Destaques

22 de maio de 2016

Os 20 anos do filme Jovens Bruxas (The Craft)

Neste ano o filme Jovens Bruxas (The Craft) comemora 20 anos. Embora não tão conhecido pela nova geração, quem está na faixa dos 30 anos deve ter assistido na época de lançamento ou em reprises. O filme foi lançado em 1996 e contava com Neve Campbell (Bonnie) e Fairuza Balk (Nancy) duas atrizes que estavam se destacando em filmes adolescentes. Completam o elenco Robin Tunney (Sarah) e Rachel True (Rochelle).



Traduzido como "Jovens Bruxas", o título original é "The Craft", esta é uma das denominações da bruxaria entre seus praticantes. A década de 1990 foi quando a Wicca se tornou popular e mais aceita como uma religião estabelecida, pessoas começaram a finalmente ter orgulho de se assumirem pagãos após décadas tendo que se esconder devido ao preconceito.
Assim, a prática vai ganhando jovens adeptas e por conta do interesse das adolescentes, muitos covens proibiram menores de 18 anos. Esses adolescentes procuram então os livros pra se informar, sendo "O Guia Essencial da Bruxa Solitária" de Scott Cunningham um dos mais populares. O mainstream se interessa pelo tema, com diversas lojas comercializando produtos, de pentagramas à livros das sombras. Ao mesmo tempo haviam equívocos sobre a prática, como os que diziam que wicca e satanismo são interligados - não são.

Jovens Bruxas não é um grande filme, mas tem seus momentos. E parte disso se dá porque a Sacerdotisa Pat Devin foi consultada para dar mais veracidade à trama, incluindo as cenas dos rituais. Uma coisa que não é real é "Manon", a deidade que elas invocam nos rituais.



A história (pode conter spoilers)
Na história temos quatro adolescentes, cada uma com um problema pessoal que as fazem se sentir angustiadas. Todas elas passam por bullying e procuram na bruxaria um modo de tentar fugir desses problemas.
Temos Nancy, Bonnie e Rochelle que estudam juntas. Nancy sofre em um lar superviolento, com um padrasto alcoólatra e uma mãe passiva, ela tem um relacionamento tóxico com as amigas; Bonnie tem um grave problema de pele que deixa cicatrizes grandes, grossas e feias que a fazem se esconder em roupas fechadas; Rochelle sofre bullying por ser negra e ter cabelos cacheados. Assumidamente bruxas, para unir os quatro elementos, elas precisam de mais uma menina no coven e é aí que a nova aluna, Sarah, aparece. Sarah veio de outra cidade, onde já tinha tentado suicídio cortando os pulsos devido ao bullying e os problemas que causava com seus poderes telecinéticos.


Numa das aulas, Sarah demonstra seu poder de telecinese sendo observada por Bonnie que convence as outras de que a nova aluna era o elemento que faltava. Receosa, Sarah se junta ao grupo e as quatro meninas vão à loja de uma bruxa, onde a mesma percebe que Sarah é uma bruxa natural, seu poder vem de dentro naturalmente. Isso provoca inveja de Nancy, pois a obsessão desta era ter muito poder. 


Mulheres costumam ser vistas como delicadas e fracas. Na cena em que o motorista de ônibus diz: "cuidado com os estranhos" e Nancy responde "nós somos os estranhos", vemos que mulheres podem também ser "poderosas e perigosas" além das aparências delicadas. Haja visto que crianças no ônibus as olhavam com certo medo e curiosidade por elas apresentarem uma atitude diferente das outras presentes.


A partir daí, as quatro passam a fazer rituais visando atingirem seus objetivos. E é daqui que jogo alguns pontos de observação sobre A Arte:
Na Wicca existe um código moral simples e benevolente que é o seguinte: "sem prejudicar ninguém, realize sua vontade". Em outras palavras: você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém - nem mesmo você! Essa é a famosa Lei de Três, que se aplica sempre que você faz alguma coisa, boa ou má. Não que você será "castigada" por um ato mau, porém, quando você envia uma energia, o curso natural dela é voltar à você. Assim, caso envie algo negativo, essa força fará seu caminho, se fortificando e retornará. 


