínio pela dança e seu figurino o que resultou em grandes parcerias e temas de coleções. Mas foi com a chegada do punk, na década de 70, que houve uma significativa reinterpretação do assunto. Cansadas do conservadorismo da sociedade inglesa, as The Slits aparecem batendo de frente com a visão castradora sobre o corpo e o comportamento da mulher. 

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Formadas em 1976, junto ao movimento punk que abraçou os protestos das jovens por meio da música e da roupa. "Se você vestisse como forma de expressão, você era um completo estranho e não havia tolerância para estranhos naquela época. Nós iríamos pegar coisas como roupas de fetiche, botas de trabalho masculinas, olhos pintados de preto, meias de borracha e saias de tutu dos meus dias de escola e colocar tudo junto. São signos de como ser uma garota, mas tudo junto e desordenado. E nós iríamos empurrar de volta nos rostos da sociedade masculina. Estávamos tirando sarro dele e expondo os clichês e o comportamento forçado que era para todos", revelou Viv Albertine à MTV.



Foi através do punk das mulheres que a saia de tutu, uma importante vestimenta do ballet, atividade incentivada as meninas desde cedo, ganha um novo olhar. Dali em diante, garotas punks e não punks passam a adotar a peça no seu guardarroupa. 

Zillah Minx da banda Rubella Ballet.
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Nina Hagen na década de 80 e atualmente.
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Cyndi Lauper utilizou outros materiais que imitavam o efeito do tule.
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Madonna ajuda a levar o visual para o público de massa com o filme "Quem é essa garota?" de 1987. Repare que a jaqueta de couro e a meia arrastão já estão aliados a peça.
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Em 2004, ocorre um ápice quando Avril Lavigne adota o look no álbum 'Under My Skin'. Após o lançamento, a cantora passa a usar com frequência em eventos e apresentações, inclusive inspirando-se para coleções de sua marca de roupa.
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No clipe 'My Happy Ending'.


Do outro lado, Amy Lee populariza no rock gótico/metal.
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Lzzy Hale no Hard Rock.
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Mesmo atingindo diferentes cenas, Ariel Bloomer mostra
 que a existência no punk permanece com força.
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Por aqui, Baby do Brasil faz seu grande retorno se jogando nas diferentes cores e texturas da saia que não precisa mais ser feita de tule. O visual foi se desenvolvendo conforme a criatividade das artistas mantendo-se a silhueta inicial.
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Atualmente, o mais famoso grupo a adotar foram as Baby Metal. 
Os looks passeiam entre elementos do punk e gótico.
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Uma prova de que não é só a música que quebra paradigmas, a moda também pode causar tal efeito. Depende da intenção de cada um. E o visual 'punk bailarina' atravessou até as barreiras das subculturas.





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Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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21 de outubro de 2014

Caveiras e Esqueletos: Moda e Tribos que se Conectam

Com o Halloween e o Dia dos Finados (Zombie Walk) próximos, este é o momento perfeito para comentar sobre a tribo Omo Masalai, da Pápua Nova Guiné. Mais especificamente, o que nos fez reparar nesse povo é o festival que denominam de Sing Sing, onde pintam seus corpos com desenhos que lembram zumbis para assim apresentarem suas danças da morte. É realmente impressionante a estética desse ritual porque logo nos remete ao cenário alternativo, da qual muitas pessoas traduzem, à sua maneira, o esqueleto humano, seja ele por maquiagens, eternizando em sua pele por meio da tatuagem ou simplesmente vestindo uma roupa estampada com ossos. E são dessas interpretações que vamos fazer a ligação entre tribos e culturas tão distintas, mas que de um modo fantástico acabam se unindo.

Omo Masalai; imagens que falam mais do que palavras

A preparação para o ritual:

Moda Mainstream:
Ao contrário do que muitos possam pensar, foi a moda mainstream que reproduziu em costuras as primeiras formas do esqueleto. A década de 20 foi uma época marcada pelo surrealismo e o fascínio por temas mais obscuros, proibidos. Foi durante a efervescência cultural que a estilista Elsa Schiaparelli em parceria com Salvador Dalí, criou o vestido esqueleto em 1938, para sua coleção Circus. Isso daria o início das variedades de peças que iríamos ver ao longo do século XX inspiradas nas caveiras.

Vestido esqueleto de Elsa Schiaparelli

Cinquenta anos depois, Alexander McQueen faria sua versão na Primavera de 98.