"magia é acreditar, magia é como natureza, o bem e o mal estão no coração da deusa"

Elas também fazem feitiço manipulativo, um tipo de feitiço que bruxas experientes não indicam, mas que novatos procuram. Esse tipo de feitiço é perigoso porque interfere no livre arbítrio, um direito primordial das pessoas. Num feitiço manipulativo de amor, como o feito por Sarah, interfere-se na vontade do outro, sendo comum o enfeitiçado virar um "zumbi", ou seja, uma pessoa completamente dominada pelo enfeitiçador.
Nancy deseja "todo o poder de Manon" (Manon é um Deus fictício) e assim recebe, mas usa para o mal todo esse poder que recebeu.


Bonnie pede pelo fim de suas cicatrizes e Rochelle castiga a moça racista. Tudo passa a correr como elas desejam. Elas se sentem fortes e empoderadas.


No decorrer do filme, vemos as consequências ruins que todas sofrem por terem feito escolha pela magia "do mal" e pela manipulativa. Elas mexeram com o equilíbrio e as coisas estão retornando em triplo.


Quando Sarah, a bruxa natural, percebe o quanto erraram, se arrepende e passa a reverter os feitiços, o que irrita as colegas. E é aí que acontece o clássico embate entre o bem (Sarah) e o mal (Nancy), entre o poder natural e telecinético de Sarah e o poder adquirido para o mal e manipulativo de Nancy.


Jovens Bruxas não é apenas um filme bobo de sessão da tarde, ele é legal pra observar como a Wicca se tornou popular entre adolescentes na década de 1990, trás um figurino que mostra a mistura entre mainstream + rock n roll/punk/gótico, ilustra como algumas pessoas que têm dons naturalmente mágicos podem canalizar para o bem ou para o mal e sofrer suas consequências e outra coisa que ainda é atual: jovens que sofrem por serem diferentes da regra e buscam por aceitação. No caso delas, buscaram a autoestima através da magia para que as curasse de seus problemas físicos e emocionais, para que parassem de se autoculpar e se autodestruir. 

Nancy é o perfeito exemplo de Bad Girl dos anos 90.
Uma curiosidade é que Fairuza Balk era wicanna na vida real.


Sobre o visual: uma vez contei aqui no blog que na década de 1990, os alternativos não usavam só roupa preta o tempo todo, usavam roupas com cores ou cores + preto. Um visual todo preto era reservado à góticos, uma certa linha do metal ou do punk e por quem queria chocar. A gente vê isso no filme. Embora praticantes de Wicca, apenas a Nancy é fortemente percebida como uma gothic-rocker que usa preto o tempo todo, as outras meninas usam moda mainstream normal com pinceladas alternativas relacionada à magia ou em cenas especificas como a que as quatro usam preto e branco numa desconstrução dos uniformes - usando chokers e batons escuros - ou nas cenas de rituais onde ao menos uma peça preta é usada por todas. As meias pretas até as coxas também eram moda na época assim como as gargantilhas, saias longas retas e a maquiagem vamp.


Válido citar a trilha sonora super rock n roll: Heather Nova, Julianna Hatfield, Jewel, Elastica e até Letters to Cleo.

E vocês, já assistiram o filme? 
O que acharam? 



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21 de maio de 2016

A nova coleção da Killstar: do Dark Glamour ao Streetwear Casual

Fazia teeempos que uma coleção não fazia meus olhos brilharem! Ultimamente ando meio cansada de tanta coisa igual na moda alternativa (cada vez mais parecida com a moda mainstream nesse sentido de lançar peças de desejo e todo mundo vender e comprar a mesma coisa), mas gosto quando uma coisa "igual" aparece com um ar novo especialmente na modelagem. E foi isso que me chamou a atenção com a mais recente coleção lançada pela Killstar!