Já na Primavera de 2009, Christian Lacroix daria moldes de ossos os acessórios da sua coleção.

Dior na Alta Costura de Outono 2000, ainda sob comando de Galliano, em referência às caveiras mexicanas. DSquared2 Inverno 2010 e a bota com salto de vértebras. O colar de Yaz Bukey inspirado na África, Primavera 2012.

O vestido com aplicação de um bordado em forma de costelas assim como o vestido com as costelas formadas por tiras de tecido, ambos da Dsquared2 em 2010, são peças que foram muito copiadas por marcas alternativas desde então (3º foto).

Na Alta Costura de Inverno 2011, Iris Van Harpen cria uma nova forma para o vestido esqueleto. No ano seguinte, o modelo seria usado pela Chanel nas fotos da exposição The Little Black Jacket.

Jean Charles Castelbajc dando irreverência ao desenho
 na passarela Inverno 2011.

A moda alternativa com toque mainstream de Betsey Johnson, onde volta e meia usa a estampa nas coleções. Aqui, Primavera 2011 e Inverno 2012.

E coleção Primavera 2012.

Nas Subculturas
Quando voltamos às subculturas, pode-se imaginar que ao ver imagens da tribo Omo Masalai, tenha vindo na memória a imagem de Rick Genest, ou Zombie Boy. A estética do canadense tem uma representação específica sobre a morte. As tatuagens demonstram sua transformação em zumbi, algo que ele se identificou na infância. Como disse em entrevista: "Minha arte corporal representa anarquia. Parecer estar morto enquanto vivo, é desafiar as próprias leis da natureza".

Zombie Boy na revista Rebel Ink de 2013

Porém, antes da existência de Genest, as provocações do movimento Punk a sociedade conservadora faria surgir artistas que se apresentariam com rostos pintados de caveira, é o caso de Michale Graves, ex-Misfits. A maquiagem é inspirada nos filmes B de terror das décadas de 1950 a 1970. A estética do americano se destaca como influência nas subculturas, principalmente pela importância que a banda tem no rock. Sua imagem é muito difundida no meio alternativo, sendo bem provável que também sirva de referência na beleza de certas coleções de moda. 

O cantor compondo o visual horror punk.

Algumas imagens de sua aparência pós-pintura. Além do rosto, Graves também usava peças de roupa com a estampa. Veja que ele se interliga a tribo mesmo não sendo próximos.

 Kyary Pamyu Pamyu e sua versão Kawaii. Segundo entrevista, a cantora diz amar filmes de terror, além de ter muitos lados obscuros.

Na moda alternativa, foi em meados dos anos 80 que a estampa de esqueleto teve seu ápice, quando Axl Rose - no auge do Guns N' Roses - surge com a jaqueta estampada por ossos. Com a grande evidência que o cantor tinha na época, o desenho alcança o mesmo e assim centenas de reproduções.

Axl Rose e sua famosa jaqueta.

Surgida em 2006, a marca cult e underground Kreepsville 666 tem seu foco voltado a criar peças sob temas de horror. Foi ela que reviveu, na cena alternativa, a ideia de um vestido-esqueleto, sendo super copiado depois. As mãozinhas de esqueleto também foram popularizadas por eles.


A estilista alternativa Louise Black vende suas peças artesanais pelo Etsy desde 2006. Ela é a responsável pela criação do corset-camafeu, esta peça autoral é uma das mais copiadas por marcas alternativas desde então.


As criações de Louise Black e Kreepsville influenciaram outras marcas a criarem peças com grandes estampas de esqueleto, como as versões da Restyle e Sweet Carousel Corsetry:


A Black Milk foi uma das pioneiras ao lançar 
a trend do body/maiô esqueleto alguns anos atrás.

Pouco antes da ascensão de Zombie Boy na mídia após desfiles Mugler e no clipe Born This Way de Lady Gaga, Alexandre Herchcovitch havia colocado modelos com makes de caveira no Inverno 2010 de sua marca masculina. O visual facial era reflexo de um dos temas da coleção: a Morte.


Já para o Inverno 2014, Luella Bartley e Katie Hillier fizeram do conceito Girl Power uma coleção com referências de luta, e assim lenços com a estampa surgiram, mostrando que a figura ainda permanece com força no mainstream.

Campanha e desfile da marca

Claro que há muitos mais exemplos da gravura se difundindo na estética fashion, mas o interessante é observar a visão de cada estilista, subcultura ou tribo transmitem a ideia de Morte ou de memento mori. Diante das diferenças culturais existentes e que passam a impressão de grande distância entre eles, um mesmo assunto acaba os conectando e expondo que no fundo somos seres humanos inerentes ao tema. 