De vestido tubinho, godê, franzidinho, passando pelo Wandinha Addams todos tem manguinha. O com pentagrama no decote tem um estilo mais punk e o que a parte de cima forma uma espécie de capa é um escândalo, tem estampa plastificada com tema ocultista! (essa é uma das peças high fashion da coleção).


dresses


Eu não sei nem escolher qual minha peça preferida, acho que são todas! Mas o que eu gostei, como dito acima, foi a modelagem e forma como eles inseriram as estampas: seja as estampas que eles já fazem há alguns anos como pentagrama, baphomet, ocultismo e  o que eu chamo aqui no blog de "dark glamour" que são peças que considero chiques e elegantes com uma pegada mais adulta como no vestido preto abaixo. Sai daquela coisa "moda alternativa pra adolescente revoltadinha" e entra num flerte com o atemporal.



E a modelo alternativa Shelly D´Inferno tá maravilhosa com essa peruca preta de cabelos curtinhos e fiquei até louca pra cortar meu cabelo igual quando o calor voltar! :D
Clique pra aumentar as imagens.
baphomet - black cat - ocultism


E vocês, gostaram dessa coleção?



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15 de maio de 2016

Sorteio no Instagram com a loja Dark Fashion (você escolhe o prêmio!)


Sorteio de uma peça da Dark Fashion à sua escolha (a saia ou o vestido da foto abaixo) e na sua medida!

Pra participar é só dar like na foto oficial, seguir @loja_darkfashion e @modadesubculturas e indicar no mínimo 3 amigos nos comentários, você pode indicar quantos amigos quiser, contanto que seja 3 em cada comentário, o que aumenta suas chances de sorteio.
O sorteio será feito pelo app Sorteou no dia 27/05. Contataremos a vencedora por DM e no caso de não responder em 24 horas, sortearemos outra participante.



* sorteio exclusivamente no Instagram *


Dar regram não é obrigatório, mas não há problema em fazer contanto que siga as regrinhas na foto oficial.
Boa sorte!! 💕


E não deixem de responder nossa pesquisa de público, seguir nosso Tumblr e de participar de nosso grupo de discussões no Facebook. Se você gosta do conteúdo do blog, compartilhe-o, ajude o blog a se manter ativo. ♥


8 de maio de 2016

Mães tatuadas provam que a maternidade pode ser Punk!

"Me tornei mãe aos 23 anos e o que eu mais ouvi foi "você não se parece com uma mãe" o que eu sempre pensei que era uma coisa boba de se dizer, porque como uma mãe supostamente deve se parecer? Desde que me tornei mãe, conheci várias outras mães que não sacrificam seus estilos pessoais a fim de "parecer maternal". "Devoting" é uma série que venho trabalhando por um ano na tentativa de colocar uma nova imagem para a palavra 'mãe'."

Celia Sanchez é mãe de dois filhos e fotógrafa em Los Angeles, EUA. Ela está trabalhando seu BFA (The Bachelor of Fine Arts) no Photo at Art Center College of Design em Pasadena, CA.

Abaixo, fotos de seu projeto fotográfico chamado Devoting.


* Artigo traduzido da Revista Bust, clique aqui para ler o original.



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6 de maio de 2016

O Riot Grrrl como referência: do rock ao pop dos anos 90 à atualidade

É impressionante o alcance que teve o movimento Riot Grrrl nos anos 90, mesmo permanecido underground. São meninas que conseguiram influenciar uma geração inteira, provocando inclusive mudanças de comportamento na cena musical de massa. Elas iniciariam um apagão a mídia em protesto as deturpações feitas pela imprensa, mas suas inquietudes sobre o mundo ultrapassariam qualquer barreira se espalhando e atingindo em cheio uma legião de garotas.

"Eu sempre digo às garotas que dizem querer iniciar uma banda mas não possuem nenhum talento: bom, nem eu tenho. Quer dizer, eu posso fazer uma melodia, mas qualquer um que segurar num baixo pode descobrir isso. Você não tem que ter poderes mágicos de unicórnios." Kathleen Hanna 


Influências
Começando pelo próprio Rock, houve uma enorme abertura com bandas formadas só por mulheres, ou com alguma musicista na formação, seja no vocal ou liderando apenas um instrumento. Esse conceito seria visto com força em todas as vertentes. No heavy metal, um destaque são as meninas da Kittie (leia mais aqui), que alcançariam forte evidência no meio underground e alternativo.


Indo ao indie, teríamos a continuação e maior abertura da carreira de várias artistas. Kim Gordon seguiria no Sonic Youth e depois na união com Julie Cafritz em Free Kitten. A xará Kim Deal apareceria no Pixies e com sua gêmea Kelley na The Breeders. Já no Smashing Pumpkins veríamos D'arcy Wretzky e posteriormente Melissa Auf Der Maur, ex-Hole. 

Clipe da música "Little Trouble Girl"do Sonic Youth: parceria entre Kim Gordon e Deal
Gordon, Deal, Wretzky e Auf Der Maur: todas baixistas

Porém, o efeito mais significativo seria encontrado (vejam só!) na própria indústria musical mainstream. Como não conseguiram persuadir as riots originais, abriu-se espaço para cantoras que desnudavam suas almas em letras escritas de forma desbocada ou poética, onde percorriam temas que iam desde uma decepção amorosa a abusos sexuais. Era a vez das garotas de atitude. E foi um impacto e tanto, não só nas mensagens que as canções passavam, mas também na composição estética delas. 

Muitas ficariam famosas por apenas um hit ou conseguiriam consagrar o álbum inteiro, é o caso do furioso "Jagged Little Pill" de Alanis Morissette. Um marco em sua carreira até hoje. Elas vinham de todas as partes - do country ao pop - misturando vários tipos de sons. Havia uma liberdade criativa super bem aceita pelo público daquele momento. 
Alguns nomes expressivos: Fiona Apple, Bjork, PJ Harvey, Sinead O'Connor, Tori Amos, Liz Phair, Jewel, Meredith Brooks, Anni Di Franco. 

PJ Havey, Bjork e Tori Amos: "Nós temos peitos. Nós temos 3 buracos. É o que temos em comum."
"Vocês não deveriam moldar suas vidas sobre o que vocês acham que nós (artistas) pensamos o que é legal, e no que nós estamos vestindo e no que nós estamos dizendo e tudo." Parte do discurso de Fiona Apple após receber prêmio no MTV Awards de 1997

Shirley Manson no Garbage, Gwen Stefani pelo No Doubt, Dolores O'Riordan no The Cranberries, Justine Frischmann na Elastica, Linda Perry com 4 Non Blondes e Veruca Salt seriam bastante reconhecidas por causa do lançamento de grandes hits musicais, sendo até trilha de filme. 

Curiosidade: o espírito riot iria tão longe que alcançaria até os homens. No clipe "Beautiful Girl" de 1992, o grupo INXS abordaria a questão do padrão de beleza feminino e as doenças causadas por ele. 


O rap e hip hop também conseguiu espaço. Artistas como Mary J Blige, Missy Elliott, Lauryn Hill, Lil Kim, Queen Latifah e mais nomes dariam voz as mulheres esquecidas de tais subculturas. 

Lil Kim, Lauryn Hill, Missy Elliott e Foxy Brown

Quase na virada da década, surgiria Peaches, Brody Dalle no The Distillers e Amanda Palmer no The Dresden Dolls. Ela voltaria depois com sua carreira solo num período que daria uma nova guinada a bandas punks atuais: The Gossip com Beth Ditto, Tacocat, Warpaint, Big Nils, Pussy Riot, Potty Mouth e outras. Vale destacar também Kate Nash no britpop contemporâneo. 

Um dos símbolos das Pussy Riots é o uso da máscara de esqui customizada no rosto. Provavelmente a inspiração viria de Kathleen Hanna no filme "No Alternative Girls" de Tamra Davis, de 1994.
Amanda Palmer em estilo "Lick my Legs" de PJ Harvey
"Eles dizem que mulheres não tocam guitarra tão bem quanto os homens... Eu não toco guitarra com a porra da minha vagina. Então, qual diferença faz? Brody Dalle
Em entrevista ao The Guardian, Kate Nash fala sobre seu projeto Girl Gang, um canal no youtube com intuito de ser ponto de encontro da nova geração de feministas. Foto: Lindsey Byrnes  
Beth Ditto, ícone queer, com camiseta da X Ray Spex. Mostrando que a influência vem de longe

Na América do Sul o sentimento não ficou por fora. Cássia Eller chegava ao topo com a reveladora "Malandragem", composta por Cazuza para Angela Rô Rô. A cantora reascendeu a força das mulheres como artistas no rock brasileiro. Era a perfeita representação da "Pagu" de Rita Lee nos palcos.