Em especial as subculturas, onde dizem que as mesmas estão em extinção pela rápida absorção do mainstream sobre elas, relacionar-se com uma tribo não colonizada, pode resultar em novas criações que as façam continuar contrapondo-se à cultura dominante. 


* Artigo original do Moda de Subculturas. Para usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
Fotos: Google.

7 de outubro de 2014

As ligações estéticas de Pulp Fiction, O Profissional e Geração Maldita

Três filmes que muito alternativo venera estão completando num curto espaço de tempo 20 anos! São eles: Pulp Fiction, O Profissional e Geração Maldita. O que mais impressiona é o quanto possuem fortes ligações estéticas entre as personagens principais. Assim, a gente aproveita a data para fazer uma análise dessas misturas.


Sendo o foco nas protagonistas, vamos falar de Mia Wallace, Mathilda e Amy Blue, interpretadas respectivamente por Uma Thurman, Natalie Portman e Rose McGowan. Elas possuem um reflexo bem evidente da década em que foram feitas as filmagens. Adivinha qual era? Anos 90! Sim, o próprio. Fora o estilo grunge, o auge do período eram as roupas minimalistas, com predominância de cores neutras, pouquíssimas estampas e quando se tinha, no máximo listras, floral, xadrez. Se prestarem atenção no figurino, vão reparar que ele era básico, com peças que a moda curte definir como "clássicas". Vestidos em linha A, short jeans, jaquetas e roupas de alfaiataria.

A clássica camisa branca de Mia Wallace:

O visual de Mathilda também flerta com o Grunge:

O minimalismo alternativo de Amy Blue:

Casacos usados pelas personagens. De início, Mathilda usa um cardigã de crochê branco, mas quando começa a por em prática seu plano de vingança, troca por um modelo militar:

Também são pinçados modismos da época, como as gargantilhas, ou chockers, sendo uma tira de veludo ou uma tira de nylon com pingente. Mas a maior interação mesmo entre ambas é o cabelo! O corte Bob usado pelas estrelas, nasceu nos anos 20 e foi eternizado por grandes nomes da época. Além dos fios, era acrescentado olhos pretos e lábios avermelhados formando assim o visual Vamp, utilizados por Mia Wallace e Amy Blue. Mas como a estética de períodos tão distintos se uniram? Porque a década de 90 teve o seu olhar nos anos 60 e esta última, referências dos 20.

Gargantilhas com pingente. Mathilda e sua versão de veludo que está super em alta! 
Um grande acerto da figurinista Magali Guidasci:

O famoso corte "Bob" das protagonistas:

O papel de Maria de Medeiros em Pulp Fiction, também usa corte parecido, que lembra os da década de 1960:

Make vamp e unhas vermelhas de Mia e Amy. Seria mera coincidência? Talvez não. Pulp Fiction teve enorme repercussão na época, conseguindo alavancar até a carreira dos atores, a exemplo de John Travolta que andava esquecido. Portanto, é provável sim a influência.

Um dos quartos ambientados por Geração Maldita possui decoração Optical Art, movimento criado nos anos 60:

O que pontuava a diferença delas era o assunto abordado em cada longa, que ainda assim, não se distanciavam muito. Mia Wallace é esposa de um chefão mafioso que num erro, tem uma overdose inesperada e por pouco fatal. Mathilda, uma menina de onze anos que viu sua família sendo morta, é acolhida por uma matador profissional onde passa a alimentar o desejo de vingança aos assassinos de seus parentes. E Amy Blue, que foge de situações extremamente bizarras depois que ela, seu namorado e um rapaz que conhecem, se envolvem numa confusão quando matam o dono de um estabelecimento.

No caso de Mia Wallace, o figurino tinha como referência o visual dos mafiosos italianos. Como revelou a figurinista Betsy Heimann em entrevista à Elle, "Mia Wallace é uma versão feminina de Cães de Aluguel (filme anterior de Quentin Tarantino)". Já Mathilda, refletia uma menina pobre pré-adolescente com gosto por acessórios irreverentes. Das três, era a que mais usava cor e misturava estilos. Amy Blue se interligava as subculturas, com um forte pé no grunge, provavelmente por ser uma jovem cansada do mundo. Ela também tinha uma queda por peças excêntricas, como os óculos brancos de gatinho e um isqueiro de caveira. Podemos dizer que Mia era um reflexo dos anos 90 mais chique, a la Calvin Klein, enquanto Mathilda e Amy tinham a vibe alternativa/underground. 