Cassia Eller no álbum Marginal de 1992

Para surpresa, Shakira também fez coro aos questionamentos noventistas. O famoso álbum "Pies Descalzos" simboliza a necessidade de expressar o inconformismo da cantora. Repare que o clipe da canção "Pies Descalzos, Sueños Blancos" parece uma mistura de "You Oughta Know" de Alanis Morissette com "Heart Shaped Box" do Nirvana. 


Estética
Um ponto bem interessante. Ao mesmo tempo em que existia a Heroin Chic, na música as meninas tiveram uma liberdade visual incrível, apresentando-se como queriam o que dava ênfase na verdadeira personalidade da artista. A moda grunge tinha força e influenciou de diversas formas: a desconstrução do que era feminino é provável que tenha sido a maior delas. As roupas eram iguais aos dos homens: t-shirt, calça ou bermudão com camisa de flanela amarrada na cintura, tênis ou coturno. Não havia preocupação com padrão de beleza, eram desencanadas de maquiagem, cabelos arrumados (quando tinham) e depilação. 

4 Non Blondes: a desconstrução de gênero da moda grunge também era feito nas mulheres
Dolores O'Riordan de cabelo curto platinado, moda na época. Dependendo da composição, sua estética ficava andrógena. 
Justine Frischmann quando namorou Damon Albarn, vocalista do Blur, confundindo os gêneros
Sinead O'Connor chegou ao topo de cabelo raspado, sem maquiagem e braços tonificados.

Por outro lado teve as que aproveitaram para se expressar com exagero, numa onda clubber, o que também é transgressor visto que na moda "menos é mais" para a mulher. Excesso de maquiagem, com bastante cor, glitter e batom vermelho, minissaias curtíssimas, vestidos e botas à la anos 60. Uma versão adiantada da lady drag.

PJ Harvey
Shirley Manson
Shirley e D'Arcy Wretzky
Gwen Stefani: "Quando eu finalmente fui capaz de passar um batom vermelho, eu fiquei superanimada."

Referência além da música
A ideologia percorreu a arte indo, claro, muito além da música. Os filmes com sua rapidez em documentar o espírito de uma geração, trouxe ao mercado longas com foco em assuntos que se aprofundavam nos conflitos internos causados pela nossa criação, falando sobre amizade entre garotas, transtornos mentais, religião, romance hétero ou lésbico, sexo...praticamente tudo. 

Exemplos: Virgens Suicidas, Jovens Bruxas (leia aqui), Adoráveis Mulheres, Now and Then, 10 coisas que odeio em você, Rebeldes, Garota Interrompida e entre outros.

"Uma por todas e todas por uma." Now and Then

Nas artes plásticas, Tracey Emin foi um nome que se consagrou. Controversa para alguns críticos, seus trabalhos não se intimidam diante de temas tabus ao corpo da mulher, o que a levou receber o título de enfant terrible. Em 2012, em exposição no Brasil, declarou ao Estadão a respeito do Feminismo: "Não é preciso mais ser como na década de 1970, mas com novo foco. Muitos acreditam que hoje já não é mais importante ser feminista ou uma artista feminista, mas é importante sim, porque muitas mulheres ao redor do mundo passam por situações horríveis, são enterradas vivas."

Isso é como uma feminista se parece. Tracey Emin
Obras da artista retratando o sexo feminino

Essa é uma pequena amostra do que significou a década de 1990 às mulheres daquela geração. Fase onde muitas puderam usufruir certa liberdade de expressão e terem o direito de quebrarem padrões de comportamento num mercado opressor perante a imagem das artistas, o que refletiu na vida de muitas meninas fora desse meio. Que a gente consiga alcançar esse espírito de novo vinte e cinco anos depois.

Aquela nostalgia! <3


Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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