O visual minimalista de Mia Wallace:

O mix de irreverência noventista de Mathilda:

E o Grunge de Amy Blue. Reparem que tanto ela como Mathilda, usam bota e meia:

Os óculos e o bafônico isqueiro de caveira:

Ou seja, o que unia todas essas personagens era a influência da época em que se passavam as filmagens, assuntos abordados que se entrelaçavam aos mesmos universos (sexo, drogas, violência), classificação de gênero (drama, policial, trash) e mulheres que não temiam ir além, com falas sarcásticas (Mia e Amy) ou que estava na transição ao perder a força sua inocência (Mathilda).

O lado sarcástico de Mia Wallace: "Quando você puder calar a p***a da boca por um minuto e compartilhar um silêncio confortavelmente".

Amy Blue tinha uma postura mais dark, suas citações eram provocativas e aborrecidas, um reflexo da juventude noventista e desiludida com a vida: "O mundo é um saco", "Eu acho que às vezes essa cidade está sugando minha alma".

1920, 1960, 1990: Décadas de feminismo e modas interligadas.
Uma coisa interessante é que na década de 90 aconteceu a terceira onda do feminismo. Não à toa, as mulheres da época no cinema e na música tinham uma certa ousadia e atrevimento como nos filmes citados na postagem.
Mas o que pouca gente sabe é que a moda noventista é releitura de 1960 e esta, releitura da moda de 1920, todas, décadas em que as mulheres romperam com padrões vigentes. Todo mundo já ouviu falar da revolução sexual de 1960, da segunda onda do feminismo e da criação da mini saia. Nos anos 1920, existiam as melindrosas, jovens sexualmente liberais que usavam saias curtas, cabelos na altura das orelhas e eram independentes. Além disso, usavam uma maquiagem "pesada", vamp: olhos e boca em tons escuros.

Comparação do corte "bob" nas três décadas:

A semelhança dos vestidos nas décadas: Em 1920 surgiram as regatas, a cintura era baixa e as saias na altura dos joelhos. Em 1960, as mangas regatas voltam e dependendo do ano, a cintura era baixa ou logo abaixo do busto, a bainha ia do joelho à super curta mini-saia. E finalmente na década de 1990, vemos mangas regatas novamente e cinturas abaixo do busto ou um pouco acima da cintura, as bainhas eram curtas.


A foto de uma de nossas Divas 90s, Gwen Stefani, liga a moda dos anos 1990 (vinil, gargantilha de spikes) diretamente com um vestido de corte anos 1920 (regata, cintura baixa com pregas), mas com mini saia (referência anos 60). Repare na semelhança do corte do vestido da década de 1920 com o de Stefani.


Na Moda Mainstream:
A década de 1990 foi minimalista, sem excessos, peças clássicas, básicas... mas nessa fase, as subculturas ganharam um certo poder e notoriedade dentro da moda mainstream, seja através do grunge, do kinderwhore e do movimento Riot Grrrl. Os estilistas, é claro, queriam aproveitar essa onda de rebeldia juvenil e "vender" essa imagem à seu público. 

Abaixo, desfile D&G de 1995, observe como as peças são simples (baby look, saias) mas os looks carregam referências subculturais com acessórios em vinil, cabelos coloridos, marias chiquinhas e maquiagem de olho e batom escuro que se associam com ao kinderwhore.


Aqui, temos o desfile de Betsey Johnson de 1996. Betsey é uma estilista de background punk e que desfila no mainstream. Digamos que ela faz uma moda alternativa um pouco mais cara, mas ainda assim, acessível. A referência punk no desfile a seguir é muito forte, nos faz associar com a estética e principalmente com a atitude de Amy Blue. Essa mesma estética acabou se tornando bem comum entre as meninas que curtiam rock em 1990.


Impressionante como tudo na moda se interliga e como ela consegue traduzir o comportamento de uma época específica. 

Qual desses filmes é o seu favorito?



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* Artigo original do Moda de Subculturas. Se quiserem usar trechos do texto como referência em seus sites ou trabalhos, achamos gentil linkar o artigo do blog como respeito ao nosso trabalho. Tentamos trazer o máximo de informações inéditas em português para os leitores até a presente data da publicação.
Todas as montagens de imagens foram feitas por nós.
Fotos: Google.

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